68 Surtos em Contexto Escolar?
Brincamos ao faz de conta.
Faz de conta que vivo numa região onde o vírus não se propaga a uma velocidade estonteante. Faz de conta que vivo numa região onde encontrar uma família que já tenha sido mordida pela COVID-19 é uma verdadeira raridade. Faz de conta que vivo numa região onde a COVID-19 não corre livre por montes e vales, onde sobe e desce ruas e calçadas e avenidas também. Faz de conta que vivo numa região onde as escolas são sítios seguros... talvez porque o SARS-CoV-2, coitado, é barrado nos portões com um esguicho de álcool-gel.
Agora, aproveito este post para me repetir - ninguém conhece a realidade epidemiológica dentro das escolas porque quem manda não a quer conhecer e ponto final.
Pois se quando surgem casos positivos entre alunos ou entre professores as entidades máximas locais no que diz respeito à saúde pública não mandam testar, não mandam isolar seja quem for... querem conhecer o quê?! Há quantos surtos activos em contexto escolar? 68?! Pois e o resto, meus senhores!!! Pois e o resto que está encoberto!!!
Espero que agora, com a introdução de dados em plataforma criada para o efeito, salte à vistinha de quem para eles olhar que há regiões transformadas em verdadeiros pastos para o SARS-CoV-2.
Uma delas é a minha.
4 comentários:
O problema é que as próprias direções parecem querer ocultar os números, negando qualquer partilha, remetendo esclarecimentos para a DGS... estarão proibidos de falar ou têm vergonha em ter casos positivos na escola que dirigem, como se fosse uma falha no seu mandato... não percebo... espero bem que os professores denunciem, ou melhor, indiquem os reais números, que parem de fazer de conta que o vírus está lá...
Também não sei o que se passa. Sei que muitas direcções não divulgam números e vai daí promovem a desinformação. Não sei se têm ordens, se têm receio de ficar mal na fotografia... só sei que considero esta atitude perfeitamente estúpida!
O vírus continua a andar por aí, em total liberdade... rsssssss... enquanto o tentam esconder por debaixo do tapete.
Ao contrário, na minha escola sabemos quando há alunos ou professores infetados. E vão turmas inteiras para casa e os respetivos professores.
Que bom, Ilda! Assim deviam ser todas!
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