terça-feira, 30 de abril de 2013

Xô Carrapatos



Maias - Serra da Aboboreira - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Xô Carrapatos!

Porque estamos bem precisados de espantar os carrapatos que por aí andam à solta... deixo uma a tradição aqui da zona que consiste na colocação de molhos de maias ou giestas nas janelas e varandas das casas. A minha avó Luzia não falava um ano, na passagem de dia 30 de Abril para 1 de Maio.
Aqui vos deixo com as minhas maias, aquelas que eu acaricio com as minhas mãos, na Barca, no Jardim do Escorpião Azul.

Xô Carrapatos!

Visita de Estudo - Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante

 
Reconstituição do Percurso das Invasões Franceses em Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
Visita de Estudo - Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante
 
A primeira visita de estudo, de uma série de três, decorreu hoje de manhã e os seus ecos podem ser lidos aqui.
Porque o trabalho de um professor, neste caso de uma professora, faz-se em múltiplas frentes. 

Última Hora - Portugal no Seu Pior

 
Última Hora - Portugal no Seu Pior

Plano de Cortes

2,8 mil milhões - 2014
700 milhões - 2015
1,2 mil milhões - 2016

Adivinhe o que está previsto para 2015...

Amarante no Seu Melhor

Amarante no Seu Melhor

May Collection by Our Choices... e Amarante a resultar hiper bem como pano de fundo desta produção de moda.


Amarantinos

Amarantinos - Cortesia do Senhor Coronel Artur Freitas
 
Amarantinos

Antes de mais, agradeço a partilha da fotografia, que agora dá origem a este post, ao Senhor Coronel Artur Freitas que a colocou, um dia destes, no facebook da Rua 5 de Outubro e que me autorizou o seu uso.
Depois tenho de agradecer ao meu pai, José Ismael Pinto de Queirós, pelas suas memórias e pelo seu trabalho de investigação que permitiu identificar quase todos os amarantinos presentes na foto que deve ter sido tirada, pelo aspecto do meu avô, algures por finais da década de trinta, inícios da década de quarenta.
Primeira fila, da esquerda para a direita - Rocha, da Padaria Rocha, da Feitoria; José Machado, mais conhecido por Zé Tanque, guarda-fios, tio-bisavô da Paula Vaz; José Dinis Mesquita, solicitador, pai da minha tia-avó Maria José Queirós que era sua filha ilegítima e avô do Dr Dinis Mesquita, advogado; Dr. Jaime Francisco da Silva, advogado, pai da minha professora de Francês Margarida Silva; Júlio Coimbra? o meu pai tem dúvidas que ainda não conseguiu dissipar completamente sobre a identidade deste senhor... está aí alguém que possa ajudar?; Alexandrino Melo, mais conhecido por Melinho do Seixedo, fundador de um embrião de metalúrgica, no Seixedo, que daria lugar à futura Rodrigo Matias de Magalhães e pai de Arminda Dinis Teixeira de Melo, bisavó da minha filha; Dr. Azambuja, conservador do registo civil; ? está aí alguém que se lembre do nome desse senhor? cangalheiro que andava com a carreta da Associação de Socorros Mútuos e transportava os mortos, nos respectivos caixões, para o cemitério; Navega, ajudante do conservador do registo civil; Alfredo Coelho Loio, comandante da Legião Portuguesa em Amarante, avô do Cazinhas.
Segunda e terceira fila, da direita para a esquerda - sentado, de chapéu, Dr. João Pereira da Silva, farmacêutico, fundador da Farmácia Central, situada na antiga rua de S. Gonçalo, agora 5 de Outubro, avô de António, Isabel e João Pereira da Silva;  Armando de Sousa Pereira dos Anjos, conhecido entre nós por Armandinho, ajudante da conservatória do registo predial; a espreitar, Pedro Carneiro, do mítico jornal Flor do Tâmega; Rodrigo Pinto de Queirós, um dos fundadores do emblemático Café-Bar, meu avô paterno; Vieira, aferidor de pesos e balanças na Câmara Municipal de Amarante; Luís Coutinho, pai do padre Luís Coutinho e de José e Luísa Coutinho; Alexandre Ribeiro, pai de Manuel Teixeira Ribeiro, bancário, conhecido entre nós por Sr Teixeira; ? alguém conhece este senhor?; Joaquim Teixeira Pinto, barbeiro, antes de ser fundador da Foto-Arte;  Luís Nuno de Lima, funcionário do Tribunal de Amarante; José Pereira da Silva, ajudante de farmácia na Farmácia Central, fundada pelo seu pai; Sebastião Silva, sapateiro na rua 31 de Janeiro.
Última fila -  Modesto, músico e bombeiro; Orestes Miranda, músico e dono de uma mercearia na rua 31 de Janeiro; Teófilo Maia, pai de Mário Maia, alfaiate e músico; Alexandrino Lima Faria, barbeiro no prédio da actual Tinoca, pai de Aida e Ilda Faria, esta última fundadora da Confeitaria Tinoca; Joaquim Farinhas, motorista do Sr Aníbal Melo e Castro, conhecido entre nós por Sr Melo.

