domingo, 30 de novembro de 2008



A Revolta das Galinhas

Só faltava mais esta a José Sócrates. Até as galinhas estão descontentes! E realmente! Que desperdício!

Obrigada A, pela dica! :)

Brincadeira








Rodrigo - Serra da Aboboreira - Amarante

Fotografias de Anabela Matias de Magalhães



Brincadeira



E da mistura de neve a rodos com uma criança o que é que sai pela certa?


Pois claro! Sai brincadeira.





Carvalho de Rei - Serra da Aboboreira - Amarante
Fotografias de Rodrigo e Anabela Matias de Magalhães

Neve

Entretanto uns metros mais acima o panorama era este... neve a rodos pela serra a proporcionar paisagens bem diferentes das habituais.



Barca - Serra da Aboboreira - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Barca - Neve

À falta de filhos pequenos ou de netos, meti o meu sobrinho postal ilustrado debaixo do braço e levei-o à neve. Primeira paragem - a minha Barca. O Rodrigo, excitadíssimo, só queria sair de dentro de casa, sentir a neve e o frio nas mãos e na cara e eu lá lhe fiz a vontade e fomos passear os dois para o Jardim do Escorpião Azul. Percorremos devagar os caminhos, feitos pedra a pedra pelas minhas mãos, olhámos o musgo verde enlaçado de branco enquanto a neve, fofinha caía a bom cair sobre as nossas cabeças protegidas com gorros. As pedras, enormescas, iam provocando exclamações ao Rodrigo - Que espectáculo! Olha aquela pedra, tia! Olha a nevar! Que espectáculo!
Pedra acima, pedra abaixo, lá nos fomos dirigindo calmamente a casa e demos por findo este primeiro contacto com a neve fria da Barca.

sábado, 29 de novembro de 2008

Aluno de 16 anos agride professora a soco e a pontapé

Estranho!
Perante este caso onde pára a Ministra? Onde pára o Valter? Onde pára o Pedreira?
Estranho silêncio?!
Naaaaaaaaaaa... apenas o silêncio do costume.

Violência no interior da EB 2,3 de Jovim
Hugo Silva

"Uma professora da EB 2,3 de Jovim, Gondomar, foi agredida por um aluno de 16 anos, a soco e a pontapé, ao início da tarde desta sexta-feira. A agressão ocorreu dentro da escola e a docente esteve cinco horas no S. João, no Porto, a fazer exames.
Só pelas 19 horas é que Artemisa Coimbra - figura activa na luta contra a violência doméstica, sendo responsável pelo Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) - teve alta das Urgências. "Daqui vou para a GNR, apresentar queixa", desabafou, ainda com marcas da violência no rosto e com dificuldades em andar, devido a lesões que sofreu numa perna.
Professora há 29 anos (está há cinco na EB 2,3 de Jovim), Artemisa Coimbra nunca tinha passado por uma situação semelhante. Segundo contou, tudo começou por volta das 13.20 horas. "Vinha a sair do átrio e o aluno estava aos palavrões, alto e bom som. Não consegui fazer ouvidos de mercador. Chamei-o à atenção e ele começou a disparatar e a afirmar que dizia o que bem lhe apetecesse. Então, disse-lhe para me acompanhar ao Conselho Executivo. Contrariado, lá foi", recordou a docente. A situação acabaria em violência, pouco tempo depois.
"Às 13.40 horas, ia para as aulas, com o computador, a pasta e o livro de ponto na mão, quando, quase em frente ao Conselho Executivo, vejo o aluno a vir na minha direcção, a insultar-me aos berros. Depois, começou a agredir-me", contou a professora, que ainda tentou defender-se. Ficou ferida e com os óculos partidos. Logo ontem, a patrulha da Escola Segura, presença habitual por ali, não estava na EB 2,3 de Jovim.
Artemisa Coimbra referiu que não conhece o aluno, que faz parte de uma turma CEF (cursos de educação e formação, dirigidos a jovens que abandonaram os estudos sem a escolaridade obrigatória). Aliás, a professora alerta para a situação destes jovens, que é regulada por legislação especial, que lhes confere um sentimento de "impunidade". "Não acatam qualquer observação", referiu a docente, lembrando que, por exemplo, estas turmas não têm faltas nem aulas de substituição. "O Ministério tem que repensar esta legislação", acrescentou, considerando que o sentimento de impunidade leva os alunos a não respeitar as regras escolares.
Em Jovim, a situação tem piorado significativamente, assegurou, revelando que só nesta semana houve 31 processos disciplinares. "Oito deram em repreensão, os restantes em suspensão", pormenorizou a professora, que dá aulas a alunos dos 5º e 6º anos.
Artemisa Coimbra salvaguardou que nem todos os processos disciplinares dizem respeito a alunos que integram turmas de CEF, mas explicou que o clima existente na escola acaba por contagiar os outros estudantes.
De acordo com a docente, a Direcção Regional de Educação do Norte já tomou conhecimento do sucedido e o Conselho Executivo estará a desenvolver os procedimentos para que a queixa siga para o Ministério Público.
Na EB 2,3 de Jovim, ninguém esteve disponível para prestar qualquer esclarecimento."

Publicado em http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1051516



Curso de Electricista de Instalações - ESA - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

CEF`s

Permita-me discordar do seu post, Ramiro.

Este ano lecciono 5 Cursos de Educação e Formação. Lecciono Cidadania e Mundo Actual aos meus carpinteiros, aos meus electricistas, aos meus serralheiros, e a duas turmas dos meus empregados de mesa e no dia em que sentir que o meu papel é nulo dentro da sala de aula desisto deles. E a verdade é que ainda não desisti. Já lecciono CEF`s há muitos anos, já contactei com inúmeras turmas e se há professora que sabe as dificuldades do dia-a-dia dentro da sala de aula com alunos que nos chegam às mãos quantas vezes desmotivados, com aversão à escola, vindos de famílias completamente desestruturadas, com histórias de vida quantas vezes do arco da velha, certamente que eu sou uma dessas professoras.
E com o saber de experiência feito permito-me discordar quando o Ramiro afirma que "Os CEF`s são um tumor que corrói os tecidos sãos das escolas onde estão implantados." Alguns alunos dos CEF`s, pela minha experiência muito poucos, são um verdadeiro tumor, mas são casos verdadeiramente excepcionais dentro destas turmas. Poderei lá eu voltar à sala de aula na terça-feira e olhar para o meu M, o meu F, o meu C, o meu B... como tumores?! Jamais enquanto professora tomei esta atitude e não desisto de os trazer para mim, para a Escola, para a Educação, até se me esgotar o último fôlego! E não acho que com esta atitude faça nada mais do que a minha obrigação como professora.
Permita-me também discordar quando o Ramiro afirma que os alunos dos CEF`s gozam de impunidade, que estão acima da lei e que gozam de protecção especial. Não vejo isso acontecer na minha escola. Quanto ao estatuto é verdade que o deles é diferente e que se regem por normas diferentes. Mas as normas existem e eles não estão acima delas.
Sou das professoras que partilha da opinião que é melhor estes alunos, incomparavelmente mais problemáticos que os das turmas ditas normais, estarem dentro duma sala de aulas, numa escola que tem de fazer das tripas coração para os cativar, do que andarem ao abandono na rua. São miúdos, miúdos/crianças, a quem a maior parte das vezes a vida não sorriu, nem sorri, e que têm todo o direito a receber todos os sorrisos que a escola lhes possa fornecer. É minha obrigação, enquanto professora, proporcionar-lhes um ambiente de aprendizagem o mais calmo, acolhedor e prazenteiro possível. É o que tento fazer em cada aula que passa, com todos os meus alunos, Cef`s incluídos. E devo dizer que a esmagadora maioria das vezes consigo.
E também discordo, Ramiro, quando afirma que uma grande parte dos alunos não aprende nada. Aprendem sempre alguma coisa. Uns aprendem mais do que outros, é certo, e também é verdade que aprendem mais nas disciplinas práticas do que nas teóricas, mas isso não é motivo para baixarmos os braços e desistirmos de proporcionar alguma normalidade na vida destes rapazes e raparigas. Igualmente discordo que o caminho passe por acabar com os CEF`s. O caminho passa por uma exigência cada vez maior para com os alunos dos CEF`s e passa também pelo ajustamento de alguns programas à realidade destes alunos. E aqui entra o ME que pura e simplesmente não faz aquilo que lhe compete e que se pavoneia impunemente pelo país sem qualquer tipo de avaliação que o remeta para as calendas gregas.
Observe, Ramiro, as fotografias tiradas recentemente numa destas minhas turmas, no caso a dos electricistas. Que lhe parece?
Para ler o post que motivou este clique em http://www.profblog.org/ e... procure que o Ramiro Marques é hiperactivo! :)
Partilha - Ester Cabral
Descobrir Roma Antiga

