Vida - Sahara - Grande Duna de Merzouga - Marrocos
Fotografias de Artur Matias de Magalhães
Maracujá
Hoje emocionei-me ao ler o teu texto. Amaria tê-lo escrito, eu que já tanto falei de caminhos e percursos, de avanços e recuos, de paragens e de recomeços, de muros, nós, laços e lacinhos, em suma, da vida, neste blogue. De tal forma quero ficar coladinha a ele que tive a "lata" de me postar, e repara que sem cortes de cabeça!, em duas estradas alternativas, uma ascendente e cheia de dificuldades, que nos leva ao "topo do mundo" nem que seja por breves instantes, saboreando cada passo dado, cada dificuldade ultrapassada, e outra descendente, a mais fácil e, por isso mesmo, a menos interessante. A minha escolha já foi feita há muito. A tua também. Corre também tu, Maracujá, corre.
E espero que gostes das fotos associadas ao teu texto e que me perdoes o atrevimento. Mas é que não resisti.
A Estrada
Nasci.
Olhei para a frente e pressenti o destino.
Não havia retorno e nada era certo.
Acossado pela sua força segui sempre em frente.
Caminhei pela vida, abri a mente e segui a estrada.
O sol punha-se mas eu não.
E de noite quando a esfera prata sorria para mim, eu percebia porque era um caminhante.
De manhã, quando se via o primeiro raiar de luz ainda verde e fraco eu retomava a minha caminhada.
Falava comigo, via-me nos animais e sentia-me nas plantas.
Mas não parava... Com a segurança da experiência via a estrada que serpenteava até aos recantos mais profundos.
E eu por ela deambulava...
Era acompanhado pela brisa, intempestiva companheira mas de coração brando e justo.
Os montes que via depressa eram ultrapassados e as imponentes montanhas geladas, oásis de desafio, eram minhas velhas e sempre presentes conhecidas.
A natureza era a minha casa, amiga e confidente.
O tempo caminhava comigo e os meus cabelos com ele.
O sapientíssimo branco foi dele uma dádiva. Mas a minha capa continuava inquieta e o meu coração decidido.
Um dia parei e caí. Deixei de sentir, de olhar e de caminhar.
Ela deu-me a mão e levou-me para cima.
Confortou-me e devolveu-me a mim...
E fiz o que melhor sei fazer: Caminhar...
Maracujá
Nasci.
Olhei para a frente e pressenti o destino.
Não havia retorno e nada era certo.
Acossado pela sua força segui sempre em frente.
Caminhei pela vida, abri a mente e segui a estrada.
O sol punha-se mas eu não.
E de noite quando a esfera prata sorria para mim, eu percebia porque era um caminhante.
De manhã, quando se via o primeiro raiar de luz ainda verde e fraco eu retomava a minha caminhada.
Falava comigo, via-me nos animais e sentia-me nas plantas.
Mas não parava... Com a segurança da experiência via a estrada que serpenteava até aos recantos mais profundos.
E eu por ela deambulava...
Era acompanhado pela brisa, intempestiva companheira mas de coração brando e justo.
Os montes que via depressa eram ultrapassados e as imponentes montanhas geladas, oásis de desafio, eram minhas velhas e sempre presentes conhecidas.
A natureza era a minha casa, amiga e confidente.
O tempo caminhava comigo e os meus cabelos com ele.
O sapientíssimo branco foi dele uma dádiva. Mas a minha capa continuava inquieta e o meu coração decidido.
Um dia parei e caí. Deixei de sentir, de olhar e de caminhar.
Ela deu-me a mão e levou-me para cima.
Confortou-me e devolveu-me a mim...
E fiz o que melhor sei fazer: Caminhar...
Maracujá
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