APH - Homenagem - Samuel Paty
Hoje recorro às palavras sentidas que estão partilhadas na página da Associação de Professores de História. Faço-as minhas numa hora em que as minhas emudecem perante a barbárie.
"O abjeto assassinato do professor de História da escola de Le-Bois-d’Aulne em Conflans-Sainte-Honorine vem lembrar-nos a triste realidade que temos de encarar e viver no quotidiano: as erupções do terrorismo que reivindica ser islâmico, uma feroz pandemia mundial que faz vítimas de todas as idades, condições e convicções…
Devemos combater com todas as nossas forças esse inimigo, que encarna o ódio, a barbárie, o terror e a covardia, que condenamos com todo o vigor.
Conhecemos o inimigo: é um totalitarismo que se esconde por detrás de um vocabulário muçulmano. Estes terroristas são assassinos que, da religião, só tem slogans e cujos atos encarnam a traição de tudo o que é sagrado, incluindo a vida humana."
Mohammed Moussaoui, presidente do Conselho francês do culto muçulmano (CFCM). Tradução do original, em francês. O texto original pode ser lido em https://www.cfcm-officiel.fr/2020/10/18/ensemble-nous-vaincrons-lobscurantisme-par-mohammed-moussaoui-president-du-cfcm/
Com este texto homenageamos o nosso colega francês, Samuel Paty, professor de História como nós, barbaramente assassinado pelo delito de ensinar…
Num Estado laico e livre a blasfémia não existe como delito punível. Samuel Paty não foi, ao longo da História da profissão, o único professor perseguido e martirizado por exercer a missão que escolheu. E, pela natureza dos temas, os professores de História têm sido dos mais visados por perseguições e ataques… Mais uma vez, o pior aconteceu.
Estudar História é uma forma de aprender a valorizar a Democracia e a Liberdade, nomeadamente a de expressão.
Que a sociedade e o Estado percebam e preservem o valor do estudo da História na escola, num ambiente livre e crítico!
Samuel Paty foi ignobilmente assassinado a defender esses valores. Aqui fica o registo de homenagem de professores portugueses de História que, num ambiente menos agreste, perfilham a sua motivação e recordarão o seu exemplo.
Um associado da APH, que hoje adota o nome Samuel.
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