segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Ressacada
Ressacada
Estou cansada. Hoje terminei a formação intensiva sobre Educação Sexual e agora só/ainda me faltam uns quantos trabalhinhos, realizados em grupo, e uma reflexão final sobre a pertinência da formação. Confesso que estou cansada. E ressacada também.
E confesso que não gosto disto nem disto.
E mais não digo porque não me apetece.
Fui.
Estou cansada. Hoje terminei a formação intensiva sobre Educação Sexual e agora só/ainda me faltam uns quantos trabalhinhos, realizados em grupo, e uma reflexão final sobre a pertinência da formação. Confesso que estou cansada. E ressacada também.
E confesso que não gosto disto nem disto.
E mais não digo porque não me apetece.
Fui.
Guerras de Ontem/Guerras de Hoje
Cartoon surripiado ao Blackhill.
Guerras de Ontem/Guerras de Hoje
Porque só se nos boicotarem nós deixaremos de teclar...
domingo, 30 de janeiro de 2011
Eu Sou o PM
Eu Sou o PM
Com os meus agradecimentos à Tiza que aqui me deixou o link.
Votos de excelente Domingo para todos quantos passarem por aqui... vamos cantar?... e dançar?
Sim?
Com os meus agradecimentos à Tiza que aqui me deixou o link.
Votos de excelente Domingo para todos quantos passarem por aqui... vamos cantar?... e dançar?
Sim?
sábado, 29 de janeiro de 2011
Eleições presidênciais - Resultados Definitivos
Eleições Presidenciais - Resultados Definitivos
Abstenção ganhou com 53,48% dos votos.
Cavaco Silva ficou em segundo com 52,95% dos votos.
Assim é que é!
Confirme aqui como se branqueiam resultados fazendo desaparecer a abstenção com um passe de magia.... e pum! Desapareceu!
Abstenção ganhou com 53,48% dos votos.
Cavaco Silva ficou em segundo com 52,95% dos votos.
Assim é que é!
Confirme aqui como se branqueiam resultados fazendo desaparecer a abstenção com um passe de magia.... e pum! Desapareceu!
Efeitos da Crise
Efeitos da Crise
Para muitos os efeitos são muiiiiito negativos.
Para muito poucos os efeitos são extraordinariamente positivos.
Para muitos os efeitos são muiiiiito negativos.
Para muito poucos os efeitos são extraordinariamente positivos.
Aplaudo!
Aplaudo!
Aplaudo todas as iniciativas que levem à redução e emagrecimento ecelerado dos políticos no poleiro.
Esta é do PSD e pretende reduzir de 16 para 10 o número de ministérios.
A ideia é excelente mas agora ainda falta reduzir o número de deputados na Assembleia da República, extinguir os Governos Civis, reduzir o número de autarquias e o número de juntas de freguesia, algumas ridiculamente pequenas, reduzir drasticamente as mordomias sem fim de toda esta gente que canibaliza um Estado, que por acaso é o nosso, e que é o "nosso" reflexo.
Aplaudo todas as iniciativas que levem à redução e emagrecimento ecelerado dos políticos no poleiro.
Esta é do PSD e pretende reduzir de 16 para 10 o número de ministérios.
A ideia é excelente mas agora ainda falta reduzir o número de deputados na Assembleia da República, extinguir os Governos Civis, reduzir o número de autarquias e o número de juntas de freguesia, algumas ridiculamente pequenas, reduzir drasticamente as mordomias sem fim de toda esta gente que canibaliza um Estado, que por acaso é o nosso, e que é o "nosso" reflexo.
Boas Novas da ESA
Boas Novas da ESA
Soube da implantação deste jogo desde o início, em conversa demorada sobre Educação, com a Susana. A ver vamos os resultados, uma coisa é certa, algo tem de ser feito para inverter a tendência de degradação, foi a nossa conclusão.
Bem mais tarde escutei críticas ao dito pela voz de um velho do restelo, que os há ainda em número apreciável nas escolinhas, mas confesso que lhe dei o respectivo desconto e não lhe dei grande crédito.
Há uns dias soube das novidades no Modelo. Passo a publicidade, o Modelo, que eu só comecei a frequentar mais ou menos há um ano, tem-se revelado para mim uma caixinha de surpresas pelos reencontros e conversas boas que me tem proporcionado entre compras de muita fruta e legumes e pouco do resto.
Pois as novidades eram o êxito desta iniciativa, a todos os níveis das dores de cabeça da ESA que se traduziam em faltas injustificadas, participações disciplinares e negativas. Consultei o site da ESA, site que visito frequentemente e onde me inteirei das novidades.
Depois soube disto pelos meus alunos do H, que me disseram orgulhosos "Ah, pois é! Pois é! Vamos à frente!"
Na quinta-feira foi dia de saber tudo tudinho pela Visão.
A experiência traduz-se, até ao momento, num êxito retumbante que comprova até à saciedade que não alcança melhorias quem nada faz, quem deixa andar, quem não tem uma visão mais abrangente e quem não é capaz de ver mais além.
Mas que maravilhas pode desencadear a reciclagem de um director a frequentar uma espécie de MBA para directores de escola lançada pela Microsoft Portugal e intitulada "Líderes Inovadores". E como estamos precisados deles, dos líderes inovadores, em contraponto aos enquistados no poder, fossilizados, petrificados, mudos e cegos aos contributos que poderiam/podem chegar daqui e dali.
É preciso acreditar que cada um de nós pode, querendo, e à sua medida, fazer diferente.
É preciso arriscar inovar, sem medo de errar, sem medo do erro que nos tolhe os movimentos, conscientes de que só não erra quem nada faz, quem não arrisca o voo dos audazes e que nunca conhecerá, por isso mesmo, o sorriso aberto de felicidade conseguido no voo planado... no bater de asas vigoroso... sem chão por debaixo dos nossos pés.
Aqui deixo os meus parabéns à ESA. Sem excepção. Dos funcionários às cúpulas.
Aqui deixo os meus parabéns, sinceros e muito especiais, e ele sabe disso, ao Sampaio, Director da Escola Secundária de Amarante, realçando que talvez nunca o tenha visto sorrir assim antes...
