terça-feira, 31 de março de 2009
Mário Bragança
Hoje comecei o dia pelas oito e pouco da manhã, às voltas com a papelada da minha direcção de turma, e daí em diante foi sempre a abrir até às quatro e meia da tarde, com reuniões encadeadas umas nas outras e um intervalito para almoçar.
Hoje sem lanchar, lá voltamos ao mesmo de ontem, eu e a minha parelha do costume, Teresa Mafalda de seu nome! Eu escovo a acta daqui, a Teresa Mafalda puxa lustro dacolá, pelo meio atende não sei quantas chamadas, acolá ainda tem uma mancha que precisa de escova e lustro e eis que terminamos tudo, tudinho, perto das 8 da noite.
Na sala de professores arrastavam-se ainda outras almas penadas, às voltas com actas e afins, e eis que entra uma colega com um ar super tristonho.
- Não acredito! Tenho um furo! Tive de telefonar ao meu pai e ao meu marido para me virem mudar o pneu que eu não o sei mudar!
Pois o mulherio presente nem que quisesse podia ajudar também não tem habilidade para a coisa. Ainda se fosse uma acta!
E pergunta o Mário Bragança, único homem presente naquela sala de professores, que por acaso é de Chaves e que ainda lá deve retornar esta noite para tornar a vir amanhã de manhã:
- E donde vem o seu pai e o seu marido?
- De Vila Real! - informa a colega com o ar mais infeliz do mundo fazendo-me até lembrar daqueles desenhos animados da minha infância em que um pintainho chamado Calimero personificava a própria infelicidade e azar.
O Mário sorriu.
- Vá lá! Telefone lá aos seus familiares para não virem que eu mudo-lhe o pneu!
O meu colega Mário Bragança, que por acaso não é de Bragança mas de Chaves, e que ainda hoje lá voltará, prontificou-se a descascar esta amêndoa de Páscoa, apesar da hora tardia, contribuindo para o meu alento nesta fase final do segundo período, e para a crença na grandeza do Ser Humano.
Obrigada, Mário, pelo teu cavalheirismo, dedicação, profissionalismo, sensatez, ponderação, competência, solidariedade e simpatia.
E tenho dito.
Mas digo mais...
Milú, Milú, o que sabes tu?
Teresa Mafalda, a Mágica
Foi um dia para esquecer, o que acabou há pouquinho. Reuniões de manhã e de tarde, vá lá que tive tempo para almoçar... cinco horas da tarde, reuniões acabadas, hora da Coca-Cola Light, e toca de comer o meu pãozito quase seco, acompanhada de uma meia de leite feita quase só de leite, sentadita a aproveitar o sol na esplanada do bar lá da escola. O dia até parecia promissor. Não há dúvida... parecia.
Sim, Teresa Mafalda, vamos lá aos polimentos da acta.
A Mafalda arregaça as mangas e toca de atacar a dita cuja, que nunca mais de me sai das mãos tantos casos especiais e super especiais tenho de referir.
Quase sete horas da tarde, acta quase quase pronta e... ops!
Teresa Mafalda, tu não sabes que és mágica?
Teresa Mafalda, tu não sabes que não deves trabalhar na pen?
Pois. E agora? E agora?!
Ops! Acta toda para o galheiro!
Nooooo problem! - Sentencia a Mafaldinha.
Chama-se imediatamente um técnico da E. B. 2/3 de Amarante que, qual 112 informático, e depois de muita volta, lá nos conseguiu recuperar o texto base da acta. Nada mau!
Nada mau?! Após o passe de mágica da Teresa Mafalda são agora nove da noite e nós estamos exactamente onde estávamos às cinco e trinta da tarde!
Vai daí hoje bati todos os recordes. Acabei de jantar agorinha mesmo e amanhã tenho outro filme de reuniões desde as oito e trinta da manhã!
A ver vamos se pelo menos a magia acabou!
domingo, 29 de março de 2009
Obscenidades
E o que dizer do que foi publicado e chegou às bancas no passado dia 26 de Março com a Visão?
Um dos recortes, digitalizado para este blogue, é uma notícia pequenina saída na página vinte e sete que faz referência ao salário de craque de Vitorino... não, não é do cantor Vitorino que estamos a falar! É mesmo do Vitorino ps!
E depois de ler estas notícias fiquei eu a matutar cá com os meus botões...
Este mundo está perdido? Os Estados são obscenos, povoados por muita gente obscena? Não têm vergonha na cara? Não será imoralidade a mais? Até quando este forrobodó mundial vai continuar? Os apertos quando chegam não chegam para todos? Por que tive eu de ficar com salários congelados não sei quantos anos e progressões na carreira idem aspas aspas com a desculpa da crise? Por que carga de água hei-de eu ficar estancada pouco mais que a meio da minha carreira como docente enquanto estes senhores continuam a assobiar para o lado e ninguém se lembra de os meter nos eixos? Por que é que enquanto as jogadas financeiras proporcionaram lucros fabulosos não houve nenhuma alma caridosa que se lembrasse de distribuir os rendimentos cá pela populaça e agora se lembram de distribuir os prejuízos? Por que temos nós, gente trabalhadora de todo o mundo, de pagar a crise? Até quando reinará a imoralidade de que vamos sabendo aqui e ali?
Parece-me que chegou o tempo e a hora de colocar um ponto final a práticas pouco éticas sob pena de estarmos a incendiar um rastilho que conduzirá a um imenso barril de pólvora.
Invasões Francesas
Passam hoje precisamente duzentos anos sobre a tragédia de que tantas vezes ouvi falar em miúda e que terá provocado a morte a milhares de pessoas.
A Tragédia da Ponte das Barcas, acontecida no Porto a 29 de Março de 1809, ficou gravada na memória colectiva das gentes aqui do Norte e por diversas vezes escutei os relatos impressionantes da minha avó Luzia que me reproduzia esta história ouvida, em tempos recuados, a familiares. E a versão que a minha avó contava era que a população, aterrorizada face ao avanço das tropas napoleónicas, tentou a fuga para Gaia através da Ponte das Barcas, única travessia possível à data. Ora a ponte, frágil, não teria aguentado o peso de milhares de pessoas em fuga o que teria provocado a tragédia agora evocada. E a minha avó falava das mulheres e das crianças, mortas por afogamento, com o verdadeiro horror de quem assistiu à desgraça, mesmo se não foi o caso.
Foi o tempo da 2ª Invasão Francesa, comandada pelo marechal Soult.
Porto, Penafiel, Vila Meã, Amarante... não faltou muito tempo para os franceses entrarem por aqui adentro, entrarem bem no coração da velha e nobre vila de Amarante, de rompante, incendiando, destruindo, roubando e pilhando quase tudo à sua passagem.
Parece que já se anunciam na calçada da minha rua!
Já os ouço lá ao longe!
sábado, 28 de março de 2009
Sêmea
Sêmea - Padaria Pardal - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Sêmea
Não é que me tenha esquecido desta promessa feita à Elsa D... hoje quando a fui comprar, como sempre faço ao sábado logo após o meio-dia, voltei-me a lembrar do post prometido, para depois pensar em fazê-lo mais tarde, quiçá pedindo ao sr José para me deixe fotografar os fornos de lenha onde esta senhora é cozida, no Marco de Canaveses.
Todas as semanas tenho um bom naco da dita reservado na Padaria Pardal pois de outro modo chegaria lá com ela esgotada. Pelo caminho, subindo a ladeira do casco antigo até casa, ataco a côdea da sêmea e venho a saboreá-la assim mesmo, lentamente, absolutamente sem nada. E passo o fim-de-semana ao ataque.
