quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Bom Ano 2009




Estrelinha Azul 2009 - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Bom Ano 2009

De forma simples, da forma que eu mais aprecio, desejo a todos os que passam por aqui um excelente 2009.
Que a estrelinha azul do meu umbigo, S. Gonçalo, nos ilumine os passos no próximo ano.
É que bem precisamos de luz!
Luz não ofuscante.
Apenas a suficiente.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Café Bar


Café Bar - S.Gonçalo - Amarante
Fotografia de Eduardo Teixeira Pinto

Café Bar

Hoje partilho um postal editado pelo Pedro B, em edição numerada, que me foi oferecido pelo próprio nesta quadra festiva que agora se aproxima rapidamente do fim.
O postal retrata a fachada do Café Bar, em plenos anos sessenta, captada pela lente do enorme fotógrafo amarantino Eduardo Teixeira Pinto.
O gesto do Pedro deixou-me sensibilizada pois este colega dos bancos de escola sabe que eu cresci à volta deste café, à época do meu avô Rodrigo e dos seus irmãos Ismael e Belchior, e era do seu conhecimento que eu não possuía nenhuma fotografia de família que retratasse esta fachada ao tempo da minha infância. Por isso aqui lhe deixo os meus agradecimentos até porque o seu gesto reavivou-me memórias antigas associadas a este local.
A este café associarei sempre as histórias contadas pelo meu avô, sobre os clientes ilustres que frequentavam, à época, o café do Largo, e cuja figura maior tinha sido o ilustre poeta amarantino Teixeira de Pascoaes, que possuía a sua chávena particular no dito estabelecimento, por onde só ele bebericava o café.
Associarei sempre este espaço à história pitoresca da sua abertura quotidiana, às seis da manhã, pelo avô do A, Rodrigo, cliente assíduo da máxima confiança do meu avô e dos meus tios, madrugador inveterado que se levantava da cama ao cantar do galo e única pessoa que possuía a chave para além dos donos do dito café.
Associarei sempre a este espaço o facto de ser unicamente frequentado por homens já que, senhora que se prezasse, em plenos anos sessenta, não transpunha a sua porta, sob pena de ficar com a reputação completamente arruinada para o resto da vida. Vai daí era ver os carros entrarem no largo onde estacionavam. As madames não arredavam pé do interior dos automóveis e aqui mesmo eram servidas por solícitas empregadas fardadas que, de bandeja na mão, serviam chazinhos e outros produtos que tais.
Outros tempos. Uma Amarante diferente. Um diferente café.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Marrakech


Marrakech, La Rouge - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Marrakech

Recebi esta mensagem de um bom amigo:

"Meus queridos, Marrakech é fantástica!"

Mas o que é que eu ando farta de dizer?!
Mas o que é que eu ando farta de te dizer estes anos todos, F?!
Já gargalhei ao telefone.
Sim, a cidade é extremamente cosmopolita! Sim, a cidade é extremamente movimentada! Sim, a cidade tem um ambiente muito particular! Sim, a cidade é surreal!
Sim, é Marrakech, La Rouge!
Simplesmente a cidade mais encantadora do Sul!

Antony & the Johnsons - Bird Girl

Antony & the Johnsons‏ - Bird Girl

Igualmente pela segunda vez neste blogue, esta pérola de "Bird Girl".

Antony & the Johnsons

Antony & the Johnsons‏

Partilha de informação, só para quem gosta.

14 de Maio - Coliseu de Lisboa
16 de Maio - Teatro Circo em Braga
18 de Maio - Coliseu do Porto

E aqui deixo mais uma vez a belíssima, triste e comovente "Hope There`s Someone" . Afinal todos nós queremos ter quem nos segure a mão quando disso necessitarmos...
Quanto ao vídeo...

domingo, 28 de dezembro de 2008

Rania, Rainha da Jordânia

Rania, Rainha da Jordânia

Aprecio muito a acção desta mulher, Rania de seu nome, que actua em pleno coração do mundo árabe e extravasa da Jordânia para o mundo aproveitando alguns dos benefícios da globalização. Podia limitar-se a ser uma mera peça decorativa que ficaria sempre bem ao lado de qualquer rei, mas a verdade é que semelhante papel não se adequa minimamente a uma mulher que alia beleza e inteligência em doses absolutamente generosas. Vai daí resolveu aproveitar o canal democrático e mais do que popular do YouTube para lutar, ela própria, contra estereótipos "nossos" relativamente ao mundo árabe.
O meu conhecimento do mundo árabe é algum e, tal como Rania, garanto que as realidades são muito diversas de país para país e mesmo dentro do mesmo país, de região para região. Diversas são as realidades do ponto de vista económico, cultural, religioso, do papel das mulheres neste mundo que também se vai alterando a cada dia que passa. Mantenho-me particularmente atenta a este último ponto, registando pequenas ou grandes alterações neste mundo olhado, quantas vezes, com desconfiança, e onde eu gosto de me misturar, ao acaso, pelas ruas, em Aman, em Marrakech, em Nouakchott, em Layounne, em Tunes, em Trípoli... sempre consciente que as mudanças devem partir da necessidade sentida no seio destas sociedades já que as imposições dão, frequentemente, péssimos resultados.
A palavra à rainha Rania. Aos estereótipos e à sua/minha luta contra eles.



