sábado, 8 de setembro de 2007

Conversas com Extraterrestres



Conversas com Extraterrestres

(Ou de como as Mulheres Conseguem Ser Umas Parvas Ridículas)

Ao longo da minha vida tem-me acontecido por diversas vezes conversar, sem o saber à partida, com extraterrestres. E digo sem o saber porque eles andam por aí disfarçados de gente normal, não o sendo.
A conversa que vou relatar hoje aconteceu, há uma meia dúzia de anos, na Escola Secundária do Marco de Canaveses mas podia ter acontecido num qualquer ponto deste país que vai teimando em permanecer pequenino pequenino. Podia mesmo ter acontecido aqui em Amarante, terra que adoro fisicamente mas onde me sinto, frequentemente, um peixinho fora de água, a sufocar sem oxigénio.
Pois estava eu em amena cavaqueira com uma colega minha, professora, licenciada, em plena sala de professores, quando vem à baila cabelos e penteados.
Vai daí pergunta-me ela "E o teu marido deixou-te cortar assim o cabelo?"
Tenho a certeza que olhei para ela como quem olha para um extraterrestre e, naquele momento, tive a certeza que estava a falar com um... disfarçado de mulher normal!
Lá tive eu que lhe explicar que o cabelo que tenho na minha cabeça é meu, não sai, estando mesmo preso ao meu couro cabeludo. E que por acaso o Artur também tem cabelo dele, que está igualmente preso ao seu couro cabeludo.
Mas não tenho a certeza se o extraterrestre, disfarçado de mulher normal, entendeu a minha explicação e tive mesmo a sensação de que não falávamos a mesma linguagem!
E hoje, estava eu no café a conversar com a minha amiga Alice, falando do comportamento dos homens, que andam um pouco perdidos não sabendo o seu papel ao lado duma mulher, e do papel desempenhado por algumas mulheres que conseguem ser umas parvas ridículas, quando ela me relata uma cena a que assistiu na sua cabeleireira.
Outro extraterrestre, disfarçado de mulher normal, virado para a cabeleireira que lhe tinha sugerido fazer madeixas responde-lhe "Primeiro tenho de perguntar ao meu marido se me deixa fazer madeixas".
E assim concluí que a minha amiga Alice também já presenciou conversas de extraterrestres disfarçados de mulheres normais.
É, eles andam por aí disfarçados.
É, eles andam por aí.

Safa que não gosto mesmo desta normalidade!!!!!

9 comentários:

Helder Barros disse...

Grande analogia, mas sinceramente desculpa-me só corrigir; quem é a extra-terrestre, és tu. Repara, tu nunca te deixaste moldar pelo meio, és livre, e acho que não sou eu o único a dizer que tu és a amarantina, menos amarantina de Amarante, mesmo que tu ames muito amarante, como eu sei que amas, mais que os ditos indígenas normais! Sabes, tu conseguiste-te libertar das amarras telúricas que impregnam o comportamento social local. Tu amiga, é que és um extra-terretre, e até tens uma space, para ires pelo espaço fora. Viva os extra-terrestres da nossa terra, gente pouco dada a cinzentismo e amarras, gente divertida e inteligente. Great Bleu Scorpian Alien!

Helder Barros disse...

Deves ter a mania que tens uma mão do outro mundo, lol! Coisas de extra-terrestres!

Anabela Magalhães disse...

Achas? Achas mesmo?

Vera Matias disse...

Eu chamar-lhes-ia de Pré Históricos.
Os extra-terrestres são tão inteligentes :D

Vera Matias disse...

EU GOSTO DE AMARANTE ! :D

Vera Matias disse...

É mesmo fixe ter uma tia que escreve num blogue =D
Há quem não acredite xD

Anabela Magalhães disse...

E eu adoro, Vera! Não trocaria Amarante por nenhuma outra terra para viver. E consigo viver muito bem aqui! Apesar de tudo.

Em@ disse...

Xiiiiiiii o que eu gargalhei!
E o Hélder tem razão. Tu, eu e mais umas (uns) quantas(os) é que somos extra-terrestres. Nós de Vénus , eles de Marte.

Anabela Magalhães disse...

Kakakakaka...
E lá continuas tu em escavações arqueológicas neste blogue!
Beijocas, Em@!

 
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