Competências
Ontem postei sobre uma competência que domino na perfeição. Hoje, para equilibrar a coisa, posto sobre uma competência que não domino de todo.
Quando era miúda olhava com inveja para os rapazes que lançavam assobios afinadíssimos, a torto e a direito, e por dá cá aquela palha. A coroa de glória era um assobio, potente, feito com a ajuda dos dedos enfiados na boca. Eu ouvia aquilo extasiada. E não eram só os rapazes... a maioria das raparigas também sabia assobiar, melhor ou pior. Quanto a mim nem mais ou menos. Eu bem treinava, eles bem que me explicavam a técnica, mas tudo o que eu conseguia era fazer sair um som frouxo frouxo, muito próximo do inaudível. Xiiiii... um grande desgosto para uma maria-rapaz que, apesar de nunca ter desistido, nunca conseguiu dominar esta competência.
Entretanto cresci. Mas não desisti.
E ainda hoje continuo a insistir e a tentar, agora muito bem acompanhada por este rapaz, de seu nome Andrew Bird, que me veio relembrar esta lacuna no meu currículo. O Andrew Bird é somente o dono do assobio mais poderoso, afinado e melodioso que eu já ouvi em toda a minha vida. Eu sou somente aquela nódoa no que a assobios diz respeito.
Confesso que tenho treinado bastante com este rapaz, mas os resultados da coisa continuam a ser um completo fiasco. É que não consigo mesmo emitir um som que se aproxime e se assemelhe, nem de longe nem de perto, a um assobio.
Mas desistir?
Parafraseando um conhecido político da nossa praça... jamé!
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