Afinal vale a pena mudar, alterar, reciclar, voltar atrás para seguir em frente, refazer, arriscar mudar.
Soube da implantação deste jogo desde o início, em conversa demorada sobre Educação, com a Susana. A ver vamos os resultados, uma coisa é certa, algo tem de ser feito para inverter a tendência de degradação, foi a nossa conclusão.
Bem mais tarde escutei críticas ao dito pela voz de um velho do restelo, que os há ainda em número apreciável nas escolinhas, mas confesso que lhe dei o respectivo desconto e não lhe dei grande crédito.
Há uns dias soube das novidades no Modelo. Passo a publicidade, o Modelo, que eu só comecei a frequentar mais ou menos há um ano, tem-se revelado para mim uma caixinha de surpresas pelos reencontros e conversas boas que me tem proporcionado entre compras de muita fruta e legumes e pouco do resto.
Pois as novidades eram o êxito desta iniciativa, a todos os níveis das dores de cabeça da ESA que se traduziam em faltas injustificadas, participações disciplinares e negativas. Consultei o site da ESA, site que visito frequentemente e onde me inteirei das novidades.
Depois soube disto pelos meus alunos do H, que me disseram orgulhosos "Ah, pois é! Pois é! Vamos à frente!"
Na quinta-feira foi dia de saber tudo tudinho pela Visão.
A experiência traduz-se, até ao momento, num êxito retumbante que comprova até à saciedade que não alcança melhorias quem nada faz, quem deixa andar, quem não tem uma visão mais abrangente e quem não é capaz de ver mais além.
Mas que maravilhas pode desencadear a reciclagem de um director a frequentar uma espécie de MBA para directores de escola lançada pela Microsoft Portugal e intitulada "Líderes Inovadores". E como estamos precisados deles, dos líderes inovadores, em contraponto aos enquistados no poder, fossilizados, petrificados, mudos e cegos aos contributos que poderiam/podem chegar daqui e dali.
É preciso acreditar que cada um de nós pode, querendo, e à sua medida, fazer diferente.
É preciso arriscar inovar, sem medo de errar, sem medo do erro que nos tolhe os movimentos, conscientes de que só não erra quem nada faz, quem não arrisca o voo dos audazes e que nunca conhecerá, por isso mesmo, o sorriso aberto de felicidade conseguido no voo planado... no bater de asas vigoroso... sem chão por debaixo dos nossos pés.
Aqui deixo os meus parabéns à ESA. Sem excepção. Dos funcionários às cúpulas.
Aqui deixo os meus parabéns, sinceros e muito especiais, e ele sabe disso, ao Sampaio, Director da Escola Secundária de Amarante, realçando que talvez nunca o tenha visto sorrir assim antes...
Afinal vale a pena mudar, alterar, reciclar, voltar atrás para seguir em frente, refazer, arriscar mudar.
Nota - Ecos deste post no Jornal Online da Secundária Campos Melo.
Ai como eu gosto destas asas imensas e livres da blogosfera que se enlaçam sem parar...
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Revolução de Jasmim?
Múmias e Vasos Canópicos - Leiden - Holanda
Fotografia e Anabela Matias de Magalhães
Revolução de Jasmim?
Agora no Egipto. A coisa está preta.
É o que dá os políticos sentirem-se poderosos para sempre. E é caso para dizer que não aprenderam nada de nada com o Luís. E, que raio, continuam estupidamente a subestimar o poder das novas tecnologias no desencadear das novas revoluções do século XXI. Eles bem que desejariam controlar as opiniões, as ligações, as convocatórias para as manifs, mas elas espalham-se na rede como fogo num palheiro em ondas perfeitamente descontroladas.
Está a desenhar-se uma nova/velha forma de actuação política, espontânea, saída verdadeiramente do povo, ontem assim, hoje assado. O caldo é velho e mistura ingredientes explosivos principalmente em países com regimes pouco ou nada democráticos e com populações jovens, alfabetizadas, instruídas, com uma apetência para as novas tecnologias que nos fazem corar de vergonha, mas desempregadas e sem perspectivas de melhorias que se vislumbrem nos seus horizontes, completamente desamparadas por aparelhos de estado corruptos até dizer chega e, espanto dos espantos!, muito apoiados por americanos, franceses e companhias limitadas numa hipocrisia sem fim.
Este caldo existe em todos os países muçulmanos que visitei, atraída por um mundo que me fascina pela diferença que eu defendo e amo.
Ontem em Tunes. Hoje no Cairo. Pelo meio em Argel e em Sana. Os arrabaldes de Casablanca explodirão também?
O papel das redes sociais nas novas revoluções do século XXI
Recolher obrigatório nas cidades do Cairo, Alexandria e Suez e Nobel da Paz, ELBaradei, detido.
Recomeçar a Mexer
Recomeçar a Mexer
"A FENPROF vai colocar faixas em frente de escolas de todo o país a contestar o "corte de 803 milhões de euros na educação aprovado em Assembleia da República". A frente sindical alerta que, em Setembro, serão "eliminados entre 30 mil e 40 mil horários de trabalho que correspondem a outros tantos empregos de docentes". (...)
Os cartazes terão a seguinte inscrição: "Escolas: Extinção de mais 30.000 horários. Ameaça emprego dos professores. Põe em causa a qualidade educativa".
Daqui.
"A FENPROF vai colocar faixas em frente de escolas de todo o país a contestar o "corte de 803 milhões de euros na educação aprovado em Assembleia da República". A frente sindical alerta que, em Setembro, serão "eliminados entre 30 mil e 40 mil horários de trabalho que correspondem a outros tantos empregos de docentes". (...)
Os cartazes terão a seguinte inscrição: "Escolas: Extinção de mais 30.000 horários. Ameaça emprego dos professores. Põe em causa a qualidade educativa".
Daqui.
Informação Pertinente
Informação Pertinente
Hoje é dia, noite, de Manif de Profs. Pelas 21:30, nas Caldas da Rainha, convocada pela APEDE.
Hoje é dia, noite, de Manif de Profs. Pelas 21:30, nas Caldas da Rainha, convocada pela APEDE.
A Palavra a Um Mísero Professor
A Palavra a Um Mísero Professor
Uma pessoa ouve uma e outra vez e não acredita. Pois não era este professor, por acaso universitário, da área da Economia e Finanças?
