Fotografias de Elsa Cerqueira
Manifestação, Dia D e Campanha de Desinformação
Ontem participei na manifestação realizada na Praça da Liberdade, no Porto, e devo dizer que não estou surpreendida com a falta de rigor relativamente aos números de participantes apresentados. Desde o "cerca de 100" manifestantes, até ao "mais de duzentos" passado ontem em rodapé na Sic-Notícias, até ao "cerca de 600" e até ao "algumas centenas" já ouvi muita coisa destinada essencialmente a intoxicar a opinião pública acerca da hipotética desmobilização de professores. Ora eu estive lá e garanto que éramos muitos... pelas nossas contas, à vontade, 2500 professores manifestaram-se ontem no Porto, depois de um dia de trabalho, alguns de nós sem tempo para mais do que sair das aulas e subir para a camioneta, paga por nós, não vá virem as bocas do costume!!.
Ontem já deixava aqui no ar a campanha de desinformação e a campanha que visa dividir os professores. Já vi este filme. Estou a vê-lo outra vez. Quanto mais divididos nos apresentarmos aos olhos da tutela, mais poder tem a tutela para impor tudo aquilo que entender. Vai daí é preciso minar e mina-se por todos os lados possíveis e imaginários.
Do meu ponto de vista a Plataforma de Sindicatos e o pobre entendimento alcançado não devem ser diabolizados sob pena de nos fracturarmos em mil pedaços dispersos. E dispersos não conseguiremos nada. A falar uns para cada lado não conseguiremos nada. À falta de uma Ordem, os Sindicatos são os nossos legítimos representantes. Não temos outros. E agora que os temos todos juntos vamos começar a pulverizá-los, a pulverizar-nos? Eu não, obrigada, que me tenho como uma pessoa lúcida. Mário Nogueira foi muito explícito mais uma vez. "A luta continua". Para mim esta não desistência e esta convicção chega. E junto a minha voz à dele. E acrescento "A luta continua e a procissão ainda agora vai no adro!"
Ontem éramos muitos.
Ontem participei na manifestação realizada na Praça da Liberdade, no Porto, e devo dizer que não estou surpreendida com a falta de rigor relativamente aos números de participantes apresentados. Desde o "cerca de 100" manifestantes, até ao "mais de duzentos" passado ontem em rodapé na Sic-Notícias, até ao "cerca de 600" e até ao "algumas centenas" já ouvi muita coisa destinada essencialmente a intoxicar a opinião pública acerca da hipotética desmobilização de professores. Ora eu estive lá e garanto que éramos muitos... pelas nossas contas, à vontade, 2500 professores manifestaram-se ontem no Porto, depois de um dia de trabalho, alguns de nós sem tempo para mais do que sair das aulas e subir para a camioneta, paga por nós, não vá virem as bocas do costume!!.
Ontem já deixava aqui no ar a campanha de desinformação e a campanha que visa dividir os professores. Já vi este filme. Estou a vê-lo outra vez. Quanto mais divididos nos apresentarmos aos olhos da tutela, mais poder tem a tutela para impor tudo aquilo que entender. Vai daí é preciso minar e mina-se por todos os lados possíveis e imaginários.
Do meu ponto de vista a Plataforma de Sindicatos e o pobre entendimento alcançado não devem ser diabolizados sob pena de nos fracturarmos em mil pedaços dispersos. E dispersos não conseguiremos nada. A falar uns para cada lado não conseguiremos nada. À falta de uma Ordem, os Sindicatos são os nossos legítimos representantes. Não temos outros. E agora que os temos todos juntos vamos começar a pulverizá-los, a pulverizar-nos? Eu não, obrigada, que me tenho como uma pessoa lúcida. Mário Nogueira foi muito explícito mais uma vez. "A luta continua". Para mim esta não desistência e esta convicção chega. E junto a minha voz à dele. E acrescento "A luta continua e a procissão ainda agora vai no adro!"
Ontem éramos muitos.
Tantos como eu gostaria? Nem pensar.