Na partilha responsável reside o nosso progresso colectivo. Continuo a acreditar neste princípio. Apesar dos escolhos com que me deparo na minha caminhada, apesar das pedras, por vezes monstruosas, que me atrasam o passo, a verdade é que continuo fiel aos princípios que adoptei como meus, algures lá atrás no meu percurso de vida. E, assim sendo, sempre que descubro ou me enviam informação interessante e pertinente não a guardo egoistamente para mim num qualquer quarto bem escuro, não a fecho a sete chaves enriquecendo o meu património pessoalzinho, pequenino e mesquinho, com medo que outros passem a ser detentores da informação que eu possuo. A informação está hoje, para o bem e para o mal, à distância de um clique. Bem sei que muitos continuam, teimosamente, a recusar o clicar, a recusar o teclar. Azar! Progredirão mais lentamente.
Como eu, outros assim pensam. É o caso da Ester Cabral a quem quero expressar publicamente, mais uma vez, a minha gratidão, por ser como é, por ser generosa, desempoeirada, excelente profissional, por praticar a partilha, por não ter teias de aranha a emaranhar os seus neurónios de superior qualidade. A Ester Cabral é, sem dúvida, um exemplar excepcional que enriquece o Património da ESA. Sem ser de História, preocupou-se em enviar-me o link para esta informação pertinente para qualquer professor de História.
Nunca me esqueço destes "pequenos" detalhes que para mim fazem toda a diferença.

Obrigada, Ester C! É com um sentimento de imenso orgulho que partilho os meus dias contigo na ESA.

Pensava eu que estava incógnita!
(E outros gritos.)

Hoje partilho este excelente texto da Teresa Martinho Marques, mais conhecida na blogosfera por 3za, retirado da sua casa http://tempodeteia.blogspot.com/
É um pouco longo mas vale a pena ler, atentamente, até ao fim. São as nossas mágoas, desabafos, espantos, incompreensões, escritas e registadas algures na blogosfera.

"Como recentemente não fui opositora a nenhum concurso do ME... nem preenchi nenhuma aplicação onde deixasse os meus dados... escapei do SPAM propagandístico que tem corrido as caixas de correio electrónico de muitos colegas meus.
Acabou-se hoje a minha imunidade...
A minha escola, a pedido do ME, suponho, fez-me chegar o dito SPAM com muito conforto, carinho e simplicidade... Duas mensagens longas que já conhecia da blogosfera e que nem comento.

Digo apenas que nada se alterou. Se a situação era caricata antes... agora é indescritível. O tempo gasto a produzir mil e tal despachos de simplexificação em vez de pensar tudo outra vez, ou de pensar em coisas que ajudem realmente a melhorar a educação neste país, assusta-me. Aceitar isto é levar a opinião pública a constatar os dizeres tantas vezes colados a nós de que afinal "o que tu queres sei eu!"... não ser avaliado ou ser assim mais ou menos mas com muito conforto e simplexidade que é quase tão bom como uma espécie de classificação administrativa... foi por isso que andaste por aí a reclamar em manifestações e tal... já conseguiste o que querias... pronto... acabou-se a luta!
Basta ler as propostas emanadas para perceber o esvaziamento de todo o sentido... a perfeita acefalia que reina... O que vamos fazer?

Se se vier a confirmar a redução da componente lectiva como cenoura para os avaliadores terem tempo de andar a preencher papéis e atrás de nós... sentir-me-ei ofendida. Nenhum dos meus projectos o merece e, este ano, o meu Clubito a desoras, com três sessões semanais (duas de 45 minutos e uma de 90) fora de tempo, já conta com 58 alunos... Ando completamente estoirada, porque é uma sobrecarga imensa equiparável a actividades lectivas (trazendo muito TPC de manutenção do blogue, de acompanhamento dos projectos e de comentário e estímulo aos membros)... Guardarei para mais tarde a reflexão sobre o rebuçado dado às tarefas dos avaliadores que o merecem mais do que as tarefas dedicadas aos alunos.

Afinal este mérito todo dos excelentes professores titulares vai afastá-los cada vez mais da possibilidade de o usarem ao serviço dos alunos, da educação e dos resultados estatísticos! Paradoxo interessante: quanto mais mérito tens, mais capacidade científica e pedagógica apresentas (que nem precisa de ser avaliada... claro... só vão servir para fazer o trabalho pouco claro da tutela), mais avaliador te tornas e menos tempo tens para os alunos. Ficaremos apenas nós, pobres professores sem mérito para chegar a titulares, ou progredir nas carreiras, a cuidar das crianças. Ora... se somos menos bons... menos capazes e tal do que quem nos avalia e supervisiona... como será possível vir a melhorar os resultados da educação afastando a frota dos "melhores" para avaliar colegas e colocando no activo a tomar conta das criancinhas apenas os "piores" coitaditos sem lugar, sem cargo e sem terra? Eu arriscaria dizer (como disse ao presidente do meu Departamento na Faculdade que me convidou em 1985 para ficar como docente por lá, usando o argumento de que eu tinha boas notas demais para ir para o ensino e que o ensino estava feito para atrasados mentais) que os mais bem preparados e vocacionados têm de ser colocados a trabalhar com os alunos para que o ensino possa melhorar! Como desperdiçar esse potencial pedagógico e científico, essa vocação específica, em papéis e funções que não nos competem? Essa foi uma das razões que me fizeram não aceitar o convite da Universidade e partir para a aventura do ensino dos mais pequenos, recusar dois anos depois o convite para ir para uma ESE (das melhores que conheço, com quem tenho cooperado, onde se encontram pessoas excepcionais e de elevada competência que admitiria muito mais facilmente me acompanhassem num processo de avaliação) e, agora, recusar ser titular.
Todos são necessários, mas podem estar mais vocacionados para a educação de adultos, a formação de profissionais, a educação das crianças... ser Professor tem todas as cores... até as da coordenação e liderança. Seguindo a vocação que nos orienta o caminho, completamos a nossa preparação comum com o crescimento profissional e académico em certas áreas... Então por que razão a divisão neste formato proposto pelo actual ECD? Eu optei pela proximidade dos alunos, deverei ser penalizada por isso num ECD que vê tudo a preto e branco? Já ocupei todos os cargos na escola (excepto os do CE), tenho a experiência e a certificação da entrega em qualquer tarefa com sentido, mas se me obrigam a optar, que alternativas tenho de oferecer os meus préstimos à escola em diferentes momentos e nas várias qualidades?