Cada vez estou mais convencida que estes políticos fizeram um complô apostados que estão em fazerem de nós parvos.
Agradeço-te o vídeo, Elenáro!
Uma pessoa ouve uma e outra vez e não acredita. Pois não era este professor, por acaso universitário, da área da Economia e Finanças?
Cada vez estou mais convencida que estes políticos fizeram um complô apostados que estão em fazerem de nós parvos.
Agradeço-te o vídeo, Elenáro!
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Dias Abaixo de Cão
Dias Abaixo de Cão
São os que se iniciaram em Janeiro, com o retomar das actividades lectivas, para-lectivas, não-lectivas, da componente trabalho em casa para a escola, da componente burrocrática em exclusivo para a escola, da componente formação contínua, neste caso de educação sexual, que devia descontar na componente não lectiva e desconta é o carago, e faz-me aí mais quatro ou cinco trabalhos de planificação para apresentar oito dias após o final da formação, que será na próxima segunda-feira, e ainda há a componente avaliação do desempenho doente, pega lá mais umas fotocópias agora transformadas em evidências, não esquecer a componente reuniões em cima de reuniões, a componente vigilâncias dos testes intermédios, que amanhã se iniciam com o de Português, e que me meterão no galheiro uma aula de 9º ano, pois então, que caiu na minha aula de História que nem uma mosca na sopa... ou que nem ginjas, se preferirem.
Assim sendo, não há tempo para abrir centenas e centenas de mails do Hot, dezenas e dezenas do Gmail que, assim, se vão acumulando nas caixas de correio electrónico, a cada dia mais e mais.
Os bloguitos, este e o outro, têm andado para aqui às três pancadas, alimentados por uma energia gigantesca que carrego dentro de mim, sabe-se lá oriunda de onde, e que se não fora existir já me teria obrigado a mandar tudinho às urtigas.
Mas não ando alheada. Tenho acompanhado a Revolução de Jasmim e a sua propagação, esperada, ao Egipto, e agora veremos se o cheiro do Jasmim, delicado e poderoso, infestará todo o Norte de África, necessitado de mais Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Justiça.
Das novelas nacionais - castros, seabras, eleições, pedidos de desculpas, demissões, bibis... e o catano mais que agora não me ocorre, é melhor nem falar sob pena de eu própria me enredar num lodaçal que me impediria de concluir um trabalho, deixado a meio, para o História em Movimento, e que é o slideshow sobre a Palestra proferida no passado dia 14, pela arquitecta Cláudia Queirós, sobre a Intervenção de Alcino Soutinho no Mudeu Amadeo de Souza-Cardoso.
É que já passou muito tempo e os alunos estão já fartos de me perguntar "Professora, e o SlideShow da Palestra?"
Pois é o que farei de seguida. É a componente Trabalho em Casa para a Escola. Um fartote de rir!
São os que se iniciaram em Janeiro, com o retomar das actividades lectivas, para-lectivas, não-lectivas, da componente trabalho em casa para a escola, da componente burrocrática em exclusivo para a escola, da componente formação contínua, neste caso de educação sexual, que devia descontar na componente não lectiva e desconta é o carago, e faz-me aí mais quatro ou cinco trabalhos de planificação para apresentar oito dias após o final da formação, que será na próxima segunda-feira, e ainda há a componente avaliação do desempenho doente, pega lá mais umas fotocópias agora transformadas em evidências, não esquecer a componente reuniões em cima de reuniões, a componente vigilâncias dos testes intermédios, que amanhã se iniciam com o de Português, e que me meterão no galheiro uma aula de 9º ano, pois então, que caiu na minha aula de História que nem uma mosca na sopa... ou que nem ginjas, se preferirem.
Assim sendo, não há tempo para abrir centenas e centenas de mails do Hot, dezenas e dezenas do Gmail que, assim, se vão acumulando nas caixas de correio electrónico, a cada dia mais e mais.
Os bloguitos, este e o outro, têm andado para aqui às três pancadas, alimentados por uma energia gigantesca que carrego dentro de mim, sabe-se lá oriunda de onde, e que se não fora existir já me teria obrigado a mandar tudinho às urtigas.
Mas não ando alheada. Tenho acompanhado a Revolução de Jasmim e a sua propagação, esperada, ao Egipto, e agora veremos se o cheiro do Jasmim, delicado e poderoso, infestará todo o Norte de África, necessitado de mais Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Justiça.
Das novelas nacionais - castros, seabras, eleições, pedidos de desculpas, demissões, bibis... e o catano mais que agora não me ocorre, é melhor nem falar sob pena de eu própria me enredar num lodaçal que me impediria de concluir um trabalho, deixado a meio, para o História em Movimento, e que é o slideshow sobre a Palestra proferida no passado dia 14, pela arquitecta Cláudia Queirós, sobre a Intervenção de Alcino Soutinho no Mudeu Amadeo de Souza-Cardoso.
É que já passou muito tempo e os alunos estão já fartos de me perguntar "Professora, e o SlideShow da Palestra?"
Pois é o que farei de seguida. É a componente Trabalho em Casa para a Escola. Um fartote de rir!
As Crianças Manipuladas
As Crianças Manipuladas
"Ridícula e absolutamente vergonhosa a tese das "criancinhas manipuladas".
Por trás desta pseudo-moralista "tese", logo celeremente subscrita pelo "Pai dos pais", está o pavor que esta gente tem da unidade entre Professores, Pais, Funcionários e Alunos: a única que, tal como noutras épocas históricas e em muitos países, pode dar uma pedrada no actual e pestilento charco que ameça submergir a Educação em Portugal. Mas esta tese representa ainda uma autêntica punhalada nas costas do movimento juvenil e associativo estudantil do Secundário.
Só para terminar em jeito de memória futura: aos 17 anos de idade não só me manifestei inúmeras vezes, como também, na qualidade de dirigente associativo, co-convoquei uma combativa manifestação de estudantes do 12º ano frente ao ME, que teve mais de 2 mil presenças, abrindo caminho à vitória destes estudantes e das suas reivindicações sobre o ME da altura. Muito antes, aos 12 anos de idade já era Delegado de Turma e, aos 15 e 16 anos, membro de um Parlamento Associativo de uma Escola Secundária.
