Tâmega - A Poluição Continua em 2017
Fotografia de Armando Meireles
Não tenho qualquer prazer em fazer postagens de teor negativo sobre a minha terra. Aliás, bem gostaria de escrever somente postagens prazenteiras e felizes sobre Amarante e o seu rio, o Tâmega. Só que a minha terra, tal como todas as outras terras, não é perfeita. E não é perfeita pelos motivos de sempre, porque há quem se encarregue de a conspurcar todos os dias, trezentos e sessenta e cinco dias ao ano... no caso do ano não ser bissexto... ano após ano, ano após ano, há década! Conspurcam a terra e conspurcam o rio da terra, que é o mesmo que escrever que conspurcam o Tâmega.
A par, há também quem tenha a obrigação de agir perante esta poluição desenfreada no Tâmega e... e... não sei se fiz, não sei se faça, não sei se posso, não sei se devo.... e o poder local de novo a ficar mal nesta fotografia do Tâmega. Ano após ano, década após década... a sério que não é possível fazer nada para travar esta vergonha repetida mil vezes?
Pois... com que então espuma que se forma quando a água bate nas pedras dos açudes... cum catano, e ainda fazem de nós acéfalos!
Passo a palavra ao senhor coronel Artur Freitas a quem agradeço a denúncia. E agradeço igualmente a denúncia e a belíssima fotografia a Armando Meireles.
Tâmega au chantilly
Do GENESIS: Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que povoam as águas, em conformidade com suas muitas espécies; e todas as aves, também de acordo com suas espécies. E observou Deus que isso era bom. Então Deus os abençoou, declarando: “Sede fecundos, multiplicai-vos! Enchei as águas dos mares. E que também as aves se multipliquem na terra!” E assim apareceram no nosso rio os patos as garças e os mergulhões; e logo alguém se lembrou de despejar no Tâmega esta dose industrial de chantilly. Grandes cabrões! Não percam tempo a telefonar para o SEPNA, “o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR, ao qual compete zelar pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares referentes a conservação e proteção da natureza e do meio ambiente, dos recursos hídricos, dos solos e da riqueza cinegética, piscícola, florestal ou outra, previstas na legislação ambiental, bem como investigar e reprimir os respetivos ilícitos”; é que a explicação que dali nos chegou, foi que a espuma que aparece em doses industriais à superfície do nosso Rio, é resultante da grande massa de água a bater nas rochas, uma variante da velha máxima do mexilhão.Como não vamos em cantigas, acabamos de telefonar para o destacamento do SEPNA em Amarante, depois de tentarmos em vão, uma ligação telefónica com o adjunto do Sr. Presidente da Câmara, que estando numa reunião, nos contactou posteriormente . Alea jacta est ! É pouco mas é de boa mente.
E nem de propósito...
Plano de acção contra a poluição nos rios vai ser definido até Junho
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