Preocupante Mundo Novo
"Na Escola Básica de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra, continua a imperar o silêncio. Mas agora vem acompanhado de apreensão. De ainda mais medo. Muitos docentes olham para o caso do professor de Música que se suicidou e revêem-se no seu desespero. Luís atirou-se da Ponte 25 de Abril a 9 de Fevereiro por não aguentar a indisciplina dos alunos. Não era caso único. Era a ponta de um novelo que, ao ser desenrolado, revela histórias de professores agredidos por alunos e pais. Insultos verbais. O último caso grave aconteceu na semana passada. Uma professora de Educação Visual desmaiou depois de ter sido empurrada pelos alunos. Teve um traumatismo craniano."
Daqui.
Conheço a teoria do "Se não se fala sobre... é porque não existe" e já arquei com as consequências do não calar situações que se querem silenciadas, escondidas, fechadas a sete pés.
A prática de uma cidadania responsável dá uma trabalheira imensa neste país, mas tenho para mim que os silenciamentos jamais serão eternos e que os silenciamentos apenas servem para o avolumar dos problemas, que jamais se resolverão por se olhar para o lado fingindo não ver. Porque um dia os problemas estouram-nos em plena cara, absolutamente agravados e descontrolados.
Temo que a ruptura esteja já aí, a estourar fora de horas, incontrolada.
E temo o despertar para um admirável mundo novo que me recuso a aceitar.
Perante um problema actua-se de imediato cortando-o, se possível, pela raiz.
É o que eu faço com as minhas silvas. Nunca as olho fingindo que elas não estão lá.
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