sábado, 27 de dezembro de 2008

CEF - Levantamento de Problemas I

CEF - Levantamento de Problemas I

Os Cursos de Educação e Formação funcionam na ESA há muitos anos e, antes destes, funcionavam os antigos 15/18, daí que a experiência acumulada nesta escola seja já digna de nota relativamente a estes alunos, por norma, mais complicados e difíceis.
As turmas que integram estes cursos são constituídas por alunos que, no geral, não gostam da escola dita normal, porque demasiado teórica, oriundos quantas vezes de famílias disfuncionais, de baixos recursos económicos, de baixo nível cultural, alunos com problemas afectivos e comportamentais que não sabem, frequentemente, refrear e moderar as suas reacções, o que nos coloca problemas suplementares a que devemos dar resposta dentro e, quantas vezes, fora da sala de aula.
De notar que considero que não compete à escola albergar tudo no seu seio e que os delinquentes, caso existam, deverão ser encaminhados para outras instituições que não a Escola.
Feito este parentesis levanto hoje um problema pouco falado e assumido entre nós, professores.
Para que estes cursos funcionem sem se aumentar e potenciar os problemas e riscos de indisciplina, inerentes a alunos com estas características, é necessário um corpo docente experiente que alie autoridade, paciência, firmeza, afectividade, características que devem andar enlaçadas com uma enorme dose de bom senso e capacidade de reacção pronta, e que não contemporize com momentos de laxismo dentro da sala de aula, sob pena das turmas ficarem sem rei nem roque e se perder, por completo, o controlo da situação.
Reconheço que a atitude da esmagadora maioria dos professores mais experientes, que compõem os corpos docentes das escolas, é fugir destas turmas como o diabo foge da cruz e o que se passa na ESA não foge a esta tendência. Vai daí ser raro o professor mais velho e mais experiente, agora promovido a titular de coisa nenhuma, solicitar turmas de CEF para integrarem o seu horário lectivo. Daí advém, a meu ver, um dos problemas que afectam o funcionamento destes cursos, neste país, pois estas turmas, difíceis, às vezes muito difíceis, ficam para quem é mais novo e menos experiente, para quem não tem outra hipótese, para quem não tem outra escolha, e para quem, muitas vezes, as lecciona não querendo, não gostando, leccionando absolutamente contrariado e inadaptado, contando os dias que faltam para chegar ao fim de tal calvário.
Considero tal facto injusto e expressa, a meu ver, uma enorme falta de solidariedade entre pares que, sinceramente, não sei como resolver, porque se a esmagadora maioria dos titulares escolhe não ter turmas de CEF é porque não quer estes alunos e, provavelmente, se fossem obrigados a escolhê-los também iriam leccioná-los contando os dias para o final de tal calvário...
Ora esta atitude, a existir de forma mais ou menos generalizada, potencia, a meu ver, os problemas nestas turmas.
E o que é que eu, como professora de cinco turmas de CEF, posso adiantar? E ainda por cima com uma direcção de turma de um CEF?
Pois não posso deixar de considerar abusivo o meu horário e já tive oportunidade de o afirmar ao meu Director, muito embora escolha CEF todos os anos pois gosto do desafio das coisas difíceis. Continuo a gostar de muros, de os contornar, de os saltar e uma turma bem comportada e com excelentes resultados não me coloca desafios por aí além enquanto docente, enquanto a esmagadora maioria destas turmas coloca-me desafios a cada aula que passa e eu gosto desta adrenalina. Cá em casa chamam-me masoquista... serei. Mas a verdade é que quando consigo colocar um aluno destes a dizer "Afinal até gosto de CMA!" é para mim motivo de alegria maior e saboreio cada palavra, lentamente, sentindo que tenho de continuar a fazer mais e melhor enquanto docente.
E, embora considere que a ESA abusou no meu horário, e tenha dias em que saio da Escola absolutamente exausta, ainda assim não considero que esteja a percorrer um calvário.
Bem sei que a resistência faz parte das minhas características enquanto pessoa e enquanto docente mas, a verdade, é que, para mim, o facto de eu conseguir leccionar cinco turmas de CEF sem soçobrar só vem comprovar aquilo que afirmo há muito tempo - há CEFs e há CEFs.
E que quem os mete a todos no mesmo saco da delinquência está a cometer um erro grave de generalização que não deveria, a meu ver, ser cometido entre educadores.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Canção de Natal

Canção de Natal

Iluminações de Natal





Iluminações de Natal - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Iluminações de Natal

Hoje deixo mais umas fotografias das iluminações de Natal que têm o condão de embelezar a minha cidade nos dias que passam.

Pai Natal - Efeitos Colaterais


Pai Natal - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Pai Natal - Efeitos Colaterias

Quem foi o postal ilustrado do meu sobrinho que perante o Pai Natal, e borradinho de medo, se chegou ao pé de mim e disse-me com voz nervosa "Já lhe toquei!"?
E que perante a minha ordem de "Então vamos tocar-lhe outra vez!" começou a andar em marcha atrás, dando de frosques o mais rapidamente possível, entre risos tremeliquentos?
Quem foi?
Quem foi o postal ilustrado?

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Iluminações em Dia de Natal







Iluminações - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Iluminações em Dia de Natal

A primeira vez que as vi foi no blogue do Helder Barros e gostei delas de imediato.
Nada das palhaçadas costumeiras hipercoloridas e de gosto mais do que duvidoso, as iluminações de Natal, deste ano, estão sóbrias, discretas, elegantes e simples. Como convém.
Gostei delas de imediato e hoje foi dia de descer a pé pelo centro histórico abaixo e, mesmo sem tripé, fazer uma meia dúzia de fotografias durante uma boa meia-hora, tempo mais do que suficiente para me deixar meia congelada!
Agora é tempo de partilhar as fotografias nocturnas do meu umbigo, S. Gonçalo, onde ponte, mosteiro e praça continuam belos, seja de dia ou de noite, seja no Outono ou no Inverno, ou nas restantes estações do ano.
Sempre me senti uma felizarda por ter nascido numa freguesia tão bela. Tenho a sorte de permanecer neste estado!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal

Feliz Natal

Tempo de Poesia


Tempo de Poesia - Bretanha - França
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Tempo de Poesia

"último poema do íntimo ãfa"

"Dá trabalho ter a casa em dia.
Até correr cada compartimento,
e achar cada coisa em seu lugar.
Há sempre um papel a jogar fora.
Tua casa esteja em ordem.
Arruma-a, cada vez que precise.
Guardes lá um recanto onde medites.
Livros, palavras, sons
para as horas mais longas.
Que o mundo se restabeleça,
ao contacto fresco
das paredes da paz."

Ângelo Ochôa

Nota - Com os meus agradecimentos ao Ângelo Ochôa, autor desta maravilhosa poesia, e ao Helder Barros, a quem esta poesia foi dedicada.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Dois Amigos


Memória - ESA - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Dois Amigos

Recebi esta belíssima poesia da Elsa C e do seu filho Ricardo. O conteúdo, confesso, deixou-me sensibilizada. E como passei a ser "dona" desta pérola, escrita para mim nesta quadra religiosa que nada diz à Elsa C, nem tão pouco a mim, partilho-a com os meus leitores afirmando, aqui e agora, que a Elsa C e o Ricardo, seu filho e meu ex-aluno, permanecem em mim, enriquecendo-me interiormente. Foi/é um prazer conhecer-vos. É um prazer ter-vos por perto.
E também vos desejo mimos. Ofereçam-nos, recebam-nos... e mimem-se, parafraseando a Elsa C.