Passados todos estes anos, desde os 18 até hoje, continuo do mesmo lado da barricada e a lutar por uma sociedade mais justa e mais fraterna, vislumbrada fugazmente após o 25 de Abril de 1974.
Por isso alto e bom som vos respondo: "Crincinhas manipuladas?" Valha-vos um burro aos coices!"
Paulo Ambrósio
Daqui.
Nota - Também tive a minha dose de reivindicações estudantis, RGAs e greves gerais nas minhas escolinhas, em tempos que já lá vão, adolescente aguerrida que era.
Que pecado! Se calhar foi por isso que fiquei neste estado!
"Ridícula e absolutamente vergonhosa a tese das "criancinhas manipuladas".
Por trás desta pseudo-moralista "tese", logo celeremente subscrita pelo "Pai dos pais", está o pavor que esta gente tem da unidade entre Professores, Pais, Funcionários e Alunos: a única que, tal como noutras épocas históricas e em muitos países, pode dar uma pedrada no actual e pestilento charco que ameça submergir a Educação em Portugal. Mas esta tese representa ainda uma autêntica punhalada nas costas do movimento juvenil e associativo estudantil do Secundário.
Só para terminar em jeito de memória futura: aos 17 anos de idade não só me manifestei inúmeras vezes, como também, na qualidade de dirigente associativo, co-convoquei uma combativa manifestação de estudantes do 12º ano frente ao ME, que teve mais de 2 mil presenças, abrindo caminho à vitória destes estudantes e das suas reivindicações sobre o ME da altura. Muito antes, aos 12 anos de idade já era Delegado de Turma e, aos 15 e 16 anos, membro de um Parlamento Associativo de uma Escola Secundária.
Passados todos estes anos, desde os 18 até hoje, continuo do mesmo lado da barricada e a lutar por uma sociedade mais justa e mais fraterna, vislumbrada fugazmente após o 25 de Abril de 1974.
Por isso alto e bom som vos respondo: "Crincinhas manipuladas?" Valha-vos um burro aos coices!"
Paulo Ambrósio
Daqui.
Nota - Também tive a minha dose de reivindicações estudantis, RGAs e greves gerais nas minhas escolinhas, em tempos que já lá vão, adolescente aguerrida que era.
Que pecado! Se calhar foi por isso que fiquei neste estado!
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Informação Pertinente
Informação Pertinente
No estado em que este estado está, esta parece-me uma informação deveras pertinente e importante. Mais importante que a novela eleitoral, o efe eme i, a crise, o bibi, a crise, o efe eme i, o face oculta quiçá pela burka agora mais do que negra, a crise, o bê pê ene, o bê pê pê, a crise... porra para ela!
Como não sou mulher de rodeios vou directa ao assunto: se desejas lyoncificar o teu nome clica aqui e lyoncifica-o.
Eu já lyoncifiquei o meu e o resultado foi Anabelonce Mianotyrka.
E o vosso, como ficou depois de lyoncificado?
E isto sim, é verdadeiro serviço público!
Em@?
Entretanto, confesso, lyoncifiquei outra vez o meu Anabela Magalhães e... Anabelonce Mianotyrka, não é fabuloso?!
No estado em que este estado está, esta parece-me uma informação deveras pertinente e importante. Mais importante que a novela eleitoral, o efe eme i, a crise, o bibi, a crise, o efe eme i, o face oculta quiçá pela burka agora mais do que negra, a crise, o bê pê ene, o bê pê pê, a crise... porra para ela!
Como não sou mulher de rodeios vou directa ao assunto: se desejas lyoncificar o teu nome clica aqui e lyoncifica-o.
Eu já lyoncifiquei o meu e o resultado foi Anabelonce Mianotyrka.
E o vosso, como ficou depois de lyoncificado?
E isto sim, é verdadeiro serviço público!
Em@?
Entretanto, confesso, lyoncifiquei outra vez o meu Anabela Magalhães e... Anabelonce Mianotyrka, não é fabuloso?!
SOS - Continuam os Protestos
SOS - Continuam os Protestos
Os encerramentos dos colégios privados, com contrato de associação, começaram hoje, tal como o previsto.
Pais, encarregados de educação e alunos não se conformam e lutam contra um Estado onde nada é o que parece ser...
Os encerramentos dos colégios privados, com contrato de associação, começaram hoje, tal como o previsto.
Pais, encarregados de educação e alunos não se conformam e lutam contra um Estado onde nada é o que parece ser...
Minutas de Reclamação
Minutas de Reclamação
A ver vamos se conseguirei entregar a minha hoje mesmo...
Não, ainda não foi desta...
A ver vamos se conseguirei entregar a minha hoje mesmo...
Não, ainda não foi desta...
Novas da Apede
Novas da Apede
O núcleo da APEDE de Caldas da Rainha convoca os professores do concelho e, obviamente, todos aqueles que se lhes queiram associar, para uma concentração/vigília, marcada para sexta-feira 28/01/2011, pelas 21:30 h, na Praça da República (praça da fruta) − Caldas da Rainha.Visa esta iniciativa fazer sentir à opinião pública, ao governo e aos sindicatos signatários de 'memorandos' e 'acordos' de má memória que os professores não desistiram da sua luta e que:
1. Recusam definitivamente a demência burocrática deste modelo de avaliação;
2. Não aceitam a precarização laboral em curso, apresentada como consequência inescapável da política de redução da despesa pública.
3. Não admitem a usurpação continuada dos seus direitos laborais, que está a conduzir à subversão total do seu estatuto profissional.
Pára de remoer a tua resignação e vem afirmar a tua dignidade!
Traz um amigo.
Reenvia.
Nota - Não podendo estar presente, não posso deixar de estar solidária na luta.
O núcleo da APEDE de Caldas da Rainha convoca os professores do concelho e, obviamente, todos aqueles que se lhes queiram associar, para uma concentração/vigília, marcada para sexta-feira 28/01/2011, pelas 21:30 h, na Praça da República (praça da fruta) − Caldas da Rainha.Visa esta iniciativa fazer sentir à opinião pública, ao governo e aos sindicatos signatários de 'memorandos' e 'acordos' de má memória que os professores não desistiram da sua luta e que:
1. Recusam definitivamente a demência burocrática deste modelo de avaliação;
2. Não aceitam a precarização laboral em curso, apresentada como consequência inescapável da política de redução da despesa pública.
