segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Reencontro com a História - Dia Um


Reencontro com a História - Mérida - Espanha
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães 

Reencontro com a História - Dia Um

Escrevo depois de mais um Reencontro com a História cumprido e que desta vez nos levou à exploração da Estremadura Espanhola.
A saída fez-se pelas 8 horas da manhã, bem cedinho que tínhamos muito caminho pela frente. Ao volante, como manda a tradição, vai o Miguel que nos conduz em marcha certinha e segura até Elvas, onde parámos para almoçar, que nós somos todos bons garfos e não perdoámos a cozinha alentejana.
Comecei com açorda alentejana, pois então!, ai meus deuses como eu amo isto! e acabei com sericaia cheia e completamente besuntada de doce de Ameixa de Elvas, ai meus deuses, ai meus deuses como eu cresceria para os lados se por aqui vivesse...
Ó Elvas, ó Elvas, visitado o castelo e o centro da cidade, Badajoz à vista... e num pulinho estávamos instalados num dois estrelas de Mérida, bem  pertinho do Museo Nacional de Arte Romana do galardoado com o prémio Prizker, Rafael Moneo, e bem pertinho do Anfiteatro e Teatro da antiga Augusta Emerita, fundada em 25 a.C., capital da Lusitânia nos seus dias de ouro. Ainda fomos a tempo de visitar o excelente museu, o Templo de Diana, do século I d.C., de observar a fabulosa ponte romana sobre o leito do Guadiana e alas que se faz tarde para o tapeo! Hummm... hum... muito eu gosto de ser romana em Roma...
Hoje, o interesse da cidade de Mérida reside exactamente na quantidade e qualidade das ruínas e dos objectos encontrados em escavações que já se prolongam por mais de um século e que fazem deste património Património da Humanidade. De resto a cidade não tem, do ponto de vista urbanístico e arquitectónico, qualquer interesse, de incaracterística que é.
Confesso, enquanto caminhava por aquelas ruas olhando os seus desinteressantes prédios, lembrei-me do Marco de Canavezes aqui mesmo ao lado, exemplo exemplar do que não se deve fazer em termos urbanos e arquitectónicos e caso de estudo, pelas piores razões, nas faculdades de arquitectura portuguesas...
Mérida saiu-me uma valente mérida! Apenas salva pelos romanos...

6 comentários:

Maria disse...

Olá, Anabela!!!
Senti a tua falta. Vivi em Elvas alguns anos...talvez aí esteja a explicação...cresci muito para os lados a partir daí.
Mérida salva-se, sim , pela parte romana, quanto ao resto...nada de extraordinário. De qualquer maneira fazer umas incursões nas terras de nuestros hermanos é sempre uma mais valia, nem que seja para observar a forma de vida deles, que se revela um pouco diferente da nossa.
Este ano vou voar para um dos países de tua eleição…Marrocos, ou melhor só vamos até Marraquexe. O meu entusiasmo não é muito, em comparação meu marido anda delirante e minha filha também algo entusiasmada. O deserto não me atraí…nada. Gostos!!!
E o incêndio por aí, deixou marcas muito profundas?

Anabela Magalhães disse...

Oláaaaaaa Maria! Eheheh... eu também cresceria para os lados se vivesse no Alentejo. Adoooro a cozinha alentejana...
És uma sortudapor ires a Marraquexe, la Rouge!Quanto tempo vais estar em Marraquexe? Tenho de te dar umas dicas... eheheh...
Quanto ao deserto de lá só o cheiras... eheheh...
O incêndio foi uma chatice. Muitas lojas que foram à vida, é todo um correr de prédios que só ficou com a fachada. Numa cidade pequena como Amarante a ferida nota-se muito.
Ah! Já dei o teu contacto ao Gabriel, o meu colega de Português e de Teatro. Espero que ele não se acanhe... eheheh... já lhe disse que tu és 5 estrelinhas...

Cláudia Queirós disse...

Grande edificio do grande Rafael Moneo!

Anabela Magalhães disse...

Não conhecia qualquer obra deste arquitecto. Este museu impressiona pela inspiração romana, pela escala, parece-me que também romana, pela espírito prático que por lá se respira, obviamente romano, pelos materiais escolhidos na sua construção, tijolo, romano... eheheh...
O edifício é uma beleza! O seu conteúdo também!
Beijocas, Cláudia!

Cláudia Queirós disse...

A prova de final de curso do Rui foi sobre a forma e a materia na obra deste arquitecto. Foi a partir dai que tambem a comecei a conhecer melhor e a interessar-me por ela.
É um grande arquitecto e um grande professor de Arquitectura. (Esteve na FAUP em Junho deste ano, e eu fui ve-lo. hehehe)

http://www.pritzkerprize.com/laureates/1996/index.html

Anabela Magalhães disse...

Obrigada, Cláudia! Vou incorporar o link no post.
Beijinhos!

 
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