Já não quero ouvir falar deste modelo de avaliação com ou sem conforto. O problema que me move, e sempre me moveu nesta luta, persiste: afinal quem são os avaliadores? Que critérios de mérito curricular ou profissional os colocaram nessa posição?
Resposta simples: nenhuns. Só por acaso alguns possuem genuinamente essa formação profissional e científica que os habilita a tal... os outros são todos iguais a mim: boas pessoas mas pronto... incapazes de avaliar colegas... iguais ou melhores do que eles...

E cada vez mais, de remendo em remendo, pode ser avaliador qualquer pessoa... com ou sem título, desta ou doutra escola, assim ou assado... uma festa! Se podemos ser todos avaliadores, por que diabo insistem em ter a carreira partida em duas, com base em critérios perfeitamente absurdos que não premiaram qualquer espécie de mérito e se fizeram em toalha de mesa de restaurante com umas contas mal amanhadas a tinta de esferográfica saída da traseira de uma orelha?

Desta forma não. Recuso-me a ser avaliada por pares, sobretudo pares a quem não reconheça superioridade de conhecimento, capacidade ou desempenho pedagógico e científico na docência e na formação e avaliação de docentes (e isso vê-se em duas aulitas???). Não é nada contra os colegas a quem saiu a rifa premiada... é pelo facto de serem avaliadores acidentalmente, num jogo viciado à partida.

O que está podre é a raiz das coisas. Isto é uma anedota triste e não consigo sequer compreender como chegámos aqui. Por que razão ainda nos damos ao trabalho de discutir o que não pode ser discutido. Um modelo assente em coisa nenhuma. Um modelo com ar por baixo. Um modelo tipicamente português, muito ao estilo desenrasca, porque todos temos habilitações para fazer tudo e assim somos todos amigos e pronto, uma mão lava a outra que nunca se sabe bem quando está um em cima e o outro em baixo. Tudo vai ficar... não na mesma, mas muito pior.

O que contesto está muito a jusante. Este modelo de avaliação que coloca a faca e o queijo nas mãos de PCEs e colegas, sem que se perceba por que razão estarão habilitados a tratar da minha avaliação, ocupados que andam enredados em tanto papel quem nem tempo têm para acompanhar ou conhecer o que faço, é apenas uma consequência aberrante de um ECD que já devia ter desaparecido de cena se houvesse vergonha genuína.

Não baixo os braços. Este modelo de ECD é que não serve e por isso a forma de Avaliação assente nos erros em que se sustenta, também não.

Dia 3, dia 11...
Até às últimas consequências."
A Vergonha das Ciências Sociais

Paulo Granjo - Antropólogo e investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa em antropocoiso.blogspot.com faz a avaliação da socióloga.

A Vergonha das Ciências Sociais

"Como em qualquer actividade, há cientistas sociais geniais, bons, medíocres e maus.
Mas uma coisa se espera de qualquer pessoa que tenha feito licenciatura, mestrado, doutoramento e uma carreira académica respeitável, mesmo que sem produções científicas particularmente salientes, numa disciplina como a sociologia:
Espera-se que integre em si o ethos e instrumentos de análise da actividade profissional e intelectual que é a sua, e que isso faça parte da forma como olha a realidade e reage a ela.
Ao confrontar-me com um acontecimento, sou incapaz de despir, do meu olhar e interpretações daquilo que vejo, o facto de ser um antropólogo - não só de formação como de prática, que veio reforçar e aprofundar essa formação. (Da mesma forma que, ao fazer antropologia, sou incapaz de despir a minha experiência de vida e aquilo que ela implica em termos de valores, emoções e perspectivas.)
Posso olhar para os acontecimentos de forma mais criativa ou "quadrada", mais aprofundada ou ligeira, mais inteligente ou limitada, mas nunca como se nunca tivesse ouvido o BêÁBá da minha profissão.
Por isso, quando uma ministra que fez carreira como socióloga decide afirmar, em resposta a uma manifestação de 120.000 professores (80% de todos os professores e educadores de infância do país!) que eles não querem é ser avaliados, não está apenas a revelar má-fé, leviandade e desrespeito pelos actores da área social que lhe cabe gerir. Com essa análise e afirmação, está também a cuspir na sua disciplina científica e a envergonhar as ciências sociais.
Cumprimentos"

Nota - Com os meus agradecimentos à Elsa C que me enviou este texto. :)


Greve Nacional - 3-12-08

Lembrete.
Não vá haver gente distraída nesta altura do campeonato!
Lembrete.
Está nas tuas mãos. Não fiques de fora.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Petição

E aqui vai mais uma. Desta feita dos Pais e Encarregados de Educação dirigida à Sr.ª Ministra da Educação.
Lê e assina, se concordares. Eu já assinei.

http://www.petitiononline.com/minedupt/petition.html
DGRHE

Mesmo em casa, no recato do nosso lar e com direito já a descanso, não escapamos a estes mails que mais parecem de um vendedor de banha da cobra.

Comprem, comprem esta ADD!!! Comprem antes que venha a ASAE e leve tudo!

Exmo.(a) Senhor(a) Professor(a)

"Prestam-se as seguintes informações relativamente ao processo de avaliação de desempenho dos docentes: Um modelo de avaliação de desempenho que não prejudica nenhum professor

Com a classificação de Bom, para a qual não existem quotas, estão garantidas condições para uma normal progressão na carreira.
As classificações de Excelente e Muito Bom aceleram o ritmo da progressão. Neste ciclo avaliativo eventuais efeitos negativos decorrentes das classificações de Insuficiente ou Regular estão suspensos e sujeitos a confirmação posterior. Assim, este modelo protege os professores, dando-lhes condições mais vantajosas que à generalidade dos funcionários públicos, que não adquirem automaticamente condições de progressão com classificações isentas de quotas. Neste período transitório existe uma vantagem adicional para os professores, que decorre da não aplicação de efeitos das classificações negativas.(...)

E o texto lá continua dentro do mesmo teor propagandístico!

Ainda sobre o Meu Portefólio


Reflexos - Oásis de Fint - Arredores de Ouarzazate - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Ainda sobre o Meu Portefólio

Hoje de manhã deixei uma conversa a meio na ESA. Não gosto. Detesto coisas interrompidas. Acabo-a aqui mesmo para que fique escrita e não se perca no ar.

