Em Andamento - Carcassonne - França
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Confesso que os palavrões e a linguagem muito rasca, tão correntemente usada aqui pelo Norte, não fazem parte do meu vocabulário habitual, porque deles e dela não gosto, e por vezes chego mesmo a ficar de boca aberta e estupefacta perante o linguajar de adultos e crianças que reproduzem a mesma rasquice, porque outro nome não tem, geração após geração, sem que se consiga pôr cobro e cortar a corrente a semelhante hábito.
Peço desde já desculpa por reproduzir o que agora mesmo ouvi à saída de um dos hipers da minha cidade, em espaço público, portanto, e que me deixou a matutar. Calhei de passar por duas mulheres novas, rondando os 30 anos que se faziam acompanhar de uma criança aí dos seus 8 anos.
Uma das mulheres disse alto e bom som " Eles pensam que eu hei-de estar aqui sempre de pernas abertas!"
A esta magnífica frase, de alto teor cultural e educativo, respondeu o puto com um "Foooda-se!"... e o resto já não ouvi, muito embora o rapaz continuasse a linguajar, e as duas mulheres também, com ar de irritadas, mas eu é que já estava fora do alcance da coisa, andando em passo ligeiro e apressado, e não percebi mais nada de nada, graças a deus, né?
Ora esta história fez-me recordar uma outra passada numa escolinha, há muitos anos atrás, não comigo mas com uma outra DT que me contou a peripécia em primeira mão.
Uma encarregada de educação foi chamada à escola porque o seu filho não se sabia controlar e dizia palavrões uns atrás dos outros, independentemente do sítio onde se encontrava.
Resposta da encarregada da educação à directora de turma, que por certo não ficou de cara à banda porque eles não saem às pedrinhas da calçada ! "Aiii o filho da puta!"
Palavras para quê?! Está mesmo tudo explicado.
Nota Final - Há, evidentemente, excepções. Há contextos em que um bom palavrão dito na hora certa pode ser bastante interessante, adequado e elucidativo.
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