"Afinal, a nossa existência é tão efémera e contrariamente à filosofia de pendor racionalista, considero que são os Afectos que nos unem, que nos desunem....que nos humanizam."


"No final das turbulências institucionais e/ou pessoais, o que restará?
A história colectiva.
A história pessoal.
As experiências epidérmicas de prazer/desprazer.
Os Amigos persistirão:
Resistirão às intempéries,
aos devaneios e
oportunismos de várias espécies.
Sobreviverão às rugas.
À idade.
Ao tempo.
Ficarão.
Permanecerão.
Na memória de uma qualquer alma invisível."

Beijos,
Elsa e Ricardo.

Bom Natal!


Bom Natal - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Bom Natal!

É o meu desejo para todos os que passam por aqui.
Para os que nunca deixam rasto, para os que às vezes deixam rasto, e para os que deixam quase sempre rasto.
Beijinho grande e um sorriso, envolto em laçarotes azuis, do tamanho da minha Barca!
Fiquem bem!

Saudades


O Futuro - F - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

O Passado - F - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Lurdes Monteiro

Saudades

A história do almoço de hoje conta-se em duas penadas. Durante uma conversinha no MSN com o P chegámos à conclusão que ambos adoramos omeletes. Vai daí combinámos encontrar-nos para comermos as ditas antes mesmo do Natal. Palavra puxa palavra e resolvemos estender o convite a todos os alunos da turma que este ano se desmembrou, a todos os ex-professores do F desde o 7.º ano e que representariam o Passado, e o P achou por bem convidar a sua DT deste ano, Lurdes Monteiro de seu nome, como representante do Futuro. Se bem o pensámos melhor o fizemos e o almoço foi hoje. Para mim omelete, pois então! Pena que muitos alunos da turma não tenham podido estar presentes, pena que muitos dos professores da turma não conseguissem estar presentes, neste final de período de loucos, mas a maioria nem sequer é de cá de Amarante e hoje já tinham outros afazeres combinados. Mandaram beijinhos e abraços, sentidos, que esta turma ficou na memória de todos nós e aqui permanecerá. Mesmo assim esteve presente a Lurdes Monteiro, a Joana Cerqueira, o Paulo Faria, eu própria, a Cristina Afonso foi lá deixar um beijinho e a Lúcia Tomaz enviou mesmo um discurso escrito em cima do joelho, hoje de manhã, no meio do trabalho da ESA.
No final do almoço foi então tempo de discursos, lido por mim o da professora Lúcia Tomaz, feito de improviso o meu, representando o passado destes alunos. E lá recordei a minha turma de pulguinhas de 7.º ano, que encontrei pela primeira vez num dia de Setembro de 2005, na Escola Secundária/3 de Amarante, e lá partilhei com eles o enorme prazer que constituía para mim o entrar naquela sala C14, ao último tempo de sexta-feira, para a única aula semanal de História que lhes leccionava. Estou a ver as suas carinhas atentas, sempre entusiasmadas com as matérias de História leccionadas por mim recorrendo ao PowerPoint, pela primeira vez, depois de passar quase todas as férias de Verão a adiantar serviço!
O A, a A R, a A B, a outra A R, o A, o E, o único que permanece comigo, infelizmente para ele! :), o E A, o F, a I, o J N, o J A, o J S, o Z P, a M, a M C, A M N, a P, o C, o P P, o P M, o R, a S, a T, a V S e a V Q constituíam a turma do 7.º ano; no 8.º perdemos a M e o J A e acrescentámos o D, no 9.º acrescentámos o N e o Z D e fomos crescendo juntos, eles e eu, eu servindo-me deles como cobaias, experimentando vestir a História com roupagens mais actuais, sem adulterar conteúdos, procurando cativá-los e proporcionando-lhes um ambiente confortável dentro das quatro paredes da nossa sala de aula. Recordei-lhes isso durante o discurso. E partilhei com eles o facto de apesar de ter quase 50 anos... kakakakaka!!!... risos e tossidelas!... ter sido este o primeiro ciclo de três anos em que o ME me possibilitou o acompanhamento das minhas turmas do 7.º ao 9.º ano.
Aqui fica o reparo, magoado, a uma tutela alheada dos problemas reais com que se debatem os professores no terreno.
E combinámos novo almoço, lá mais para o final do ano, com tempo quente, na minha Barca, na minha Aboboreira.
Saudades desta turma. Saudades de tempos de Escola incomparavelmente mais felizes!
E o P também discursou de improviso e relembraram-me os castigos que eu raramente lhes impunha porque eles quase não necessitaram... "Frases longas, professora!", sim continuo a mesma... "Na sala de aula tenho de manter uma postura..." seguido de qualquer coisa que na hora me lembro... qualquer coisa longa... para eles não repetirem a graça e lhes ficar na memória... cem vezes... ai que pecado!
E a Lurdes também discursou como representante do advento do qual fazem parte as cores lilás, amarelo, azul e verde - lilás simbolizando a dor do fim de um ciclo e a passagem para um novo período da vida desta gente em crescimento acelerado; o amarelo e o azul... quem me ajuda que eu já não me lembro!!! e finalmente o verde simbolizando a esperança no futuro.
E pronto. A escrita já vai longa e termina aqui e agora.
Boas festas. Saudades vossas... e do G e do H!
E aqui deixo as minhas palavras, sérias, entre risos e brincadeiras e efeitos especiais!
Para memória futura!
Com que então ficava com o fim-de-semana estragado?!!!!
Náaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Lata

Lata

A Ministra da Educação recebe um abaixo-assinado de mil e quinhentos professores que concordam com este modelo de avaliação do desempenho e não recebe uma abaixo-assinado de quase 70 mil professores que não concordam com este modelo de avaliação. Está certo.

http://sic.aeiou.pt/online/scripts/2007/videopopup2008.aspx?videoId={EB040AC1-1A43-496A-A2C4-A43FE27B5FA6}

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Zé Gonçalves

Manif - 8-11-08 - Lisboa
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Zé Gonçalves

