Para Quem Não Viu

Esta reportagem é realmente impressionante e espelha o desespero de quem entrou na profissão por amor ao trabalho, por amor ao trabalho com e para os alunos, e se sente hoje completamente enjaulado dentro das escolas, por um trabalho burocrático esmagador que subverteu por completo a nossa missão, a nossa profissão.
O que vi ontem foi uma classe unida, de rostos mais cansados do que na manifestação de 8 de Março de 2008, que à mínima situação emotiva soltava as lágrimas que corriam cara abaixo, mulheres, mulheres, mulheres, na sua maioria, mães/professoras que não têm tempo para os seus filhos nem para os seus alunos e que se sentem extraordinariamente decepcionadas e exaustas. E homens, professores e pais que sentem exactamente o mesmo.
Mas o que também vi ontem foi uma classe determinada, pronta para se soltar do jugo imposto por um poder autista que terá a resposta que merece.