Fotografias de Artur Matias de Magalhães
Mouras
Se os homens mouros são príncipes, as mulheres mouras são rainhas.
As mulheres mauritanas passeiam-se pelas ruas pejadas de lixo e de cabras, de Nouadibhou e de Nouakchott, todas produzidas, limpas e imaculadas, altivas e majestosas, como se tivessem acabado de sair de um salão de beleza e fossem para um baile importante num qualquer palácio próximo. O que mais impressiona é o contraste de ver gente tão aprumada no meio de tanto lixo sem que isso lhes transmita um ar miserável. Tenho consciência de que a Mauritânia é um dos países mais pobres do mundo e no entanto não vi gente com um aspecto tão miserável quanto já observei em Madrid, no Porto ou mesmo aqui em Amarante.
Tenho pena de não ter fotografias que verdadeiramente façam justiça à beleza destas mulheres, cuja pele vai do branco ao negro, mas que têm a uni-las uma grande beleza, uma grande elegância de traços e uma distinção e altivez que parecem genéticos. Sim, tenho pena de não poder postar mais mulheres mouras no meu blogue, daquelas que ao movimentarem-se pelas ruas arrasam tudo à sua passagem e tenho pena que não tenha dado para gravar o seu atrevimento atirando sorrisos e piropos, lá do alto da sua superioridade, aos nossos homens ocidentais!
Mais contrastes observados neste vasto mundo muçulmano, de países tão diferentes entre si e que não podem de forma alguma ser confundidos como um todo, que não são!
Da próxima vez que por lá me quedar vou ter que colmatar esta falha imperdoável do ponto de vista fotográfico.
2 comentários:
Acho bem que postes essas rainhas atrvidotas, mas belas, elegantese sedutoras, para que os teus amigos, possam apreciar, nem que seja à distância estas belezas do deserto...
Atrevidotas, dizes bem, o que não deixa de ser surpreendente num país muçulmano! E aqui também não há mulheres de cara tapada o que , por vezes, é muito interessante! lol
Tenho pena de não ter fotografado um dos casais mais belos e elegantes que vi na minha vida, passeando de mãos dadas, pelas ruas pejadas de lixo e de cabras, de Nouadibhou.
Um espectáculo sublime que gravei na minha memória.
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