terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ridículo


Vida de Cão - Lisboa - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Ridículo

Os sinais, que governos e instituições dos diversos países ditos civilizados dão às suas populações, deveriam ser simples e claros para contribuírem, de forma eficaz, para o estabelecimento de balizas individuais onde cada cidadão se pode mover, e para a construção de valores colectivos que muita gente considera demodés, mas que eu considero mais necessários que nunca.
Os sinais que nos chegam, um pouco de todo o mundo, são deveras preocupantes no que diz respeito à confusão instalada entre o que se apregoa na teoria e a sua prática
De Espanha, mais concretamente da Universidade de Sevilha, chega-nos agora a novidade, ridícula, do direito dos alunos ao copianço.
Quando pensamos já ter visto tudo em matéria de facilitismos, eis que surgem novidades modernaças capazes de nos surpreender.
O direito ao copianço é ridículo. Ao mesmo tempo que o discurso é o da maior responsabilização, esforço, progresso, trabalho, suor e lágrimas, no sentido de cada um alcançar os seus objectivos por si, na prática promove-se a chegada à meta através da batotice, do engano, da trapaça, em suma, da desonestidade.

"Os alunos da Universidade de Sevilha já podem copiar nos exames. Isto porque a Universidade reconheceu o seu "direito" a fazê-lo, pelo que os professores já não poderão chumbar, expulsar ou suspender os alunos que forem apanhados a copiar."

Daqui.

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