Depois é ver as minhas bóias laterais a crescer... a crescer... de tal forma que, se por azar cair no poluído Tâmega, é só deixar-me ir boiando... decerto chegarei à foz do Douro sem problemas de maior!
Para vos abrir o apetite, partilho a fotografia da crosta da sêmea que ainda me resta, tirada agorinha mesmo, a pedido de várias famílias.
Bon appétit!
Petição
Esta "petição pela responsabilização efectiva das famílias nos casos de absentismo, abandono e indisciplina escolar" foi lançada esta semana e pugna por alterações ao nível da legislação. Os pais têm de ser responsabilizados pelo absentismo, pelo abandono escolar, pela indisciplina, pelas agressões que os seus filhos cometem.
Lê e, se concordas, assina.
Eu já assinei. Sou a 1194.
http://www.peticao.com.pt/responsabilizacao
Nota - Obrigada, Maria Almeida.
Escola Pesadelo
Escola Pesadelo
Preocupante. Cada vez mais preocupante.
In http://educar.wordpress.com/2009/03/28/quotidianos-2/
Inspecção
28 Março 2009 - 00h30
Educação: Inspecção-Geral está a inquirir professores e alunos
Ovos à ministra em investigação
A Inspecção-Geral da Educação está a investigar o caso dos ovos atirados à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, a 11 de Novembro do ano passado, em Fafe.
Até ao final desta semana foram ouvidos mais de três dezenas de professores e alunos, sobretudo da escola secundária da cidade, de onde terá saído o maior número de manifestantes.
Na escola ninguém quis prestar declarações sobre o assunto, mas o CM sabe que os alunos têm apenas de dizer se estiveram ou não na manifestação e que os professores têm de responder a quatro perguntas.
'Esteve na manifestação? No turno da tarde daquele dia estava na escola a cumprir horário? Assinou o livro de ponto? Marcou falta aos alunos?', foram as questões colocadas.
As respostas dos docentes são registadas numa folha própria para o efeito, que é depois assinada pelos interrogados.
Mas, para além dos inquéritos, os inspectores estão a passar a pente fino muita documentação relacionada com as actividades daquele dia, nomeadamente os livros de ponto, no sentido de verificar se os depoimentos coincidem com o registado.
A manifestação de Fafe foi a primeira em que foram lançados ovos contra a titular da pasta da Educação. A partir dessa altura, a cena repetiu-se, tal como anteontem, em Felgueiras.
Secundino Cunha
Pois, a cena repetiu-se em Felgueiras. Não me espantaria se no decurso deste ano assistissemos a mais cenas deste género contra a ministra da Educação ou contra outro ministro qualquer, nacional ou estrangeiro, em solo nacional ou estrangeiro, já que as pessoas estão a ficar fartas da actuação destes políticos que nos saíram na rifa neste início do século XXI.
Gostaria que a reacção aos casos de agressão à integridade física dos professores se pautasse pela preocupação maior de resolução do problema.
Gostaria que sempre que ocorre um caso grave de agressão a um professor, dentro ou fora dos estabelecimentos de ensino, viesse a terreiro um dos elementos do trio. Em primeiro lugar para prestar apoio à vítima que é agredida no decurso do exercício da sua profissão. Em segundo lugar para frisar que não há crime sem castigo.
Ora o que é que eu vejo? A Tutela calada, nem uma palavrinha aos "coitados dos professorzecos"!
Já o disse neste blogue e repito - acredito na Educação pelo Exemplo. Mas quando o exemplo que vem de cima é o da irresponsabilidade e o da bandalheira o que devemos esperar destes putos ao deus dará?
Vejo o futuro da minha profissão com grande preocupação.
Hora do Planeta
sexta-feira, 27 de março de 2009
A Grande Lata!
Estes políticos têm uma lata que parece não ter fim!
Quando tudo piora, quando o aumento da criminalidade aumenta a olhos vistos, quando a sentimos bem ao pé da nossa porta... o que é que diz a tutela?
Pois! Os resultados são muito maus em 2008 porque em 2007 foram muito bons!
Olha o desplante! Olha a falta de vergonha na cara!
Marcha de Montanha
Marcha de Montanha
A Marcha de Montanha da ESA realizou-se hoje. Ainda me inscrevi pois a vontade de realizar um percurso à beira rio, que eu não conheço, era imensa, mas não consegui ir. O trabalho é avassalador, o tempo não dá para tudo e fiquei na ESA a trabalhar de manhã e de tarde.
Nunca uma marcha de montanha teve tão poucos professores inscritos e isso é sintomático do cansaço que se apoderou de todos nós neste final do segundo período. O tempo de facto não chega para tudo e os miúdos ficam a perder com professores que se arrastam desanimados e cansados pela Escola. Foi aqui que o trio nos trouxe. Podem ter orgulho na obra que está tal qual a cara deles!
A marcha teria corrido muito bem não fora o acidente de mota do Clapinho. Pelo que sei não foi nada de inspirar cuidados de maior, duas costelitas, disseram-me, muito embora a sua ida para o Vale do Sousa me inspire sempre preocupação com o rapaz.
Aproveito para lhe desejar rápidas melhoras, que ele faz-nos muiiiiiiiiita falta na ESA.
Nota - O cartaz da Marcha de Montanha é da lavra do Júlio Cunha e está especialmente atractivo e bonito.
Estavas inspirado rapaz! Parabéns.
Ainda o Post "Teresa Mafalda"
Fui habituada desde que me lembro a dizer obrigada e a pedir desculpa sempre que as circunstâncias o exigem mais ou menos ao de leve. Sei que há gente para a qual estas duas palavras são inexistentes e parece-me até que cada vez há mais gente desta.
O que eu escrevo aqui no Anabela Magalhães é sempre genuíno, reflectindo a pessoa genuína que sou, com os meus defeitos e as minhas virtudes e a minha vontade de fazer mais e melhor a cada dia que passa. Não escrevo o que não penso, não escrevo sob encomenda, não retiro o que ficou dito lá atrás.
Por vezes sento-me aqui em frente ao computador e digito um post previamente pensado e estruturado, outras vezes sento-me sem saber o que escrever e o post como que se insinua na minha cabeça numa torrente impossível de conter e eu teclo, teclo tudo o que me vai na alma e me sai pela pontinha dos dedos, registando pensamentos, reflexões, constatações.
Sei que o post "Teresa Mafalda" surpreendeu agradavelmente muita gente, assim como anteriormente o post Elisabete, Ester Cabral, Helder Barros, Glória Bento e outros da mesma linhagem surpreenderam.
A Jesuína, hoje pela manhã, agradeceu-me o post de lágrimas nos olhos, emocionada, pela homenagem que eu fui capaz de fazer a uma colega de trabalho, a uma amiga do peito, que eu respeito e admiro e de quem gosto muito especialmente por ser uma "alma boa". E de quem ela gosta também especialmente.
Sei que não é comum elogiar frontal e publicamente um colega. Sei disso, mas não concordo com a atitude. Por isso remo contra a maré, porque tenho a certeza que as pessoas devem ser reconhecidas pelo trabalho que desempenham, principalmente quando dão o litro muito para além do seu horário normal, principalmente quando o fazem de forma dedicada e empenhada, dando o seu suor e lágrimas para que tudo termine em bem com estes putos que nem se apercebem destes trabalhos, quantas vezes inglórios!, mas também quantas vezes com resultados excepcionais.
Tenho para mim que se as pessoas se apoiassem umas às outras seríamos todos muito mais felizes no nosso local de trabalho e na nossa vida privada também.