Para esclarecer algumas dúvidas que ainda pairam dentro de algumas cabeças aqui deixo todos os esclarecimentos sobre o meu portefólio e a sua publicação na página da minha escola. E para esclarecer a situação duma vez por todas tenho de recuar no tempo, ao ano de 2007, data em que frequentei uma acção de formação com o Valente em que, entre outras coisas, aprendi a fazer este blogue e o funcionamento das plataformas moodle. Grande parte dos meus recursos em PowerPoint, à data, estavam já feitos, e foi aqui que trocámos as primeiras impressões sobre onde alojar os materiais já produzidos. Estava fora de questão alojar as minhas apresentações na plataforma da escola, entretanto surgida na sequência desta acção, porque se esgotaria várias vezes a capacidade de alojamento da dita. Teria de ser então numa página pessoal.
Logo que as aulas acabaram e fiquei um pouco mais livre de trabalho na ESA, dediquei-me à realização da minha página de recursos, a primeira que realizei. E pareceu-me a mim que, sendo eu professora na ESA, ficaria bem partilhar o meu trabalho pessoal, isolado e absolutamente solitário, de preparação das minhas aulas de História, um pouco materializado na minha página pessoal de recursos, na página da minha escola já que integro o seu corpo docente. Falei com o Pedro, administrador da dita página, no sentido de o questionar sobre a pertinência da colocação duma hiperligação que ligasse as duas páginas. E o Pedro achou que fazia todo o sentido e procedeu em conformidade. Devo confessar que jamais me ocorreu que o Pedro colocasse o link para a minha página web na página de abertura da ESA e devo igualmente confessar que quando me deparei com a dita logo na abertura do site da ESA fiquei assustada. Não por mim, que continuo a mesma, sempre com os dois pés assentes no chão, a deslocar-me de tacão raso, e já com a minha página publicada e partilhada com o Mundo, mas pelas bocas que poderiam surgir sobre se me estaria a armar em professora que trabalha muito. :) Aqui chegados convém confessar que não sinto qualquer necessidade de me armar e convém também não esquecer que sim, sou uma professora que trabalha muito para os seus alunos e que sempre fiz esse trabalho com muito gosto, e que não me sinto minimamente envergonhada por isso. Coloquei ao Pedro as minhas dúvidas e apreensões, e sugeri que talvez o local mais adequado fosse o departamento. Que deixasse estar na página de abertura, retorquiu o Pedro, que a hiperligação estava muito bem na primeira página, que até a valorizava e que era a coisa mais interessante que por lá se encontrava no meio de tanta aridez. Ok, Pedro, assim seja. Ficaria assim por uns tempos.
Devo esclarecer que este procedimento do Pedro, administrador da página da ESA, não suscitou à data, e tanto quanto pude observar, qualquer tipo de reacção, nem boa nem má, registei apenas uma absoluta indiferença. E aqui chegados convém frisar que era a hiperligação para a minha página de recursos que abria mesmo a página da escola, ou seja, estava no início e não no fim, como aconteceu agora com o meu portefólio digital. Esta hiperligação por lá ficou durante dois ou três meses, até que foi colocada na página do meu departamento, onde ainda hoje se encontra.
O procedimento do Pedro relativamente ao meu portefólio digital foi exactamente o mesmo, apenas com a variante já referida anteriormente de a hiperligação não abrir mesmo a página como acontecera com a página de recursos, e assim sendo a hiperligação por lá ficou de Setembro até meio da semana que agora finda, encontrando-se agora no seu local natural acompanhando a minha página de recursos, no sítio do meu departamento.
Então, pergunto-me eu, porquê tanto alarido? E ao procurar uma resposta só encontro uma alteração de 2007 para 2008 e essa alteração chama-se Avaliação do Desempenho Docente.
E lamento. Lamento que não haja uma visão esclarecida e madura sobre o que é isto de partilhar trabalho, sobre o que é isto de não guardar o meu trabalho a sete chaves, só para mim própria, e lamento que quem partilha e que quem coloca o seu trabalho à disposição dos outros possa ser confundido com exibicionista. :) Lamento ainda que a partilha possa ser confundida com falta de humildade porque é exactamente o seu contrário. :) E lamento tudo isto porque partilhar é apenas partilhar. :) Aprendi esta lição de vida com os meus farmacêuticos, ainda ontem escrevi isto, e esta questão teve já direito a variadíssimos posts neste blogue, por ser basilar daquilo que eu sou, daquilo que eu quero ser.
E amanhã deverei ser melhor do que hoje sou.
Percorro um caminho e não me desviarei dele. As pedras que encontro, e que me travam a caminhada a cada passo, apanho-as e reutilizo-as dando-lhes utilidade, pavimentando o chão por onde depois me desloco. Faço isto constantemente na Barca. Faço isto constantemente nas várias dimensões em que se divide a minha vida.

Nota final - Olhando para o trabalho por mim desenvolvido nas minhas duas páginas pessoais publicadas na net fiquei a pensar se seria uma mais-valia para mim, enquanto docente, o facto de estarem duas hiperligações do sítio da escola para os meus sítios. E cheguei à conclusão que não considero ser este facto minimamente enriquecedor para a minha actividade docente ou até para a pessoa particular que sou. Tal facto é-me absolutamente indiferente. Nem me aquece, nem me arrefece, como é costume dizer-se.
Pelo contrário, considero ser uma mais-valia para a escola onde eu trabalho que a sua página web contenha estas duas hiperligações para as minhas páginas pessoais porque enriquece o seu património pedagógico que se alarga a pais e encarregados de educação que por lá naveguem. Tomara que todos os professores tivessem:
1 - Trabalho original elaborado e vindo de um tempo em que este trabalho não era absolutamente nada valorizado e em que se trabalhava unicamente por amor à profissão.
2 - Vontade e disponibilidade para assumir os riscos duma partilha, pouco comum entre nós.
E não, não me desviarei do caminho por mim traçado. Mandem as bocas que mandarem.
Tenho dito.

Assinado: Miss PowerPoint ou ainda, para quem preferir, Menina do Portefólio.
Luísa Tavares Rodrigues

Uma das intervenientes do Prós e Contras desta semana. O alinhamento não deixa margem para dúvidas. Clique duas vezes sobre o vídeo e confira a origem. Ok. Todos nós já sabíamos.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Arminda Soares

Uma das intervenientes do Prós e Contras desta semana. O alinhamento não deixa margem para dúvidas. Clique duas vezes sobre o vídeo e confira a origem. Ok! Ok!
Todos nós já sabíamos!

Comunicado da Plataforma

Só a suspensão do actual modelo de avaliação pode desbloquear situação de profundo conflito do ME com os professores

A Plataforma Sindical dos Professores reunida hoje, dia 27, em Lisboa, saúda todos os Professores e Educadores que, ao longo da semana, se têm manifestado nas capitais de distrito, destacando o facto de, apenas com a realização das acções previstas para o norte e centro do país, já terem participado cerca de 55.000 docentes. Confirma-se, assim, o elevado grau de mobilização dos professores portugueses que reivindicam um outro rumo para a política educativa, a revisão do estatuto da carreira docente e a suspensão do actual modelo de avaliação.
Entretanto, de norte a sul do país, o Ministério da Educação, através das respectivas DRE's, tem vindo a promover reuniões com órgãos de gestão das escolas e professores avaliadores dando orientações para a aplicação de um diploma legal que ainda não existe e cuja "negociação" apenas se inicia amanhã, sexta-feira, dia 28. É lamentável, embora reincidente, esta postura antinegocial e antidemocrática do ME!

