A Sala de História
A Sala de História, existente na EB 2/3 de Amarante, ganhou novo fôlego durante o ano passado, com o meu retorno a esta casa que sempre senti como minha.
Fiz inúmeros posts sobre este assunto, que podem ser vistos aqui, aqui e aqui, sobre os progressos feitos no apetrechamento de uma sala que se quer interessante e viva, para que possa ajudar os alunos a apreender e interiorizar as matérias que vão sendo exploradas aula a aula e para que possa, consequentemente, ajudar a catapultar os discentes em direcção ao sucesso, que se ambiciona total, assim correspondam os alunos ao esforço feito deste lado para que as aulas decorram agradáveis, ordeiras, serenas, num excelente ambiente de aprendizagem.
É assim que as quero. É assim que as tenho. Não consigo trabalhar na balbúrdia, que pode chegar a ser impeditiva das aprendizagens e não abro mão desta postura, nem mesmo relativamente às turmas de CEF. Adiante.
A Sala de História não pode ser um mono, um peso morto na Escola, sob pena de não fazer absolutamente nenhum sentido. Pelo contrário, tem de ser um espaço dinâmico, todos os anos enriquecido. E é isso que tenho feito, entre milhares de outras coisas, tenho andado a tratar da saúde da dita sala, enriquecendo-a com a minha colecção de réplicas compradas em museus por esse mundo fora, entre muitas outras coisas, algumas verdadeiras mesmo. Nada como os alunos poderem pegar na réplica de um biface, sentir como ele se ajusta à mão que o envolve, sentir as suas arestas cortantes, sentir a frieza da superfície vítrea do sílex verdadeiro das amostras por mim colhidas no longínquo Sahara, nada como observar de perto a beleza de uma réplica em tamanho real da minúscula Vénus de Brassempouy, ou da Vénus de Vestonice, ou observar a delicadeza e elegância do traço gravado no osso do excepcional bisonte que, de cabeça voltada para trás, lambe, delicadamente, as feridas do seu corpo. Ao longo da minha vida profissional, sem Sala de História, fui carregando o que tinha, de casa para a sala de aula e da sala de aula para casa. A minha colecção foi, entretanto, aumentando porque acredito nela para promover a sensibilidade, a atenção, o conhecimento. Agora está em depósito, emprestada, na Sala de História da EB 2/3 de Amarante e disponível também para os restantes alunos que não são meus. Acredito no valor da partilha. Defendo-o com unhas e dentes. Tenho a certeza que, com entreajuda, uns puxando pelos outros, ganharemos todos no final e progrediremos todos enquanto comunidade.
Hoje é Domingo. Dia de descanso. Só que eu gosto de descansar a trabalhar e por isso ultimo os materiais que adquiri durante estas férias, passadas cá dentro, em voltas pelo país interior profundo.
As imagens que digitalizei são uma da caixa de óculos que servirá de guarda à réplica do belíssimo biface comprado no Museu de Foz Côa e outra do próprio biface que lá repousará até à primeira aula de matéria do 7º ano, que eu não leccionarei durante este ano.
As caixas de óculos peço-as na Óptica Freitas, aqui mesmo em Amarante, lugar onde religiosamente compro os meus, desde que deles necessito, e, já agora, aproveito para daqui enviar um agradecimento à Paula Freitas, que me apara o jogo e me guarda as caixinhas pretas dos clientes a quem estas nada dizem e para nada interessam.
Depois é só digitalizar a peça, de tampa aberta para obter o preto como pano de fundo, porque o preto é mesmo o meu pano de fundo e, assim, fazer realçar a peça. Resta imprimir em qualidade máxima, cortar, proteger com plástico autocolante transparente, colar tapando a marca dos óculos, neste caso uns Dolce Gabbana, e pronto, a obra está pronta. Depois, é só colocar no armário, junto das outras já muitas peças que de lá saltarão à medida das necessidades.
Hoje descanso a bricolar. E garanto que descanso bem.
A Sala de História, existente na EB 2/3 de Amarante, ganhou novo fôlego durante o ano passado, com o meu retorno a esta casa que sempre senti como minha.
Fiz inúmeros posts sobre este assunto, que podem ser vistos aqui, aqui e aqui, sobre os progressos feitos no apetrechamento de uma sala que se quer interessante e viva, para que possa ajudar os alunos a apreender e interiorizar as matérias que vão sendo exploradas aula a aula e para que possa, consequentemente, ajudar a catapultar os discentes em direcção ao sucesso, que se ambiciona total, assim correspondam os alunos ao esforço feito deste lado para que as aulas decorram agradáveis, ordeiras, serenas, num excelente ambiente de aprendizagem.
É assim que as quero. É assim que as tenho. Não consigo trabalhar na balbúrdia, que pode chegar a ser impeditiva das aprendizagens e não abro mão desta postura, nem mesmo relativamente às turmas de CEF. Adiante.