Hoje, dia em que a Zé Gonçalves se despediu de muitos de nós, dia em que se despediu da Escola com os olhos rasos de água, agora que se afasta da confusão em que se transformou a Educação, palco de lutas ainda sem tréguas à vista, ainda sem dias de bonança no horizonte, é altura de lhe prestar aqui uma justa homenagem. Uma homenagem à Mulher, à Professora, à Colega, à Amiga, sempre escorreita, sempre vertical, sempre lutadora, sempre emotiva, sempre generosa.
A Zé Gonçalves não chegou a ser minha professora e o testemunho que aqui deixo é o dos seus ex-alunos, tantos durante todos estes anos de profissão! que para com ela têm uma atitude respeitadora, meiga, afável, generosa nos adjectivos guardados para uma pessoa cordata que tanto deu ao ensino e aos alunos, particularmente aos da nossa região.
A Zé possui e cultiva uma característica que nem todos os seres humanos possuem e que é a verticalidade, característica que eu muito aprecio e da qual já falei inúmeras vezes neste blogue. Verticalidade na postura, nas ideias que sabe defender e na actuação consequente com essas mesmas ideias. A Zé sai magoada da Escola e com a Escola. Não com os alunos, evidentemente, dos quais vai ter saudades, mas com as chefias, as políticas. E o caso não é para menos.
Hoje olhámos para ela sabendo que ela não voltará como nossa colega, como sindicalista aguerrida, e decerto ficámos perdidos em pensamentos contraditórios entre o "Que felicidade! Sai da bagunça!" e o "Que pena! Ainda tinha tanto, mas tanto para dar à comunidade educativa." Enfim!
Quanto a nós, continuaremos a ver-nos por aí e organizaremos de novo manifestações extraordinárias na capital deste país um pouco anedótico, um pouco deprimente!
Até lá, Companheira!

Dias Loucos


Silêncio - Sahara Ocidental
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Dias Loucos

Eu disse que se avizinhavam dias loucos. E hoje foi, sem dúvida, um desses dias. Entrei na Escola às 8:15, saí para almoçar às 13:15, cheguei a casa e engoli, literalmente, uma sopa que nem saboreei, e tratei de retornar à Escola pelas 13:40, numa correria. Cheguei atrasada dez minutos à primeira reunião da tarde, espalhando desculpas, e não fui a única. Com efeito as reuniões da manhã atrasaram, o que deu nisto para vários de nós. Reuniões, reuniões, umas a encadearem nas outras, sem tempo para um café! Ufa!
Cheguei agora mesmo a casa. Exausta. De tal forma que aproveito e evado-me para o silêncio e a imensidão do deserto, e poiso sobre esta falésia, de onde observo o mar cá do alto, pertinho do cabo Bojador, aquele lugar mítico para os portugueses, de superação de dificuldades, de dor, de privações e igualmente de coragem. Nas minhas costas o grande Sahara. À minha frente o grande Atlântico. Anabela! Anabela! A papelada da minha direcção de turma chama por mim a bandeiras despregadas mas por hora farei ouvidos moucos. Estou farta!
Amanhã ainda é dia. Amanhã ainda trabalharei na escolinha.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Amarante



Amarante - Outono/Inverno
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Amarante

Mais do mesmo, agora com manipulações "genéticas" ao nível do brilho e do contraste.
É Amarante com roupagens de Outono/Inverno, de qualquer modo sempre bela, seja qual for a estação do ano em que se fotografe a Princesa do Tâmega.

Adeus Outono! Olá Inverno!




Adeus Outono! Olá Inverno! - Amarante -Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Adeus Outono! Olá Inverno!

Hoje sacudi a Educação do meu lombo e aproveitei a manhã para me deliciar com uma luz espantosa e um céu azul lindo de morrer. Aspirei o ar fresco da manhã, absorvi as cores e a luz, olhei o rio e o casario antigo do centro histórico da minha cidade que continua o mesmo, imutável, belo, sóbrio, digno, interiorizei o silêncio à beira rio durante um caminhar cadenciado, decidido, familiar. E fotografei. Sem que da beira rio capte as aberrações dum crescimento urbano que deveria levar à cadeia os políticos e técnicos que permitiram esta expansão, sem rei nem roque, à volta do casco antigo, que só prejudicou a vida de todos nós. A vida na minha infância fez-se de ruas com vida, prédios ocupados, gente pobre e gente rica a viver em proximidade, numa mesma rua, lojas ocupadas. Hoje a vida no centro da cidade faz-se de casas desocupadas, ausência de correrias e risos de crianças. Uma tristeza! Uma aberração!
Entretanto volto a absorver tudo avidamente e dou-me conta que é mais um Outono que se despede e é mais um Inverno que chega, numa cadência aconchegante e imutável.
Valha-nos esta estabilidade num tempo em que tudo muda tão rapidamente e quase sempre para pior.
Por isso...
Adeus Outono, Olá Inverno.

Ponto da Situaçãp

Ponto da Situação

Ministério da Educação
Professores entregam segunda-feira maior abaixo assinado de sempre
A Plataforma Sindical de Professores entrega segunda-feira no Ministério da Educação (ME) «o maior abaixo-assinado de sempre» de docentes, a exigir a suspensão do processo de avaliação de desempenho e o fim da divisão da carreira em duas categorias

O porta-voz da Plataforma, que reúne os 11 sindicatos do sector, garantiu que este será «o maior abaixo-assinado de sempre» da classe, ultrapassando as cerca de 60 mil assinaturas recolhidas em Novembro de 2006, contra o Estatuto da Carreiras Docente (ECD).«Isto traduz o sentimento dos professores que é claramente pela suspensão da avaliação. Há uma determinação muito grande porque sabem que este modelo é apenas um instrumento de gestão colocado ao serviço do controlo da progressão na carreira e não ao serviço da melhoria do seu desempenho profissional, afirmou Mário Nogueira, em declarações à agência Lusa.«Só na Internet, em apenas cinco dias, já tínhamos cerca de 20 mil assinaturas. Fora as que foram recolhidas nas escolas», acrescentou o dirigente sindical, sem conseguir, no entanto, adiantar uma estimativa final.Além da suspensão do processo de avaliação, os signatários do documento a entregar segunda-feira à tarde ao secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, exigem uma revisão do ECD que permita substituir o modelo de avaliação, abolir as quotas para atribuição das classificações mais elevadas e eliminar a divisão da carreira em duas categorias hierarquizadas.Para Mário Nogueira, o modelo de avaliação deve ter consequências na carreira, mas não pode ser esse o seu principal objectivo: «Deve ser um instrumento de melhoria do desempenho dos professores».O Governo aprovou quarta-feira em Conselho de Ministros o decreto-regulamentar que define as medidas de simplificação do processo de avaliação de desempenho, mas os sindicatos insistem na suspensão do modelo.Quanto ao Estatuto da Carreira Docente, a equipa da ministra Maria de Lurdes Rodrigues aceitou proceder à sua revisão. As negociações deverão arrancar em Janeiro.Durante a última manifestação de professores, que a 08 de Novembro reuniu em Lisboa cerca de 120 mil pessoas, segundo os sindicatos, foi agendada uma greve nacional para 19 de Janeiro, data em que se cumprem dois anos sobre a entrada em vigor do ECD.
Lusa/SOL

sábado, 20 de dezembro de 2008

Sugestão



Sugestão

Para o trio eléctrico, coitado, decerto cansado de tanto corta, recorta, rasga, põe em frangalhos uma anedota nacional chamada Avaliação do Desempenho Docente.
Excelente descanso, neste sofá mesmo mesmo adequado a tão especiais rabiotes, são os meus votos para a quadra que se avizinha.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Bailado