Pressões sobre os órgãos de gestão

Nestas reuniões, estão a ser exercidas pressões sobre os órgãos de gestão para que estabeleçam prazos para a entrega dos objectivos de avaliação pelos professores, estando implícito um clima de ameaça que decorre de, sobre a mesa, estar um projecto que prevê a avaliação dos presidentes dos conselhos executivos pelos directores regionais de educação.
Mas os professores, nas escolas, independentemente dos cargos que exercem e das funções que assumem, não se deixam intimidar e mantêm a exigência de suspensão do actual modelo de avaliação!
Os professores sabem que a simplificação proposta pelo Governo, para este ano, tem um objectivo principal: aplicar um modelo de avaliação, ainda que muito distorcido, que assenta na divisão da carreira em categorias e na medição do mérito por quotas. E, por essa razão, não se deixam enganar e rejeitam a simplificação.
E sabem, também por isso, que mesmo que todos se candidatassem às menções de "Excelente" e "Muito Bom", 75% dos candidatos, por força da aplicação das quotas, ficariam de fora.
Os professores estão unidos, coesos, fortes, esclarecidos e conhecem as consequências que o modelo de avaliação tem na qualidade do ensino, sabem como afecta o seu desempenho e como se reflecte negativamente nas aprendizagens dos alunos.
É esta exigência de suspensão que as organizações que compõem a Plataforma Sindical defenderão, amanhã, no ME. Caso este continue insensível aos apelos dos professores, à realidade das escolas e às posições sindicais, a luta continuará já no próximo dia 3 de Dezembro com a realização da que se prevê seja uma das maiores greves de sempre realizada pelos professores e educadores portugueses!

A Plataforma Sindical dos Professores 27/11/2008

A Minha Mão Dirigindo-se à Manif de Lisboa
Fotografia de João Abreu ou de João Arteiro :)
Quem me ajuda? Clapiiiiiiinho?!!!!!

Basta!

Ex.mo(a) Sr.(a) Encarregado(a) de Educação

Os professores do seu educando estão a viver um momento muito conturbado na escola, em consequência das políticas educativas impostas pelo Ministério da Educação e pelo Governo, nomeadamente o processo de avaliação do desempenho docente que tanto mal está a fazer às escolas, aos professores e aos alunos.
Com efeito, as actuais políticas educativas degradaram as condições do exercício da actividade docente e têm vindo a transformar as Escolas e o processo educativo num acto burocrático de tal forma complexo, que os professores passam a maior parte do tempo a preencher papéis e a realizar reuniões que não trazem quaisquer efeitos positivos sobre a qualidade da Educação e sobre o desempenho profissional dos docentes. Bem pelo contrário! São inúmeros os professores que já pediram a sua reforma antecipada, assumindo os prejuízos financeiros desta sua decisão, por força do esgotamento a que estão sujeitos e da impotência para se dedicarem àquilo de que mais gostam e que é a razão de ser da sua profissão: os alunos e o sucesso educativo!
No que diz respeito ao processo de avaliação do desempenho dos docentes, todos reconhecemos a sua importância para garantir uma Educação e uma Escola Pública de Qualidade. No entanto, consideramos que o modelo de avaliação imposto pelo Ministério é inaplicável, injusto, perverso e, em vários pontos, ilegal.
É um modelo de avaliação que tem consumido muito tempo dos professores. Um tempo precioso para preparar as suas aulas e toda uma série de actividades que visam proporcionar a formação integral dos alunos e a melhoria das suas aprendizagens. Nada disto nos tem sido possível fazer! Não nos têm permitido ser professores!

Caro(a) Encarregado(a) de Educação

É por tudo isto que 120 mil docentes se manifestaram no passado dia 8 de Novembro em Lisboa e que estão envolvidos em outras lutas. Porque se sentem atingidos na sua dignidade profissional e humana, porque defendem os superiores interesses da Escola Pública, porque estão verdadeiramente empenhados na melhoria das aprendizagens dos seus alunos, os professores estão dispostos a continuar a lutar no intuito de reconquistar o direito de voltarem a ser professores.
Por tudo isto, esperamos ter do nosso lado aqueles a quem mais interessa que a Educação neste país seja valorizada e não espezinhada: os Pais e Encarregados de Educação.

Obrigado pela atenção dispensada,

Os professores e Educadores

Nota - Texto distribuído aos alunos, à saída da ESA, hoje mesmo pelas 16:40.

Agora Basta!

De facto os pais e encarregados de educação são também parte interessada em tudo o que se está a passar em Portugal no domínio da Educação. E será bom que todos tenham consciência que as nossas reivindicações vão muito para além da hiper complexa avaliação do desempenho docente. Reclamamos estabilidade legislativa, reclamamos contra a lotaria que foi o concurso para titular, reclamamos contra programas completamente desajustados às cargas lectivas das disciplinas e que parecem não incomodar absolutamente nada a Tutela, reclamamos condições de trabalho condignas, reclamamos mais exigência no processo de ensino-aprendizagem... Do que conseguirmos sairá uma Escola Pública fortalecida e de mais qualidade ou, pelo contrário, uma Escola Pública dirigida unicamente a um segmento da população que, não tendo recursos, não terá outras alternativas. Considero que o Governo da Nação tem responsabilidades que não pode descartar e que uma das suas responsabilidades é promover um ensino de qualidade para todos: ricos, pobres, gordos, magros, altos, baixos, brancos, de cor, portugueses, estrangeiros... Os interesses dos privados, a expandirem-se no ramo educacional, não se podem estimular à custa de um esvaziamento constante da qualidade do ensino público. Não aceito, jamais aceitarei a guetização da Escola Pública, muito embora reconheça que ela para aí caminha, a passos largos, devido às políticas erradas emanadas da 5 de Outubro. O Ministério da Educação devia ser um organismo diminuto que estabelecesse currículos nacionais decentes, que os há indecentes como é o caso da História do 3º Ciclo!, promovesse os exames e pouco mais. Ao invés, é um monstro que tudo quer controlar e formatar segundo as suas ideologias e convicções, que vão mudando segundo os humores dos sucessivos ministros e secretários de estado que por lá vão passando.
Agora basta! Basta de nos achincalharem chamando-nos chantagistas, medrosos, incompetentes, preguiçosos, faltosos, professorzecos e outros mimos que tais. Basta, que paciência tem limites.
E aqueles que encaixam neste perfil, muito poucos convém frisar, continuam a assobiar para o lado, à espera que a maré vaze, enquanto quem trabalha no duro, quem está no terreno por paixão, e nada de confusões com as paixões dos nosso primeiro!, vai acumulando feridas insanáveis devido aos maus tratos consecutivos da Tutela.
Agora basta! Basta, que paciência tem limites.

Manif - Praça da Liberdade - Porto
Fotografia de Elsa Cerqueira

Histórias Pitorescas

Esta foi passada no dia 25 de Novembro de 2008, nada de confusões com o outro!, durante a manifestação da Invicta.

Orgulhosamente agarrada à faixa que jamais larguei e onde está impresso, a preto sobre fundo branco, Escola Secundária de Amarante, ouço no meio da manifestação um colega que pergunta "Sois da Escola Secundária de Amarante? Onde está a Anabela Magalhães? A Anabela Magalhães?"
Pois eu continuava lá, muito agarradita à dita faixa e respondi, com uma voz esquisita que tenho andado afónica por estes dias, "Aquiiiii! Aquiiii!"
E o Henrique, vim a saber depois o seu nome, lá me disse que estava à minha procura porque conhece os meus escritos aqui no bloguito e queria dar-me os parabéns pelo dito. E de seguida chamou a mulher, professora de História, minha cliente da página de recursos em PowerPoint, e lá nos apresentou. E por ali ficámos a conversar, três "desconhecidos" tão próximos, irmanados na mesma luta.
É. A blogosfera tem destas coisas e provoca aproximações inesperadas ao virar de cada esquina. As palavras que trocámos, meigas e entusiasmadas, encheram-me de orgulho pelo trabalho já desenvolvido e que, modestamente, partilho na Net, apenas e só porque considero ser essa a atitude correcta, atitude essa que aprendi a observar, a admirar e a seguir com os farmacêuticos que me rodeiam e me enriquecem os dias.
Obrigada farmacêuticos meus.