3. Não admitem a usurpação continuada dos seus direitos laborais, que está a conduzir à subversão total do seu estatuto profissional.
Pára de remoer a tua resignação e vem afirmar a tua dignidade!
Traz um amigo.
Reenvia.
Nota - Não podendo estar presente, não posso deixar de estar solidária na luta.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Aberração
Aberração
"Carga fiscal das famílias portuguesas duplicou numa década."
E para onde vai o dinheiro? - pergunto eu que tenho toda a legitimidade para exigir saber o que andam a fazer com a minha fatia...
Para os robalos?
"Carga fiscal das famílias portuguesas duplicou numa década."
E para onde vai o dinheiro? - pergunto eu que tenho toda a legitimidade para exigir saber o que andam a fazer com a minha fatia...
Para os robalos?
Lição de Cidadania Versus Lição de Compadrio
Lição de Cidadania Versus Lição de Compadrio
Acabo de escutar a ministra Isabel Alçada pronunciando-se, entre outras coisas, e com um desconforto visível, sobre como é triste ver a manipulação daqueles pais relativamente aos seus filhos, irmanados numa luta legítima.
Já o deixei mais do que espalhado neste blogue - não se mudam regras a meio do jogo, o Estado tem de ser uma Entidade de Bem e isto é tão válido para o Público como para o Privado.
Ai as crianças, que perigo, como ficarão traumatizadas perante o exemplo exemplar de Cidadania Responsável ao lutarem lado a lado com os seus pais, erguendo os braços e a voz, actuando, reagindo perante alterações que, do meu ponto de vista, não se fazem assim, num desprezo absoluto por projectos, instituições e pessoas que as povoam.
O Estado tem de ser metido nos eixos, tem de voltar aos seus carris, tem de recuperar credibilidade... mas a gente olha, olha, olha à volta... e não pode deixar de sentir calafrios... pois não é que vi e ouvi o Mário Nogueira a defender exactamente a mesma posição da ministra?
Porca Miséria! Assim não vamos lá.
Acabo de escutar a ministra Isabel Alçada pronunciando-se, entre outras coisas, e com um desconforto visível, sobre como é triste ver a manipulação daqueles pais relativamente aos seus filhos, irmanados numa luta legítima.
Já o deixei mais do que espalhado neste blogue - não se mudam regras a meio do jogo, o Estado tem de ser uma Entidade de Bem e isto é tão válido para o Público como para o Privado.
Ai as crianças, que perigo, como ficarão traumatizadas perante o exemplo exemplar de Cidadania Responsável ao lutarem lado a lado com os seus pais, erguendo os braços e a voz, actuando, reagindo perante alterações que, do meu ponto de vista, não se fazem assim, num desprezo absoluto por projectos, instituições e pessoas que as povoam.
O Estado tem de ser metido nos eixos, tem de voltar aos seus carris, tem de recuperar credibilidade... mas a gente olha, olha, olha à volta... e não pode deixar de sentir calafrios... pois não é que vi e ouvi o Mário Nogueira a defender exactamente a mesma posição da ministra?
Porca Miséria! Assim não vamos lá.
Arrepios
Arrepios
Confesso que estas notícias me deixam a sofrer de arrepios.
Um arrepio pelos nomes mais do que sonantes envolvidos, por aqui e por ali, neste caso "simples" testemunhas abonatórias do acusado que tem, diga-se de passagem, todo o direito de se defender.
Outro arrepio por ver sempre os mesmos juntos, cruzados, emaranhados, ps e psd sempre enrolados um no outro, sempre os mesmos, por aqui e por ali também, vira o disco e toca o mesmo.
Mais um arrepio, este enorme, pela Justiça em Portugal...
Brrrrrr... está um frio de rachar... parece que o mundo inteiro se uniu para nos tramar...
Confesso que estas notícias me deixam a sofrer de arrepios.
Um arrepio pelos nomes mais do que sonantes envolvidos, por aqui e por ali, neste caso "simples" testemunhas abonatórias do acusado que tem, diga-se de passagem, todo o direito de se defender.
Outro arrepio por ver sempre os mesmos juntos, cruzados, emaranhados, ps e psd sempre enrolados um no outro, sempre os mesmos, por aqui e por ali também, vira o disco e toca o mesmo.
Mais um arrepio, este enorme, pela Justiça em Portugal...
Brrrrrr... está um frio de rachar... parece que o mundo inteiro se uniu para nos tramar...
Lição de Cidadania
Lição de Cidadania
Concordo em absoluto com a leitura que o Ramiro Marques faz da luta encetada pelos pais dos alunos que frequentam o Ensino Particular e Cooperativo. Lutando por aquilo em que acreditam, não baixando os braços, persistindo em acções espectaculares, como as que já aconteceram durante a acampanha e como as que acontecerão a partir de hoje, dão uma lição de Cidadania ao país e obriga o país a ficar de olhos atentos à contestação. E contestação, precisa-se.
Já agora aproveito para me pronunciar sobre a polémica incorporação dos educandos nos protestos para afirmar que concordo com ela. Porque é de pequenino que se torce o pepino. Porque se os pais derem aos seus filhos exemplos de luta, ao vivo e a cores, estarão a ajudar a fomentar espíritos e mentes mais contestatárias, mais críticas, mais reactivas. É claro que não faltou gente, a começar pelos membros do governo, insurgindo-se contra o facto dos pais, acompanhados dos seus filhos, terem ousado contestar. Pois dá imagens incómodas. Incómodas fotografias também. Principalmente para o governo. Principalmente para Sócrates, impante perante a desgraça, cego surdo e mudo perante o país.
Chega de aceitação de tudo o que o governo nos impõe. Chega de gente de braços caídos.
Novas formas de luta precisam-se. Os miúdos, em crescimento, precisam de modelos de gente ousada e reivindicativa, activa e inconformada. Fartos do resto estamos nós.
E não, não temos de aceitar toda a bestialidade resignando-nos à explicação de um "Foi Deus!"
