… que servem para comer bolachinhas mas também para atirar sobre quem não tem um infinitésimo sequer de vergonha na cara e que deveria fazer o favor de não me poluir os ouvidos, mas insiste em fazê-lo.
Era mais fácil eu ser sorrisinhos, fingir que não ouço o aquele hoje veio mal disposto, que não vejo, que tudo está bem, que a vida é curta para nos chatearmos, calar-me sobre a falta de profissionalismo e de respeito pelos outros, aderir à hipocrisia da vidinha que faz tantos quotidianos com que sou obrigado a cruzar-me, mas não a partilhar.
Era mais fácil sorrir e morder pelas arrecuas, em nome da convivência, a quem ouve e deturpa no próprio momento, que tenta dar lições da moral e ética que nunca teve, que faz da má educação modo de vida e depois ainda aponta o dedo aos outros.
Mas, raios me partam, não consigo ficar calado o tempo todo e ver a prosápia da mediocridade passar por outra coisa.
Arre… que há alturas em que me custa imenso ter prometido a mim mesmo não dar, neste espaço, o nome aos bovinos com que sou obrigado a lidar.
 
Nota - Este texto é dele... mas... podia ser meu.