Entrevista DN
A entrevista foi realizada faz hoje oito dias e esteve para sair no sábado passado, o que não se veio a verificar, talvez devido ao momento político eleitoral que se viveu. Saiu hoje no DN, despoletada por um post que realizei sobre a avaliação dos alunos em que chamo os bois pelos nomes, sem mas e sem ses. Porque não adianta dourar a pílula. Andamos a trabalhar para as estatísticas e os resultados ao nível cognitivo são completamente mascarados por estes critérios aprovados, muitas vezes impostos, aos grupos disciplinares.
A minha Escola até nem é dos exemplos piores, com critérios de 70% para o domínio cognitivo e 30% para as Atitudes e Valores, já que há escolas onde vigoram critérios de 60%-40% ou mesmo 50%-50%... mas já é suficientemente grave para que um aluno, em caso extremo, possa ter 28% no domínio cognitivo e alcançar o nível 3 no final do período ou mesmo no final do ano. O que me parece um manifesto exagero. Por isso denuncio esta situação da forma que posso, através do meu blogue, a minha porta para o mundo. O Ramiro Marques, do ProfBlog ampliou-o, o que agradeço, pois ampliou e muito a sua divulgação, num blogue que recebe milhares de entradas diárias.
Voltando à problemática dos critérios, com as metas, impostas pelo ME para 2015, a situação tenderá a agravar-se e, pelos vistos, já há Directores a darem ordens sobre os tectos de negativas por turma, para que tudo fique bem na fotografia, apenas porque a fotografia não tem cheiro, porque, a ter, ele seria pestilento.
A notícia saiu com uma ou outra imprecisão, nomeadamente quando se fala em exames deverá ler-se domínio cognitivo, mas o sentido geral está correcto e foi o que eu transmiti à jornalista do DN, Ana Bela Ferreira.
Nota - Para ler a notícia com conforto, clique sobre o recorte.
8 comentários:
Estava a ver o filme dos cogntivos e socio-afectivos, e as resistências que encontrei por parte de alguns colegas quando fiz a proposta ao departamento para que passassem de 60% /40% a 70/30...E isto é ser comedido,pois podiam passar a ser 80/20.
Isto não quer dizer que não exista maleabilidade e bom senso, só que não consigo compreender essa tais metas...
A minha luta é mesmo para conseguir os 80/20. O que eu acho caricato é não se acreditarem quando eu afirmo que com os critérios de 70/30 um aluno, num caso extremo, pode ter 3 com 28% nos testes. Não sei o que andam a fazer. É que é só fazerem as contas e nem dá assim tanto trabalho de máquina de calcular.
E depois é ver as máquinas a funcionar - Ah, pois é!
Tirem-me deste filme, Donatien!
Então tu não dás negativas... eheheh... que maravilha... é que eu encontro os colegas da ESA ~que estão a trabalhar com critérios de 60/40 e eles não conseguem dar negativas! É um sucesso do catano, Donatien! :):):)
Beijocas... ah... e vejo que recuperaste o teu maravilhoso perfil...
Está um se a mais no comentário anterior... eheheh...
Fanei e linkei ;)
Mas há mais: muitas vezes nem os que se portam mal chumbam...
É não acreditarem... mas que português macarrónico me saiu... eheheh
Temos de denunciar, David, apoiados na nossa experiência profissional. É claro que para fazermos isto temos de cumprir os critérios... não é assim?
Concordo e à tua semelhança ainda no fim do ano lectivo passado escrevi um post do género onde refiro a grande maioria dos alunos que passa de ano com duas ou três negativas, na realidade correspondem a alunos que não atingiram as competências essenciais em 4, 5 e até 6 disciplinas...
Se tiveres paciência, está aqui o link:
http://andarilho23m.blogspot.com/2010/06/o-nosso-sistema-de-avaliacao-dos-alunos.html#links
Abraço
Hoje voltei aqui e vi que não te respondi, Andarilho, o que não é habitual em mim. Desculpa-me... escapou-me... e vou espreitar.
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