Constatação
O Octávio Gonçalves fez hoje uma chamada de atenção para um comportamento pouco ético e próprio dos cobardes, que não é exclusivo dos militantes do pê esse, nem tão pouco dos militantes dos outros partidos políticos, mas atravessa, visceralmente, a sociedade portuguesa de lés a lés. De facto, o gosto tão cobardolas de malhar nos vencidos, está bem presente para uma pessoa minimamente atenta ao que se passa ao seu lado.
Pois na hora da derrota de Sócrates não faltou a pergunta cobardolas da jornalista a inquirir, alto e bom som sobre o processo Face Oculta, o ainda primeiro-ministro, pergunta que seria extraordinariamente corajosa noutras circunstâncias, mas que não naquelas.
O mesmo se passa agora com a rataria do Largo do Rato. Calados como ratos, de acordo com a sua condição, até à derrota infligida pelo povo, não faltarão agora vozes a erguerem-se contra o ex-todo-poderoso, levado ao tapete e agora no chão. Outrora acéfalos, parecerão até que agora reanimaram uns neuroniozitos e vai ser giro ver posicionar-se este e aquele, segundo tácticas partidárias e até pessoais que me desgostam até à náusea.
Mas nós, por aqui pela blogosfera docente, sabemos quem falou quando quase todos ficaram calados assobiando para o lado e fingindo não ver a prepotência, o caciquismo, o autoritarismo, a incompetência, a estupidez. Não os nomeio. Direi só que muitos foram/são jornalistas, de quem eu esperava mais, muitos foram/são políticos, curiosamente de muitos quadrantes políticos, de quem eu esperava exactamente este tipo de comportamento, alguns até foram/são professores, cegos por um cartão rosa que deve hipnotizar e bloquear as células de que são compostos todos os cérebros.
Permaneceremos atentos. Sabemos bem quem abriu a boca num período extremamente difícil para Portugal. Permaneceremos atentos aos que só agora abrem a boca para criticar e malhar no derrubado, nos derrubados, nos perdedores,enfim, neles próprios. E para eles aqui deixo o meu desprezo.
Porque é à custa de gente deste calibre que Portugal está o nojo que está.
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