sábado, 7 de janeiro de 2017

Mário Soares



Mário Soares

Foi, entre muitas outras coisas, um dos pais da Democracia portuguesa. Nem sempre concordei com ele, nem sempre votei nele e, ao longo da sua extensa vida, esteve longe da perfeição e, como qualquer outro ser humano, cometeu erros. Desenvolveu anti-corpos muitos mas hoje não é isso que me interessa. Hoje, no dia da sua morte, agradeço-lhe o papel inestimável que desempenhou na luta contra uma ditadura que, à força, era nossa. Hoje, no dia da sua morte, agradeço-lhe o papel inestimável que desempenhou na luta pela implantação de um Estado Democrático no meu país, apesar de imperfeito, apesar a de precisar, talvez, de uma refundação.
Hoje, no dia da sua morte, agradeço-lhe a possibilidade que me deu para teclar em segurança ideias, opiniões, sugestões, o que for, sem temer pela minha vida, sem temer pela vida dos meus... mesmo quando os conteúdos das minhas intervenções desagradam ao poder político local ou nacional, ou ao poder religioso, ou... ao que for. Tenho perfeita consciência que, em outros locais, em outras latitudes e longitudes, poderia estar já sem dedos das mãos, sem língua, quiçá de pescoço cortado e já sem vida.

Ora então, esta Liberdade, que todos os dias sinto, não tem preço.
Obrigada, Dr Mário Soares! Do fundo do coração.

7/12/1924 - 7/01/2017

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