domingo, 19 de janeiro de 2014

A Palavra a Ferreira Fernandes

 A Palavra a Ferreira Fernandes

Porca miséria de deputados! Que triste exemplo dão ao país!

Quando digo digo não digo digo digo Diogo


"No Parlamento esteve em votação um assunto que se me varreu. Como, de qualquer forma, a decisão da coisa foi remetida para mim, quando chegar o referendo lá me pronunciarei. Adiante. Embora não me lembrando da coisa, chocou-me o método com que foi abordada. Num deputado devemos prezar a capacidade de decisão. Afinal, contamos com ele para que diga "sim", quando acha que sim; "não", quando acha não; e se abstenha quando nem o sim nem o não convenceram. O voto da deputada Teresa Caeiro, do CDS, foi desses, absteve-se. Mas emendou esse querer, assim: "Conformei o meu voto a algo que não acredito e que considero uma iniciativa lamentável." Foi o nem sim nem não mais inseguro da história parlamentar. Já a deputada Francisca Almeida, do PSD, votou "sim". Para depois explicar-se com a declaração de voto: "A minha intenção era votar contra." E a deputada Carina Oliveira, PSD: "Sendo minha intenção votar contra, apresentarei também uma declaração de voto." Isto é, sendo, não foi - votou a favor. São Bento parecia um convento de desculpas padrecas: olhem para o que digo, não para o que voto. Ou vice-versa. A deputada Isabel Moreira, PS - que disse não e votou não -, acabou por dar a pior desculpa aos disléxicos: "Assistimos a um caso de bullying." Perdão? Um ralhete ou bofetada nos Passos Perdidos faz um eleito da nação desdizer-se? Nesse parque infantil, eu coadotaria Teresa Leal Coelho, uma adulta: disse que não ia por aí e não foi."

Nota - O artigo foi inteiramente surripiado aqui.

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