Acho que a gravidade do momento é tal que devíamos aproveitar todas as oportunidades para marcarmos a agenda noticiosa e política neste país e para isso devíamos estar todos na rua. Só assim é possível fazer reverter as coisas. Mas a verdade verdadinha é que continuo a ver medo nos olhos de alguns professores. A verdade verdadinha é que continuo a ver quem espere conseguir os lucros sem pagar qualquer factura, pelo contrário fazendo-a pagar aos outros. A verdade verdadinha é que continuo a ver gente que, por comodismo ou por medo, continua a não fazer ouvir a sua voz, nas escolas e fora delas, que continua a querer esgueirar-se como uma minhoca tentando passar completamente despercebido no meio de tanta trapalhada, o que me deixa profundamente decepcionada. Profundamente decepcionada. Ainda mais decepcionada do que com o ataque da tutela. A ver vamos se nos conseguimos unir outra vez de modo a perfazermos não 100 mil, mas mais, na próxima Marcha sobre Lisboa que acontecerá proximamente, não tenho qualquer dúvida.
Na minha escola já reflectimos sobre o que há a fazer nos próximos tempos. E o que há a fazer é muito simples. Não baixar os braços. Está tudo em aberto e está tudo praticamente na mesma. Temos pois de continuar a lutar por aquilo em que acreditamos. Apoiando a Plataforma Sindical. Fazendo ouvir a nossa voz.
Se nós não lutamos pela Educação, quem lutará?
Acho que a gravidade do momento é tal que devíamos aproveitar todas as oportunidades para marcarmos a agenda noticiosa e política neste país e para isso devíamos estar todos na rua. Só assim é possível fazer reverter as coisas. Mas a verdade verdadinha é que continuo a ver medo nos olhos de alguns professores. A verdade verdadinha é que continuo a ver quem espere conseguir os lucros sem pagar qualquer factura, pelo contrário fazendo-a pagar aos outros. A verdade verdadinha é que continuo a ver gente que, por comodismo ou por medo, continua a não fazer ouvir a sua voz, nas escolas e fora delas, que continua a querer esgueirar-se como uma minhoca tentando passar completamente despercebido no meio de tanta trapalhada, o que me deixa profundamente decepcionada. Profundamente decepcionada. Ainda mais decepcionada do que com o ataque da tutela. A ver vamos se nos conseguimos unir outra vez de modo a perfazermos não 100 mil, mas mais, na próxima Marcha sobre Lisboa que acontecerá proximamente, não tenho qualquer dúvida.
Na minha escola já reflectimos sobre o que há a fazer nos próximos tempos. E o que há a fazer é muito simples. Não baixar os braços. Está tudo em aberto e está tudo praticamente na mesma. Temos pois de continuar a lutar por aquilo em que acreditamos. Apoiando a Plataforma Sindical. Fazendo ouvir a nossa voz.
Se nós não lutamos pela Educação, quem lutará?
Nota - Como se pode comprovar pelas fotografias anexas eu estive lá. É, continuo a ser uma mulher de práticas. E, bolas, com uma coluna vertebral, da qual não prescindo mesmo.
4 comentários:
A reunião com a Plataforma de Sindicatos de dia 8 tinha na agenda o seguinte ponto para aprovar:
8. Acesso à categoria de Professor Titular para os Professores em exercício de funções ou actividades de interesse público, designadamente, enquanto Deputados à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu, Autarcas, Dirigentes da Administração Pública, Dirigentes de Associações Sindicais e Profissionais.
Foi aprovado?
http://professorestraidos.blogspot.com/
«Ainda mais decepcionada do que com o ataque da tutela.»
Dói mesmo. Às vezes até apetece dizer: com colegas desses quem precisa da Milú!
Na minha escola, hoje, foi um descalabro: que falta de lucidez, que necessidades de protagonismo... que manifestos alheamentos. A moção foi chumbada... mas alternativas nada.
Perdoe-me o azedume deste primeiro comentário num blog que me tem feito dar umas boas gargalhadas. Mas há dias assim e as suas palavras fizeram soar as minhas mágoas.
emd
Resposta ao professor contratado: Não, não foi.
E está tudo dito quanto a este assunto.
Para Emd
Fico muito contente em saber que tens dado boas gargalhadas com este blogue. Vou tentar retomar a linha e não me perder na decepção, no desencanto. Vou reerguer-me e preparar-me uma vez mais para a luta que vai ser longa e penosa.
Há que resistir. Só baixamos os braços lá no fim! Ok?
Bjs
Enviar um comentário