Bailado

Mas que bailado aí vai!!!!
Elegante, distinto, elevado, gracioso...

Cogito, ergo sum!

Cogito, ergo sum!

Perante a constatação dos efeitos perversos que a Avaliação do Desempenho está a provocar em alguns professores, felizmente não a maioria, só me apetece deixar aqui uma célebre frase de René Descartes:

"Cogito, ergo sum!"

Por mim recuso-me a deixar de existir. Vai daí continuo a pensar!
E a agir em conformidade.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Último Dia de Aulas


Almoço de Natal - ESA - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Último Dia de Aulas

É hoje que a maioria da população deste país pensa que os professores entram de "férias". Pois convém esclarecer que os professores portugueses não entram de férias aquando aos seus alunos, como se passa noutros países europeus, e que ainda terão dias absolutamente loucos para poderem, enfim, repousar o corpo e a mente de um período perfeitamente obsceno.
E por falar em obsceno, convém relembrar que hoje é o meu dia perfeitamente obsceno com CEF`s desde as 8:30 da manhã até às 16:40 da tarde. Excepcionalmente hoje, com almoço pelo meio realizado na cantina da ESA, com a minha turma do EM1, turma da qual tenho a direcção. Os meus alunos tinham combinado uns almoços no exterior da escola, mas lá desmarcaram os ditos para se juntarem a mim, não todos, mas a maioria deles, e lá atacámos em conjunto a ementa servida na cantina em dia que antecipa a ementa da ceia de Natal - bacalhau com batatas, couves e ovo, sopa de legumes e uma fatia de Bolo-Rei, excepcionalmente, para acompanhar.
Boas férias, bom Natal, entrem bem o ano, não façam asneiras, não dêem cabo da paciência aos vossos pais.... são as recomendações de sempre... beijinhos... até ao ano.
Para terminar o dia em beleza, reunião do EM1 que acabou agorinha mesmo.
Os alunos já se foram mas quanto a nós, professores, continuaremos na ESA em dias perfeitamente alucinantes! Agora é que é... relatórios por cada negativa dada, planos de recuperação, planos de acompanhamento, estratégias de remediação, actas, relatórios da psicóloga, relatórios de actividades, verificação de pautas, verificação de faltas... agora é que é!
E pelo meio, nesta altura do campeonato, ainda querem que calendarizemos nem sei o quê para dizerem que a avaliação está a avançar na ESA? Já disse à minha coordenadora que por mim ela pode calendarizar tudo sozinha durante a ceia de Natal!
Bolas, que não há mesmo paciência!

Sugestão do Dia

Sugestão do Dia

Opinião - António Barreto

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Afinal Havia Outra!

Afinal Havia Outra!

E de simplificação em simplificação o modelito está, a bem dizer, um frangalho!!!
Eu disse. Esta avaliação do desempenho começou de forma trapalhona, continua de forma trapalhona e acabará da mesma forma.

Comunicado do Conselho de Ministros de 17 de Dezembro de 2008

O Conselho de Ministros, reunido hoje na Presidência do Conselho de Ministros, aprovou os seguintes diplomas:

1. Decreto Regulamentar que estabelece um regime transitório de avaliação de desempenho do pessoal a que se refere o Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de Abril

Este Decreto Regulamentar vem estabelecer um regime transitório de avaliação do desempenho do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, para vigorar até ao final do 1.º ciclo de avaliação, que ficará concluído até 31 de Dezembro de 2009.

Uma avaliação dos professores justa, séria e credível, capaz de distinguir, estimular e premiar o bom desempenho, é um instrumento essencial para a melhoria do serviço público de educação e para a própria dignificação da profissão docente. Por essa razão, o Governo decidiu aprovar um novo regime de avaliação, de forma a ultrapassar a situação anterior em que, na prática, não existia nenhuma diferenciação quanto à qualidade do desempenho dos professores.

A introdução deste novo regime, que se baseia numa avaliação interna, integral e com consequências, implica, naturalmente, profundas mudanças na vida das escolas e no desenvolvimento da carreira docente. O Governo empenhou-se, desde sempre, no acompanhamento deste processo, disponibilizando-se para auscultar os professores e as suas organizações representativas, as escolas, os pais e outros agentes do sistema educativo, de modo a identificar as dificuldades e resolver os problemas.

A experiência prática de implementação do novo modelo de avaliação revelou, como é natural que aconteça, a necessidade de introduzir alguns ajustamentos e correcções, nalguns casos importantes, que permitam superar os problemas identificados, que são essencialmente: a existência de avaliadores de áreas disciplinares diferentes dos avaliados, a burocracia dos procedimentos previstos e a sobrecarga de trabalho inerente ao processo de avaliação.

Para resolver estes problemas, o Governo decidiu adoptar um regime transitório no sentido de simplificar e aperfeiçoar o procedimento de avaliação. Esse regime consiste nas seguintes medidas:

  • Assegurar que os professores que o pretendam são avaliados por avaliadores da mesma área disciplinar;
  • Dispensar, neste ano lectivo, o critério dos resultados escolares e das taxas de abandono, considerando as dificuldades identificadas pelo Conselho Científico da Avaliação dos Professores;
  • Dispensar as reuniões entre avaliadores e avaliados sempre que exista acordo tácito sobre a fixação dos objectivos individuais ou sobre a classificação proposta;
  • Tornar a avaliação a cargo dos coordenadores de departamento curricular (incluindo a observação de aulas) dependente de requerimento dos interessados e condição necessária para a obtenção da classificação de Muito Bom ou Excelente;
  • Reduzir de três para duas o número das aulas a observar, ficando a terceira dependente de requerimento do professor avaliado;
  • Dispensar da avaliação os professores que estejam em condições de reunir, até final do ano escolar de 2010/2011, os requisitos legais para requerer a aposentação e os docentes contratados em áreas profissionais, vocacionais, tecnológicas e artísticas, não integradas em grupos de recrutamento;
  • Simplificar o regime de avaliação dos professores avaliadores e compensar a sua sobrecarga de trabalho.

