domingo, 3 de novembro de 2019

A Palavra a Walter Hugo Mãe

Imagens recolhidas na net.

A Palavra a Walter Hugo Mãe 

Garanto-vos que vale a pena ler tudo quanto escreve Walter Hugo Mãe no JN de hoje. Chamou-lhe Sobrevivência nas escolas... e, pergunto eu... Quem acode a esta falta de respeito atroz? Quem defende a Escola Pública? Quem defende os professores e os funcionários que lhe dão corpo?
Comecemos por um direito elementar num estado de direito - O tempo de serviço não se rouba a toda uma classe profissional. O tempo de serviço conta-se apenas.
E sim, jamais desistiremos do que é nosso e nos saiu do pelo todos os dias da nossa vida de cada um destes anos efectivamente trabalhados... e isto é só para servir de exemplo das inúmeras queixas que acumulamos contra o nosso patrão que a todos nos tutela... mal.

(...) "Eu não me canso de pedir respeito pela escola e pelos professores. O descalabro do Mundo incide sobre o universo escolar como uma bomba-relógio. Tudo o que falha se dissemina pelas crianças e pelos jovens. Mas julgo que ninguém pode desejar a degeneração do lugar onde os seus filhos se educam, o lugar onde o futuro se educa. A atenção à sanidade escolar precisa de ser prioritária. Não vai haver esperança para gerações mal formadas, admitidas à demasiada ignorância ou egoísmo.

O episódio de um professor mal preparado para lidar com o impertinente da juventude, noticiado há dias, não pode enganar-nos. O digníssimo ofício de ensinar tem perigado por políticas sempre pouco consequentes, mas tem perigado mais ainda pela progressiva aceitação da humilhação dos professores. Os professores fazem a vida inteira o que poucos de nós aguentariam fazer por uma só hora: estão entre quatro paredes com vinte ou trinta crianças ou jovens tentando que aprendam algo enquanto tudo nos seus corpos, nas suas idades, pede movimento, ruído, enquanto trazem de casa a marca das crises familiares, tantas vezes a fome e a violência. Que alguns professores sequer sobrevivam ao díspar dos alunos já é heroicidade de que se podem gabar." (...)

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