Concordo em absoluto com a leitura que o Ramiro Marques faz da luta encetada pelos pais dos alunos que frequentam o Ensino Particular e Cooperativo. Lutando por aquilo em que acreditam, não baixando os braços, persistindo em acções espectaculares, como as que já aconteceram durante a acampanha e como as que acontecerão a partir de hoje, dão uma lição de Cidadania ao país e obriga o país a ficar de olhos atentos à contestação. E contestação, precisa-se.
Já agora aproveito para me pronunciar sobre a polémica incorporação dos educandos nos protestos para afirmar que concordo com ela. Porque é de pequenino que se torce o pepino. Porque se os pais derem aos seus filhos exemplos de luta, ao vivo e a cores, estarão a ajudar a fomentar espíritos e mentes mais contestatárias, mais críticas, mais reactivas. É claro que não faltou gente, a começar pelos membros do governo, insurgindo-se contra o facto dos pais, acompanhados dos seus filhos, terem ousado contestar. Pois dá imagens incómodas. Incómodas fotografias também. Principalmente para o governo. Principalmente para Sócrates, impante perante a desgraça, cego surdo e mudo perante o país.
Chega de aceitação de tudo o que o governo nos impõe. Chega de gente de braços caídos.
Novas formas de luta precisam-se. Os miúdos, em crescimento, precisam de modelos de gente ousada e reivindicativa, activa e inconformada. Fartos do resto estamos nós.
E não, não temos de aceitar toda a bestialidade resignando-nos à explicação de um "Foi Deus!"
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Vale Tudo
Vale Tudo
Até arrancar olhos.
Escolas construídas ilegalmente.
É caso para dizer... isto é que é um país!
Até arrancar olhos.
Escolas construídas ilegalmente.
É caso para dizer... isto é que é um país!
Tudo na Mesma...
Tudo na Mesma...
... como a lesma...
"Juro de Portugal regressa às subidas"
"Governo insiste que Portugal não precisa de resgate"
... como a lesma...
"Juro de Portugal regressa às subidas"
"Governo insiste que Portugal não precisa de resgate"
domingo, 23 de janeiro de 2011
A Revolução de Jasmim e a Acção dos Bloggers
A Revolução de Jasmim e a Acção dos Bloggers
Para ler mais clique aqui.
Vídeo surripiado ao Paulo Guinote.
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Reencontrar o H
9ºH - Última Aula de História - ESA
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Reencontrar o H
Foi uma noite feliz. Porque, para além de tudo o que já ficou escrito, ontem à noite tive a oportunidade de reencontrar os meus queridos alunos do H, que acompanhei do 7º ao 9º ano de escolaridade.
Por isso ontem foi tempo de recordar momentos cúmplices, Um Maravilhoso Mundo Novo que se abriu para todos nós, para mim que cresci com eles na ESA, para eles que cresceram comigo vindos directamente da Escola onde agora me encontro a leccionar a outros, sempre novos, sempre novos a cada ano que passa, numa renovação constante e quase vertiginosa que me obriga a uma adaptação imparável.
Ainda os nomeio a todos. Que felicidade rever o Eduardito, agora crescido e namoradeiro. E a Francisca, ai os seus cadernos... que trabalheira fazer tudo de novo. E o Mário com os seus belos caracóis loiros agora mais alto do que eu. E a Sara, agora estudante no Colégio de S. Gonçalo que eu vou espreitando no facebook. E a Diana, aquela que um dia ainda vai amar répteis. E o Carlos, malandro, agora um belíssimo rapaz que ainda conserva uma ponta de pronúncia estrangeira. E o Leonel, uma elegância de moço, inseparável da sua mochila. E o Ricardo, adulto e revelando uma maturidade muito além da sua idade... sempre assim foi. E o Francisco, o Xico, de quem eu tinha perdido o rasto e que permanece tímido por entre o seu cabelo loiro que eu recordo bem. E a Andreia que me recordou... não, não vou contar tal pecadilho, não te preocupes. E o José Luciano, o Poeta já amplamente referenciado neste blogue.
Com todos conversei longamente. Falámos sobre a Leonor, recordámos as Marias, o Hugo, o Zé Pedro... ausentes a Joana, o Zé Diogo, o Rolando, a Beatriz, a Mónica, o outro Ricardo, a Sabina, a outra Sara, a Rita...
E falámos sobre as aulas. Sobre as aulas de História. Sobre tempos felizes passados dentro da ESA, dentro do Pavilhão A, eu carregando aparelhos às costas, carregando a tecnologia que os iria prender, definitivamente, à História e a mim.
Eles foram as minhas cobaias e guardam memórias da felicidade dessa experiência. Eu guardo memórias da felicidade que foi tê-los. Ajudaram-me a suportar o resto.
Obrigada, alunos meus.
E gargalhámos juntos, desenrolando memórias de professoras que pareciam ceguinhas com os seus óculos de sol e que jamais mandaram qualquer um deles para o NAE... apenas porque eles não precisaram... e relembrámos a visita de estudo a Tongobriga e o primeiro trabalho pedido no 7º ano... tão mau que eu esqueci... e os desenhos da Andreia e companhia... e gargalhámos e as nossas gargalhadas ecoaram naquele espaço que foi a Minha Escola um dia e que continua povoado de mim e deles.
Obrigada, alunos meus.
E estamos combinados. Quando os dias crescerem voltaremos aos reencontros. Voltaremos aos reencontros antes de abandonarem Amarante. Não pensem que se vão escapulir assim... de qualquer maneira...
Nota final - Deixo beijinhos também aos meus alunos do F e do G que por lá vi espalhados... não vos esqueço, também.
As Musas
As Musas
Criar é um acto de Amor e José Pires, como título da sua obra anuncia, “Ama demasiado”.
Ama as Pessoas,
A vida,
Os sítios,
A Natureza.
Sente-os.
Mas acima de tudo ama as Palavras,
Refúgio-catarse
Do escritor.
Criar é um acto sentido
Ainda que exprima o des-sentido do artista.
Através das Palavras esconjura os males da facticidade,
do agora,
do mundo distópico
prenhe de desvalores.
Através das palavras
critica o absurdo da existência concebida enquanto ritual mecânico,
satiriza o efémero, o ridículo, a “doxa”, a vacuidade.