Pudesse esta avaliação de professores potenciar esta atitude de entreajuda mas o que eu já estou a ver na ESA, com estes meus olhinhos castanhos, são atitudes absolutamente inacreditáveis para seres humanos dignos desse nome.
Assim, continuarei a remar contra uma certa maré que parece abater-se agora sobre nós, potenciando o conflito e as atitudes desrespeitosas entre colegas.
Assim continuarei a dizer obrigada à Teresa Mafalda... e a todos os que tornam os meus dias mais felizes numa escola complicada até dizer chega!
Todos o Gozam
Mas é que todos o gozam.
Vejam este "Nós por cá" que me foi enviado pelo MUP e que me tinha escapado por completo.
Obrigada ao Ilídio Trindade.
Ver a publicação original AQUI:
quinta-feira, 26 de março de 2009
Ramiro Marques e o Anabela Magalhães
Hoje fui surpreendida pelo Ramiro pedindo-me para lhe enviar um pequeno texto sobre o meu blogue para ele postar no http://www.basedadosramiro.com/, uma base de dados sobre movimentos e associações de professores, dados estatísticos e legislação escolar.
Assim fiz e elaborei este pequeno texto que já lá está postado e pode ser visto em http://www.basedadosramiro.com/2009/03/blog-da-anabela-magalhaes.html
A minha inspiração está assim meio para o desinspirada e o que me saiu foi o que aqui vai...
"O blogue Anabela Magalhães, escrito e editado por uma mulher do Norte, apelidada pelo Ramiro de “A voz livre da Escola Secundária de Amarante”, nasceu em Fevereiro de 2007 sob a preocupação maior de construção de um espaço de liberdade, dedicado à troca de opiniões, à reflexão e à partilha de experiências e saberes.
Identificam-se duas fases distintas: a inicial, mais intimista e introspectiva, com textos que reflectem as vivências da autora no campo pessoal e profissional e esta fase última em que a escrita se caracteriza agora por uma cada vez maior intervenção política resultante da evolução, negativa, da política nacional, nomeadamente da política educativa.
O blogue é actualizado diariamente com textos onde a ironia e o sentido de humor da autora estão presentes."
Mentirosos
Os nossos governantes continuam na senda daquele ministro iraquiano que à vista de todos mentia descaradamente e com quantos dentes tinha!
Acabou mal, o tipo.
Estes mentirosos também não acabarão bem.
Teresa Mafalda
Orquídeas - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Teresa Mafalda
Eis que chegou o dia de fazer uma justa homenagem a uma alma muito boa que se abriga na minha Escola, Teresa Mafalda de seu nome, representante da Educação da CPCJ na ESA, e nas escolas dos arredores, que a sua acção estende-se por todo o Concelho de Amarante.
A Teresa Mafalda vestiu o seu papel como quem parte para uma missão e é vê-la, incansável, imparável, a acudir fogos aqui e ali, uns apagados à nascença, outros de tal forma assustadores e bravos que, perante eles, mais nos apetece desistir antes mesmo de começar. A todos ela deita água, presumo que benta, e lá vai ajudando aqui e ali, dando o corpo ao manifesto, numa actividade sem fim. Temos muitas actividades juntas tentando apagar fogos na minha direcção de turma, nunca desistindo, insistindo, insistindo, tentando levar os alunos a bom porto mesmo quando eles não se apercebem da importância da coisa, mesmo quando os pais se demitem por completo das suas funções de educadores e baixam os braços desistindo dos seus filhos antes mesmo de nós desistirmos dos filhos deles.
Partilho com a Mafaldinha uma turma dos CEF, partilho aquelas instalações do NAE, tantas vezes ocupadas pelas duas em simultâneo, tantas vezes acompanhadas pela Luísa de que falarei noutro post, por alunos, por pais e mães, e técnicos daqui e dali, até já lhe partilhei o almoço, em reuniões de trabalho, que nem a almoçar a rapariga tem paz e sossego, partilho conversas no msn, pela noite dentro, em que combinamos reuniões, estratégias para agarrar os touros pelos cornos e tourearmos nós para não sermos toureadas e em que invariavelmente dizemos uma à outra "Estou rota!"
Hoje pela manhã, na ESA, dizia eu ao Helder Barros, abraçadinha à Mafalda: "Helder, estás a olhar para os dois Cristos da Escola Secundária de Amarante!"
"Pois, pois, vocês têm mas é um caso!" - retorquiu ele a rir!
Um caso.... um caso... antes tivéssemos! O problema é que nós temos vários casos e todos ao mesmo tempo!
Por tudo o que já ficou dito quero aqui deixar o meu reconhecimento público à Teresa Mafalda, pelo apoio quase diário que me presta, e deixar aqui os meus agradecimentos a uma colega que com o tempo se tornou uma verdadeira amiga.
É que a Teresa Mafalda é corajosa, trabalhadora incansável, sensível, lutadora, disponível, boa alma, solidária... bonita por fora e, mais importante, bonita por dentro e eu amo gente assim. Pudesse eu dizer o mesmo de todas as almas que habitam a ESA! Mas não posso!
Sei que sem a Teresa Mafalda os meus dias seriam incomparavelmente mais pobres e, por isso, aqui lhe deixo um enormesco beijo e umas orquídeas para lhe alegrarem o fim-de-semana que agora se avizinha.
Ah! E o Ministério da Educação não a merece!
Não a merece de todo!
quarta-feira, 25 de março de 2009
Mensagem ao Meu Sindicato
Chega! A Caminho de Lisboa...
Fotografia de Clap ou Arteiro?
Mensagem ao Meu Sindicato
Estou de saco cheio com tamanha incompetência e irresponsabilidade.
Quero espatifar esta ADD. Quero espatifar esta equipa que em má hora colocou os pés na 5 de Outubro vai para quatro anos. Uma eternidade penosa e desgastante.
Quero espatifar tudo com o mesmo entusiasmo e alegria quanto a colocada ao espatifar as minhas mãos na Barca.
Já o disse e repito... estou de saco cheio!
Quero fazer greve por tempo indeterminado nem que tenha de comer côdeas de pão bolorento!
Chega!
Página da Sapo
"O Ministério da Educação entregou uma resolução fundamentada para impedir a suspensão do concurso de colocação de docentes. Mas o secretário de Estado Valter Lemos garante que não irá «deixar passar em claro a atitude irresponsável dos sindicatos» que tentaram suspender o processo."
In http://www.sapo.pt/
Retribuo o mimo que estes senhores nos deixaram hoje, apertados que foram pelos deputados da oposição... "coitadinhos"... "coitadinhos"... encostados contra a parede só sabem ameaçar!
O que é bom! Quanto mais ameaçarem mais têm a classe contra eles!
"Com uma linguagem agressiva, o secretário de Estado de Maria de Lurdes Rodrigues acabaria por referir-se aos professores que contestam a avaliação como "coitadinhos", apontando o dedo à Oposição, a quem acusa de apenas se preocupar com os docentes que não cumprem a lei."
In http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Jorge-Pedreira-acena-com-estagnacao-na-carreira-aos-professores-que-nao-cumprirem.rtp&article=210237&visual=3&layout=10&tm=9
Última Hora
Parece que quem se iniciou nestas lides de forma incompetente sairá destas lides de forma incompetente.
Educação
Providência cautelar suspende concurso dos professores
Por Margarida Davim
O Tribunal Administrativo de Lisboa aceitou uma providência cautelar interposta pela FENEI/SINDEP que suspende o concurso de colocação de docentes. O Ministério da Educação nega a suspensão
O concurso de colocação de professores está suspenso provisoriamente. A notícia está a ser avançada pela FENEI/Sindep, que esclarece, em comunicado, tratar-se do resultado de uma providência cautelar aceite, esta quarta-feira, pelo Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa.
