Devagar, devagarinho, com pezinhos de lã, aqui está a municipalização da educação a instalar-se obedecendo já, para não deixar dúvidas a ninguém, a calendários eleitorais ditados pelas próximas eleições autárquicas. Não se deixem enganar pela nomenclatura anunciada pois muito embora a palavra municipalização não esteja a ser usada, propositadamente, claro está!, e seja usada em sua vez a expressão "processo de descentralização", a coisa referida é exactamente a mesma. E a coisa é grave. Não o seria, no entanto, se este país fosse habitado por políticos verdadeiramente democráticos e que não cultivassem uma partidarite aguda e que colocassem os interesses da Nação, ou seja, os interesses da Educação acima de qualquer interesse partidário. Infelizmente não é que vamos vendo à nossa volta e já constatamos mesmo tentativas de silenciamento de vozes que por vezes se tornam incómodas apenas porque contrárias à opinião de quem momentaneamente ocupa as cadeiras do poder local.
Sim, é certo, nós professores ainda não passaremos nesta fase para a jurisdição ou alçada do poder local mas o cerco está já a ser montado e, temo!, não faltará muito tempo para arranjarem cabresto à medida de cada voz, mais ou menos incómoda, mais ou menos escutada.
Pela minha parte aviso desde já que me manterei fiel às minhas ideias e opiniões e que o poder autárquico jamais me calará.
Tenho dito!
E ainda relembro que uma só voz, a falar num mesmo tom, será sempre mais pobre do que muitas vozes que se expressam através de múltiplos cambiantes. Porque a diversidade é muito bela.
E tenho dito!
Pessoal não docente: mais de 40 mil passarão a ser geridos pelas câmaras
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