terça-feira, 30 de julho de 2019

Mota e Costa - Memórias


Mota e Costa - Memórias

Um privilégio escutar o Maestro Mota e Costa e gravar as suas palavras às voltas com histórias amarantinas antigas. São memórias de tempos passados, que tocam gentes amarantinas, partidas engraçadas entre amigos, o Café-Bar, as Festas do Junho, festivais de folclore e do Tâmega... cruzadas aqui e ali com a Festa Amarantina.

Grata pela maravilhosa tarde!

MIMO - Violons Barbares

Violons Barbares - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

MIMO - Violons Barbares

A música soberba e selvagem que funde culturas do trio Violons Barbares não se explica, sente-se, vive-se, deixando-nos capturados do início ao fim por uma energia e virtuosismo estonteantes.
Formado por três indivíduos de proveniências diversas - o mongol Dandarvaanchig Enkhjargal, o búlgaro Dimitar Gougov e o francês Fabien Guyot - este grupo, de matriz improvável, junta punk, junta rock e junta folk, junta ocidente, junta estepe a perder de vista... de forma magistral e que resulta numa música que é deles mas que também é nossa já que envolve totalmente a plateia do início ao fim de um concerto.
Violons Barbares foi uma das surpresas surpreendentes do Festival MIMO, a actuarem num palco que se revelou demasiado pequeno para todos quantos os queriam ver ao vivo e a cores... e não conseguiram.
Violons Barbares a merecerem o palco principal, capazes, não tenho qualquer dúvida, de incendiar a mais extensa plateia de um futuro MIMO.




sexta-feira, 26 de julho de 2019

47SOUL e Salif Keita

MIMO - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

47SOUL e Salif Keita

Uma chamada de atenção para dois nomes imperdíveis de hoje... e os outros que me desculpem: os palestinianos 47SOUL (23h) e o maliano Salif Keita (00h30).


MIMO - Concertos - Programação


MIMO - Concertos - Programação

Aqui deixo a programação do Festival MIMO 2019... mas só relativa a concertos! É que o MIMO também se faz com cinema, fóruns de ideias... e um programa educativo que é um mimo!
Aproveitem. A entrada é sempre gratuita.

MIMO 2019 - Abstracção - A Arte Partilhada

Abstracção - Arte Partilhada - MMASC - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

MIMO 2019 - Abstracção - A Arte Partilhada

Os concertos só começam hoje mas na verdade já estamos em modo MIMO desde ontem, ao fim da tarde, com a inauguração de uma excelente exposição de arte contemporânea abstracta que reune nomes como Vieira da Silva, Arpad Szenes, Mário Cesariny, Paula Rego, Júlio Pomar, Menez, Nikias Skapinakis, D'Assumpção, Nadir Afonso, Eduardo Nery, Pedro Casqueiro, António Palolo, Ângelo de Sousa, Jorge Pinheiro, Eduardo Batarda... e alguns outros nomes maiores da pintura portuguesa.
Este espólio, pertença da Fundação Millennium BCP, e patente ao público desde ontem nas salas reservadas à exposição permanente, conjuga-se com obras maiores pertença do MMASC e que percorrem autores como o nosso especialíssimo Amadeo de Souza-Cardoso, José de Guimarães, Manuel Cargaleiro, Júlio Resende... e tantos, tantos outros.
Se ontem foi dia de inauguração, hoje foi dia de visita guiada pela mão e pela palavra da curadora da exposição Raquel Henriques da Silva. Tudo imperdível!
A exposição permanecerá até ao próximo mês de Outubro.




terça-feira, 23 de julho de 2019

Amarante - Despojos Industriais Familiares

Despojos Industriais Familiares - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Amarante - Despojos Industriais Familiares

Desta metalúrgica sairam, em tempos que já lá vão, máquinas gigantescas necessárias à construção de barragens, aeroportos, auto-estradas... e à laboração de minas, pedreiras e eu sei lá mais o quê, em solo nacional e internacional.
Hoje fotografei-lhe os despojos, os despojos das tripas.

