segunda-feira, 21 de junho de 2021

Parques de Estacionamento com Vistas para o Rio - Amarante

Parque de estacionamento - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Parques de Estacionamento com Vistas para o Rio - Amarante

Frequentemente retorno à casa onde nasci, onde, no rés-do-chão, funciona há muitos anos uma maravilhosa doçaria chamada Doçaria Mário.

A paisagem sobre o rio foi sempre deslumbrante, verdejante, muito bela... na verdade, tão bela que a retive congelada dentro de mim, observada que foi a partir de uma varanda corrida ao longo de toda a casa que já foi minha.

Desde que nasci estive, e assim continuo, em constante crescimento interior, sempre por ela acompanhada, com poucas alterações observadas ao longo de quase 60 anos que já levo de vida, numa das zonas do rio Tâmega mais paradisíacas que se podem observar por aqui por Amarante.

Ora acontece que no passado Domingo lá fui à dita confeitaria e à sua esplanada. Olhei, vi, reparei, interiorizei, fotografei, horrorizei... e saí de lá com os olhos rasos de água.

Hoje comentaram comigo - Professora, com a sua licença... estão-nos a f@der as margens todas do rio!

Concordei mas com as letras todas que já tenho idade suficiente para ir directa aos assuntos - Estão-nos a foder mesmo as margens todas do Tâmega!

E quem, perguntam vocês? O poder autárquico que a população amarantina escolheu para ajavardar a cidade.

Nota - Desculpa-me os palavrões, Papá!

sábado, 19 de junho de 2021

Coser Feridas, Bordar Recordações

 

Reconstruindo - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Magalhães

Coser Feridas, Bordar Recordações

Reconstruindo coisas absolutamente novas a partir de coisas absolutamente velhas mas que foram guardadas, por mim, com muito carinho e respeito durante todos estes anos. 
Aqui se misturam os primeiros bordados aprendidos pela minha avó Luzia, ainda de tenra idade como competia a qualquer criança do sexo feminino nascida no começo do século XX, aqui se misturam galões e amostras de crochet realizadas pelas mãos imaculadas e delicadas da minha mãe, aqui se misturam também bordados que já fizeram parte da minha primeira túnica à hippie comprada depois do 25 de Abril de 1974 e galões comprados nas retrosarias locais que encerraram há muitos muitos anos, uma pertença do sr. Joaquim do Cine-Teatro de Amarante e a outra conhecida pelo Cantinho, pertença do sr. Clemente... do Cantinho. Por cima de tudo isto coso feridas e bordo recordações.

 
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