quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Carlos Afonso




Provas Públicas para Professor Agregado
Faculdade de Farmácia do Porto
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Carlos Afonso

Arrasa-os, ó Senhor Professor Doutor do Ano, da Faculdade de Farmácia, da Invicta Cidade do Porto.

Acabei de chegar do Porto, de assistir às provas públicas para professor agregado do Carlos Afonso. E pronto. Arrasou. O Professor Doutor arrasou.
Mas tenho que voltar atrás, aos meus quinze aninhos, a um mês de Julho, em que fui à casa da Boavista e conheci, finalmente, os novos amigos caloiros do meu namorado que, com ele, frequentavam o curso de Farmácia. Senti-me observada e acho que passei na vistoria. Também os observei e também eles passaram na minha vistoria sendo que, a partir dali, os novos amigos do Artur passaram a ser também os meus novos amigos.
Este é um deles, de seu nome Carlos Afonso. Para mim muitas vezes Carlinhos.
O Carlos Afonso é, de todos os meus amigos, o mais Professor Doutor. É o doutoral, o professoral, o que tem uma postura séria perante a vida sem nunca perder o sentido de humor, o que sabe tudo de Química, o que tinha uma postura simples e, sem a perder, passou a conjugar sofisticação, é o honrado, o perfeccionista, o solidário, é o mesmo que hoje deu uma aula brilhante, de bem preparada, de límpida e transparente, é o que, feitas hoje as provas públicas, passou a professor agregado, ou seja a uma espécie de professor catedrático sem cátedra, aguardando tão somente a abertura da respectiva vaga na Faculdade de Farmácia do Porto. É também aquele que põe as suas alunas vermelhas de coradas, e de pernas tremeliquentas, que eu sei, que tenho as minhas parabólicas sempre sempre ligadas e é o que frequentemente ganha o galardão de professor do ano na Faculdade de Farmácia do Porto. Sempre sem cedências a facilitismos que é palavra que não entra no seu vocabulário.
É claro que, neste dia tão importante para a sua vida profissional, eu só podia estar presente. Não podia faltar à chamada. Eu e a Joana, representando o Artur, completamente submerso em trabalho. Falhada a prova de doutoramento, só me restava agora a remissão desse pecado. E assisti a uma aula brilhante onde até eu, que não sou da área, que sou uma probrezita menina de letras, compreendi grande parte da matéria. Grande capacidade de comunicação, grande organização, muita preparação. Amei.
E até o fiz soltar uma gargalhada quando, no final e em privado, lhe disse que gostava da sua fardeta preta e que até achava que aquela espécie de vestido preto lhe conferia um ar sexy! Não, ele não estava de avental... mas vim eu a saber pela Adelaide... "vestido" desenhado pelo Tenente? Quem não fica sexy dentro duma indumentária toda ela desenhada pelo António Tenente?!
Não é assim, Carlos?
Muitos parabéns e obrigada por enriqueceres a minha vida.

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