Programa de Festas - Continuação

E hoje será a vez dos chantagistas de Lisboa e arredores sairem à rua.
Os professores não páram. Os ataques foram e continuam a ser demasiado graves.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

É Só Broncas!!!

Conselheiros do Porto pedem a demissão do presidente do Conselho das Escolas.

Lê e ouve de viva voz.

http://ww1.rtp.pt/wportal/informacao/noticias_audio/index.php?pagina=2

E acabei de receber agorinha mesmo este mail que partilho por me parecer importante.

CONFIRMAÇÃO: NÃO HÁ NOVA POSIÇÃO DO CONSELHO DAS ESCOLAS

Já fui contactado por diversos membros do Conselho das Escolas e confirma-se: não há nova posição sobre a avaliação. Não foi nada votado. O Presidente do Conselho das Escolas desligou o telemóvel e está incontactável. Há muita indignação em muitos presidentes de conselhos executivos por haver um claro abuso do ME neste processo.

Mário Nogueira
Pré-Aviso de Greve às Aulas Assistidas de 3 a 18 de Dezembro

Ao Ministério da Educação
Ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
Ao Ministério da Saúde
Ao Ministério da Defesa Nacional
Ao Ministério da Justiça
Ao Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas
Ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional
A todos os órgãos e serviços da Administração Pública
Aos Institutos Públicos com Autonomia
À Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo
À Associação dos Colégios com Contrato de Associação
À Associação Nacional de Ensino Profissional
À Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
À União das Misericórdias Portuguesas
À Secretaria Regional de Educação e Formação da Região Autónoma dos Açores
À Secretaria Regional dos Assuntos Sociais da Região Autónoma dos Açores
À Secretaria Regional de Educação da Região Autónoma da Madeira
A todas as entidades interessadas

PRÉ-AVISO DE GREVE

GREVE COINCIDENTE COM A REALIZAÇÃO DE AULAS ASSISTIDAS PARA EFEITO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
[De 3 de Dezembro a 18 de Dezembro]

Nos termos da Lei, apresenta-se o Pré-Aviso de Greve, de acordo com o seguinte calendário:

Das 0H00 de 3 de Dezembro às 24H00 de 18 de Dezembro de 2008

Este Pré-Aviso abrange todos os docentes de todos os níveis e graus de educação e de ensino (AVALIADORES E AVALIADOS), com excepção do ensino superior, no que às aulas assistidas para efeitos de avaliação do desempenho diz respeito, de acordo com os seguintes fundamentos.

Os docentes abrangidos rejeitam:

A estratificação artificial e administrativa da carreira em duas categorias – Professores e Professores titulares;
Um modelo de avaliação do desempenho que não é justo, não é exequível, não é cientificamente rigoroso, que assenta os seus princípios nos resultados e não no processo de desempenho, que é bloqueador do funcionamento das escolas e que, não premiando o mérito absoluto dos docentes, visa atingir, exclusivamente, objectivos economicistas;
A existência de barreiras artificiais no ingresso e na progressão na carreira;
Horários de trabalho desligados da realidade do funcionamento das escolas, pedagogicamente incorrectos e que constituem um bloqueio das condições de trabalho de professores e educadores.

E repudiam a arrogância e a teimosia política do Ministério da Educação e do Governo, que revelam incapacidade para interpretar as evidências que resultam da acção e da luta dos docentes portugueses, de que a Manifestação Nacional de 8 de Novembro, as centenas de escolas que suspenderam a avaliação do desempenho e o reconhecimento, pelos conselhos executivos, da necessidade urgente de suspender o processo, são um sinal inequívoco. Esta atitude compromete o processo de ensino e as aprendizagens dos alunos.

· Em defesa de uma profissão digna, capaz de cumprir o papel social que aos docentes está atribuído;
· Exigindo uma negociação efectiva de todas as matérias relacionadas com o Estatuto da Carreira Docente referidas;
· Opondo-se à concretização do maior ataque desferido contra a Escola Pública e os Professores e Educadores…

A ----------------------------------------- convoca uma Greve em período coincidente com aulas assistidas para efeitos de avaliação do desempenho entre as 0H00 do dia 3 de Dezembro e as 24H00 do dia 18 de Dezembro de 2008.

Lisboa, 24 de Novembro de 2008
DGRHE

Estava à espera deste mail. Cá está ele, contendo os "esclarecimentos" da Tutela.

Exmo(a) Sr(a) Professor(a)

Nos últimos dias vieram a público algumas informações incorrectas relativamente à aplicação de gestão do processo de avaliação de desempenho, que importa esclarecer:
1. Nesta fase do processo de avaliação de desempenho esta aplicação garante que todos os docentes possam fazer chegar de forma mais ágil e individualizada as suas propostas de objectivos ao respectivo avaliador, como, aliás, foi solicitado quer por escolas quer por professores.
2. O acesso às diferentes áreas da aplicação está limitado aos respectivos intervenientes nas diferentes fases do processo, em cada escola.
3. O avaliador apenas acede aos seus dados e aos objectivos dos seus avaliados.
4. Os avaliados apenas acedem aos seus dados individuais.

Por fim, face a boatos que circulam sobre um eventual bloqueio da aplicação, informa-se que a inserção sucessiva de palavras-chave incorrectas não tem qualquer impacto na aplicação.
Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação.


In Jornal de Notícias de Hoje

Governação Trapalhona

O modelito foi mal concebido e nasceu de parto mais do que trapalhão. Está agora um cadáver putrefacto e quanto mais se mexe nele mais fede.
Parece que agora a avaliação da componente científico-pedagógica só se fará a pedido, para quem desejar ser avaliado com Muito Bom ou Excelente. E, de alteração em alteração, o modelito tresanda!


In Jornal de Notícias de Hoje

Rodrigues em Grande Plano

Sim, e a pressão é, como deixou claro Mário Nogueira, suspensão de um modelo que parece já uma renda de bilros mais do que esburacada!


Programa de Festas

E hoje à noite sairão à rua os chantagistas da região Centro.
Os do Norte acompanhar-vos-ão em espírito. :)

Manif - Praça da Liberdade - Porto
Fotografia de Elsa Cerqueira

Inaplicável

Kakakakaka... já só me dá vontade de rir! Esta equipa ficará na História como a equipa mais trapalhona que algum dia ocupou as instalações da 5 de Outubro.

Volta Maria do Carmo, estás perdoada!

