sábado, 5 de abril de 2008


Podridão Governamental - Sahara - Mauritânia
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Podridão

A cada dia que passa a podridão aumenta e o cheiro vai-se tornando fétido e nauseabundo. As moscas esvoaçam envolvendo o cadáver putrefacto.

A ministra da Educação (?) e os SEUS secretários de estado assobiam para o lado ocupadíssimos que andam pelas escolas desdobrando-se em chantagens e pressões inadmissíveis. Que avaliação de desempenho fazer sobre os pobres dos contratados? Who cares!!! Qualquer uma, que interessa? - versão muito complexa, complexa, aligeirada, muito aligeirada... que interessa? Ah e se as escolas precisarem de reforço de equipas de intervenção rápida para atacar o problema da insegurança nas escolas é fazer o favor de pedir que nós estalamos os dedos e aí estão elas formadinhas e novinhas em folha! Ah, e já agora, uma pinturita para o exterior, precisam? É que nós desencantamos verbas, mesmo que seja para maquilhar o cadáver putrefacto!!!

Que nojo, digo-vos eu, que não consigo evadir-me deste cheiro nauseabundo por muito que tente e que já me está a provocar vómitos.

Com os meus agradecimentos ao Ramiro Marques, aqui deixo transcrito um dos seus "posts" de hoje.

25% do crime juvenil é cometido na escola

O Expresso de hoje noticia que 25% do crime juvenil, cometido por jovens com idades entre os 12 e os 16 anos, ocorre nas escolas. Mais de um quarto dos crimes praticados por jovens, entre os 12 e os 16 anos, nos concelhos de Lisboa, Amadora, Loures e Odivelas, ocorrem em espaço escolar. A Direcção-Geral de Reinserção Social (DGRS) tem actualmente a seu cargo 94 casos de adolescentes - num universo total de 373 - a quem foram aplicadas, pelo tribunal, medidas tutelares educativas por terem cometido delitos dentro dos estabelecimentos de ensino que frequentavam.
Leia aqui a notícia toda. Ainda assim, a ministra da educação mantém o silêncio face às declarações do PGR que apontam para a existência de provas de que há crianças que levam armas para a escola. Valter Lemos considera que há uma campanha para denegrir a escola pública, dando a entender que, se não se noticiar os casos de violência escolar, tudo ficará bem na escola pública. É um típico argumento de avestruz.

2 comentários:

Raul Martins disse...

Não faço comentário aos textos. Tudo dito.
Momento feliz a fotografia. E como fica bem com os textos! E ainda por cima um camelo. Dupla ironia.
E... ponto final.

Anabela Magalhães disse...

Dupla ironia. Ponto final.
Obrigada, Raul.

 
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