El Minzah/El Menzah - Essaouira - Marrocos
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
El Minzah/El Menzah
O momento da chegada ao El Minzah é sempre um momento único, muito saboreado e apreciado por mim. Conheço este restaurante desde a minha primeira visita a Marrocos, em 1990. No ano seguinte, 1991, e por causa da Guerra do Golfo, decidimos ir para outro lado, muito embora as saudades fossem já imensas deste país que nos tinha deixado fascinados no ano anterior. Mas em todos os anos que se seguiram, lá entrei eu em Marrocos, lá entrei eu no El Minzah, onde hoje em dia sou recebida de braços abertos, com abraços e beijinhos calorosos e sinceros, que eu mereço, porque apesar de ser um restaurante muito afamado de Essaouira, a verdade verdadinha é que não deve ter assim tantos clientes fiéis, estrangeiros, e ainda por cima portugueses.
Não fui ao El Minzah por acaso. Em 1990 tinha saído uma reportagem sobre Essaouira, numa revista francesa que eu à época comprava, que me tinha deixado encantada pela beleza da cidade, a nossa antiga Mogador, e entre outras dicas lá vinha a referência ao El Minzah.
O El Minzah não nos defraudou. Muito pelo contrário. Peixe fresquíssimo, acabadinho de pescar que o meu núcleo duro familiar adora apreciar, Joana incluída desde pequenina. E para quem normalmente chega do interior, como é nosso costume, vindos do deserto, chegar ao mar e à possibilidade de nos deleitarmos com um peixe fresco, correctamente cozinhado, é um manjar dos deuses do qual fazemos questão de não prescindirmos nunca.
Lá me perguntaram pela Joana, pelos amigos que nos costumam acompanhar e que este ano não puderam ir, mas com quem nós já passamos duas passagens de ano no El Minzah e lá nos perguntaram, continuando estupefactos, "Continuam sem casa cá?" Pois é verdade, continuamos sem casa em Marrocos, continuamos sem poiso fixo, que é para nos sentirmos livres apesar de completamente aprisionados pelo país e pelas suas gentes, que nos leva, a cada ano que passa, religiosamente, em peregrinação, a terras de sua majestade, agora Mohamed VI.
Mas voltemos ao El Minzah.
Lá me perguntaram pela Joana, pelos amigos que nos costumam acompanhar e que este ano não puderam ir, mas com quem nós já passamos duas passagens de ano no El Minzah e lá nos perguntaram, continuando estupefactos, "Continuam sem casa cá?" Pois é verdade, continuamos sem casa em Marrocos, continuamos sem poiso fixo, que é para nos sentirmos livres apesar de completamente aprisionados pelo país e pelas suas gentes, que nos leva, a cada ano que passa, religiosamente, em peregrinação, a terras de sua majestade, agora Mohamed VI.
Mas voltemos ao El Minzah.
Depois de todo estes anos, continua com o serviço esmerado de sempre, num espaço que já passou por várias transformações mas que continua um espaço belíssimo, sóbrio e requintado onde fazer uma refeição é sempre um prazer renovado.
A cada passo, a Joana, quando o peixe não lhe agrada aqui em casa, atira-me à cara um St. Pierre que ela comeu algures durante uma das muitas refeições que já fez neste restaurante e que é para eu não me esquecer do que é o verdadeiro peixe fresco acabadinho de pescar! Como se eu me esquecesse!
Desta vez, e apesar de lá estar o St. Pierre na lista a rir-se para mim, fiquei-me pela fritura mista composta por um sortido de peixe do dia, fresquíssimo, que vai variando conforme a pescaria, regada por uns camarões pequeninos de Essaouira.
Delicioso.
A cada passo, a Joana, quando o peixe não lhe agrada aqui em casa, atira-me à cara um St. Pierre que ela comeu algures durante uma das muitas refeições que já fez neste restaurante e que é para eu não me esquecer do que é o verdadeiro peixe fresco acabadinho de pescar! Como se eu me esquecesse!
Desta vez, e apesar de lá estar o St. Pierre na lista a rir-se para mim, fiquei-me pela fritura mista composta por um sortido de peixe do dia, fresquíssimo, que vai variando conforme a pescaria, regada por uns camarões pequeninos de Essaouira.
Delicioso.
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