terça-feira, 11 de setembro de 2007

Compota de Figos


Compota de Figos - Amarante - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Compota de Figo

Hoje foi dia de fazer compota de figos. Já não há mãe para me mimar com compotinhas caseiras e orquídeas. Agora se as quero tenho que meter pés ao caminho.
E assim foi hoje com a compota de figos. Pela primeira vez feita sem os preciosos conselhos da minha mãe que era uma cozinheira exemplar.
O meu pai trouxe-me os figos pingo de mel da sua figueira, inteirinhos, sem mácula. Escaldei-os, operação muito simples que consiste em colocá-los numa bacia furada e deitar água a ferver por cima dos ditos. Contrariamente ao que possa parecer, os figos ficam rijos, rijos. Ficaram então prontos para ir para a panela com metade do seu peso em açúcar e dois paus de canela. E foi tempo de os deixar repousar umas horas. Depois foi só deitar pouco mais do que umas gotas de água e deixar ferver em fogo mais ou menos lento para ganhar ponto. As horas necessárias até o líquido ficar mais espesso e começar a ganhar uma espécie de espuma. E depois é só deixar arrefecer. E comer.
A minha compota de figos já arrefeceu e devo dizer que passei na primeira vistoria exigente, a do meu pai, que achou a compota uma maravilha e tal e qual a da minha mãe.
Falta agora a vistoria exigente da Joana que adorava tudo o que a avó preparava na cozinha.
Estarei a caminho de ser uma mãe normal?

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