"Inaplicável. Professores dos cursos do recorrente foram incluídos na avaliação de desempenho do ensino regular, mas perguntam como podem ser avaliados por parâmetros que não se aplicam ao tipo de formação dada a alunos adultos. Questão sem resposta por parte do Ministério da Educação Sindicatos defendem fichas adequadasIsabel (que prefere resguardar-se de possíveis pressões atrás de um nome fictício) dá aulas a adultos do ensino recorrente na Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz. A leccionar apenas nos agora chamados Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA), a professora questionou a escola sobre os critérios que vão reger a sua avaliação de desempenho. A resposta recebida aplica-se a cerca de dez mil docentes de Centros de Novas Oportunidades (CNO) e EFA: os conselhos executivos não sabem que instrumentos utilizar na avaliação destes professores, por não reunirem muitos dos parâmetros avaliados no ensino regular. Escolas e professores têm as mesmas dúvidas: "Como aplicar o critério das notas dos estudantes contarem para a avaliação dos professores, quando os alunos dos EFA não têm notas, mas apenas o reconhecimento de competências", interroga-se Isabel. Mas a professora da Secundária Padre Alberto Neto questiona também de que forma se vai "avaliar se os alunos cumprem o programa, quando não existem programas no ensino recorrente". Ou então, qual será, no futuro, o peso do abandono dos alunos na avaliação dos docentes do recorrente, "quando sabemos que são alunos em horário pós-laboral, que estudam em condições difíceis". Dúvidas que o DN tentou esclarecer junto do Ministério da Educação, de quem não recebeu resposta até ao fecho desta edição. Ao que o DN apurou junto dos sindicatos do sector, além destas colocam-se outras questões em relação aos professores que dão aulas nos CNO. "Não é fácil adequar o sistema de avaliação regular a docentes que não têm turmas constituídas e que não podem estabelecer objectivos sobre quantos alunos vão passar, por não saberem durante quanto tempo lhes vão dar aulas", argumenta António Anes, sindicalista da Fenprof que acompanha a área. Todas estas questões já tinham sido colocadas pelos sindicatos nas reuniões de acompanhamento da aplicação do processo. "Se a aplicação do modelo já é difícil no ensino regular, as dificuldades avolumam--se na avaliação dos docentes dos CNO e EFA, embora tudo aponte que estes professores tenham de ser avaliados pelo mesmo modelo", reconhece António Anes. O sindicalista conclui que a avaliação destes professores só será possível se "forem criados indicadores, instrumentos de recolha e fichas adequadas ao ensino recorrente". Medidas que ainda não foram concretizadas pelo Ministério da Educação. "À luz destas informações, só podemos dizer que não vamos poder ser avaliados, com as consequências inerentes". Isabel resume, desta forma, o sentimento da maioria dos cerca de dez mil professores que leccionam nos Cursos de Novas Oportunidades e nos de Educação e Formação para Adultos."

Por PEDRO VILELA MARQUES
in:DN de 26 de Novembro 2008

Fonte http://dn.sapo.pt/2008/11/26/sociedade/dez_professores_criterios_avaliacao.html



Manifestação - Avenida da Liberdade - Porto
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Participações

É sempre uma honra sair à rua aconchegada por milhares de colegas professores irmanados na mesma luta.
Se me tivessem dito há uns anos atrás que eu iria viver um momento com estes contornos, já patológicos, na Educação, protagonizados por um governo dito de socialista, eu garanto que não teria acreditado. Nem nos meus piores pesadelos imaginei, por um segundo sequer, ter de andar em manifestações quase aos cinquenta anos, lutando contra um governo autista, arrogante e de baixo nível. Mas o que é facto é que lá tive de ir mais uma vez para a rua, muito embora adoentada, porque considero que estamos num ponto de viragem, porque considero que estamos num tudo ou nada e que agora, mais do que nunca, não podemos baixar a guarda e temos de remar todos para o mesmo lado, sem hesitações, sem permitir que se abram fendas ou brechas entre nós.
Considero que o que está em jogo é demasiado grave e implicará alterações, para o bem ou para o mal, que se repercutirão por muitos e muitos anos no nosso dia a dia. Se queremos tranquilidade na docência é altura de a pôr em ebulição agora, porque este governo não escuta as palavras, milhares de vezes repetidas, e por isso só nos resta endurecer a acção.
E a próxima batalha será ganha por nós se fecharmos as escolas públicas deste país, de Norte a Sul, no próximo dia 3 de Dezembro. É só o que eu espero. Ter notícias de que as escolas fecharam para que a tutela não se ponha com bocas foleiras, com mas e com ses e se aproveite de situações dúbias. Terá, pois, de ser um sinal claríssimo ao ministério, ao governo, ao país.
Não espero outra coisa.
Margarida Moreira - Importa-se de Repetir?

Igual a ela própria.

Ah! E por se falar tanto disto... afinal quem pressiona quem? Importa-se de repetir?

Nota - Margarida Moreira foi brindada, na Praça da Liberdade, com a mais monumental vaia da noite de 25 de Novembro de 2008.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1049538

terça-feira, 25 de novembro de 2008




Manif - Praça da Liberdade - Porto
Fotografias de Elsa Cerqueira

Manif - Porto

Excelente manifestação com muita gente mobilizada a encher a parte baixa da praça da Liberdade. Pelos meus cálculos fomos pelo menos 10 mil manifestantes a fazerem-se ouvir, alto e bom som, no coração da Invicta, nesta noite absolutamente gélida.
A Zé G, a nossa sindicalista de serviço, deu uma entrevista para a TSF, e a cada vez mais irrequieta Elsa C trepou para o palco para chegar à fala com o Mário Nogueira. A rapariga não passou sem lhe dar a sua opinião sobre o Prós e Contras de ontem. Mas é que a Elsa tinha mesmo que lhe dar a sua opinião. Xiiiiiiiiiii! Que alívio!!!!! Ficou dada.
Mário Nogueira, esse, fez o discurso da noite.
É isso aí, Mário, "Sem suspensão não há negociação".
E sem dúvida que estás coberto de razão quando dizes que de cada vez que a sr.ª Ministra fala põe mais 10 mil professores na rua.
É que o rio não pára de crescer e o caudal já transborda nas margens ameaçando tudo submergir.
A ver vamos como terminará tudo isto.


A Caminho - Algures entre Amarante e Porto
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

E aí vamos nós...
E o Prémio Revelação vai para?????!!!!!

Albino, da Confap.
O processo de avaliação está parado nas escolas, diz o Albino!!!
UAUUUUUU!!!! Conseguiu "ver" finalmente! UAUUUUU!!!!
Disparates III

O ambiente nas escolas é péssimo desde o início do ano, é verdade, mas daí até se afirmar que se vive um ambiente de terror!!!!!!
Vou ali e já venho, Fátima!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Disparates II

A primeira intervenção do Pedreira foi "brilhante"!
A Avaliação do Desempenho dos Professores é necessária para que os alunos possam passar, para que os alunos possam ter sucesso escolar! Lá está a velha teoria do Ministério de culpar os professores pelo insucesso dos seus alunos!
Disse-me o A "A vossa sorte é que eles são mesmo fraquinhos!! :)
Os Chantagistas

É já amanhã, quer chova quer faça sol, que os chantagistas voltam à rua. As manifestações ocorrerão em todas as capitais de distrito do Norte de Portugal.
Irei à manifestação do Porto, em horário pós laboral para não prejudicar o trabalho com os alunos. Eu e a maioria dos meus colegas chantagistas da ESA temos um encontro marcado com outros chantagistas de outras escolas da região, a que não podemos faltar, na Praça da Liberdade, no coração da Invicta.
Lá estaremos! Até lá!

Disparates I



Sofá

O A enviou-me esta sugestão de sofá para a casa nova da Sr.ª Ministra.
O design é moderno e original, de aspecto extraordinariamente confortável, e achei-o deveras adequado à personalidade em questão.
Conselhos gratuitos, só nos bloguitos!
É só aproveitar!

domingo, 23 de novembro de 2008



Prós e Contras

O que nos opõe às políticas de Maria de Lurdes Rodrigues?
É já amanhã. Não perca.
Nota - Com os meus agradecimentos à Maria Eduarda que me enviou esta fotografia do cartaz mais original da Manif de 8 de Novembro.