Nota - Todas as pessoas que constituem este vasto grupo, em boa hora fotografado, faziam parte dos Corpos Sociais da Associação Amarantina de Socorros Mútuos.
A fotografia foi tirada no quintal do Sr. Machado, nas traseiras do edifício onde estava instalada à época a referida Associação, no primeiro andar da casa onde, no rés-do-chão, Sebastião Silva exercia a sua profissão de sapateiro.

Informação Pertinente

Informação Pertinente

Vou querer ver.

Achados arqueológicos “únicos” em toda a Península Ibérica estão no Baixo Sabor

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A Palavra a Jorge Jesus

A Palavra a Jorge Jesus

Sem mais... eheheh... só que... já rebolei a rir...

Obrigada, Diogo Afonso!


Convite - Exposição de Ana Silva

 
 Convite - Exposição de Ana Silva

Considerem-se todos convidados para a inauguração da exposição da pintora amarantina Ana Silva, pintora que desenha e pinta com uma delicadeza que me remete sempre para tempos mais poéticos, bucólicos e felizes. É já no próximo sábado, dia 4 de Maio de 2013.
Não deixem de aparecer. Esqueçamos o lodaçal por momentos...

Turismo - Sugestão ao Poder Político Local - Trilhos Pitorescos




Quelhas Amarantinas - Amarante - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães 
 
Turismo - Sugestão ao Poder Político Local - Trilhos Pitorescos

No seguimento deste post, em que sugeri a criação de um roteiro do Percurso das Invasões Francesas em Amarante, hoje deixo outra sugestão, associada a percursos pitorescos que a esmagadora maioria dos turistas não faz por mero desconhecimento da sua existência.

Comecemos pelas quelhas. Escrevi eu em 25 de Julho de 2012:

Quem acompanha este blogue desde o seu primeiro ano de vida sabe que eu amo as quelhas, as vielas, os pátios que se abrem nestes capilares urbanos tão ao meu gosto pelo prazer da descoberta que me proporcionam quotidianamente, pelo inesperado de um recanto, de uma porta mais castiça, de um raio de luz que, de súbito e inesperadamente, penetra até às suas entranhas, amiúde decadentes, pobres, velhas, abandonadas, maltratadas, desrespeitadas. Eu não as abandono. Recuso-me. E continuo a gostar mais delas do que das avenidas mesmo se xpto.
A beleza das nossas quelhas amarantinas é um filão turístico ainda por explorar e que, se estivessem limpas e asseadas, fariam as delícias fotográficas de qualquer turista que se preze em busca de instantâneos pitorescos e especificamente portugueses. Estas quelhas, com estas características de cores, de rasgamentos, de janelas de guilhotina, de soluções de desenrasque, de recantos deliciosos, são nossas e de mais ninguém porque diferentes das marroquinas, das espanholas, das francesas... do que seja.
Deus dá as pérolas a quem não tem dentes, já diz o povo, e constato que, passados 5 anos sobre as minhas postagens sobre as quelhas amarantinas elas permanecem quase iguais, salvo um ou outro toque de cor que lhes dá vida e encanto enquanto disfarça os pivetes emanados de casas insalubres, uma transformada em canil aqui mesmo no centro da cidade sem que haja delegado de saúde que lá meta o nariz... pois podia até desmaiar com o fedor que de lá se solta. Enfim! No comments.
Penso que a Câmara Municipal de Amarante já podia ter feito alguma coisa por estes espaços. Por exemplo manter estes espaços limpos e asseados era da mais elementar justiça, e depois um retoque aqui e ali, umas flores e umas trepadeiras estrategicamente colocadas, uma caiadela aqui e ali... et voilá, sem grande dinheiro despendido podiam até abrir o Roteiro das Quelhas Amarantinas ao turismo.
Tenho a certeza que os turistas agradeciam. Os amarantinos que as habitam, que são gente, também. E talvez até os próprios amarantinos que as não habitam se aventurassem por estes espaços que se mantêm, ainda hoje, tão à margem da vida da cidade.
A fotografia que ilustra este post foi tirada na Quelha dos Eirados, agora transformada em Rua do Bairro Padre Américo num ímpeto talvez de novo riquismo que tudo apaga até as memórias. Que raio de lembrança foi esta de chamar rua a uma quelha que sempre o foi e vai continuar a ser?
Quelha dos Eirados, pois então! Ou, quando muito, Quelha da Generosa Faria!
Aqui com uma belíssima Trombeta da China, ou, ainda mais chique, uma campsis grandiflora trepadora... que trepou, trepou, trepou... até nos poder brindar com esta mancha vibrante e quente de cor para disfarçar o pivete de uma quelha que podia Ser... mas ainda não é.
Tal como todas as outras quelhas amarantinas. E é pena!