Por isso, as Palavras, as suas Palavras têm um poder ambivalente:
de negação e de invenção.
Versejando
Acolhe a poesia que o acolhe,
Prolongamentos radicais do modo de ser do Poeta.
E nos seus Poemas sente-se a vontade de Ser
Pressente-se a autenticidade
Do que flui
Da saudade de outrora
Da Felicidade perdida e reaparecida.
Memórias
De quem sente,
Cria.
Memórias de quem sofre,
Existe.
Memórias de quem cria,
Sonha.
Versejando edifica o mundo do dever ser
Mera utopia?
O imaginado irrealizado
Decepção perene do Criador
Força motriz do Inventor.
O Escritor
Desvela-se em cada verso
Erigindo os seus poemas em ontologia melódica.
O escritor,
Este Escritor
Resiste à efígie epidérmica, ao fotograma,
Pois na dialéctica da invenção-reinvenção,
reificada na sua poesia,
Vai libertando os seus “eus “:
a identidade assumida, negada e reassumida,
a identidade construída, destruída e reconstruída.
Mas esta complexidade emana do seu sentir profundo,
dos signos linguísticos que habitam o corpo e libertam a alma.
E neste solilóquio interior,
Neste aconchego das palavras,
Há um poder encantatório que nos atrai até à obra criada e nos suspende na/pela contemplação estética.
José Pires
Ama a vida com a irrequietude própria de quem alberga uma Alma rebelde
Regulando a sua existência pela busca incessante da singularidade criadora.
Todavia, a vida, com todos os seus paradoxos, é labiríntica
Tal como a palavra escondida
Tal como a palavra emancipada
Em cada poesia.
É um ilusionista
Um inventor de palavras
Desenha cada palavra e é desenhado por ela
Cumplicidade suprema no acto de criar.
Nos percursos que traça,
Reais ou ideais,
Nos trajectos que sente
Na vida que sofregamente quer enlaçar
Há um acto urgente e ressurgente:
Um acto de Amor.
No reino da Poesia o tempo amaldiçoado metamorfoseia-se em tempo escrito sonhado.
Liberdade do criador
cuja Alma peregrina
se recusa abandoná-lo.
As palavras constituem o seu elemento genésico
Extasiadas e sofredoras
Pertencem-lhe
São a sua essência.
Nutre-se da poesia que cria
Poetisa para si
Poetisa para nós.
Hoje e para sempre fundiu-se com o tempo
É o tempo.
Hoje e para sempre fundiu-se com a natureza,
É elemento telúrico.
Hoje e para sempre fundiu-se com o Outro,
É mesmidade e alteridade.
Hoje e para sempre fundiu-se com as Palavras
É Poesia.
Hoje e para sempre é Amor.
Poeta. Inventor.
Casa da Cultura e da Juventude,
22 de Janeiro de 2011
A (ex)Professora de Filosofia,
Elsa Cerqueira
Nota - Agradeço-te a beleza do texto dedicado ao José Luciano e connosco partilhado.
E agora, só entre nós que ninguém nos ouve... para quando um blogue teu, Elsa Cerqueira?
Criar é um acto de Amor e José Pires, como título da sua obra anuncia, “Ama demasiado”.
Ama as Pessoas,
A vida,
Os sítios,
A Natureza.
Sente-os.
Mas acima de tudo ama as Palavras,
Refúgio-catarse
Do escritor.
Criar é um acto sentido
Ainda que exprima o des-sentido do artista.
Através das Palavras esconjura os males da facticidade,
do agora,
do mundo distópico
prenhe de desvalores.
Através das palavras
critica o absurdo da existência concebida enquanto ritual mecânico,
satiriza o efémero, o ridículo, a “doxa”, a vacuidade.
Por isso, as Palavras, as suas Palavras têm um poder ambivalente:
de negação e de invenção.
Versejando
Acolhe a poesia que o acolhe,
Prolongamentos radicais do modo de ser do Poeta.
E nos seus Poemas sente-se a vontade de Ser
Pressente-se a autenticidade
Do que flui
Da saudade de outrora
Da Felicidade perdida e reaparecida.
Memórias
De quem sente,
Cria.
Memórias de quem sofre,
Existe.
Memórias de quem cria,
Sonha.
Versejando edifica o mundo do dever ser
Mera utopia?
O imaginado irrealizado
Decepção perene do Criador
Força motriz do Inventor.
O Escritor
Desvela-se em cada verso
Erigindo os seus poemas em ontologia melódica.
O escritor,
Este Escritor
Resiste à efígie epidérmica, ao fotograma,
Pois na dialéctica da invenção-reinvenção,
reificada na sua poesia,
Vai libertando os seus “eus “:
a identidade assumida, negada e reassumida,
a identidade construída, destruída e reconstruída.
Mas esta complexidade emana do seu sentir profundo,
dos signos linguísticos que habitam o corpo e libertam a alma.
E neste solilóquio interior,
Neste aconchego das palavras,
Há um poder encantatório que nos atrai até à obra criada e nos suspende na/pela contemplação estética.
José Pires
Ama a vida com a irrequietude própria de quem alberga uma Alma rebelde
Regulando a sua existência pela busca incessante da singularidade criadora.
Todavia, a vida, com todos os seus paradoxos, é labiríntica
Tal como a palavra escondida
Tal como a palavra emancipada
Em cada poesia.
É um ilusionista
Um inventor de palavras
Desenha cada palavra e é desenhado por ela
Cumplicidade suprema no acto de criar.
Nos percursos que traça,
Reais ou ideais,
Nos trajectos que sente
Na vida que sofregamente quer enlaçar
Há um acto urgente e ressurgente:
Um acto de Amor.
No reino da Poesia o tempo amaldiçoado metamorfoseia-se em tempo escrito sonhado.
Liberdade do criador
cuja Alma peregrina
se recusa abandoná-lo.
As palavras constituem o seu elemento genésico
Extasiadas e sofredoras
Pertencem-lhe
São a sua essência.
Nutre-se da poesia que cria
Poetisa para si
Poetisa para nós.
Hoje e para sempre fundiu-se com o tempo
É o tempo.
Hoje e para sempre fundiu-se com a natureza,
É elemento telúrico.
