segunda-feira, 1 de março de 2010

Greve Nacional da Administração Pública



Greve Nacional da Administração Pública

É já no próximo dia 4 de Março, quinta-feira, e não sei se será expressiva entre nós professores. Duvido até que seja, tal é a desmobilização que paira no ar, de tal forma que não ficaria nada espantada que nesta altura do campeonato muitos não tenham sequer conhecimento da convocação da dita.
Como sempre decido pela minha cabeça, pesando prós e contras e desta vez a decisão foi bem fácil e não teve nada que saber - serei grevista.
E serei grevista não unicamente pelas razões que a FENPROF elenca, mas porque faço questão de fazer ouvir o meu protesto contra um país sugado até ao tutano, por sanguessugas que vão da direita à esquerda, e que se unem, sistematicamente, numa orgia pornográfica sem fim, delapidando recursos e gastando à toa divisas indispensáveis para a construção de um Portugal mais equilibrado e mais justo.
O meu país está doente. Os políticos instalaram uma pandemia perigosa que alastra a todos os sectores da sociedade portuguesa. Ninguém está contente. Fala-se aqui e ali e o descontentamento é profundo. Muitos pensam já abandonar o país, e não estou a falar de pessoas que perderam o emprego, mas sim de gente empreendedora, válida e que toda a vida trabalhou seriamente.
Os ordenados verdadeiramente escandalosos de gente nada e criada dentro dos aparelhos partidários criam um verdadeiro sentimento de raiva e de desespero.
É verdade que Armando Vara ganha cerca de duas vezes o ordenado do presidente dos Estados Unidos da América?!
É verdade que Rui Pedro ganhava 2 milhões e meio de euros ao ano aquando da sua demissão?!
É verdade que em Portugal há mais de 2 milhões de pessoas pobres?!
E isto é só a ponta do icebergue.
Estou saturada. Não nos exijam mais trabalho, suor e lágrimas que nós já estamos fartos de pagar para esses peditório. O peditório que alimenta ordenados imorais e escandalosos, cartões de crédito assim e assado, carros e motoristas, assessores a torto e a direito, ajudas de custo indescritíveis, lautos almoços e jantares pagos por todos nós, reformas milionárias em idades escandalosas e ao fim de dois ou três anos de trabalho...
É tempo de dizer basta.
No próximo dia 4 mostrarei o meu cartão vermelho a este (des)governo.

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