O meu blogue sou eu...mas eu não sou o meu blogue...
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Inevitável
Inevitável
4 comentários:
Gabriel Vilas Boas
disse...
Mubarak vai partir. O Egito vai ficar um caos de tal ordem que nem o exército vai ser capaz de o controlar. Não há um líder na oposição capaz de unir o povo e levá-lo pacificamente até às novas eleições. Temo os excessos. Europeus e americanos não sabem como agir. As palavras de Mubarak sobre Obama dão que pensar... Se pensarmos em transições de regimes ditatoriais para as desejadas democracias, vemos poucos correram exemplarmente. Lembro-me da África do Sul, mas existia Mandela... mas também me lembro do Iraque, da Roménia, da URSS... e não correu bem! O Egito não é mais um país árabe. O Egito é uma referência para o mundo árabe, mas igualmente para os ocidentais... e são tantos milhões. Baradai desapareceu dos noticiários... enigmático, não achas?
Mubarak permanece no Egipto, por agora. Não consigo ter as tuas certezas, Gabriel, quanto ao caos. Sei que é fácil lá cair. Mas espero que o Egipto não vá por aí e que honre um país com milénios de história. Até agora, os acontecimentos são, para mim, surpreendentes por decorrerem exactamente no sentido oposto ao do caos. Vamos aguardar os acontecimentos. Uma coisa é certa - Os egípcios já fizeram História. Mais uma vez. beijocas
Os acontecimentos são surpreendentes e já fizeram História, é certo. Mas a parte mais difícil da História está por fazer. Depois de resolvido o problema Mubarak, outros enormes problemas surgirão. Que fações existem entre a oposição? Como acontecerá a transição? A democracia e a liberdade são de uma exigência brutal. Fazer tudo bem, não cometer erros, cumprir a vontade de tantos milhões parece-me uma tarefa hercúlea, mas não impossível. Dou comigo a pensar que é nestes momentos que o mundo ocidental percebe que sabe tão pouco das sociedades árabes. Confiam num ditador, fecham os olhos e esperam que a "coisa" corra bem...
Entretanto lembro-te transições pacíficas de ditaduras para democracias - Portugal... eheheh... Espanha, os países de leste... e já te dei muitos exemplos. Mas tens razão porque a parte mais difícil está mesmo por fazer... mas também é verdade que só esta, a que agora assistimos, há 1 mês era absolutamente impensável... Quanto aos políticos... ocidentais ou não, é gente que parece estudar pela mesma cartilha dos interesses económicos e da hipocrisia. Que gente decepcionante e sem elevação! Ah! Vou dar-te um tpc kakakakaka... é favor fazer-se meu seguidor... e do História em Movimento também! Aguardo! :)
4 comentários:
Mubarak vai partir. O Egito vai ficar um caos de tal ordem que nem o exército vai ser capaz de o controlar. Não há um líder na oposição capaz de unir o povo e levá-lo pacificamente até às novas eleições. Temo os excessos. Europeus e americanos não sabem como agir.
As palavras de Mubarak sobre Obama dão que pensar...
Se pensarmos em transições de regimes ditatoriais para as desejadas democracias, vemos poucos correram exemplarmente. Lembro-me da África do Sul, mas existia Mandela... mas também me lembro do Iraque, da Roménia, da URSS... e não correu bem! O Egito não é mais um país árabe. O Egito é uma referência para o mundo árabe, mas igualmente para os ocidentais... e são tantos milhões. Baradai desapareceu dos noticiários... enigmático, não achas?
Mubarak permanece no Egipto, por agora. Não consigo ter as tuas certezas, Gabriel, quanto ao caos. Sei que é fácil lá cair. Mas espero que o Egipto não vá por aí e que honre um país com milénios de história. Até agora, os acontecimentos são, para mim, surpreendentes por decorrerem exactamente no sentido oposto ao do caos.
Vamos aguardar os acontecimentos. Uma coisa é certa - Os egípcios já fizeram História. Mais uma vez.
beijocas
Os acontecimentos são surpreendentes e já fizeram História, é certo. Mas a parte mais difícil da História está por fazer. Depois de resolvido o problema Mubarak, outros enormes problemas surgirão. Que fações existem entre a oposição? Como acontecerá a transição? A democracia e a liberdade são de uma exigência brutal. Fazer tudo bem, não cometer erros, cumprir a vontade de tantos milhões parece-me uma tarefa hercúlea, mas não impossível. Dou comigo a pensar que é nestes momentos que o mundo ocidental percebe que sabe tão pouco das sociedades árabes. Confiam num ditador, fecham os olhos e esperam que a "coisa" corra bem...
Entretanto lembro-te transições pacíficas de ditaduras para democracias - Portugal... eheheh... Espanha, os países de leste... e já te dei muitos exemplos.
Mas tens razão porque a parte mais difícil está mesmo por fazer... mas também é verdade que só esta, a que agora assistimos, há 1 mês era absolutamente impensável...
Quanto aos políticos... ocidentais ou não, é gente que parece estudar pela mesma cartilha dos interesses económicos e da hipocrisia. Que gente decepcionante e sem elevação!
Ah! Vou dar-te um tpc kakakakaka... é favor fazer-se meu seguidor... e do História em Movimento também!
Aguardo! :)
Enviar um comentário