sábado, 20 de julho de 2019

50.º Aniversário da Aterragem na Lua



50.º Aniversário da Aterragem na Lua

Faz hoje precisamente 50 anos que Neil Armstrong poisou os seus dois pés no solo lunar tornando-se o primeiro homem, em toda a História da Humanidade, a fazê-lo. Não faz 60, não faz 55, não faz outra coisa qualquer... e sim, estou a pensar no cinquentenário da ESA que já foi comemorado mas ainda não ocorreu. Fenómeno do Entroncamento à parte, lembro-me bem do meu espanto a olhar para as imagens tremeliquentas transmitidas a preto e branco, aqui em Portugal já madrugada de 21 de Julho e que nos chegavam directamente da Lua.
Para a História ficou tudo, incluindo as mágicas palavras de Neil Armstrong:
"É um pequeno passo para o Homem, um salto gigantesco para a humanidade”.
E foi.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Frente - Bizarre Love Triangle


Frente - Bizarre Love Triangle

Provavelmente, a melhor versão desta música.

A Palavra a Professora Zita Mamede


A Palavra a Professora Zita Mamede

A TODOS OS COLEGAS PROFESSORES

"Hoje sinto-me revoltada e triste! Fala-se nos 3 professores que morreram neste final de ano letivo e penso naqueles que não terão morrido noutros finais de ano e que não foram falados por ninguém. Como se a sua morte tivesse sido natural... Não poderei esquecer a morte chocante da minha colega Fátima. Já as aulas e as reuniões de avaliação tinham terminado e tratava-se dos últimos afazeres (sempre muitos) de final de ano, quando as temperaturas altas já se faziam sentir. Tinha estado a conversar com ela que nesse ano tinha tido turmas difíceis (N.E.E.) e sobre a sua revolta de no fim, sem fazerem nada, terem passado alunos que não o mereciam. No dia seguinte, quando vinha para a escola a conduzir, parou o carro e morreu. "Elas não matam, mas moem", digo eu, que também sou um pouco exemplo disso. Pedi a rescisão há 5 anos, tenho 58, não sei ainda como viverei até aos 66, mas tive plena consciência de que comecei a adoecer por exaustão e que "aquilo" não era vida... Eu, que tinha começado por lecionar com paixão e dedicação máxima... Agora esse tempo acabou e tornou-se demasiado para uma classe envelhecida que, vai perdendo algumas capacidades e a quem vêm chegando algumas maleitas próprias da idade. Não pretendo com isto, ser compreendida por toda a população que, continua a pensar que esta profissão é uma brincadeira e ainda por cima, com imensas férias....," Perdoai-lhes Senhor porque não sabem do que falam..." . Penso que os da classe me compreenderão, sobretudo os mais velhos e aqueles que "vestem a camisola". Não posso ainda deixar de falar nos outros professores que vão falecendo durante o ano, talvez também por exaustão e desespero porque se criou o chavão de que é fraco aquele que desiste. Há alguns que chegam a pôr termo á própria vida e outros que são obrigados a ir trabalhar até ao último dia, quando por doença lhes é negada a baixa médica e não têm já forças para se manterem de pé...que falta de humanismo! Registo aqui a minha consternação e homenagem a todos aqueles que já pereceram e hao-de vir a perecer...nesta batalha não há, por enquanto (como nos EUA), armas de guerra, mas há muita falta de tudo pelos professores. Que descansem em paz os que partiram e deram a vida ao terem escolhido ser professores!  Por tudo aquilo que já referi, penso que mais uma vez se justificava os professores de vestirem de luto e fazerem uma marcha lenta até á Assembleia da República para que se despertem consciências. Ser professor não deveria ser equiparável a participar numa guerra, não é á toa que somos um dos grupos profissionais que sofrem de "síndrome de burnout" e que mais recorre a psicólogos e psiquiatras para conseguir ir trabalhar para ganhar o "pão". Quando é que o poder político deixa de fazer como o macaco que não quer ver, ouvir nem falar? Não está tudo bem Sr. Miinistro! Está tudo muito mal e cada vez pior!"

Zita Mamede
 
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