sábado, 27 de março de 2010
A Palavra a João Pereira Coutinho
Medina de Fez - Marrocos
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
A Palavra a João Pereira Coutinho
20 de Março, Correio da Manhã
O PS faz lembrar aquelas famílias onde não há pão e todos protestam sem ninguém ter razão. Que nos diz a ala esquerda do partido? Diz-nos que Sócrates se transformou num terrível ogre de direita, disposto a cortar prestações sociais e a atraiçoar o legado do PS. Só faltava mesmo acrescentar que esse legado conduziu o País à situação de decadência económica que o PEC, coitado, não conseguirá evitar.
E não conseguirá evitar porque o documento é uma colecção de remendos para tapar o buraco das contas públicas. Sobe-se aqui (impostos), corta-se ali (subsídios vários), vende-se mais além (privatizações) e, nos intervalos, reza-se: para que a economia, que não cresceu em tempos de vacas gordas, desate agora a crescer no tempo das magras.
No meio do circo, não existe uma única ideia consequente sobre a necessidade de redimensionar um Estado que consome de mais, faz de menos e gasta o que não pode.
Como diria um conhecido economista brasileiro, os portugueses de hoje têm três saídas: a liberalização do Estado; o Aeroporto da Portela; ou o Aeroporto Sá Carneiro. O resto é ruído.
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