A Sala de História não pode ser um mono, um peso morto na Escola, sob pena de não fazer absolutamente nenhum sentido. Pelo contrário, tem de ser um espaço dinâmico, todos os anos enriquecido. E é isso que tenho feito, entre milhares de outras coisas, tenho andado a tratar da saúde da dita sala, enriquecendo-a com a minha colecção de réplicas compradas em museus por esse mundo fora, entre muitas outras coisas, algumas verdadeiras mesmo. Nada como os alunos poderem pegar na réplica de um biface, sentir como ele se ajusta à mão que o envolve, sentir as suas arestas cortantes, sentir a frieza da superfície vítrea do sílex verdadeiro das amostras por mim colhidas no longínquo Sahara, nada como observar de perto a beleza de uma réplica em tamanho real da minúscula Vénus de Brassempouy, ou da Vénus de Vestonice, ou observar a delicadeza e elegância do traço gravado no osso do excepcional bisonte que, de cabeça voltada para trás, lambe, delicadamente, as feridas do seu corpo. Ao longo da minha vida profissional, sem Sala de História, fui carregando o que tinha, de casa para a sala de aula e da sala de aula para casa. A minha colecção foi, entretanto, aumentando porque acredito nela para promover a sensibilidade, a atenção, o conhecimento. Agora está em depósito, emprestada, na Sala de História da EB 2/3 de Amarante e disponível também para os restantes alunos que não são meus. Acredito no valor da partilha. Defendo-o com unhas e dentes. Tenho a certeza que, com entreajuda, uns puxando pelos outros, ganharemos todos no final e progrediremos todos enquanto comunidade.
Hoje é Domingo. Dia de descanso. Só que eu gosto de descansar a trabalhar e por isso ultimo os materiais que adquiri durante estas férias, passadas cá dentro, em voltas pelo país interior profundo.
As imagens que digitalizei são uma da caixa de óculos que servirá de guarda à réplica do belíssimo biface comprado no Museu de Foz Côa e outra do próprio biface que lá repousará até à primeira aula de matéria do 7º ano, que eu não leccionarei durante este ano.
As caixas de óculos peço-as na Óptica Freitas, aqui mesmo em Amarante, lugar onde religiosamente compro os meus, desde que deles necessito, e, já agora, aproveito para daqui enviar um agradecimento à Paula Freitas, que me apara o jogo e me guarda as caixinhas pretas dos clientes a quem estas nada dizem e para nada interessam.
Depois é só digitalizar a peça, de tampa aberta para obter o preto como pano de fundo, porque o preto é mesmo o meu pano de fundo e, assim, fazer realçar a peça. Resta imprimir em qualidade máxima, cortar, proteger com plástico autocolante transparente, colar tapando a marca dos óculos, neste caso uns Dolce Gabbana, e pronto, a obra está pronta. Depois, é só colocar no armário, junto das outras já muitas peças que de lá saltarão à medida das necessidades.
Hoje descanso a bricolar. E garanto que descanso bem.
9 comentários:
Já estás a agarrar o ritmo... Professor tem lá domingos!
Foram frutuosas essas férias... e andaste aqui pelas beiras, que eu bem te vi em Monsanto, mas não disseste nada, sua marota!
Vou voltando aos bocadinhos sem promessas.:(
Beijinhos, muitos:)
A falta de prática e a pressa fazem destas coisas:
Que tenhas um óptimo ano! Iguarias, está visto, não vão faltar!
Sejas muiiiiiiiito bem reaparecida!
Até te vou ligar, carago!
Ok! Durou até agora e foi bom poder falar contigo, Linda!
Excelente ano com tudo de bom para ti e para os teus!
Xi-coração com saudades...
Acredito piamente que seja uma boa profissional. Mas apetece dizer: "Sou boa, mas nã me gabo!"
É que quem é bom não precisa de andar a apregoá-lo... Isto é um complexo dos professores.
Procuro ser uma boa profissional, sem dúvida que procuro, e o meu trabalho, público e partilhado com quem não anda distraído, e que começou a ter mais visibilidade a partir de 2005, ano em que comecei a recorrer às novas tecnologias, é prova disso mesmo. O trabalho que eu acumulo no lombo é meu, fruto de horas e horas e mais horas de trabalho árduo e isolado e que não parará nunca apenas porque eu sou uma eterna insatisteita e acho sempre que poderei fazer melhor da próxima vez.
Mas atenção que eu jamais afirmei/afirmarei que sou boa. Apenas afirmo, e sem qualquer complexo porque apenas corresponde à verdade, que trabalho que me farto para a Escola Pública e que não admito ser tratada como professorzeca por uma qualquer política. Os professores não são todos iguais. Também os há moinas, é certo. Pois moina é coisa que eu não sou e se o ME me fosse a pagar todas as horas do meu trabalho estava eu rica com ele porque faço horas extraordinárias até dizer chega! E atenção! Não é de agora! Nada de confusões.
O segredo, se o há, resume-se apenas a um enorme gosto em desempenhar as funções que ocupo, reles professora dentro de uma sala de aula, tudo o que eu sempre quis ser.
Este post foi apenas parte do relato do meu Domingo, que não foi nada de especial porque muitas vezes os meus domingos são passados às voltas de coisas para a escola. E sei que não estou só. Muitos professores dão o litro neste país gozados pelos moinas que nada fazem e apenas se aproveitam do trabalho alheio não tendo nadica de nada para mostrar.
De resto, para quem frequenta este blogue há mais tempo e me já me conhece dos meus escritos, sabe que eu funciono assim e chamo os bois pelos nomes, sem papas na língua. Mesmo quando as coisas não me correm bem e não tenho êxito, aqui aparecem os posts, sem problemas, que eu não os tenho na hora de assumir os erros. E sim, há quem não aprecie o estilo.
É a vida.
E já agora, Carol, a ideia da Sala de História que tal lhe pareceu? Onteressante? Uma porcaria? É que este post era sobre ela e não sobre mim... se bem que... pois... ela não aparece feita, toda catita, se eu estalar os dedos... pis não?
Pois. Vai daí...
pois que ficou algures pis...
e é claro que algures queria ter escrito insatisfeita... é o que dá escrever às escuras num teclado já apagado de tanto nele teclar...
kaka...
Enviar um comentário