segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A Palavra a Miguel Justino Alves

 

O propósito de um galerista e de uma galeria de arte

Uma galeria de arte contemporânea deixou de ser um espaço fechado em quatro paredes. Os autores, os criadores, dão forma a novas representações que só fazem sentido quando partilhadas e vivenciadas pelo público. Partindo de um exercício profundamente interno, é no exterior que as peças ganham e conquistam a sua vida, o seu espaço.
O valor de uma obra vive para além dos valores do mercado. O seu valor resulta
obviamente da nossa percepção e da percepção que nos é dada. Trata-se de um conjunto de ponderações e variáveis nem sempre claras, nem sempre óbvias.
O peso que lhe damos tanto pode resultar de uma mera versão economicista, reduzindo o seu carácter a um objecto de troca, como ser apenas fruto de indução externa, moda passageira, retirando-nos do nosso papel crítico, autónomo e sensível. Mas o peso que lhe damos também pode ser orientado pelo nosso olhar aberto, por uma visão ampla de mundo, pela sensibilidade e afectos que criamos e gerimos; e pela empatia de nos aproximarmos e convivermos com o reflexo criativo de personalidades capazes de formar uma linguagem própria que nos interpela, comove e identifica.
O papel de galerista é o de um fio de prumo, capaz de avançar com escolhas que
resultem da ponderação de todas estas variáveis. É um atributo necessariamente exigente e delicado. Estar por detrás da obra significa estar por detrás do autor, conviver com as suas idiossincrasias e mediar a sua relação com o mundo.
Apesar do clima social e económico, o trabalho da galeria Miguel Justino tem resultado em mais visitas e aquisições. A identidade da galeria ganha forma e visibilidade. A vontade obstinada é o ADN do mundo da arte. Estamos presentes. Obrigado a todos.

Miguel Justino Alves, art director


 

 
A Palavra a Miguel Justino Alves


O propósito de um galerista e de uma galeria de arte

Uma galeria de arte contemporânea deixou de ser um espaço fechado em quatro paredes. Os autores, os criador...es, dão forma a novas representações que só fazem sentido quando partilhadas e vivenciadas pelo público. Partindo de um exercício profundamente interno, é no exterior que as peças ganham e conquistam a sua vida, o seu espaço.
O valor de uma obra vive para além dos valores do mercado. O seu valor resulta
obviamente da nossa percepção e da percepção que nos é dada. Trata-se de um conjunto de ponderações e variáveis nem sempre claras, nem sempre óbvias.
O peso que lhe damos tanto pode resultar de uma mera versão economicista, reduzindo o seu carácter a um objecto de troca, como ser apenas fruto de indução externa, moda passageira, retirando-nos do nosso papel crítico, autónomo e sensível. Mas o peso que lhe damos também pode ser orientado pelo nosso olhar aberto, por uma visão ampla de mundo, pela sensibilidade e afectos que criamos e gerimos; e pela empatia de nos aproximarmos e convivermos com o reflexo criativo de personalidades capazes de formar uma linguagem própria que nos interpela, comove e identifica.
O papel de galerista é o de um fio de prumo, capaz de avançar com escolhas que
resultem da ponderação de todas estas variáveis. É um atributo necessariamente exigente e delicado. Estar por detrás da obra significa estar por detrás do autor, conviver com as suas idiossincrasias e mediar a sua relação com o mundo.
Apesar do clima social e económico, o trabalho da galeria Miguel Justino tem resultado em mais visitas e aquisições. A identidade da galeria ganha forma e visibilidade. A vontade obstinada é o ADN do mundo da arte. Estamos presentes. Obrigado a todos.

Miguel Justino Alves, art director

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