Este decreto regulamentar estabelece a regulamentação do processo de avaliação até ao final deste primeiro ciclo de avaliação, em 31 de Dezembro de 2009, e concretiza as medidas adoptadas pelo Governo, sem prejuízo das que devam ser reguladas pelos competentes despachos.

Como se Compram Directores

Como se Compram Directores

A notícia que faltava. A cereja em cima do bolo para os comissários políticos que ocuparão os cargos de direcção nas escolas.
Este país, a cada dia que passa, deixa-me cada vez mais enojada!
A notícia que faltava... ou como se compram directores... para ano de crise até que não está nada mal, pois não? Já agora um esforçozinho e aumentam-nos 50%! E estou eu a pensar... e inspirarem-se no que se passa nos bancos portugueses e nos ordenados principescos das chefias?
Isso é que era!

Educação
Governo aumenta directores de escolas entre 40% e 46%

Entre 40 a 46% é quanto vão subir os suplementos remuneratórios dos directores das escolas. O aumento, aprovado esta quarta-feira em Conselho de Ministros, é, segundo o secretário de Estado Valter Lemos uma forma de compensar os dirigentes dos estabelecimentos de ensino pelo «reforço de competências e responsabilização» previsto no novo modelo de gestão escolar.

Na prática, os suplementos remuneratórios vão oscilar entre os 600 euros – para os directores de escolas com menos de 800 alunos – e os 750 euros, para os dirigentes de estabelecimentos de ensino com mais de 1.200 estudantes.

Valter Lemos anunciou que o aumento se vai verificar já em Janeiro, em todas as escolas onde há directores em funções, mas não adiantou, contudo, qual o esforço financeiro global que vai representar esta medida.

Milhares de vagas
para contratados

O Ministério da Educação vai abrir «milhares de vagas» no próximo concurso de colocação de professores, que poderão ser ocupadas por professores que actualmente estão em regime de contrato.

Valter Lemos explicou, em conferência de imprensa, que «há 30 mil professores nos Quadros de Zona Pedagógica [que vão ser extintos] e o Ministério vai abrir mais de 30 mil vagas para os Quadros de Agrupamento e Quadros de Escola Não Agrupada. O que quer dizer que haverá lugar para professores contratados».

O secretário de Estado escusou-se, porém, a avançar números certos. «Estamos a fazer um levantamento como nunca foi feito nas escolas», disse, acrescentando que o Ministério da Educação conta ter um retrato das necessidades das escolas já em Janeiro.

Certo é que serão necessários mais «alguns milhares» de docentes para suprir «as necessidades criadas pela aposentação de professores», já que há três anos que não abria um concurso.

O concurso de colocação de professores de 2009 tem ainda duas outras novidades: as colocações serão feitas por quatro anos – em vez de três – e deixará de haver as chamadas cíclicas (concursos para substituição de docentes).

Em vez das cíclicas, o Ministério vai criar uma bolsa de emprego. Uma medida que permitirá, segundo Valter Lemos, «substituir um professor de um dia para o outro», quando, até aqui, eram necessárias cerca de duas semanas.

Para Lemos era fundamental esta «agilização da substituição dos professores», já que «nos primeiros dois meses do ano lectivo são substituídos cerca de 500 docentes por semana».

Veja aqui http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=120419

margarida.davim@sol.pt


Doçaria de Natal




Doçaria de Natal - ESA - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Doçaria de Natal

Antecipando a quadra que se avizinha, partilho com os meus leitores o meu pecado mortal, já assumido neste blogue, da gula.
Estas são as fotografias de algumas iguarias confeccionadas pelos meus Empregados de Mesa que têm direito a postagem específica.
Provei de tudo... ai ai ai... e tudo estava óptimo.
Gostei particularmente das rabanadas com molho e aconselhei-as a toda a gente que comigo se cruzou, porque me pareceram simplesmente divinais.
Manhã para não repetir com frequência, sob pena de crescer para os lados em ritmo acelerado!

CEF - Empregados de Mesa em Acção





EM3 - ESA - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
e uma de não sei quem

CEF - Empregados de Mesa em Acção

O meu post de hoje é inteiramente dedicado a esta minha turma dos Cursos de Educação e Formação, de Empregados de Mesa, de nível 3, uma das muitas turmas dos célebres CEF existente na ESA.
Esta turma é composta por 18 alunos, rapazes e raparigas simpáticos, sorridentes, alguns mesmo uns amores de miúdos e miúdas, que comigo têm 45m semanais de CMA. Muito pouco tempo, sem dúvida, mas não é isso que importa para o post de hoje. O que importa é que estes alunos, no âmbito da disciplina de Serviço de Restaurante, leccionada pela formadora Lúcia Sampaio, prepararam uma actividade própria para esta quadra natalícia, que avança a passos largos sobre nós, e que consistiu numa Prova de Doces de Natal.
Lá me enfiei na cantina e no polivalente da ESA a tirar fotografias a estes alunos, específicos, que têm nome próprio, que se escreve com maiúscula, e que não podem ser, de forma nenhuma, confundidos com quaisquer outros alunos problemáticos dos CEF, que também os há, mas que não são estes.
A entrada na actividade fazia-se comprando uma senha de um euro que dava acesso a maravilhosas rabanadas, sonhos, aletria, leite-creme, filhoses... que podiam ser acompanhados por um chá quente, excelente para uma manhã fria como a de hoje.
Pena não poder partilhar com os meus leitores as carinhas sorridentes e felizes deles, hoje, enquanto serviam, orgulhosos, professores, colegas e funcionários. É que não me consigo livrar dos meus pruridos, porque eles são menores, porque não tenho autorização de publicação da sua imagem concedida pelos seus encarregados de educação... sim, bem sei que estais todos no Hi5, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, não é assim?

