sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A Palavra ao Paulo Guinote


A Palavra ao Paulo Guinote

A quem agradeço a referência na sua postagem de hoje. Ainda mais quando sou a única menina citada da blogosfera docente.





Cacofonia


Silenciosa. Ou, mesmo quando ainda produz ruído, de eficácia nula. Em 2008, 2009 e mesmo um pouco depois, a multiplicidade de vozes que na blogosfera contrastava com o quase vazio na comunicação social de escrita de opinião não alinhada politico-partidariamente sobre Educação. Mesmo que os resultados tenham sido escassos, existia a sensação de que algo era possível, que poderia ser alterada alguma coisa, mesmo que em pequena escala. E em alguns momentos, houve mesmo quem pensasse que as massas poderiam ter alguma força. Agora temos uma situação que não é inversa ou simétrica, mas em que a blogosfera que escreve sobre Educação parece ter perdido a pouca capacidade ou mesmo esperança em que algo mude, se exceptuarmos a capacidade do Arlindo para prestar um serviço público de informação sobre os concursos que mais ninguém consegue em tão pouco tempo ou o entusiasmo do Alexandre em discutir temas e desenvolver redes de debate. Na imprensa, são agora mais os que escrevem, em especial no Público, mas acredito que em muitos casos, um pouco mais para desenhar o seu quadrado do que acreditando no poder da mudança pela palavra ou argumento. A anestesia tomou conta do recinto. Até podem escrever muito e com conteúdo, mas raramente com real efeito para lá dos seus muros. Sim, o Paulo (Prudêncio) continua a pensar sobre as coisas com calma como ninguém há mais de 10 anos, a Anabela (Magalhães) mantém a intensidade de sempre, o António(Duarte) lá se convenceu a criar o seu espaço próprio de opinião, pecando aqui por defeito as referências que não são inventário. Mas, mesmo que possam não o assumir, acho que todos partilham, nem que seja em pequena proporção, aquela minha sensação de que as coisas estão controladas no seu remanso com ondas regulares a fingir movimento e polémicas que valem apenas se envolverem os grandes actores em presença na divisão das parcelas do orçamento. E por grandes, por favor, não confundamos com mais numerosos, tipo alunos ou professores.

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