Sobre esta temática pode ainda ler outros posts que eu venho escrevendo sobre as quelhas desde 2007, ano de abertura deste blogue. Para isso basta clicar aqui.

Acrescento a cereja em cima do bolo dos Trilhos Pitorescos - o percurso pedonal pelas belas margens do Tâmega, a margem direita está impecavelmente tratada e a caminhada podia iniciar-se nos Poços, ou no Mercado, estender-se até os turistas apanharem um cheirinho do Lugar da Torre, meia volta e Morleiros, com a travessia da açude do mesmo nome... se permitido pelo Senhor Tâmega!, Ilha dos Amores, margem esquerda do Tâmega, a precisar de um arranjo em parte do pavimento, até à escadaria que, encostadinha à Ponte Velha, levaria a turistada aos doces regionais...

Nota - Habito numa das quelhas de Amarante. Desloco-me pela cidade a pé. Farto-me de ver turistas a passar... nas ruas principais, pois então! que é raro algum aventurar-se quelhas adentro.
Já de roteiro na mão... por certo que entrariam. Mas é claro que o poder local teria de as acarinhar... o que não é muito difícil de fazer... fundamentalmente teria de as manter limpas, de plantar uma ou outra trepadeira num ou noutro local estratégico... et voilá! Uma Outra Amarante renasceria!

Atropelamentos - Este País Não Existe

 
Atropelamentos - Este País Não Existe

"Os professores recrutados diretamente pelos diretores este ano letivo através de contratação de escola vão poder renovar os seus contratos, segundo as regras fixadas pelo Ministério da Educação e Ciência, algo que é vedado aos restantes docentes contratados, e está a gerar inúmeras queixas.

A medida prejudica docentes mais experientes, colocados em setembro de 2012 na contratação inicial e que não podem renovar, arriscando assim o desemprego. Além disso, as irregularidades já detetadas nas contratações de escola levantam dúvidas sobre a possibilidade de renovação."

Pode continuar a ler a pérola aqui.

Nota - Abstenho-me de fazer qualquer outro comentário ao vómito legislativo.

domingo, 28 de abril de 2013

Sugestão Youtube - Borkan Al Gala

Sugestão Youtube - Borkan Al Gala

Andava eu pelo youtube a pesquisar vídeos sobre o barroco quando me lembrei que hoje era o dia mundial do sorriso e lá fui à procura de um smile ajustado ao meu gosto que encontrei em três tempos... mas eis que o tubes me aparece com uma sugestão... eheheh... Borkan Al Gala... assinala-me o tubes que é um vídeo recomendado para mim.
E "prontos", se é recomendado, aqui vai ele... o Gala...


Dia Mundial do Sorriso

Dia Mundial do Sorriso

Deixo-vos com Smile e com Michael Jackson...


Trabalho - História

Homens Caçando com Cães - Neolítico - Akakus - Líbia
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
 
Trabalho - História

Um bocadinho atrasado... que o tempo está a revelar-se curto... mas lá vai aparecendo. Aqui.

Insólito

 

Foto surripiada ao Omar... espero que ele não se importe...
 