É, a Escola é um lugar complexo, onde muitas das aprendizagens se fazem fora da sala de aula e em actividades como esta em que os alunos aprendem a estar, a movimentar-se, a actuar, antecipando já uma entrada no mercado de trabalho, depois do estágio e prova no final do ano.
E fiquei contente por me ter deslocado propositadamente à escola porque fotografei sorrisos e gargalhadas de quem estava feliz. Fotografei o meu EM3 em acção, primeiro na cozinha confeccionando iguarias, posteriormente servindo as ditas, sempre sempre sob os olhares atentos da Lúcia Sampaio que os orienta entre sorrisos cúmplices.
Pois foi, fotografei o meu EM3, com quem tenho um encontro semanal desde Setembro.
E aqui lhes deixo os meus parabéns a pairar na blogosfera, na esperança de ajudar a quebrar mitos e estereótipos associados aos CEF.
É que há CEF e há CEF!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ponto de Situação

Ponto de Situação

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

SEM ASSUMIR COMPROMISSOS, M.E. ADMITE REVER ASPECTOS DO E.C.D., MAS SOBRE AVALIAÇÃO MANTÉM-SE INFLEXÍVEL

Na reunião realizada hoje, 15 de Dezembro, entre o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical dos Professores releva, em primeiro lugar, o facto de a tutela não pretender voltar ao tema da avaliação de desempenho e ao seu “simplex” para este ano, por considerar assunto arrumado.

Todavia, para a Plataforma Sindical, esse é assunto que está muito longe de se encontrar arrumado e o modelo imposto pelo ME deverá continuar a ser combatido pelos professores e pelas escolas. A Plataforma Sindical dos Professores denuncia o facto de, em algumas escolas, estar a ser exigido aos professores que preencham formulários ou apresentem requerimentos para que se lhes aplique um regime de avaliação que não está em vigor. Finalmente, a Plataforma alerta os docentes para a ilegalidade destes procedimentos e lembra que:

- O decreto regulamentar ainda não foi aprovado pelo Governo;
- Após aprovação, carece de promulgação pelo Senhor Presidente da República;
- De seguida, é necessário que seja publicado em Diário da República;
- Aguarda-se, também, a votação, na Assembleia da República, das Propostas de Lei que visam suspender, este ano, a avaliação de desempenho e substituir o modelo do ME por uma solução transitória;
- Havendo matéria, poderão, ainda, ser interpostas acções nos Tribunais que suspendam a aplicação do novo quadro legal.

Mas, é evidente, a grande luta contra a aplicação do modelo de avaliação é a que, nas escolas, tem levado os professores e educadores a suspenderem a sua aplicação, luta que deverá manter-se e crescer, continuando a contar com o inequívoco e total apoio das organizações sindicais.

PLATAFORMA SINDICAL PRETENDE REVER O ECD, MAS COM OBJECTIVOS BEM DEFINIDOS

Como aspecto central da reunião de hoje esteve a proposta sindical de revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD). Para os professores e para os seus Sindicatos o objectivo não é o de rever por rever, mas o de rever com objectivos bem determinados: substituir o modelo de avaliação e abolir o regime de quotas; alterar a estrutura da carreira docente e, nesse âmbito, acabar com a divisão em categorias hierarquizadas; aprovar medidas que contribuam para a melhoria das condições de exercício da profissão e para a estabilidade dos docentes, designadamente acabando com a prova de ingresso e intervindo em aspectos como os horários de trabalho, os conteúdos das componentes lectiva e não lectiva ou os requisitos para a aposentação.

Já o ME, aceitando que se estabeleça o leque de matérias a negociar, recusa assumir compromissos de partida que apontem para os objectivos a atingir em sede negocial, comprometendo-se, apenas, a ouvir os Sindicatos e apreciar as suas propostas.

Os Sindicatos recordaram que, em todos os processos negociais anteriores (horários de trabalho, ECD e suas regulamentações, concursos ou, mais recentemente, o regime de avaliação a aplicar este ano), o resultado final foi sempre favorável ao ME, que impôs as suas soluções, e contrário aos professores que viram agravados todos os quadros legais anteriores, mesmo os que já eram extremamente negativos. Essa atitude anti-negocial do ME abalou profundamente o clima de confiança que deveria existir por parte dos docentes e dos seus sindicatos.

Os Sindicatos de Professores, em reunião que deverá realizar-se na primeira semana de Janeiro para que se estabeleça um calendário negocial, apresentarão a sua proposta sobre as matérias a rever. Neste novo quadro há uma certeza: a possibilidade de se obterem resultados positivos neste processo de revisão do ECD dependerá, sobretudo, da luta dos professores que não pode abrandar. Assim, torna-se necessário que:

1.º Nas escolas, os professores mantenham suspenso o modelo de avaliação do ME, o que constituirá um importante contributo para a sua indispensável substituição;

2.º No dia 22 de Dezembro, pelas 15 horas, se entregue no Ministério da Educação o maior abaixo-assinado de sempre exigindo a suspensão, este ano, da avaliação do ME e reiterando os objectivos negociais para a revisão do ECD;

3.º O dia 13 de Janeiro se transforme um grande dia de envolvimento dos docentes portugueses, na Jornada Nacional de Reflexão e Luta, em torno da avaliação de desempenho, da revisão do ECD e, também, discutindo as formas de dar continuidade à sua luta pela dignificação e valorização da profissão docente;

4.º No dia 19 de Janeiro os professores e educadores portugueses voltem a fazer uma Greve com a dimensão da realizada em 3 de Dezembro. Essa Greve será determinante para o rumo das negociações com o ME.

A Plataforma Sindical dos Professores, unida em torno dos objectivos fixados pela Manifestação Nacional de 8 de Novembro, que juntou mais de 120.000 docentes, e reafirmados na Greve de 3 de Dezembro, que contou com uma adesão de 94%, apela aos Professores e Educadores para que se mantenham atentos, unidos, coesos e determinados. Esta é uma luta difícil e que se antevê longa, mas cujo prosseguimento é inevitável. Para os docentes, em causa está a exigência de estabilidade profissional e de condições que contribuam para a qualidade do seu desempenho.

Para os professores e os seus sindicatos, para toda a comunidade educativa e para o país, o importante é que se encontrem soluções negociadas que devolvam às escolas a tranquilidade e serenidade necessárias ao seu normal funcionamento. Todos já compreenderam isso, só o Ministério da Educação e o Governo parecem continuar alheios a esse desiderato, a crer, pelo menos, na teimosia com que pretendem continuar a aplicar o seu modelo de avaliação de desempenho.

