Plenário e Manif - Campo Pequeno e Avenida 5 de Outubro
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Plenário de Professores - Campo Pequeno
Cheguei de mais uma jornada de luta e aproveito esta hora tardia para fazer o balanço do dia longo de ontem - de todas as jornadas de luta em que participei, e já foram muitas mesmo, esta foi a menos interessante. O modelo escolhido não me agradou, 10 mil professores dentro do Campo Pequeno não têm qualquer impacto na comunicação social, principalmente se, no mesmo dia e à mesma hora, estava convocada uma original manif, convocada pelo Facebook, que prometia muito, e cumpriu bem mais do que se poderia imaginar, subordinada ao tema "Geração à Rasca", sendo que à rasca estamos nós quase todos tal como declarei ao Público.
O plenário foi uma valente seca, com os dirigentes sindicais a falarem todos de enfiada e a darem injecções, seguidas de injecções, de mais do mesmo. Se falassem 5 minutos cada um gastariam 40 minutos, o que já seria violento, mas o problema é que tivemos direito a discursos monocórdicos, de disco riscado e mais do que riscado, que a dado passo já faziam os professores abandonar o espaço, quiçá para se juntarem aos à rasca. Sei lá, podiam ter combinado, tu falas disto e eu daquilo... e tinham-nos evitado uma valente seca focando todos os problemas do Ensino sem se repetirem até à exaustão. A coisa só animou verdadeiramente com o discurso do Mário Nogueira, mas que também foi excessivo, com o orador a ficar à rasca, da voz. E ainda faltava aprovar a Moção.
Só ao fim da tarde seguimos para o ME e lá entregámos a avaliação previamente preenchida, onde a hipótese de nota pior era insuficiente. Insuficiente?! Desculpem lá, mas eu acho que a actuação da Tutela tem sido particularmente má e lá tive de acrescentar um quadrado que contemplasse a minha avaliação.
Estou estafada. Mais estafada do que nas manifs anteriores. E garanto que não voltarei a dar nada para este peditório, para este modelito de luta sem impacto.
Querem voltar à rua? Contem comigo. Assim, não.
Cheguei de mais uma jornada de luta e aproveito esta hora tardia para fazer o balanço do dia longo de ontem - de todas as jornadas de luta em que participei, e já foram muitas mesmo, esta foi a menos interessante. O modelo escolhido não me agradou, 10 mil professores dentro do Campo Pequeno não têm qualquer impacto na comunicação social, principalmente se, no mesmo dia e à mesma hora, estava convocada uma original manif, convocada pelo Facebook, que prometia muito, e cumpriu bem mais do que se poderia imaginar, subordinada ao tema "Geração à Rasca", sendo que à rasca estamos nós quase todos tal como declarei ao Público.
O plenário foi uma valente seca, com os dirigentes sindicais a falarem todos de enfiada e a darem injecções, seguidas de injecções, de mais do mesmo. Se falassem 5 minutos cada um gastariam 40 minutos, o que já seria violento, mas o problema é que tivemos direito a discursos monocórdicos, de disco riscado e mais do que riscado, que a dado passo já faziam os professores abandonar o espaço, quiçá para se juntarem aos à rasca. Sei lá, podiam ter combinado, tu falas disto e eu daquilo... e tinham-nos evitado uma valente seca focando todos os problemas do Ensino sem se repetirem até à exaustão. A coisa só animou verdadeiramente com o discurso do Mário Nogueira, mas que também foi excessivo, com o orador a ficar à rasca, da voz. E ainda faltava aprovar a Moção.
Só ao fim da tarde seguimos para o ME e lá entregámos a avaliação previamente preenchida, onde a hipótese de nota pior era insuficiente. Insuficiente?! Desculpem lá, mas eu acho que a actuação da Tutela tem sido particularmente má e lá tive de acrescentar um quadrado que contemplasse a minha avaliação.
Estou estafada. Mais estafada do que nas manifs anteriores. E garanto que não voltarei a dar nada para este peditório, para este modelito de luta sem impacto.
Querem voltar à rua? Contem comigo. Assim, não.
