Manif - 8-11-08 - Lisboa
Fotografia de Patrício
Agradecimento Público
Aos mais de 120 mil professores ontem presentes na manifestação em Lisboa.
A manifestação de professores foi gigantesca para a dimensão da nossa classe profissional, para a dimensão do nosso país, e a lição, deixada gratuitamente aos nossos governantes, e em dia retirado ao nosso descanso, voltou a ser de enorme responsabilidade, civismo, liberdade.
Maria de Lurdes Rodrigues bem pode dizer que temos todas as condições de conforto para prosseguir com a estupidez do monstro. Maria de Lurdes Rodrigues bem pode dizer que a Avaliação do Desempenho está a prosseguir com toda a normalidade em todas as escolas portuguesas. O país já sabe que Maria de Lurdes Rodrigues mente e que Maria de Lurdes Rodrigues não nos conseguirá "domar". Apenas por uma razão. Nós estamos certos. E já agora, ocorreu-me mais uma. Maria de Lurdes Rodrigues está errada.
Fazemos parte de um grupo profissional que não tem paralelo no país. Integramos uma elite intelectual. Somos responsáveis pela instrução/educação das gerações mais novas. Os nossos governantes ocasionais não farão de nós gato sapato e pagarão bem cara esta afronta.
De nós depende a Escola Pública e a Escola Pública Portuguesa será defendida por nós, com unhas e dentes, até à exaustão.
Os tempos que se avizinham serão de luta mais endurecida e musculada.
Estamos preparados. Para tudo.
10 comentários:
Sem dúvida que os professores estão a prestar provas públicas de uma envergadura inesperada e impensável. Todavia, estes senhores com a ME à cabeça já fizeram "gato sapato" dos profissionais da educação, e a prova está, precisamente, no que ontem (sábado 8/11/2008), o país voltou a assistir.
Só por terem feito "gato sapato" da Educação, dos professores e da classe é que a indignação está disseminada, e já nem os seus acólitos/clientelas são imunes a tantas acrobacias.
A prova de força está ganha. Mas a rua não é o lugar dos professores. Está a chegar a hora de começar a responsabilizar as estruturas sindicais pelo estado abastardado a que permitiram que chegasse o estatuto da classe e a situação profissional dos professores nas escolas.
Foi linda :)
Fiquei quase de gatas, mas valeu a pena o esforço.
Bom domingo e boa semana!
Beijinhos
Gostei de te ver aqui e de te ouvir lá, com pronúncia do Norte.
Andei de nariz no ar a espreitar os autocarros do Tâmega. Naquele mar de gente eram precisos mais que acasos para se dar o encontro.
Não foi desta vez. Sabemos que outras ocasiões haverá. A luta ainda apenas começou e o dia de ontem só serviu para tomar fôlego.
Bejinhos
Só que agora, Extramar, o tempo para a brincadeira acabou.
Acabou-se-nos a paciência. E os nossos sindicatos já perceberam isso. Sabem que nos têm por trás a apoiar formas de luta muito mais extremadas. Também eles precisavam de sentir este apoio. Está dado.
Agora chega.
Excelente semana, Sol, agora com energia renovada pela irmandade e unidade que se sobrepôs a toda a desunião que sempre caracterizou a classe docente.
E sim... foi liiiiiindo!!!
Beijinhos
Amei ouvir-te, muito embora com extrema dificuldade devido ao ruído da multidão. O autocarro da minha escola foi dos primeiros a chegar e largou-nos pertinho do Terreiro do Paço que foi enchendo, enchendo até transbordar. Foi com muita dificuldade que iniciámos a caminhada, muito, muito lenta até ao Marquês. Quando me disseste que estavas a chegar, depois de horas de pé, quase sem conseguir bolir amparados naquele mar de gente soube que seria impossível encontrar-mo-nos. Mas abracei-te e beijei-te virtualmente, amiga, e lembrei-me de ti frequentemente.
Também andei de nariz no ar à procura de autocarros da Covilhã. Impossível. Não vi nem um. Nem de Santarém. Nem vi nenhum do Alentejo. Nem sei ainda se a Maria Eduarda conseguiu ir. Andei no meio de gente do Norte, carago!
Beijinhos enormescos, do tamanho e significado da minha Barca.
:)
Cara Colega,
Eu também fui um dos 120 mil docentes que percorreram em 'via sacra' algumas ruas de Lisboa, rogando na pele de uma ministra pitosga, desumana e que gosta de mentir, demonstrando um olímpico desrespeito pelos docentes. A luta vai ser dura, mas eu estou disposto a ir até ao limite das minhas forças. As minhas raízes transmontanas 'obrigam-me' a ter presente o lema «antes quebrar do que torcer». Parabéns aos elementos da vossa Escola pela participação. Da minha, fomos um pouco mais de 20. Dos 14 elementos do meu Departamento, que coordeno, 8 estiveram presentes na manifestação. E voltámos com vontade de continuar a luta. Vimo-nos forçados a ir a Lisboa, não pelos sindicatos, mas pelos actos, declarações e omissões da ministra. E a conversa dela ontem pede mais acções que lhe demonstrem como gostamos dela!...
Irra! Há pessoas que demoram a interiorizar quando estão a mais!!
A luta vai ser dura, Telmo, mas nós estamos determinados e com a certeza de que a razão está do nosso lado.
Beijinhos, vizinho
Viva, voltamos!
desta vez foi quase impossível ver alguém conhecido, tantos éramos...´
Um grande "grupo de gente do Norte", onde eu também estava, só conseguiu sair do Terreiro, quando vós (os de Amarante, com quem eu iam contactando) já tinham chegado ao Marquês há mais de uma hora!
E conseguem continuar a fechar os olhos e a dizer impunemente mentiras???
Foi lindo!
Bjs
Pois, às tantas estava já tudo misturado! Que importa! Éramos professores. Na rua, pela segunda vez num ano sacrificando um sábado para que não nos acusem de prejudicar os alunos.
Beijinhos, Tiza. Ah! Só vi a Flora aqui à saída de Amarante, numa outra camioneta. Nunca mais lhe coloquei os olhos em cima.
Beijinhos
Bom descanso, que amanhã começa uma nova semana
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