O sindicato explica que a acção foi interposta para «repor a legalidade», de forma a que «não haja professores prejudicados nas suas colocações, numa altura em que o ME diminuiu, flagrantemente, o número de docentes nas escolas».
Em causa está o novo regime de recrutamento para as escolas integradas nos Territórios Especiais de Intervenção Prioritária (TEIP), que permite a cada estabelecimento de ensino contratar directamente os professores, sem recorrer às listas graduadas do concurso nacional.
«Aquando do aviso de abertura do concurso de professores, o SINDEP verificou que as vagas das escolas TEIP tinham sido excluídas do concurso, em prejuízo dos professores a que a elas podiam ter concorrido», lê-se no comunicado enviado às redacções.
O sindicato sublinha ainda que o período de negociação desta nova forma de recrutamento de docentes está ainda a decorrer, algo que considera tornar a situação «irregular».
Contactado pelo SOL, o Ministério da Educação garante que «é falso que o concurso esteja suspenso».
No entanto, em declarações ao SOL, o presidente do SINDEP, Carlos Chagas, assegura ter em sua posse um despacho «que suspende a eficácia do acto de abertura do concurso».
Carlos Chaga diz, no entanto, acreditar que esta suspensão pode não durar muito tempo: «Cabe agora ao Ministério dar uma resposta, que até pode ser a de declarar a utilidade pública do concurso».
Na prática, Chagas admite que o concurso esteja suspenso até que seja publicada a lei que regulamenta os concursos para as escolas TEIP – cuja negociação acaba amanhã. «Algo que até pode acontecer dentro de uma semana», avança o sindicalista.
margarida.davim@sol.pt
Anedota
No Alentejo, um autocarro que transportava políticos chocou com uma árvore.
Pouco depois chegou um jornalista e perguntou a um alentejano que estava por ali com uma pá na mão:
-O Sr. viu o que se passou?
-Vi sim senhor. O autocarro com os políticos espetou-se no chaparro.
-E onde estão os políticos?
-Enterrei-os.
-Mas não estava nenhum vivo?
-Alguns diziam que sim, mas o Sr. sabe como são os políticos... Mentirosos!!!!!
Nota - Com os meus agradecimentos à Maria. :):):)
Frase do Dia
"Feliz foi Ali Babá que não nasceu em Portugal e só conheceu 40 ladrões!!!..."
Nota - Com os meus agradecimentos à Elsa C.
Obscenidades
Desdobramentos - Budapeste
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Obscenidades
Já aqui postei sobre a minha direcção de turma, e sobre o tempo absolutamente insuficiente que me atribuem semanalmente para tratar de todos os assuntos correntes que a ela dizem respeito, mais os problemas, quantas vezes complexos, quantas vezes super complexos, que todos os dias surgem, e que todos os dias é preciso resolver.
Eu chamo-me a mim própria o Cristo lá da Escola porque para além deste trabalho, que se veio a revelar muito penoso e desgastante do ponto de vista físico e emocional, carrego a cruz de leccionar cinco CEF, mais duas turmas de 7º ano, e ainda faço substituições e sou escalada para a Sala de Estudo como qualquer outro professor lá da Escola.
O meu protesto face a este horário está já no meu portefólio digital e é público. A par disto informei pessoalmente o Director da ESA, ainda durante o primeiro período, que considerava o meu horário abusivo. Hoje, com o conhecimento que tenho da turma, com o conhecimento que tenho dos vários elementos femininos e masculinos que a compõe, classifico o meu horário de obsceno. Porque o meu horário é como um iceberg, e a sua parte invisível é muito mais penosa do que aquilo que está acima da linha de água.
Ontem entrei na Escola às 8:15, intervalei para almoçar, voltei à Escola e saí já passava das 20:00 horas e dei por mim a passar nove horas e meia bem contadinhas na Escola. O meu dia foi composto de aulas a turmas de CEF, noventa minutos para direcção de turma, um atendimento a uma encarregada de educação pelas dezassete horas e que se sobrepôs a uma reunião semanal dos CEF desta vez com duas encarregadas de educação para resolver problemas complicados em que os professores fazem das tripas coração para salvar uns quantos miúdos meio ou totalmente perdidos, recebendo de agradecimento, quantas vezes!, patadas dos pais e das mães, saí pelas 18:20 para chegar atrasada à minha reunião de grupo que acabou já passava das 20:00. Nos intervalos, pelos corredores, pelas escadas abaixo, na sala de professores sou bombardeada pela direita, pela esquerda, pela frente e por trás com queixas sobre os meus rapazes e raparigas ao ponto de já avisar, quando vejo um colega a vir na minha direcção com cara de poucos amigos "Estás proibido de me fazer queixas do que quer que seja!" Mas lá oiço, claro está, e registo no papel ou na cabeça, que por vezes parece explodir, a ocorrência, para actuação e resolução posterior.
Ontem deixei a L a rir. "Vou fazer o que me disse o A - Peço a demissão do cargo!"
Ainda estou capaz de me rir, mas a minha paciência está no limite e ontem já deixei em acta de reunião de grupo o meu protesto pelos noventa minutos semanais, obscenos, que me atribuíram no início do ano para tratar dos assuntos desta minha direcção de turma.
A qualidade de uma direcção de uma escola manifesta-se também pelo bom senso demonstrado na hora de repartir o serviço. Não sei se noventa minutos são suficientes para uma direcção de turma de um secundário ou de um básico normal. Presumo que para todas as turmas de CEF seja insuficiente porque estas turmas são muitíssimo mais problemáticas do que as ditas normais. Agora uma coisa eu sei, e porque me sai do meu pêlo - noventa minutos semanais para a minha direcção de turma é gozo!
Os meus horários obscenos lá na Escola ficam todos registados porque eu passo cartão na hora de entrar e sair, mas e aqui em casa? Onde registo os horários obscenos que se prolongam aqui em casa? Quem me revê as apresentações em PowerPoint? Quem me elabora os testes? Quem me corrige esses mesmos testes? Quem me corrige os Portefólios de cento e trinta e dois alunos? Quem me elabora as novas apresentações para os CEF? Quem me elabora as Fichas de Trabalho semanal para o meu 7º ano? Quem me faz as planificações diárias? Quem me corrige os trabalhos realizados amiúde na sala de aula e corrigidos aqui em casa? Quem me elabora o meu PCT? Quem me faz as actas de páginas e páginas para as minhas reuniões, porque só eu sei o que tratei em reuniões com a CPCJ, a psicóloga da Escola, a Coordenadora do NAE, o Director da Escola?
Quem faz o meu TPC? Quem faz o meu PTC?
Porque das duas uma - ou me desdobro em infinitas Anabelas Marias ou o meu dia terá que passar a ter quarenta e oito horas bem medidas!
Estou de saco cheio.
Farei chegar o meu protesto escrito ao Coordenador dos CEF sobre este assunto tão pertinente.
terça-feira, 24 de março de 2009
O Contraditório
... que não existiu...
Mas o que não faltam são novas versões para este anúncio polémico já que para além desta versão que aqui deixo postada existe uma outra, realizada pelo Bloco e, palpita-me, não ficaremos por aqui.
Leia e veja aqui http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=130072
Olhó Magalhães!
Fica prometido. Fica prometido! Juro! Agora é que é! O Magalhães será entregue antes da Páscoa.... kakakakaka... kakakakaka... kakakakaka...
A Directora Regional prometeu, está prometido! Kakakakaka...
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1179876
Socratear
(do analfabeto Sócrates)
Verbo totalmente irregular de estranha conjugação.
