Recorte surripiado ao Luís Nunes
Azares - Ser Professor no Portugal de 2013Há quem lhe chame azares. Eu prefiro fazer referência à total falta de respeito pelas Pessoas que decorre da visão de quem nos tutela - números à frente, como se a Humanidade se pudesse reger só e unicamente por eles, como se eles, os números, fossem, por si só, capazes de instituir uma feroz ditadura neles baseada.
Em todo o mega agrupamento que integro, e que decorre da junção de dois agrupamentos verticais anteriores, está colocado um novo professor QZP. E é tudo. Olhar à volta na escola é, para mim e neste momento, assustador.
Ontem em reunião de departamento, que integra os professores de moral, geografia, história e história e geografia, contei os seus membros e tomei consciência que o meu departamento está agora do tamanho, por exemplo, do grupo de história e geografia, ou mesmo só de história, aquando da minha entrada para a profissão docente, algures lá pelos finais dos anos oitenta.
Este impedimento na transmissão de diferentes visões que se renovam constantemente, no aporte de novas maneiras de estar, ser e pensar trazidos pelas gerações de professores mais novos, esta renovação que se quer constante em Educação, não esquecer que lidamos com as gerações futuras, este doseamento entre mais velhos e mais novos, esta riqueza na diversidade foi agora estancada e impedida de forma abrupta e completamente aberrante, coisa que terá de ser corrigida brevemente sob pena de pagarmos demasiado caro este atrevimento.
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