Manif - Porto

É já na próxima terça-feira. Da ESA partirá mais de uma camioneta em direcção à Praça da Liberdade. O descontentamento nas escolas não pára de crescer e aumentar.

Faremos ouvir, alto e bom som, o nosso desagrado.

Tâmega - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Cidadania Responsável (Com Atraso)

Tenho andado talvez demasiado envolvida nesta luta de professores que abracei por inteiro, porque a encontro justa e certa, contra uma Tutela que perdurará na História por certo como "A Incompetente". A minha dedicação a esta causa fez-me descurar um pouco outros assuntos igualmente importantes, de que aliás já falei neste blogue. O meu irmão fez-me o favor de me relembrar. A minha sobrinha Inês reforçou. :)
Assim, hoje é dia de deixar um apelo aos meus leitores. Leiam o Manifesto. Leiam a petição e juntem-se a nós na salvaguarda de rios que são nosso património comum.

"Em face da brutal acção política do Governo contra o Tâmega/Olo e as suas populações, contida no «Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico», e da manifesta incapacidade reconhecida nos órgãos do poder local (câmaras e assembleias municipais) em se oporem a tal investida, um grupo alargado de cidadãos dos concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto, tomaram em mãos a iniciativa de agir contra a acção vil e mercenária de alienar os caudais dos rios Tâmega e Olo às eléctricas ibéricas EDP, S.A. e IBERDROLA, S.A., visando obstar que as populações do Baixo Tâmega se vejam espoliadas de um dos bens naturais mais preciosos de nossa região.
Deste modo, foi criado o «Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega», o qual tem as suas bases programáticas para esta acção expostas em «Manifesto» próprio, o qual pode ser consultado em

http://cidadaniaparaodesenvolvimentonotamega.blogspot.com/,

de onde é possível aceder à «Petição Anti-Barragem - Salvar o Tâmega e a vida no Olo» colocada em

http://www.petitiononline.com/PABA/petition.html."

Eu já assinei, assina tu também .

sábado, 22 de novembro de 2008

Petição - Mais Uma

Desta vez contra a ilegal aplicação informática para lançamento dos objectivos individuais e pela demissão da ministra.
Lê e assina, se concordares.

http://www.petitiononline.com/naime/
Proposta dos Profs de Ponte de Lima

A proposta dos Prof`s de Ponte de Lima é para que no dia da greve nacional nos concentremos logo pela manhã do lado de fora de cada escola do concelho e que depois, a pé ou de carro, consoante as distâncias, nos dirijámos até à Câmara Municipal onde permaneceremos em luta contra uma política educativa que nos trouxe aqui, onde estamos agora.
A ideia é fazer greve e ir à escola, a ideia é fazer greve e, mais uma vez, sair à rua fazendo ouvir a nossa voz, fazendo ouvir o nosso descontentamento.
E talvez até preparar um documento simples para esclarecer a população das razões da nossa luta.
Confesso que achei a sugestão excelente. A greve terá assim muito mais impacto do que se cada um de nós se remeter ao recato do seu lar.

Merzouga - Marrocos
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Importa-se de Repetir?

"Trabalhadores, serviços e dirigentes que não estejam com a reforma serão trucidados."

Castilho dos Santos, secretário de estado da administração pública

Propositadamente escrevi secretário de estado da administração pública com letra bem pequenina e garanto ser este o tamanho mais pequeno permitido pelo blogger. Gostaria de poder utilizar uma letra bem mais insignificante e medíocre for forma a aproximar-se da pessoa que proferiu tais declarações perfeitamente obscenas. Como o meu objectivo não foi inteiramente cumprido auto-avalio-me com um - Vá lá, o mais importante aqui foi a intenção!
Proposta II

Com tanto corta, rasga, modifica, altera, esfrangalha, volto a propor que Maria de Lurdes Rodrigues se inspire em Jean Paul Gaultier. Criatividade para além de q.b., irreverência a rodos, sugiro-lhe este estilista como inspirador para a saída do buraco onde propositadamente se enfiou.
Quero um modelito de Avaliação do Desempenho pelo menos assim elegante, pelo menos assim belo e atractivo.
E continuo a rejeitar o saco de batatas, ou de boxe, que MLR nos quer impor.



Lembrete

A lista afixada na sala de professores da minha escola não pára de crescer. Desta vez o trajecto é bem menos violento e estaremos muitíssimos na Praça da Liberdade, no Porto, depois de um dia inteirinho de trabalho. Cansados por um trabalho estupidamente burrocrático, cansados pelo esforço de prejudicar o menos possível os nossos alunos, lá vamos nós, em horário pós-laboral, mostrar a nossa indignação a uma ministra que ainda não percebeu uma coisa tão simples e elementar, que ainda não percebeu o que é estar a mais numa sala, numa escola, num ministério, num país.
Maria de Lurdes Rodrigues está a mais e já exala um cheiro fétido.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

AFINAL…..O ANÚNCIO DO SIMPLEX!

Excelente artigo públicado no Umbigo. Aqui deixo o link para o blogue de Paulo Guinote, o blogue mais frequentado pelos professores portugueses.

http://educar.wordpress.com/

"Estupefacta, mas não surpreendida.
Como milhares de professores, ontem ouvi a sra. Ministra:

Afinal…é possível reduzir burocracia…!
Afinal…são muitas as fichas…!
Afinal…alguns procedimentos são inviáveis…!
Afinal…há parâmetros que ainda não se sabe como podem ser quantificados para serem medidos/avaliados…!
Afinal…há horários sobrecarregados…!
Afinal…há avaliadores que não podem avaliar avaliados…!
Afinal… afinal…!
Imaginem-se depois de dar uma aula, na aula seguinte enfrentar uma turma para lhes dizer que…
Afinal… o princípio teórico exposto antes estava errado…!
Afinal …a solução prática ensinada não podia ser aquela…!
Afinal… aquele conteúdo não era para aquela turma…!
Afinal.. aquele manual não era o adequado…!
Afinal… aquela ficha de trabalho não era para aqueles conteúdos…!
Afinal …aquela ficha de avaliação não era para aquele momento…!

Afinal… o que andam os professores a gritar na rua desde antes de 8 de Março?

Afinal…a sra. Ministra conhece ou não conhece os decretos que assina?
Afinal … a sra. Ministra lê ou não lê para além das evidências ?
Afinal…a sra. Ministra escuta ou não escuta os seus interlocutores?
Afinal… a sra. Ministra não disse o que disse?
Afinal …a sra. Ministra fez ou não fez declarações na comunicação social na tarde de 8 de Novembro?
Afinal..afinal…afinal…?

Afinal…a solução para os problemas existe!
Afinal…os ministros todos juntos encontraram a solução!
Afinal…a montanha pariu um rato!
Afinal…já todos conhecíamos a solução – SIMPLEX!
Afinal…nada de novo!
Afinal…faça-se o mesmo que se fez aos professores contratados no ano passado!
Afinal…vai ser melhor que o ano passado: vão ser avaliados todos os que quiserem ser, com direito a Excelente, Muito Bom …e tudo!

Sra. Ministra,
Amélia Rei Colaço celebrizou a frase “As árvores morrem de pé!”

A diferença, afinal…é que as árvores têm pé!"

Fátima Fontinha
20 de Novembro de 2008
 
Creative Commons License This Creative Commons Works 2.5 Portugal License.