1 - Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza; disfarçar com a maior cara de pau e cinismo.
2 - Não dar a perceber, apesar de ululantes e genuínas evidências; calar.
3 - Fingir; simular inocência angelical.
4 - Usar a dissimulação; proceder com fingimento, hipocrisia.
5 - Ocultar-se, esconder-se, fugir da responsabilidade.
6 - Atingir sempre o amigo ou inimigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes ele do que eu).
7 - Encobrir, disfarçar, negar sem olhar para as câmaras e nos olhos das pessoas.
8 - Defraudar; iludir.
9 - Afirmar coisas que sabe ser contrárias à verdade; acreditar que os fins justificam os meios.
10 - Viajar com dinheiro público.
Nota - Circula por mail. Agradeço ao Patrício o envio deste novo verbo que se passou a conjugar com este governo liderado por Sócrates.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Campanha Eleitoral
Depois não digam que eu não vos avisei...
Viram o nariz dele a crescer?
Viram?
É um simulacro de político no seu melhor! Um político de p muito, mas muito pequenino...
Gostaria que o meu país fosse governado por Políticos que fizessem Política.
Publicidade ou "Campanha Negra"?
É a primeira vez que publico um post escrito pela Elsa D. Mesmo sem a sua licença não resisti a ampliar esta sistematização de ideias que foram afloradas, algumas, e ficaram soltas em comentários, neste blogue.
O post está brilhante e, no seguimento do pensamento do nosso primeiro, só me resta responder à pergunta deixada no ar pela Elsa D: trata-se, evidentemente, de uma "campanha negra"!
Publicidade ou "Campanha Negra"?
"Recentemente, temos ouvido o nosso Primeiro queixar-se das campanhas negras de que, supostamente, é vítima injustiçada. Esperemos pelo desenrolar dos processos, se é que a montanha da justiça não vai parir uma ninhada de ratos...
Mas, então, que pensar deste spot publicitário? Ora vamos lá prestar atenção à mensagem.
Na fila de trânsito, um automobilista impaciente ouve a rádio, pela qual fica a saber que a causa do engarrafamento é uma manifestação.
E desta vez é contra quê?, pergunta o automobilista. Contra si... contra quem quer chegar a horas, responde a locutora da rádio.
Insinua-se: Coitado de quem quer trabalhar pois que tem contra si os madraços que, a toda a hora, andam em manifestações por tudo e por nada.
Deduz-se: a locutora e o(s) automobilista(s), como bons trabalhadores, não andam nas ditas manifestações, não têm razões de queixa, já que vivem no melhor dos mundos, aqui e agora.
Infere-se a solução a adoptar: vamos lá mas é a acabar com o direito de manifestação que, apesar de consagrado constitucionalmente, só atrasa e lesa o país.
É grave: não só por nele colaborar uma jornalista da Antena 1, paga por todos nós; sobretudo porque estas ideias subliminares vão de encontro às opiniões mais retrógradas, obscurantistas e anti-democráticas que grassam, ainda ou cada vez mais, na sociedade portuguesa.
Estranha-se: que o Ministro da tutela lave as mãos, como Pilatos, e que apenas os partidos da oposição e a CGTP tenham protestado. Que país de brandos costumes!
Apetece dizer: Volta Mário Soares, que estás perdoado!"
In http://olhaiosliriosdacampos.blogspot.com/2009/03/publicidade-ou-campanha-negra.html
Vergonha
Vulnerabilidades?
Reproduzo o texto do Pedro Ivo Carvalho publicado no JN de 20.03.2009.
Por mim.... assino por baixo... sem contenções nem inibições.
A vergonha bate na cara de quem a feriu...
O juízo do juiz
Por mais que tente, por mais que me expliquem, por mais que leia e releia as normas do Código do Processo Penal, não consigo compreender como é que alguém que mata a mulher com seis facadas e o faz em frente à filha da vítima, uma criança de dez anos, consegue a proeza de não ficar em prisão preventiva. Por mais que me esforce, não consigo imaginar sequer o terror em que vive aquela criança ao saber que o padrasto pode visitá-la tranquilamente um destes dias, na Mexilhoeira Grande, Portimão, sabe-se lá com que propósito. Porque nem disso ficou impedido.
Os legalistas acharão a tese populista. Porque nenhum juiz age contrariamente ao espírito da lei. E, como tal, Pedro Frias - o juiz do caso - deve ter tido uma razão muito forte para não ter decretado a prisão preventiva do suspeito de um crime de sangue. Mais a mais, dirão ainda, o novo Código do Processo Penal veio diminuir a capacidade de os magistrados aplicarem a mais gravosa das medidas de coacção.
Desconheço os fundamentos da decisão do juiz Pedro Frias, mas não tenho dúvida nenhuma que o senso comum se inclinará a classificá-la, digamos assim, de demasiadamente permissiva. Porque beneficia o arguido e não a vítima (ou, se quisermos, prejudica duplamente uma criança que perdeu a mãe de uma forma bárbara). Neste caso, aparentemente, o crime compensou: a única obrigação do presumível homicida é apresentar-se diariamente às autoridades. E não ir, já agora, se não for incómodo, para muito longe do sol algarvio.Por que é que isto acontece? Basicamente, porque o arguido soube servir-se bem da lei. Aconselhou-se devidamente com um advogado e, um dia depois de alegadamente ter cometido o crime, entregou-se às autoridades, cortando, assim, pela raiz a hipótese de lhe ser decretada a prisão preventiva com base no risco de fuga. Recebeu uma mera notificação para comparecer no tribunal no dia seguinte, mas só resolveu aparecer dois dias depois. Mesmo assim, o juiz endossou-lhe as chaves de uma liberdade muitíssimo pouco condicionada.
Pedro Frias é o mesmo juiz que não decretou prisão preventiva a um homem que disparou três tiros contra outro dentro de uma esquadra de Portimão, alegando, de acordo com os relatos transcritos nos jornais, que o agressor tinha agido emocionalmente. A vítima, essa, vive agora as emoções como tetraplégica.
Pedro Frias é o mesmo juiz que decretou prisão preventiva a um homem acusado de furtar um telemóvel e é o mesmo juiz que demorou pouco mais de uma hora a também ordenar preventiva ao desequilibrado que roubou um camião em Lagos, matou uma mulher e atropelou outras oito pessoas.
Servem estes exemplos, sobretudo o último, para fazer supor que não se está perante nenhum padrão comportamental e mais perante uma questão de estilo. Mas esta discricionariedade de juízos comporta múltiplos perigos: passa um sinal de impunidade para os criminosos, um sinal de impotência para as forças da autoridade e, mais grave do que tudo, um sinal para as vítimas de que se a lei dos tribunais não acaba com o seu sofrimento o melhor é enveredarem pela menos convencional mas mais certeira lei dos homens. No fundo, fazendo justiça pelas próprias mãos e não pelas mãos dos outros.
In http://magnoliaviva.blogspot.com/2009/03/vulnerabilidades.html
Eu, tal como Guilherme Salem, também assino por baixo desta notícia que me deixou enojada e escandalizada, porque este país é, a cada dia que passa, mais um simulacro de um país do que outra coisa qualquer.
Faz de conta que educa, faz de conta que governa, faz de conta que trata da saúde, faz de conta que exerce a justiça, faz de conta, faz de conta, faz de conta...
E Aqui Vai Mais Uma
E a tutela continua a assobiar para os lados, todos calados como ratos.
Quando actuarão?
Quando morrer um professor?