Insólito

A cena passou-se há uns dias e deixou o mundo perplexo. Pode alguém ser expulso de um país por ser "demasiado bonito"? Pois parece que sim. Não sei se foi a primeira vez que tal aconteceu, talvez não, mas por certo foi a primeira vez que semelhante acontecimento teve repercussões mundiais ao conhecer-se a identidade de um dos homens expulsos da Arábia Saudita, aquele país sui géneris que é um poço sem fundo de moralismo e anormalidade.
Omar Borkan Al Gala, natural dos Emirados Árabes Unidos, fotógrafo, poeta e mais não sei o quê que o rapaz é cheio de atributos, foi um dos três fabulosos que, segundo o governo de Riad, deixaria o mulherio em polvorosa, quiçá em estado de transe, provocando a demência colectiva nas fêmeas sauditas perante tal visão de Adónis.
Visitei a sua página no facebook, este facebook a aproximar gente tão distante, e deparei-me com uma página inundada de comentários chegados de todo o mundo, alguns até muito engraçados... como este da Rena Valentino  - please stop posting sexy pics. Im trying to work and cannot concentrate

Desentendimentos na Coligação

 
 Desentendimentos na Coligação

Os desentendimentos no interior da coligação podem ser negado mil vezes. Mas certo é que eles são notórios neste protelar de decisões/cortes que terão reflexos na vida de quase todos nós.
Entretanto, já adiada uma série de vezes - a conferência de imprensa, a comunicação ao país ou lá o que será - parece que saberemos as más novas, com todas a pompa e circunstância, na próxima terça-feira... parece...

"O ministro das Finanças propôs aos seus colegas uma redução do número de funcionários públicos, complementada com um corte no salário dos que não seriam dispensados. Vítor Gaspar quer ainda cortar nos valores que são actualmente pagos aos pensionistas. Cortes que vão fazer parte do pacote de medidas de quatro mil milhões de euros que o governo vai apresentar depois de nova reunião do governo na próxima terça-feira.
A ameaça de Paulo Portas de romper com o governo caso o ministro das Finanças não recue nas suas propostas, fez com que não fosse tomada qualquer decisão."

Pode ler o resto do artigo aqui.

E pode ler o que diz Marques Mendes aqui.

sábado, 27 de abril de 2013

Trabalho - Publicação de Recursos Pedagógicos de História em Powerpoint


Trabalho/Lazer - Barca - Serra da Aboboreira - Amarante
Fotografias de Artur Matias de Magalhães
 
Trabalho - Publicação de Recursos Pedagógicos de História em PowerPoint

Esta é a terceira fase do meu trabalho, muito embora seja a primeira fase visível já que até à publicação das minhas apresentações em Powerpoint tudo fica entre mim e mim, numa primeira fase - a fase em que fotografo, digitalizo, construo o esqueleto, os esquemas, selecciono a informação, as imagens, a animação... com que construo pedra a pedra os meus queridos PowerPoints. Segue-se uma segunda fase em que o meu trabalho fica entre mim e os meus alunos e esta também passa despercebida do grande público.
Depois, quando publico o meu trabalho na Internet, na minha página de recursos, entro na terceira fase do meu trabalho, primeira pública, em que abro janelas múltiplas para o mundo da lusofonia sabendo que as minhas páginas têm seguidores do lado de cá e do lado de lá do Oceano Atlântico.
Mas o trabalho, nesta fase, ainda não está pronto. Hoje foi dia de publicação das duas últimas apresentações em PowerPoint que podem ser consultadas aqui. Falta-me, no entanto, publicar a aula propriamente dita no meu blogue História 3º Ciclo e ainda pesquisar no Tubes um ou outro vídeo de apoio que complemente o estudo aos meus alunos.. e aos alunos que não são meus também... e esta é a quarta fase, segunda pública.
Esta transparência de janelas sem cortinas não é bem entendida por todos, eu sei.
Há quem considere que eu me estou a armar aos cucos, que tenho a mania que trabalho... e que blá, blá, blá...
Aos meus detratores, poucos e maus, diga-se de passagem, respondo com trabalho muito, afincado, determinado, persistente, resiliente... - que se confunde com lazer, que chatice! - e deixo um aviso - nunca me manietarão.
Não assim.

Nota - A foto é de uma abelha... mas podia ser eu... com asas... a voar... a voar...

Apanhado Deprimente

Parte de Uma janela com Orquídeas - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Apanhado Deprimente

Governos estão a ir 'demasiado longe' na austeridade

Adversário de Merkel acusa-a de condenar a Europa à 'anorexia'

Os números do desemprego em Espanha são 'pavorosos'

Seguro chora com elogio no Congresso

E para contrariar o momento deprimente que vivemos... partilho parte de uma janela com orquídeas...