Se estou arrependida de ter ido? Pois não estou, até porque encontrei os Lírios e sim, apertei os ossos à Elsa D! E reencontrei o França. E avistei o Ilídio Trindade. E dissequei a Educação fazendo as viagens, para lá e para cá, ao lado de uma pessoa inteligente, já referenciada neste blogue, o meu querido colega de turma Eugénio Mouraõ, agora colega professor de Filosofia.
Mas que não repetirei o modelito, isso é certo certinho. Porque o modelito não serve para mim.
E não, não consegui fazer o pleno indo à manif da Geração à Rasca.
29 comentários:
Anabela:
como te informei por sms, decidi, participar na manif da "geração à rasca" (que somos todos) aqui perto de casa. não me arrependi minimamente.se tivesse tido companhia que me acompanhasse daqui, teria ido a Lisboa, mas nunca para o Campo Pequeno e por 2 razões, a 1ª porque sofro de claustrofobia... e a 2ª porque acho que os professores se deviam ter
integrado na manif da "geração á rasca".... aliás como fizeram muitos colegas nossos,
Valeu a pena! E é na rua que lutamos bem!
beijo
Também me pareceu seca, tanto discurso! Quando fomos para a rua começou a cair a noite, depois a chuva e o cansaço. Gostaria de ter ido para a Avenida, mas esta era uma iniciativa específica do meu sector profissional e... noblesse oblige.
Também vi o cartaz da Lírios, mas estava num sector muito distante com o pessoal da minha escola.
Ainda não foi desta que te dei um abraço :-(
Já te deixei um comment no teu blogue - acho que fizeste uma excelente opção.
Beijinhos
Mas põe seca nisso, Lelé! Diagamos que foi bom, pelos abraços reais e virtuais - contigo, com a Cristina Ribas...
beijinhos
Concordo com a tua opinião Anabela, mas,mesmo assim e também eu, não estou arrependida de ter ido, porque nos encontrámos e porque marcámos presença.
Abraço grande.
Também fiquei um pouco desiludida e aborrecida com os discursos repetitivos e monocórdicos.Assim não!
Anabela
Há algo estranho, pois deixei de receber os teus comentários.
Já no aniversário do Blogue te queixaste, eu não percebo, mas efectivamente, não recebo...
O que se estará a passar? :-(
Ah, a não ser que aquele comentário ali fosse em resposta à Ema... esquece!
Bjs.
Neste momento também não me identifico com lutas de "brincadeira". Ou apostamos forte ou não vale a pena. Sinto uma desilusão enorme; foi pena os professores terem ido para o campo pequeno e não para a rua junto da "geração à rasca". Que ideia disparatada!... Fácil de prever o resultado.Parece que temos que contractar os autores desta grande manifestação para voltarmos a ver alguma união!?...
Algures queria ter escrito digamos... eheheh!
Marcamos presença, TVstar. E foi bom pelo que nosso reencontro, entre outras coisas positivas do dia. Mas eu não repito este formato. Detesto chover no molhado!
Beijocas
O comentário era mesmo para ti. Como não t reencontrei fisicamente, nem à Cristina, o nosso abraço foi mesmo virtual. Mas foi bom saber-vos lá, Mulheres da Luta!
Este formato está obsoleto e mais do que gasto, Aurora. Os tempos que correm são para intervenções espectaculares. Quanto à mobilização dos professores... ela foi simplesmente deprimente. Tenho a sensação que alguns nem que levem com poios de m**** na cabeça se mexem. Arre! Como detesto esta paz podre, este deixa andar que alguém vai resolver as coisas por mim. Não há pachorra mesmo!
Digo "contratar".
Enerva esta inércia. Estes jovens conseguiram o que nós não conseguimos. Irrita as propostas de luta dos sindicatos. Parece brincadeira de crianças "vamos amuar", "vamos gritar", "vamos.......". Se alguém se lembrar de algo sério, empreendedor, eu alinho. Infelizmente não me ocorre nada.
A culpa não é toda dos sindicatos, muito embora haja muita que lhes podemos atribuir. Mas nós também temos a nossa quota parte. Os professores nas escolas estão adormecidos, na sua esmagadora maioria. E levantar o rabo do sofá? E meter pernas ao caminho. Pois é. Custa. Pois custa.