22 Março 2009 - 00h30
Porto: Incidente ocorreu à porta da escola e foi presenciado por alunos
Professora agredida à dentada por avó
Uma professora de Geografia da Escola Secundária Fontes Pereira de Melo, no Porto, foi anteontem agredida "à bofetada e dentada" pela avó de um aluno de 15 anos, que frequenta o 10º ano do curso profissional de Turismo. A docente vai apresentar queixa à polícia amanhã.
A agressão à docente, de 53 anos, foi presenciada por vários alunos e aconteceu mesmo à porta da escola, quando a professora foi surpreendida pela encarregada de educação. A vítima preparava-se para sair num um passeio de estudo ao Palácio de Cristal.
"A senhora começou a berrar e de um momento para o outro agrediu a minha colega. Deu-lhe duas bofetadas e uma dentada", disse ao CM Paulo Teixeira Sousa, professor de Matemática naquela escola.
Segundo aquele docente, o aluno do curso profissional mantém com a professora de Geografia uma relação tensa. Num dos episódios mais graves, terá mesmo "insultado e batido a porta à professora".
Posteriormente, o aluno foi levado à sala de indisciplina e foi-lhe imposta uma sanção: a suspensão por três dias. A encarregada de educação foi chamada à escola para discutir a situação disciplinar do jovem . "Não aceitou o que a directora de turma lhe disse e afirmou que lhe estavam a fazer a cabeça contra o neto", disse Paulo Teixeira Sousa.
Segundo o CM apurou, este foi o primeiro episódio de violência contra professores naquela escola, onde só há registo de pequenas escaramuças entre alunos e que acontecem esporadicamente.
PORMENORES
AMEAÇAS
Segundo o professor Paulo Sousa, os familiares do aluno de 15 anos voltaram à escola depois da agressão e ameaçaram dar tiros ao porteiro e à professora.
SINDICATO
Abel Macedo, do sindicato de Professores do Norte, afirmou ao CM que se vive uma fase complicada nas escolas, devido "à desautorização dos professores".
VILA DO CONDE
O mesmo sindicalista considera "preocupante" o caso dos dois carros de professores que foram incendiados numa escola de Mindelo.
João Carlos Malta
In http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=1969AC28-67D8-4091-9BE6-BF6B60CF52E1&channelid=ED40E6C1-FF04-4FB3-A203-5B4BE438007E
Vai Ser Assim...
domingo, 22 de março de 2009
Voltar a Cantar
Frente e Verso
Mãos Minhas Digitalizadas
Keane - Somewhere Only We Know
I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my own feet
Sat by the river and it made me complete
Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?
Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
So and if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?
Somewhere only we know?
Camaradagem
Já publiquei este exemplo de transcendência humana. Hoje volto a ele, uma vez que a Elsa C se encarregou de mo relembrar. São estes exemplos maiores do Homem, com letra maiúscula, depois do exemplo amargo, constrangedor, incómodo, chocante, sórdido e imensamente triste do vídeo escolhido contra o racismo que nos deixam com vontade de seguir em frente.
Para iniciar este dia com uma mensagem dupla de esperança na Humanidade.
Um Exemplo Exemplar
"Fiquei emocionada quando vi este vídeo. Dedicação, amor incondicionado: um contra-exemplo."
Eu também, Elsa C. Obrigada pela partilha generosa.
Uma história verdadeira:
Um dia o filho pergunta ao pai:
"Papa, vens correr comigo a maratona?"
O pai responde que sim, e ambos correm a primeira maratona juntos.
Um outro dia, volta a perguntar ao pai se quer voltar a correr a maratona com ele, ao que o pai responde novamente que sim.
Correm novamente os dois.
Certo dia, o filho pergunta ao pai:
"Papa, queres correr comigo o Ironman?(O Ironman é o mais difícil... exige nadar 4 km, andar de bicicleta 180 km e correr 42 )
E o pai diz que sim.
Isto é tudo muito simples... até que se vejam estas imagens... fantástico!
sábado, 21 de março de 2009
Política Nojenta
Quero fazer greve por tempo indeterminado com direito a manifestações gigantescas na capital.
Quero fazer isso contra os meus governantes e a favor do meu país.
Tenho dito!
Mais do Mesmo
Violência sobe para polícias e desce para ministros
Os ministros da Administração Interna e da Educação anunciaram ontem uma descida de 14% nos casos de violência nas escolas e nas imediações. A PSP, no entanto, registou um aumento de 18%.
Para ler mais clique em http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1177550
Provedor de Justiça
Nascimento Rodrigues está de saco cheio. Não admira! Eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada!
Sendo que o eles se refere à gentinha que pulula dentro do ps.
Convém frisar que Nascimento Rodrigues constata o que nunca ninguém antes constatou e dá uma novidade ao país que o dito paralisou de espanto!
Contraponto
Para quando um Estatuto do Aluno decente?
Para quando governantes decentes que não se refugiem em malabarismos estatísticos?
Para quando o ataque frontal a um problema que se agudiza, a cada dia que passa, e cujos casos conhecidos e registados constituem apenas a ponta de um gigantesco iceberg?
Dois carros de professores incendiados, um dentro e outro nas imediações do recinto escolar, e nem uma palavrinha?
Ai que se fossem dois carros incendiados a deputados ou a ministros caía o Carmo e a Trindade!
Mas a continuarmos assim, neste laxismo, lá chegaremos e os políticos não perderão por esperar.
O caldo social está já ao lume.
E perante uma situação que se agrava a "minha" ministra diz preciocidades e banalidades como esta:
"Necessitamos de fazer mais trabalho para acabar com estas situações. Não é aceitável que nas escolas possam ser tolerados estes tipos de comportamento"
Necessitamos?! E se alterasse o Estatuto do Aluno para começar? E se agarrasse, de facto, o touro pelos cornos em vez de assobiar para o lado?
E, não satisfeita, diz mais.
"Em rigor não se pode falar de um aumento"
Está a "minha" ministra a falar dos registos de violência, claro está!
E pronto, são estas as palavras que ficam. Sacode a porcaria para debaixo de um tapete, sacode a m... dos ombros, espalha-a em todas as direcções e pronto.
Meninos e meninas... um, dois, três... ACÇÃO!
E agora leia o contraponto. Na nossa vizinha Espanha, por supuesto!
Condenada por la agresividad de su hijo
La Audiencia de Sevilla encuentra culpable a una madre por su 'laxitud y tolerancia' a la actitud violenta de su vástagoLa Audiencia de Sevilla ha condenado a una mujer a pagar 14.000 euros de multa por una agresión de su hijo en el Instituto de Secundaria en el que estudia. El tribunal considera que la 'laxitud y tolerancia' de la mujer a la hora de educar al menor han motivado el comportamiento violento del adolescente.
La multa pagará el tratamiento para recomponer los dientes de otro menor, compañero de Instituto Castilla de Castilleja de la Cuesta, Sevilla. En el juicio, la mujer intentó desviar la responsabilidad hacia el centro educativo por no hacer 'labores suficientes de vigilancia' de los alumnos, pero la sentencia estima que los adolescentes no necesitan una vigilancia tan rígida, sino que 'la brutalidad e intensidad' de la agresión evidencian 'una falta de inculcación o asimilación de educación y moderación de costumbrse en el agresor para la convivencia en valores'.
La Audiencia confirma así el primer fallo judicial que hablaba de una 'incorrecta educación', que los jueces equiparan a aquellas situaciones en las que los progenitores 'permiten o no se preocupan de controlar que sus hijos no lleven al centro escolar objetos que puedan resultar en sí mismos peligrosos'.
Publicado aqui http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Condenada/agresividad/hijo/elpepusoc/20080322elpepusoc_3/Tes
Recuperado daqui http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/04/condenada-pela-agressividade-do-seu.html
Nota - Obrigada Dudú pela dica.
