Menos Trinta Mil Docentes no Próximo Ano?
Não sei se vão ser menos dez mil, se vão ser menos vinte mil, se vão ser menos trinta mil. Não sei, até, se não haverá aqui uma certa dramatização sindical pelo insucesso junto dos professores no sentido da mobilização para a próxima manif de dia 6, em Lisboa, mas também estou agora pouco preocupada com isto.
O que sei, com toda a certeza, é que, seja qual for o número atingido pelo desemprego docente do próximo ano, será demasiado.
O engraçado é que nem com o incêndio à porta os contratados dão mostras de se mexer. Mas é que não levantam o rabo das cadeiras, não berram, não esperneiam, não esbracejam, aceitam tudo isto num torpor aflitivo, num aparente alheamento, sem qualquer sombra de reacção como se cada um deles fosse conseguir escapar à hecatombe que se abaterá sobre eles no próximo ano lectivo.
Poder-me-ão dizer - Mas não adianta nada! - Como já me disseram.
Até pode não adiantar, digo eu, mas o que eu sei, e já aprendi há muito, é que uma geração que parte derrotada para a luta, é uma a geração que merece a derrota. E que uma geração que nem esboça uma partida duplamente será derrota.
Com consequências nefastas para cada um de nós.
Quanto a mim, confesso que não gosto disto.
Leia a notícia aqui e preocupe-se. Se for capaz.
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