domingo, 3 de junho de 2018

S.TO.P - Furar a Cortina de Ferro


S.TO.P - Furar a Cortina de Ferro

O que se tem passado nos últimos dias, e estou-me a referir em particular à comunicação social portuguesa, é de bradar aos céus e de ficar com sérias dúvidas sobre a captura desta por interesses que não são, de todo, os interesses do país... ou serão?
O que se passou no dia da manifestação de professores, que levou 30 ou 40 mil docentes de todo o país às ruas da capital, com os órgãos de comunicação a passarem quase ao lado deste assunto, é, do meu ponto de vista, indigno de um país que deveria colocar os problemas da Educação em patamar muito elevado.
Mas o problema não se ficou por aqui: a informação sobre a Iniciativa Legislativa de Cidadãos tanto quanto sei chegou às várias estações televisivas mas caiu aí como qualquer coisa que cai num poço sem fundo, nada transpirando para o público em geral e, no entanto, é uma iniciativa pouco vulgar, demonstrativa de um profundo mal-estar docente, pelo menos de uma parte dos docentes portugueses, relativamente a um ministério da Educação que se prepara para nos sonegar a totalidade de uma carreira que passará a ser de verdadeira ficção científica para a esmagadora maioria dos professores portugueses - existirá no papel, sim, mas, na prática, não.
Por último, a menos de 24 horas de se iniciar uma greve às reuniões de avaliação marcada com a antecedência necessária pelo novo sindicato S.TO.P, eis que finalmente vejo uma notícia no Público que fura uma autêntica cortina de ferro que se abateu sobre todos nós - excepção para o Correio da Manhã que um dia destes já se referiu a esta greve convocada pelo S.TO.P.
Se a informação foi prestada atempadamente a todos os órgãos de comunicação social, o que explica que durante dias a fio o único ciclo de greves noticiado tenha sido o que se iniciará a 15 de Junho, sob convocatória da plataforma sindical... cof... cof... para não perturbar os anos de exames?!
A quem interessa esta cortina de ferro? A quem interessa sonegar informação relevante para professores, pais e encarregados de educação?
Não me parece que marcação de greves às reuniões de avaliação sejam assim caso tão vulgar para que órgãos de comunicação que se prezam de o ser lhes passem ao lado.

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Nota 2 - Este S.TO.P, palpita-me, ainda vai dar que falar!

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