Olha a Novidade!
Crescem agressões a docentes e alunos
Observatório revela que a maioria dos casos acontece dentro das escolas
00h30m
ALEXANDRA MARQUES
O número de agressões a alunos e professores aumentou no ano lectivo passado, segundo o relatório anual da "Escola Segura". Dados que foram divulgados no mesmo dia em que se registaram mais incidentes violentos.
No ano lectivo 2007/08 ocorreram mais 225 agressões a alunos - passaram de 1092 para 1317, num acréscimo de 20,6% - e mais 21 ofensas corporais ou injúrias a professores (subida de 11,3%) do que no ano lectivo anterior, passando de 185 para 206 casos.
Na apresentação do relatório anual Escola Segura, ontem, em Cascais, a ministra da Educação reagiu à evidência: "Necessitamos de fazer mais trabalho para acabar com estas situações. Não é aceitável que nas escolas possam ser tolerados estes tipos de comportamento", disse.
O relatório revela igualmente que, em 2006/07, 831 escolas reportaram ocorrências. Em 2007/08, foram 1137, mais 306 do que no ano anterior. Isto num universo de 12510 estabelecimentos escolares abrangidos pelo programa Escola Segura.
Relevante para o coordenador do Observatório para a Segurança Escolar, João Sebastião, e dado enaltecido pelos dois governantes presentes - ao lado de Maria de Lurdes Rodrigues esteve o ministro da Administração Interna (MAI), Rui Pereira - foi a redução do número total de ocorrências - de 7028 para 6039.
Menos 989 actos de violência ou indisciplina, numa redução de 14%, que o MAI fez questão de atribuir ao programa que disse ser "o ex-libris do policiamento de proximidade".
A ministra acrescentou que os dados provisórios relativos ao presente ano lectivo indicam que a insegurança nas escolas continua a diminuir.
Destes 6039 casos registados, a esmagadora maioria ocorreu no interior das escolas (4582). Um pouco mais do que em 2006-07, (3533), embora a ministra garanta que não seja sinónimo de que a violência aumentou no perímetro sob a sua tutela.
"Em rigor não se pode falar de um aumento", disse a ministra, porque as escolas passaram a ser responsáveis pelos registos dos casos até às portarias e junto à vedação, sendo natural que os casos fora de muros - que eram exteriores - figurem neste relatório como ocorridos no interior.
O gráfico circular mostrado aos jornalistas - e que consta do relatório - indica caber às forças de segurança (PSP e GNR) a vigilância e o registo das ocorrências nas imediações da escola e no percurso da escola até casa.
Se a ministra realçou o regime dos vigilantes escolares - muitos deles aposentados das forças de segurança - aprovado esta semana, Rui Pereira realçou as viaturas que o Governo Civil de Lisboa vai comprar e o programa conjunto do MAI com o Observatório de Delinquência Juvenil do Porto.
Mais Uma e a Tutela a Assobiar para o lado!
Escola EB 2,3 D. Pedro IV
Mindelo: carros de dois professores incendiados no parque da escola
20.03.2009 - 17h26 Mariana Oliveira
Dois automóveis pertencentes a dois professores foram incendiados esta manhã no parque de estacionamento da Escola EB 2,3 D. Pedro IV, em Mindelo, Vila do Conde. A GNR confirma o incidente, que lhes foi reportado às 11h30. “Como havia suspeitas de nível criminal e eram necessárias perícias de carácter laboratorial o caso foi encaminhado para a Polícia Judiciária (PJ)”, adiantou o porta-voz da GNR, o tenente-coronel Costa Lima.Os carros, um Mercedes SLK e um classe A da mesma marca, foram, segundo um dos docentes afectados que preferiu manter o anonimato, “regados com um combustível e depois ateados com fogo”. Mas, ninguém terá assistido a este momento. “Só nos apercebemos do que estava a acontecer quando começou o fumo e as chamas”, relata o professor, que dá aulas há cerca de 18 anos. O docente não tem ideia de quem lhe possa ter incendiado o carro, mas assume ter alunos problemáticos e já ter sido vítima de ameaças físicas. “Nada que pensasse que viesse a resultar nisto”, confessa. O carro da outra docente não estava ao pé do seu, garantindo o professor que havia outras viaturas de gama mais alta que não sofreram quaisquer danos. O professor admite que este possa ter sido um acto de vingança, relacionado com a sua única actividade profissional, a docência. O PÚBLICO não consegui falar com a outra professora que, contudo, não partilhava nenhuma turma com o colega. A Escola EB 2,3 D. Pedro IV, em Mindelo, não quis comentar o caso. Contactada pelo PÚBLICO, a Direcção-Regional de Educação do Norte também não esteve disponível para falar. Uma Brigada da PJ está neste momento no estabelecimento de ensino a fazer inquirições, não excluindo qualquer hipótese neste momento. No entanto, um responsável da instituição não deixa de apontar que não é comum em alunos destes (que frequentam no máximo o 9º ano) actos desta gravidade.
In http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370156&idCanal=58
Avaliação de Desempenho
Avaliação de Desempenho
Subscrevo todas as palavras ditas por Ana Drago. E digo mais.
Estes nossos governantes já me causam fastio.
Mentirooooosos, mentiroooosos, mentirosos, mentirooooosos!
sexta-feira, 20 de março de 2009
Amarante Antiga
Amarante Antiga
A Dona Lilinha Branco, personalidade sobejamente conhecida aqui no burgo, guarda com carinho esta fotografia que nos dá a conhecer uma perspectiva de Amarante por muitos amarantinos desconhecida.
O edifício que se vê em frente, e que divide a Rua Cândido dos Reis da Rua Teixeira de Vasconcelos, já não existe. Esse e outros edifícios foram demolidos aquando da construção do Edifício dos Correios, bem no coração da nossa cidade.
Esse edifício albergou no rés-do-chão a famosa Confeitaria Branco, de José Martins Branco, pai da Dona Lilinha, confeitaria esta das mais antigas de Amarante e que surgiu depois da Confeitaria Alcino dos Reis, depois Casa das Lérias, e muito antes da inesquecível Confeitaria Lailai.
A Dona Lilinha, senhora com os seus noventa e tais anos, que ninguém lhos dá!, é um poço de informação sobre uma Amarante anterior ao nascimento do meu pai e por isso, e também por inúmeras outras coisas, conversamos, amiúde, no Café Bar.
Foi o que aconteceu na passada quarta-feira, com o Pedro Barros a puxar-lhe pela memória.
Hoje enviou-me esta fotografia, com bilhete de ida e volta, para eu digitalizar e enviar ao Pedro Barros com um esclarecimento.
Depois do edifício que pertenceu ao seu pai, e já na Rua Cândido dos Reis, existia uma quelha, a Quelha da Srª Marquinhas, que ligava esta rua à Rua Teixeira de Vasconcelos e depois existia novo edifício. Ora foi neste último edifício que se instalou Alcino dos Reis, com a sua Confeitaria Alcino dos Reis segundo relato da Dona Lilinha, em época anterior à da abertura da Confeitaria Branco.
Todos estes edifícios permanecem na memória dos que os conheceram e são-nos dados a conhecer a nós, os mais novos, pelas fotografias antigas que alguns guardam religiosamente.
É o caso da fotografia que hoje divulgo e que tem um significado imenso para esta senhora que aí habitou e que fala deste espaço com uma saudade e carinho incomensurável.
Obrigada, Dona Lilinha, por ser uma pessoa de uma simpatia e gentileza a toda a prova.