Turismo - Sugestão ao Poder Político Local - Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas

Reconstituição das Invasões Francesas em Amarante - Stª Luzia
2009 - Comemoração dos Duzentos Anos da Heróica Resistência
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Turismo - Sugestão ao Poder Político Local - Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas

Todas as terras devem procurar valorizar com unhas e dentes aquilo que as distingue e que é específico delas. Há um tipo de turista que não se contenta com férias de 15 dias num resort xpto de onde jamais sai e que, pelo contrário, espreita todos os cantos e recantos das terras por onde passa privilegiando até o contacto com as populações locais, procurando obter informações sobre a história das terras e das suas gentes.
Sei bem do que falo já que sempre pratiquei este tipo de turismo que precisa de ser acarinhado por ter grandes possibilidades de crescimento num futuro mais ou menos próximo... se os europeus não arrasarem a Europa... e a propósito das reconstituições do percurso das invasões francesas em Amarante, que farei proximamente com os meus alunos, bem espaldada pelos técnicos do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, não posso deixar de pensar como seria bom se pudéssemos contar com um roteiro que o mapeasse pelo menos desde a entrada das tropas napoleónicas aqui no concelho, enquadrado por um pequeno mapa com as três invasões sofridas pelos portugueses onde estivesse destacada a 2ª, comandada por Soult, exactamente a que por aqui tantos estragos provocou. Depois teria umas informações gerais sobre os acontecimentos daqueles dias fatídicos iniciados a 18 de Abril e que se prolongaram até ao dia 2 de Maio, dia do rompimento das forças resistentes que permaneciam dando luta aos franceses na margem esquerda do Tâmega, teria informações sobre os solares incendiados, os solares poupados, as escaramuças vividas aqui pelo centro, as igrejas transformadas em autênticas cavalariças numa profanação do espaço sagrado inadmissível para os amarantinos, os estragos, as pilhagens...
Para além deste panfleto em suporte de papel, que um qualquer turista chegado ao burgo haveria de ter disponível para com ele calcorrear as ruas das invasões, haveria ainda que registar em placas bem estudadas e sóbrias, as histórias pitorescas e únicas de cada edifício, de cada canto e recanto... estou farta de me lembrar da Normandia e de como os acontecimentos trágicos da 2ª Guerra Mundial aí estão presentes e não sofrem da possibilidade de caírem no esquecimento porque tudo está registado, assinalado, catalogado, mapeado. Ao entramos num pequeno vilarejo desta região francesa onde se começou a infligir aos alemães uma pesada e merecida derrota lá estão as placas nas casas, nas igrejas... relatando sumariamente "Aqui aconteceu isto e aquilo... "
Gostaria de ver isto feito aqui em Amarante. Porque a heróica resistência às tropas napoleónicas e a defesa da ponte faz parte integrante da nossa história local que podia e devia ser valorizada.
Assim fica só a cargo de uns quantos aficionados professores de História... e, de quando em vez, de umas reconstituições promovidas pela Câmara Municipal de Amarante. Muito pouco, portanto. E quase nada para quem chega a esta belíssima terra como turista.
Aqui deixo a sugestão ao poder político local. Ao que está e ao que há-de vir. Em ano de eleições... quem sabe não haverá algum candidato capaz de pegar nesta ideia gratuitamente fornecida aqui pela je?

Nota - Esta sugestão tem a vantagem de ser de fácil concretização e de não ter custos exorbitantes, perfeitamente compatível com um orçamento camarário de Troika.

Bom Dia!

Azáleas - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Bom Dia!

Hoje com as minhas azáleas. As tais que eu vejo mal acordo para o dia.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Amarante - Glicínias

Ramada de Glícinias - Madalena - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
 
Amarante - Glicínias

As glicínias são trepadeiras belíssimas que, quando se enchem de cachos brancos, rosas, violetas, exalam um perfume extraordinariamente doce e bom remetendo-me de imediato para a casa dos meus avós paternos, em Cepelos.
Ontem fotografei glicínias a rodos, pujantes da sua floração, sobre caminho público aqui da City e que, nesta altura do ano, se transforma no caminho mais bonito de Amarante e arredores.
Amarante tem muitos encantos, é certo!, e também é certo que cada habitante deve cuidar dela com carinho e dedicação.
Foi o caso deste casal que engendrou tão bela ramada!

Os meus parabéns M e C!