A Plataforma Sindical dos Professores

Avaliação e Mentira

Avaliação e Mentira


Kaiser Chiefs com Dedicatória

Kaiser Chiefs com Dedicatória

Sem mais comentários e explicações, dedico este Punk revisitado, com o sugestivo nome de "Everyday I Love You Less and Less", ao trio eléctrico que habita temporariamente a 5 de Outubro.
Como diz o ditado... Não há mal que sempre dure!!!!
Haja esperança!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Anedota


Autoria Desconhecida

Anedota

Já dei duas boas gargalhadas, Elsa.
Thanks.

"José Sócrates, numa das suas múltiplas visitas a escolas, numa delas considerada escola-modelo onde foi distribuir uns computadores aos professores, resolve pôr um problema às criancinhas. (Desta vez, parece que não houve casting prévio...) - Meninos, tenho um problema para vocês resolverem. Quem acertar na solução ganha um computador que eu ofereço!!! Então, é assim: Um avião saiu de Amesterdão com uma velocidade de 800 km/h; a pressão era de 1.004,5 milibares; a humidade relativa era de 66% e a temperatura 20,4 ºC. A tripulação era composta por 5 pessoas, a capacidade era de 45 lugares para passageiros, a casa de banho estava ocupada e havia 5 hospedeiras, mas uma estava de folga.
A pergunta é... Quantos anos tenho eu?
Os alunos ficam assombrados.O silêncio é total.
A professora fica estupefacta.
Então, o Joãozinho, lá no fundo da sala e sem levantar a mão, diz de pronto: - 50 anos, senhor engenheiro!
José Sócrates surpreendido fita-o e diz:
- Caramba!
Acertaste em cheio. Vou dar-te o computador!
Eu tenho mesmo 50 anos, …mas como encontraste esse número?
E Joãozinho diz:
- Bem, foi muito fácil. Foi uma dedução lógica, porque eu tenho um primo que é meio parvo, e tem 25 anos..."

Novo Conceito de Agenda Aberta



Novo Conceito de Agenda Aberta

Sem comentários.
Apenas os meus agradecimentos à Maria.

Braga na Vanguarda da Luta



Braga na Vanguarda da Luta

Buzinão em dia de... como dizer isto... de negociações?!

Portefólios



Portefólios

Ufa! Acabei a correcção dos portefólios dos meus alunos! Ufa! Faltam-me apenas meia dúzia de residuais que ainda não corrigi porque os alunos se esqueceram, porque lhes faltava não sei o quê, mas que corrigirei esta semana, sob pena de terem um zerinho na avaliação dos mesmos.
A correcção dos portefólios é tarefa que me consome horas e horas do meu trabalho. Nem contabilizo quantas que é para não me chatear ainda mais com um ministério que sabe lá o que é ser professor!
Não contabilizei as horas mas, por mera curiosidade, deu-me para contabilizar as páginas corrigidas e a minha contabilidade deu nisto:
calculei uma média de 20 páginas por aluno, corrigidas conceito por conceito, palavra por palavra, erro por erro. Há alunos que escreveram mais páginas, outros menos, dependendo do tamanho da letra, dos espaços deixados entre matérias, do espaço ocupado pelos trabalhos, por isso a média de 20 páginas por aluno parece-me bem.
Tenho 133 alunos e por isso, grosso modo, acabei este Domingo, dia santo de descanso, de corrigir 2 660 páginas de alguns disparates e muito mais coisas acertadas.

Daí eu não ter mesmo tempo para a fantochada da Avaliação do Desempenho que o ministério engendrou. Se eu não tivesse nada mais para fazer até que podia esbanjar horas e horas da minha vida profissional com semelhante disparate! Mas tenho mais que fazer. Os meus alunos consomem-me muitas horas do meu trabalho e pretendo que esta situação se mantenha.

Tenho para mim que os alunos devem sentir esta rédea curta da professora, para saberem que isto da escola não é uma balda e que nada se conquista sem esforço. Tenho a pretensão de contribuir, tanto quanto possível, para que a organização dos meus alunos melhore, para que o seu gosto e brio aumente ao apresentarem portefólios cada vez mais cuidados. Promovo assim a atenção na sala de aula, até porque eles já sabem... erro apanhado, dez vezes corrigido, faltas de acentos, cinco vezes corrigidas, sumário mal passado, cinco vezes copiado... e por aí adiante que eu sou uma professora exigente sempre de sorriso nos lábios!
Sim, já sei, P, o meu êxito contigo foi mesmo para esquecer!!! Conversaremos sobre isso durante o próximo almoço de Natal. _:-/

De notar que este procedimento é válido para as minhas turmas de 7.º e igualmente para as minhas turmas dos CEF que, como eu costumo dizer, os alunos dos CEF também são filhos de deus!

E têm portefólios arrumados, organizados, bem apresentados, cuidados? Os alunos dos CEF?
Olá, se têm!!! Têm porque não têm outro remédio!
Sob pena de terem de passar tudo desde o início! :)

domingo, 14 de dezembro de 2008

Serra da Aboboreira



Serra da Aboboreira - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Serra da Aboboreira

A serra do meu encantamento estava assim, hoje.
Neve a rodos, deixando a descoberto paisagens cobertas de um branco cinza, acompanhadas de um vento que gelava as entranhas.
O céu, ora de tempestade, ora deixando espreitar o sol, radioso, por entre um azul claro e luminoso que não chegava para nos aquecer nem à superfície, que fará os interiores mais profundos! Brrrrr!!! Brrr!!!

E o silêncio, o silêncio quase espampanante duma serra sem gente, duma serra tão próxima de Amarante e, mesmo nestes dias tão apelativos para o bicho turista, coberta de um manto branco de silêncio.
Amo esta serra. Amo esta serra de silêncio quase espampanante.

Chiuuuuuu!!!

Neve - Serra da Aboboreira








Perspectivas Improváveis - Serra da Aboboreira
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Neve - Serra da Aboboreira

Serra com neve dá lugar a brincadeiras sem fim aqui fotografadas através do espelho retrovisor e do vidro lateral, num exercício engraçado e fora do vulgar que me permitiu fotografar de dentro do carro, sem congelar, nesta tarde de vento gélido e polar.
Apresento a Vera, o Pico, a Joana e o João, em brincadeiras quentes de bolas brancas geladas!
E conseguiste, João! Conseguiste ver a Aboboreira debaixo de um senhor nevão!
 
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