terça-feira, 31 de maio de 2011

Poesia


Atol - Maldivas
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Poesia

A Culpa é do pólen dos pinheiros,
dos juízes, padres e mineiros,

dos turistas que vagueiam nas ruas
das atrippers que nunca se põem nuas,

da encefalopatia espongiforme bovina,
do Júlio de Matos, do João e da Catarina.

A culpa é dos frangos que t~em H1N1
e dos pobres que já não têm nenhum.

A culpa é das putas que não pagam impostos,
que deviam ser pagos também pelos mortos.

A culpa é dos reformados e desempregados,
cambada de malandros feios, excomungados.

A culpa é dos que tem uma vida sã
e da ociosa Eva que comeu a maçã.

A culpa é do eusébio que já não joga a bola
e daqueles que não batem bem da tola.

A culpa é dos putos da Casa Pia,
que mentem sempre d noite e de dia.

A culpa é dos traidores que emigram
e dos patriotas que ficam e mendigam.

A culpa é do Partido Social Democrata
e de todos aqueles que usam gravata.

A culpa é do BE, do CDS e do PCP
e dos que não querem o TGV.

A culpa até pode ser dourso que hiberna,
mas não será nunca do PS e de quem governa!

(Poema de autoria desconhecida, recebido por e-mail)

2 comentários:

Maria Adelaide disse...

Ao ler este poema tão cheio de pistas de e para reflexão, lembrei-me do Dr. Ihaleakala Hew Len Ph. D, criador do Ho'oponopono, uma "ciência" que nos ajuda a perceber a intrínseca relação que existe entre TUDO e entre TODOS! Daí que "a culpa só morre solteira" quando descuramos a responsabilidade individual, em prol do BEM COMUM!

Anabela Magalhães disse...

Sim, é certo, a culpa é de todos os que deixam andar e, moinas, esperam lucrar com o esforço de uns quantos. As nossas vidas estão rodeadas deles.
Todos, individualmente, somos responsáveis pelo bem comum. Sem excepção. E a nossa responsabilidade nunca, como hoje, nesta hora difícil, foi tamanha!
Saibamos estar à altura das nossas responsabilidades.
Beijinhos, Adelaide!

 
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