Pobreza de Espírito
Vai uma enormesca distância do Ser ao Ter, bem patente quando indago junto dos meus alunos, fazendo um teste rápido a propósito da sociedade de consumo, qual o número de televisões presentes em cada lar. Pois, anda por aí gente confundida como o raio que a parta, e ofuscada com o Ter até dizer chega, e já me aconteceu responderem-me "Nove, professora!" - resposta dada com orgulho e satisfação, e alguma fanfarronice à mistura, traduzidas na atitude "Estás a ver, estás a ver, tenho mais televisões do que tu!".
"Pois! E ainda está uma em falta" - penso eu com os meus botões -para ser uma para cada dedo das mãos e uma para cada dedo dos pés também!
É a loucura completa de gente que só pode ter perdido o juízo, algures no tempo, não sei bem como, não sei bem com que finalidade... a não ser a da ruína económica e espiritual.
É a pobreza de espírito elevada ao máximo, e generalizada até dizer chega, de um povo que sempre gostou de parecer aquilo que não é.
Aqui deixo mais uma prova da maluqueira:
"Alimentação e medicamentos são os principais alvos de corte nos gastos das famílias portuguesas em crise, que continuam contudo a aguentar bens mais supérfluos, como telemóveis ou televisão por cabo, tentando manter a aparência do mesmo estilo de vida."
Daqui.
domingo, 13 de junho de 2010
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2 comentários:
Triste povo, triste mentalidade!
A falta de formação continua. A aparência é que conta...
Bjs
Aparentemente até que progredimos... mas... vai-se a ver... e lá está a mesma pessonha desta pobreza de espírito que nos arruinará, não tarda muito, se não invertermos o caminho e ganharmos juízo nestas cabeças completamente desmioladas!
Beijocas, Dudú!
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