Verso - S. Gonçalo - Amarante
Anónimo disse...
8 de Novembro de 2013 às 15:25
Sempre tive a preocupação de adequar o meu acto à minha palavra, independentemente dos meus recursos económicos.
Venho de um tempo em que aguentei/carreguei quase até aos 40 anos a condição de contratada. Nesse tempo, caro/a anónimo/a, perdia o trabalho e a remuneração em Agosto, perdia a ADSE e só a recuperava caso fosse colocada em mini-concursos, o que podia acontecer quando calhasse, com horários completos, incompletos, para o ano todo ou a fazer substituições. É claro que venho de um tempo em que não havia subsídio de desemprego e os professores contratados eram tratados como gente sem quaisquer direitos e com muitos deveres permanecendo com as carreiras vedadas até terem o "sagrado" vínculo, qual milagre! Por isso não me venha falar de precários como se eu não soubesse o que isso é!
De resto, venho de um tempo em que o dinheiro não abundava, até muito pelo contrário... estávamos nos inícios dos anos oitenta em Portugal e a minha casa não era diferente da maioria.
Apesar disto, hoje olho para trás e com orgulho afirmo aqui e agora - Nunca deixei de lutar por aquilo em que acreditava e fiz as greves praticamente todas que foram decretadas neste país, apenas porque me revia nas reivindicações, apenas porque não suportaria olhar para o espelho e ver uma minhoca. Mas é que preferia comer côdeas de pão com bolor.
Mas "esta" sou eu, claro!
Só mais uma coisa... devo informar, porque por certo não sabe e eu não mando recados por ninguém e vou logo directa ao assunto, que eu adoooooooro anónimos/as de paixão.
E só mais outra, por certo os precários dos funcionários da minha escola que hoje fizeram greve andarão a nadar em dinheiro...
E outra, como se o dinheiro não fizesse falta a quem hoje fez greve!!!
E outra, como se o dinheiro não fizesse falta a quem hoje fez greve!!!
Ele há cada uma!!!