segunda-feira, 25 de novembro de 2019

A Luta Continua - Por Uma Escola/Amarante Melhor - Por Uma Escola Física do Século XXI

Greve - Escola Básica de Amarante - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

A Luta Continua - Por Uma Escola/Amarante Melhor - Por Uma Escola Física do Século XXI

A ladainha, conhecida e repetida pelos nossos governantes, em particular por quem se senta nos gabinetes que a Educação tutela, é tão velha que já tem barbas - Não podemos ter professores do século XX para miúdos do século XXI... como se o ministério tivesse agora descortinado a pólvora e descobrisse que todos os professores, sem excepção, estivessem obsoletos e completamente ultrapassados em termos pedagógicos, em termos daquilo que nos trouxe aqui, ou seja, aos melhores lugares conseguidos desde sempre nas comparações internacionais. Vai daí, temos estado a trabalhar bem... certo?

Pois senhor ministro e senhores secretários de estado, relembro-vos que sem ovos não se fazem omeletas indefinidamente e relembro que também não podemos ter recursos do século XX e instalações também do século XX, agora infinitamente degradadas, nunca intervencionadas!!! em cerca de 40 anos que a escola já cumpriu!!! para miúdos do século XXI... certo?
E mais, aqui trata-se mesmo de um problema de saúde pública não é de mais ou menos rodriguinhos.
Tirem-nos o amianto, já! Aliás, para ontem era o ideal.

Agência Lusa

"Na manhã de hoje, dezenas de professores concentraram-se junto à entrada principal das instalações, acompanhados por auxiliares de ação educativa, exibindo cartazes com mensagens alusivas à existência de amianto nas coberturas de vários pavilhões.  No gradeamento exterior do estabelecimento, construído há cerca de 40 anos, os grevistas colocaram uma tarja com a frase: "Stop - Tirem-nos o amianto".
André Pestana, coordenador do STOP, disse à Lusa que a greve na escola de Amarante enquadra-se nas ações de protesto, de âmbito nacional, que já provocou, nas últimas semanas, o encerramento dezenas de estabelecimentos em vários pontos do país.
"São cerca de 30 escolas que começaram a encerrar desde o início desta greve, que, no início, era essencialmente contra o amianto, mas depois, rapidamente, alastrou para outros problemas gravíssimos para quem trabalha e estuda na escola pública, como a falta de funcionários e professores", referiu, criticando ainda a "violência e impunidade que tem ocorrido nas escolas".  Sobre a questão do amianto na EB 2,3 de Amarante, onde estudam cerca de 900 alunos, do 5.º ao 9.º ano de escolaridade, o dirigente comentou à Lusa: "Há muito dinheiro neste país. Só que está muito mal distribuído. Há dois pesos e duas medidas. Para os ‘boys' partidários escolhidos por este Governo e pelos anteriores há sempre luxos, há sempre milhões. Os banqueiros são um exemplo paradigmático. Se isto fosse um banco, já tínhamos dinheiro para tirar o amianto, que é comprovadamente cancerígeno e que está a sujeitar milhares de pessoas".
O sindicalista recorda que o primeiro-ministro, António Costa, "prometeu erradicar o amianto dos edifícios públicos até final de 2018", mas no final de 2019 "nem 10% disso foi cumprido".    "Isso é gravíssimo", acentuou.
A insuficiência de funcionários nas escolas foi outra nota deixada por André Pestana, referindo que, no caso da EB 2,3 de Amarante, não é cumprido o rácio indicado pelo Governo, havendo 42 alunos por cada auxiliar, o dobro das recomendações da tutela.
Anabela Magalhães, docente naquela escola, confirmou à Lusa a insuficiência de assistentes operacionais, também cada vez mais envelhecidos, o que motivou a adesão à greve por parte daqueles profissionais.
Sobre a questão do amianto, lamentou que cerca de 900 alunos, além de professores e funcionários, tenham de conviver diariamente com "um problema de saúde pública".
"É justo que, passados 40 anos, nos retirem o amianto integralmente da escola", disse, explicando que as placas com amianto só foram retiradas num dos edifícios, mantendo-se nos restantes.
"Isto é típico do país, é o varrer da sujidade para debaixo do tapete. Os alunos têm aulas com as placas visíveis, algumas das quais fissuradas, com todos os problemas que daí advêm para a saúde pública", criticou a docente.
Anabela Magalhães disse também não ser aceitável a existência, lado a lado, de duas escolas com condições tão diferentes. A docente referia-se à escola secundária da cidade, contígua à EB2,3, que foi remodelada recentemente."

Nota - Texto integralmente copiado à Lusa.

E ainda uma notícia a anunciar esta greve, com um erro que deve ser corrigido de imediato - A greve aconteceu na Escola Básica de Amarante e não na Escola Secundária de Amarante

Greve nas escolas prolonga-se até ao fim do mês

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