Pedro, leva a fotografia para onde quiseres que ela também já é tua.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Rania da Jordânia/Lalla de Marrocos
A rainha Rania esteve em Portugal, em visita oficial, para receber o prémio Norte-Sul, do Conselho da Europa, pelo trabalho desenvolvido em prol do respeito pelos direitos das mulheres e das crianças. Trata-se de uma importante mulher, que actua por dentro do mundo árabe. Não é a primeira vez que falo da rainha Rania neste blogue, e por certo não será a última.
A reportagem da SIC, que agora divulgo, faz referência ao glamour e à magia que esta mulher excepcional produz à volta da sua pessoa, pela sua beleza e elegância, que eu admiro, sendo certo que não são essas características, que são dela, as que mais me interessam.
Interessa-me a mulher lutadora por detrás duma aparência de quase fragilidade, a mulher lutadora que promove o respeito pelos direitos das mulheres e das crianças.
E aqui deixo Rania num outro vídeo, acompanhada de Lalla, que aproveito para apresentar, em primeira mão, neste blogue. Trata-se somente da rainha que já muito alterou o reino de Marrocos, desde que se casou com Sua Majestade, o rei Mohammed VI.
São, pois, apenas duas rainhas, apenas duas mulheres, em acção.
Continuo atenta a estes sinais, pequenos ou grandes, mais ou menos importantes, vindos bem do coração do mundo árabe, um mundo tão cheio de beleza, de contradições, de incoerências e de mistérios que continua a exercer um fascínio enorme sobre a minha pessoa.
Descritores Marginais
A Elsa C enviou-me estes descritores marginais da ADD. Estes e outros, que postarei amanhã, dividindo a tralha em duas ou mais partes para a dose não ser demasiado violenta.
Para violência já chega a ADD. Agora em maus lençóis com tanta providência cautelar, fiscalização sucessiva e afins.
É bom que não nos calemos. A nossa responsabilidade é grande. Somos instruídos, temos a OBRIGAÇÃO E O DEVER de dizer NÃO à palhaçada!
A. Ocupação plena do horário do professor
A1 – Empenho para a rentabilização do tempo de almoço.
Nível 1 - O professor almoça em casa e/ou no restaurante, dedicando totalmente esse tempo ao lazer e à família.
Nível 2 - O professor almoça no restaurante com os seus colegas, tratando pontualmente de algum assunto relacionado com a escola.
Nível 3 - O professor almoça no refeitório da escola, rentabilizando esse tempo para discutir assuntos relacionados com as tarefas da escola e/ou reunir com os seus pares.
Nível 4 - O professor petisca no bar, mandando reservar previamente um croquete, uma sandes de queijo fresco e uma água, aproveitando para realizar as tarefas da escola em simultâneo.
Nível 5 - O professor não almoça, mantendo-se no seu local de trabalho e em cumprimento do seu dever profissional em total abstinência.
A2 – Empenho para a rentabilização do tempo de transição entre as actividades lectivas.
Nível 1 - O professor usa as instalações sanitárias de acordo com as suas necessidades, procedendo de igual forma em relação a chamadas particulares do seu telemóvel e ao consumo de géneros alimentícios, utilizando a sala de professores para actividades de lazer.
Nível 2 - O professor usa as instalações sanitárias não mais do que uma vez em cada turno, procedendo de igual forma em relação a chamadas particulares do seu telemóvel e ao consumo de géneros alimentícios. Não usa a sala de professores para qualquer actividade de lazer.
Nível 3 - O professor utiliza as instalações sanitárias mas rentabiliza esse tempo para terminar o consumo dos géneros alimentícios adquiridos no bar. Raramente faz chamadas particulares do seu telemóvel e não usa a sala de professores para qualquer actividade de lazer.
Nível 4 - O professor utiliza as instalações sanitárias muito ocasionalmente e de forma célere, raramente faz chamadas particulares do seu telemóvel, não usa a sala de professores para qualquer actividade de lazer, consumindo pontualmente um copo de água.
Nível 5 - O professor não desperdiça tempo na satisfação de qualquer necessidade fisiológica, não utiliza o seu telemóvel para chamadas particulares, embora o possa disponibilizar para contactos profissionais; não usa a sala de professores para qualquer actividade de lazer ou consumo de géneros alimentícios.
Amanhã será dia para tratar o descritor B - Relacionamento com a comunidade
Dia do Pai
Dia do Pai
Nada de piercings, nada de tatuagens, nada de cristas nos cabelos ou brincos nas orelhas, nada de roupas multicolores, nada de pele depilada. Digamos que o meu pai é um clássico excelentemente conservado.
Parabéns! Hoje o dia é teu. Que festejes a data por muitos e longos anos.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Bento XVI
É por certo mais um doido à solta pelo mundo.
Ou então é um extra-terrestre!
Pois não é que este indivíduo foi para o continente africano, simplesmente o continente mais flagelado pela miséria, pela crendice, pela doença, pelo analfabetismo, pela miséria mais miserável, afirmar que o preservativo agrava o risco de SIDA?
Já não tenho paciência para estes políticos, para estes líderes religiosos tão pouco cristãos!
Importa-se de repetir, Bento XVI?
O diabo calça Prada? É que o papa calça. Eu sei. E meio mundo sabe também.
Será que Bento XVI calcou o solo sagrado de África protegido pelos seus Prada?
A Opinião de Ramiro Marques
... que eu subscrevo na íntegra chamando a atenção dos meus leitores para a limpidez e a clareza do post.
Brilhante, Ramiro!
A Política da Cenoura
"Está a acontecer com os professores o que sucedeu com os banqueiros e brokers. A ganância pode deitar tudo a perder. Todos os estudiosos das causas da actual recessão mundial concluíram que a razão principal da crise reside na fragilidade do sistema bancário e dos mercados bolsistas. Os banqueiros e os fundos de investimentos andaram anos a construir resultados fraudulentos. E porquê? Porque, do topo à base do sistema financeiro e bolsista, todos ganhavam prémios em função dos resultados. Daí que a construção fraudulenta dos resultados tivesse dado no que deu. A ganância quando espevitada nunca se sacia. O modelo de avaliação de desempenho, imposto pelo decreto-lei 15/2007 e regulamentado (mal) pelo decreto regulamentar 2/2008 e pelo decreto regulamentar 1-A/2009, baseia-se nos mesmos pressupostos que levaram à queda do sistema financeiro e bolsista: os incentivos individuais dependentes de uma avaliação do desempenho orientada para os resultados. As consequências da aplicação do modelo começaram logo a sentir-se a partir de 2007: divisão nos professores, quebra no trabalho colaborativo, mal-estar nos locais de trabalho, inflação nas classificações internas, promoção do facilitismo, construção de estatísticas fraudulentas de sucesso escolar e empobrecimento das aprendizagens. O estudo de Pedro Martins, aqui suficientemente comentado, não deixa margem para dúvidas. Na base e na substância do modelo de avaliação de desempenho de professores está o espevitar da ganância. Mas a ganância é um monstro insaciável: quanto mais a alimentamos, mais fome tem. E tem um poderoso efeito destrutivo das relações humanas, da verdade e do clima nos locais de trabalho. A ganância, uma vez à rédea solta, aniquila o carácter das pessoas e destrói todas as qualidades humanas."
In http://www.profblog.org/
Incêndios
Incêndios
Começamos cedo!
Amarante está envolta numa nuvem de fumo que filtra o sol, as faúlhas caem imparáveis depositando-se nos carros, nos telhados, no chão, e o cheiro a mato ardido é impossível de disfarçar.
Começamos cedo! É que ainda estamos no Inverno e o Marão, o nosso Marão, já está a arder!