terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Estratégias Pedagógicas - Aulas de História - Agradecimentos


Recursos Pedagógicos da Sala de História
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Estratégias Pedagógicas - Aulas de História - Agradecimentos

Já não é a primeira vez que faço referência a estes materiais pedagógicos que são elaborados pelos meus alunos sócios do clube História em Movimento, desde que este conheceu a luz do dia, no ano de 2010/2011, um ano após eu ter vinculado, pela primeira vez na minha vida, e sim, já quase com 50 anos de idade!, a uma escola/agrupamento deste país à beira mar plantado, país indecoroso pela forma obscena como trata, muitas vezes, os seus funcionários. E sei bem do que estou a falar pois senti-o, sinto-o! ainda na minha pele. Mas adiante!
A realização destes trabalhos conta-se em duas penadas - Iniciámos pela matéria de 7º ano, os alunos seleccionaram o trabalho a desenvolver, desenharam-no, pintaram-no, ok! os contornos a preto continuam a meu cargo que mantenho uma mão muito certinha, recortaram as imagens que foram coladas em placas de K-line e que, posteriormente, foram protegidas com papel auto-colante transparente. Os desenhos são sempre mudos, apresentam-se aos alunos/jogadores assim como se vê na imagem, mas, por detrás, os desenhos têm palavras e/ou expressões-chave escritas, que os seus autores previamente seleccionaram como fundamentais na elaboração de um texto escrito ou de um discurso oral sobre a imagem em questão.
O jogo joga-se em contexto de sala de aula... foi o caso de ontem e de hoje, nas minhas turmas de 7º ano que não tiveram dificuldade de maior em encontrar palavras e/ou expressões-chave como cidade-estado grega, acrópole, parte alta da cidade-estado, muralhada, centro da vida religiosa, templos... e isto só para apresentar alguns exemplos de palavras ou expressões facilmente adivinhadas pelos meus alunos, atentíssimos às matérias de História exploradas em contexto de sala de aula a partir das minhas apresentações em PowerPoint.
Os trabalhos de ontem e de hoje foram feitos em pares e por escrito, uso muito esta estratégia dos pares para que quem vai mais à frente possa ajudar quem vai mais atrás... solidariedade e trabalho colaborativo precisa-se! e a Escola não se pode alhear destes valores, quantas vezes apreendidos de forma completamente informal e sem que tenhamos de lhes estar a martelar as "matérias" em questão.
Os próximos trabalhos serão feitos oralmente e os alunos terão de produzir um discurso para a turma, assim de forma espontânea, a partir de uma qualquer imagem muda relacionada com a matéria. Se um bom domínio do português escrito é algo que todos devemos perseguir, a oralidade também não deve ser esquecida e os miúdos deverão adquirir competências também a este nível.
Cum catano! Que sacrilégio! E logo agora que o nosso ministro que acabou com o ensino por competências...

É claro que eu poderia formular apenas simples perguntas que levassem os alunos a escrever a mesma coisa... é claro que eu poderia nem lhes falar no gosto com que aqueles alunos, que se sentaram um dia nas mesmas cadeiras e tiveram aulas na mesma Sala de História, fizeram estes trabalhos. É claro que poderia nem lhes falar do Abel Aires nem da Francelina... só que todos os trabalhos contêm a identificação de quem os fez e o ano lectivo em que foram realizados que eu gosto de associar o trabalho a quem o faz porque detesto moinas e moinices, já falei inúmeras vezes sobre eles neste blogue, nos aproveitadores dos trabalhos que são de outros para irem à bolina... fazendo parecer que o trabalho também é deles, não sendo!
E assim sendo, um dia destes terei oportunidade de lhes falar do Luís Mesquita e do Jorge Macedo e do Tiago Costa e da Cassandra Flores e da Laryssa Malosto e de tantos, tantos! outros que durante todos estes anos contribuíram para que este trabalho crescesse.

É claro que eu poderia pedir aos meus alunos actuais apenas para me descreverem as partes constituintes duma cidade-estado grega... mas, acredito, não seria a mesma coisa, não teria o mesmo sabor, não veria olhos a brilhar na sala de aula pelo menos da mesma forma.

Por isso, deixo aqui agradecimentos públicos aos meus alunos que durante todos estes anos trabalharam, alguns ainda trabalham, alguns iniciaram-se nestas lides apenas neste ano lectivo, de forma generosa, voluntária e desinteressada, para o enriquecimento de um Património que enriquece, todos os anos mais e mais, o Centro de Recursos da Sala de História da EB 2/3 de Amarante.

Nota final - E se eu podia manter-me caladinha e guardar as minhas estratégias a sete-chaves... é claro que podia... mas não era, de facto!, a mesma coisa.
Ou era?
Ah! E digo "minhas estratégias" porque nunca as vi serem implementadas, não as copiei de lado nenhum... muito embora não garanta que não sejam utilizadas por aí, a rodos...

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito obrigado Sra.professora por me mencionar e acredito que não era a mesma coisa se a professora não fosse como é...pelo menos as aulas de história e o clube tinham sido muito menos interessantes e vejo a professora como um exemplo para todos aqueles professores que dizem nunca conseguir captar a atenção dos seus alunos..se todos partilhassem da mesma vontade de ensinar e da mesma capacidade de inovação da professora seria muito mais fácil tornar os alunos interessados :)

Anabela Magalhães disse...

Obrigada pelo teu comentário, Abel Aires e por deixares aqui uma opinião que, sendo tua, também é minha. Mantenho os meus neurónios a funcionar arranjando estratégias para vos manter o melhor possível na sala de aula. Não me esqueci do meu tempo de aluna e de como professores meus faziam toda a diferença... e também não me esqueci do pesadelo de algumas disciplinas. Ora eu recuso ser um pesadelo mau para os miúdos e miúdas que me vão passando pela sala de aula, ano após ano.
Agradecida, Abel Aires, pela tua colaboração e por contribuíres para a melhoria do meu trabalho! Beijinhos grandes com saudades...

 
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