Concordo Anabela. Na minha escola está tudo "adormecido". Que nervos. Considero que estou numa posição "confortável" mas não gosto desta escola. Não gosto desta avaliação. Não gosto de "comer" o que nos querem dar. Irra, irra e irra.
A mim também me enerva esta falta de reacção. Bem sei que tenho uma costela espanhola... e se calhar também tenho algumas de jasmim...
Detesto a pasmaceira. Detesto observar vivos-mortos. E as escolas estão pejadas deles. E não deviam. Afinal somos uma elite intelectual neste país! Acho que a maioria das pessoas estão a leste da gravidade da situação nacional. Ou então estão paralizadas pelo medo... não sei o que te diga...
Subscrevo o que escreves no poste: com secas destas não vamos lá. Com estratégias destas também não.
Subscrevo também o que dizes neste último comentário. Irra! Se a irritação fosse "só" com a desgovernação já era mau suficiente. Mas ainda termos de assistir às atitudes de lesma e lapa de quem tinha a obrigação de servir de exemplo... Até me custa usar as palavras certas...
Sim, há lesmas entre nós. E lapas. E moinas. E porra! Hoje estou particularmente sem paciência!
Estás bem, Elsa?
Falo com os meus colegas...leio os seus posts...leio os jornais...ouço os comentários e...chego à conclusão que tinha ainda Professor:
Caríssima Colega, ou nós vamos para uma luta em que alguém tem de partir ou...pouco ou nada se consegue!
Veja as manifs que os Professores já fizeram?
Conquistas?!
Muito poucas e quase sempre substituídas por novas de...agravo!
Que fazer?
Uma greve às avaliações e exames e aí teremos os pais...os políticos...aflitos, e se não for assim...não vamos lá!
Veja o que vai acontecer com os camionistas!
O Governo cede ou...cai!
Parabéns pelas fotos, parabéns pela persistência e pela consciência plena do marasmo de alguns. Já dei bastante para este peditório. Apostei na Av da liberdade e no Rossio tive um encontro de 3º grau com os ditos moçoilos da luta. O que me soube bem gritar, pular e cantar, que raio de sensação tão estranha aos sessentas.
Acho que é o Paulo Guinote que defende uma retenção das avaliações no final do ano, excepto as do 12º ano. Estou com ele.
Quanto à greve aos exames já foi tentada sem êxito por causa dos serviços mínimos.
Aquando do auge da luta defendi entre os meus pares uma greve por tempo indeterminado. Os colegas caíram-me todos em cima. Para mim era muito simples: ou eles ou eu e eu estava disposta a lutar por tempo indeterminado contra a imbecilidade. Ora isto não tem a ver com dinheiro. Os profs do Chile fizeram-na mais de um mês e ganharam e não estão abonados como nós. Quanta chatice se teria poupado durante todos estes anos! Quantos AVCs, fusões de cérebros, ataques cardíacos...
Também tive um encontro de 3º grau com esta rapaziada! E foi bom.
Até te invejo, Tecas, pela opção que fizeste... imagino a adrenalina da coisa...
A nossa foi desesperante... o pessoal impaciente... a zarpar dali para fora... ai meus deuses...
concordo a 100% com o Hélio!
basta de moleza!
Em@, já vi este filme n n n n n vezes e ao longo da minha vida de Professor pouco tirei das greves a que aderi...e poucas ou nenhumas falhei.
Nunca houve um objectivo de força...eram sempre meias tintas.
BASTA!
Sempre fomos tratados com menoridade...uns bons rapazes que dão umas aulas...mas de quem eles foram alunos.
Esquecem-se depressa.
Ou vai...ou RACHA!
Por mim, racha. Não se aguenta esta podridão, este cheiro fétido e nauseabundo!
Tenho estado de rastos, com uma crise de sinusite e a alma um tanto amarfanhada.
Este sabor estranho de interrupção no dia seguinte, de não haver nada de imediato para se fazer, para limpar de vez a porcaria. Não creio que seja só impaciência.
Acho que já perdemos oportunidades de oiro para rachar.
Beijocas, guapa fotógrafa.
Eu ando com uma dessas crises há 3 semanas! E não me larga, muito embora eu esteja já bem melhor!
Sei o frete que isso é!
As melhoras para ti, Linda!
E beijocas grandes!
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