Convite - Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante

Convite - Reconstituição das Invasões Francesas em Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Convite - Reconstituição do Percurso das Invasões Francesas em Amarante

Fiz as primeiras reconstituições do percurso das invasões francesas em Amarante no longínquo ano lectivo de 2004/2005, estava eu colocada na Escola Secundária de Amarante... ESA para o pessoal mais íntimo. Esse ano lectivo ficará para sempre associado ao início do meu trabalho em PowerPoint, em plenas férias de Verão, em casa da minha companheira de profissão e, mais importante ainda! da minha querida amiga Rosa Maria Fonseca... eheheh... as duas às apalpadelas com o novo programa... ajudadas pelo seu filho quase adolescente... ai se não era ele... heeeeeeelp João Pedro!
Nesse ano lectivo, construí um guião da reconstituição do percurso das tropas napoleónicas, combinei tudo com as turmas, algumas daqui do centro da cidade e, aproveitando o intervalo grande da manhã, de que os alunos prescindiram, obrigada alunos meus!, mais a aula de 90 minutos, deitámos pés ao caminho e, ligeiros, dirigimo-nos ao ponto inicial, a Stª Luzia, onde está a nossa ruína mais emblemática desta época, o Solar dos Magalhães.
Depois de uns anos de interregno na concretização desta actividade, tão do agrado dos alunos, por manifesta falta de tempo, a disciplina de História só tinha 90 minutos no 7º mais 90 minutos no 8º ano e só este ano lectivo recuperou um pouquinho do tempo perdido no penúltimo desenho curricular estando agora, na minha escolinha, com 90 mais 45 minutos em todos os anos do 3º ciclo. Assim sendo, volto à carga, hoje em dia com outros apoios, apoios mais sofisticados, decorrentes da parceria por mim estabelecida com o Museu Amadeo de Souza-Cardoso no âmbito do Projecto de História que elaborei e estou a implementar na EB 2/3 de Amarante, chamado "História em Movimento". Assim, as minhas três turmas de 8º ano serão guiadas por uma técnica superior do museu, sem dúvida uma mais valia a acrescentar ao facto da aula decorrer em pleno centro histórico desta bela cidade conhecida por muitos pelo cognome de "Princesa do Tâmega".
Depois da aula do Barroco, leccionada pelo Professor Miguel Moreira na Igreja de S. Domingos e Museu de Arte Sacra anexo, chegou a vez de revisitarmos o património e a história local.
O roteiro está feito, já estava, e inclui uma visita ao interior do Solar dos Magalhães, que será aberto propositadamente para os meus alunos, daí prosseguiremos pelo Seixedo, Rua Dr Miguel Pinto Martins, Largo de S. Pedro, Rua Teixeira de Vasconcelos, subiremos à Biblioteca Municipal de Amarante situada no Largo de Santa Clara, para daí descermos em direcção ao Peitoril, Largo de S. Gonçalo, sacristia da Igreja de S. Gonçalo e finalizaremos a visita no Museu Amadeo de Souza-Cardoso onde observaremos a maqueta que representa a vila de Amarante ao tempo das invasões, umas balas de canhões que por aqui foram guardadas e o capacete de uso atribuído ao General Silveira, general que comandou a resistência portuguesa aqui na valente Amarante.
Por cortesia para com os meus colegas de História costumo afixar um convite a eles dirigido, na sala de professores da EB 2/3 de Amarante, sempre que organizo exposições, visitas de estudo ou palestras, mas, desta vez, resolvi alargar a todos os professores que queiram e possam juntar-se a nós para cumprir uma aula bem diferente das habituais. Sei que há interessados...
Darei novas sobre esta actividade.

Por agora deixo-vos com um extracto de um texto publicado no Archivo Pittoresco, de 1864, onde se faz referência a este episódio da Guerra peninsular travado em solo amarantino.

"(...) Amarante nunca teve cerca de muralhas, nem castello que a defendesse; todavia é uma posição militar muito importante. A esta mesquinha vantagem deve ter-se visto, por vezes, transformada em theatro de guerra. na invasão dos francezes de 1809 padeceu crueis estragos. Foi occupada pelo inimigo o qual achando a ponte defendida pelas tropas portuguezas comandadas pelo general Silveira, depois de inúteis tentativas para forçar a passagem, vingou-se das perdas que ahi soffreu, e da vergonha da derrota, incendiando a melhor parte da villa. (...)"
 
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