J - Barca - Serra da Aboboreira - Amarante
Fotografias de Artur e Anabela Matias de Magalhães
A Treinar para Vovó
Sexta-feira à noite lá arranquei eu para a Barca munida de fraldas, leites, biberões e o pedaço de gente que é o J. Combinei com o A e a J que eu tomaria conta do J durante a noite e que, de manhã, eles me sucederiam na incumbência, para eu poder trabalhar um pouco nos meus caminhos da Barca. E assim foi. Noite de sono naturalmente interrompido pois de quatro em quatro horas o tipo quer comer.
O J continua a crescer tranquilamente e começa agora a dar os seus primeiros sorrisos olhando, fixamente, para nós. Está cada vez mais tempo acordado e continua um doce de menino.
O J continua a crescer tranquilamente e começa agora a dar os seus primeiros sorrisos olhando, fixamente, para nós. Está cada vez mais tempo acordado e continua um doce de menino.
Ao almoço tive companhia alargada. A E, a M, o J e a minha sogra foram à Barca almoçar.
A M só se ri e agradece-me o eu ter ficado mais uma vez com o J. A sua cara está mais tranquila e relaxada nesta manhã de sábado. Dormiu até às dez horas, disse-me entre gargalhadas. A cara do J pai perdeu agora aquele ar de morto-vivo que se estava a acentuar dia-a-dia. O que uma noite de sono bem dormida pode fazer por nós!
Eu por mim continuo a treinar para vovó. Não que alguma coisa tenha ficado esquecida, que isto de tratar de crianças é como andar de bicicleta - uma vez aprendido, jamais esquecido!
Mas o treino deve continuar pois esta juventude de hoje parece tudo menos interessada em assumir a responsabilidade de constituir família. Assim sendo, aguardo calmamente a hora de levar netos ao topo das dunas mais altas da Líbia para as podermos descer, a correr, fazendo-as cantar por debaixo dos nossos pés...
As fotografias que ilustram este post foram tiradas no sábado. Na primeira o J está deitado sobre o meu peito, numa posição que a J conhece de cor. Tanto eu como o A gozámos largo a J e esta era uma maneira de a sossegar e acalmar. Mais tarde, já com ela grandita, apanhava-me deitada na areia e vinha empiloucrar-se em mim ajeitando-se como podia sobre o meu peito ou sobre as minhas costas, soltando gargalhadas. Tenho vários registos fotográficos destas habilidades da J.
As outras fotografias mostram a mãozita, branca, macia e delicada, do J, numa a contrastar com a minha própria mão... que já foi mais nova...
Ficam aqui postadas para a posteridade.
2 comentários:
É estranho como uma pessoa tão apreciadora de mãos, se entrega a fazer calçadas, a construir muros, no sol agreste do deserto! Não tens pena das tuas mãos, Blue Scorpion. A gente tem que ter cuidado, estás sempre a observar as nossas mãos! Que as mãos de Alá te saudem!
Pois, acho que é por isso mesmo... acho que é por amar mãos que tenho que estar sempre a construir coisas com elas, quer sejam muros, quer sejam caminhos... ao sol, ao vento e ao nevoeiro. Eu ia acrescentar à chuva mas não é verdade. Desde que uso óculos que não gosto de andar à chuva... é que fico a ver navios! lol
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