Sobre o Acordo - A Palavra a Lídia Jorge
Salvar a escola do inferno burocrático
Este acordo é histórico porque ele permite salvar da humilhação alguns milhares de professores e restabelecer um clima de paz num momento em que a escola pública portuguesa precisa de proceder a uma revolução nos métodos de trabalho. Ele permite salvar a escola dum inferno burocrático incompatível com uma boa convivência entre colegas e um ensino livre e feliz. Além disso, regressar a uma carreira única, mas em que se progrida por mérito, era indispensável e esse princípio manteve-se. Mas é preciso ter em conta - e nem sempre a população está bem informada - que os professores e os médicos são as classes mais directamente escrutinadas da sociedade. Cada dia, em cada hora, o professor passa pelo escrutínio cerrado de dezenas de crianças e adolescentes. Basta imaginar uma sala de aula. Não é pouca coisa. É por isso que este acordo histórico ainda não terminou. Ele só ficará selado quando Isabel Alçada verificar a que professores, durante estes dois anos, foram atribuídas as notas de excelente, e tirar daí as suas conclusões. Talvez resolva anular os seus efeitos. É que os professores duma escola constituem uma família. Experimentem criar um escalão de avaliação entre os membros duma mesma família que se autovigia. Sobre os métodos de avaliação desejo a Isabel Alçada e aos sindicatos muitas noites de boa maratona.
Lídia Jorge (escritora e ex-professora)
Daqui.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Sobre o Acordo - A Palavra a Lídia Jorge
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6 comentários:
Oh Anabela Maria, tu não sentes nada nos teus neurónios?
Acho que temos uma ligação interna....Fóoooooooonix. Vai lá espreitar à janela da minha casa...:))
Be
A Escritora toma sempre a pena com Folêgo optimista quando se trata de salvar a face do Ps . Já estamos habituados ao seu expediente de simpatia... Cordialmente
________ JRMARTo
Eu não!
Fóooooonix... lá vou!
Não me digas que de todas também publicaste esta!
É verdade, José, mas pelo caminho também não perde a oportunidade para deixar uns avisos.
Abraço
Só publiquei essa e o título é quase semelhante.
Nem publico mais nada, a não ser que seja uma coisa bombástica!
Beijo
E não é que foi, Milhé!
Ai que nós temos para aqui umas ligações...
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