Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Barca
Fim-de-semana prolongado, ensolarado... felicidade!
Finalmente abri a "saison" no meu refúgio da Barca. Estava já completamente prenhe de saudades dos meus campos, dos meus muros, dos meus caminhos, do meu jardim pedregoso que eu idolatro e do qual cuido como quem cuida de delicadas orquídeas ao invés de giestas, urzes e outras flores que tais.
Um dia destes já tinha ido fazer o ponto da situação. E o ponto da situação estava bravo.
Pois não é que suas excelências, os javalis, se lembraram de brincar com as pedras dos meus caminhos? Brincadeira de Inverno que este ano fez mais estragos que durante todos os Invernos anteriores. Vai daí, tive de meter mãos à obra, tive de meter mãos ao caminho. Literalmente! E comecei exactamente por refazer o que já fora feito em anos anteriores. Podia ter ficado chateada... mas não. Acho que hoje em dia já só me zango a sério com a tutela, que não tutela nada de jeito. Adiante.
Ataquei os caminhos como quem ataca uma aula. Com energia, entusiasmo, sorriso na cara e felicidade.
Ainda não deu para colocar tudo tudo no seu sítio, mas mais uma sessão como esta e ficará tudo pronto para finalmente avançar para terrenos bravios.
E como eu gosto de desbravar terreno abrindo-o, rasgando-o com as minhas mãos, fazendo os meus próprios caminhos!
5 comentários:
Também, assim, na vida do dia a dia.
O importante é que a energia, entusiasmo, sorriso na cara e felicidade nunca faltem. Sobretudo a felicidade.
Uma boa semana de trabalho com os seus meninos... do 9º ano
Obrigada, Raul. Assim será.
Nada como o cheiro da terra e o suor emergente do trabalho nela, para a felicidade do corpo e do espírito.
Nada como isso, Passiflora. Descobrissem todos o poder da terra e os consultórios dos psiquiatras ficariam às moscas!
Beleza de tratamento, este, o do contacto íntimo com a terra.
Como é bom ter um paraíso para onde voltar, mesmo que só de quando em vez.
Parabéns Eva, perdão, Anabela, pelo sítio, pelas fotos e por gostar de fazer os “próprios caminhos!”. Lembra-me o Régio
"Só vou por onde/Me levam meus próprios passos.
[…] E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...”
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