Hoje e para sempre fundiu-se com o Outro,
É mesmidade e alteridade.
Hoje e para sempre fundiu-se com as Palavras
É Poesia.
Hoje e para sempre é Amor.
Poeta. Inventor.
Casa da Cultura e da Juventude,
22 de Janeiro de 2011
A (ex)Professora de Filosofia,
Elsa Cerqueira
Nota - Agradeço-te a beleza do texto dedicado ao José Luciano e connosco partilhado.
E agora, só entre nós que ninguém nos ouve... para quando um blogue teu, Elsa Cerqueira?
Ao José Luciano
Ao José Luciano
"...Compreendeis vós agora este colossal sentimento a que chamo Amor? Esta é a minha definição. Sejam bem-vindos ao meu mundo. Sejam bem-vindos à Poesia."
José Pires
O José Luciano Pires, aquele que conheci um dia sentado nos bancos da Escola Secundária de Amarante enquanto meu aluno de História, pequenino... pequenino... são tão pequeninos no sétimo ano quando os recebo de braços abertos com as minhas mãos firmes e decididas e o meu coração à flor da pele... pois aquele José Luciano, em grande medida, já não existe.
Cresceu em altura e cresceu dentro de si. Aliás, cresceu especialmente dentro de si.
Hoje é um belíssimo rapaz de 17 anos, que mantém o mesmo sorriso franco e genuíno de quase criança, mas que alcançou uma maturidade, profundidade e consistência que me deixam verdadeiramente emocionada perante o caminho já percorrido, perante a perspectiva dos caminhos a percorrer.
Gosto de seres pensantes. Gosto de gente que pensa pela sua cabeça. Gosto das opiniões contrárias. Gosto de paradoxos... o que seria da nossa vida sem eles? Gosto de gente que actua sobre o mundo que o rodeia marcando-o de forma indelével. Gosto de gente determinada que persegue sonhos e os concretiza com trabalho, suor e lágrimas. Gosto de gente que é dada a emoções fortes... emoções fortes que nos abanam até aos interiores. Gosto de gente que partilha e se dá por inteiro nessa partilha. Gosto de gente que sente. Gosto de gente que corre riscos de forma consciente e deliberada. Gosto de gente franca e honesta. Gosto de gente afectuosa. Gosto de gente com memória. Gosto de gente persistente. Gosto de gente assumida e corajosa. Gosto de gente que ousa o voo. Gosto de gente independente. Gosto de gente que agradece. Gosto de gente original.
Gosto de gente que diz "Amo-te!"
Por isso... como não amar o José Luciano? Ontem, hoje e sempre?
Agradeço-te a noite inesquecível e a oportunidade de partilhar este acontecimento memorável - o lançamento do teu primeiro livro - contigo. Agradeço-te o não me teres esquecido.
A tua poesia és tu. Conheço-a daqui.
Independente
Caminho por onde quero
Não por onde me indicam
Outros não o fazem
E, mesmo sem moral, criticam.
Mas o que dizem,
A ninguém interessa
Eu sou original,
Em cada peça.
Orgulhoso criador
De um universo paralelo,
Um mundo só meu.
À minha vontade
Pinto-o em tons de amarelo
Vermelho, verde,
Azul ou magenta,
Entra,
E poderás escolher
Acolhe-lo
E garanto-te.
Com tantas possibilidades,
Acabarás por te perder!
"...Compreendeis vós agora este colossal sentimento a que chamo Amor? Esta é a minha definição. Sejam bem-vindos ao meu mundo. Sejam bem-vindos à Poesia."
José Pires
O José Luciano Pires, aquele que conheci um dia sentado nos bancos da Escola Secundária de Amarante enquanto meu aluno de História, pequenino... pequenino... são tão pequeninos no sétimo ano quando os recebo de braços abertos com as minhas mãos firmes e decididas e o meu coração à flor da pele... pois aquele José Luciano, em grande medida, já não existe.
Cresceu em altura e cresceu dentro de si. Aliás, cresceu especialmente dentro de si.
Hoje é um belíssimo rapaz de 17 anos, que mantém o mesmo sorriso franco e genuíno de quase criança, mas que alcançou uma maturidade, profundidade e consistência que me deixam verdadeiramente emocionada perante o caminho já percorrido, perante a perspectiva dos caminhos a percorrer.
Gosto de seres pensantes. Gosto de gente que pensa pela sua cabeça. Gosto das opiniões contrárias. Gosto de paradoxos... o que seria da nossa vida sem eles? Gosto de gente que actua sobre o mundo que o rodeia marcando-o de forma indelével. Gosto de gente determinada que persegue sonhos e os concretiza com trabalho, suor e lágrimas. Gosto de gente que é dada a emoções fortes... emoções fortes que nos abanam até aos interiores. Gosto de gente que partilha e se dá por inteiro nessa partilha. Gosto de gente que sente. Gosto de gente que corre riscos de forma consciente e deliberada. Gosto de gente franca e honesta. Gosto de gente afectuosa. Gosto de gente com memória. Gosto de gente persistente. Gosto de gente assumida e corajosa. Gosto de gente que ousa o voo. Gosto de gente independente. Gosto de gente que agradece. Gosto de gente original.
Gosto de gente que diz "Amo-te!"
Por isso... como não amar o José Luciano? Ontem, hoje e sempre?
Agradeço-te a noite inesquecível e a oportunidade de partilhar este acontecimento memorável - o lançamento do teu primeiro livro - contigo. Agradeço-te o não me teres esquecido.
A tua poesia és tu. Conheço-a daqui.
Independente
Caminho por onde quero
Não por onde me indicam
Outros não o fazem
E, mesmo sem moral, criticam.
Mas o que dizem,
A ninguém interessa
Eu sou original,
Em cada peça.
Orgulhoso criador
De um universo paralelo,
Um mundo só meu.
À minha vontade
Pinto-o em tons de amarelo
Vermelho, verde,
Azul ou magenta,
Entra,
E poderás escolher
Acolhe-lo
E garanto-te.
Com tantas possibilidades,
Acabarás por te perder!
sábado, 22 de janeiro de 2011
Lançamento de Livro de Poesia
Lançamento de Livro de Poesia
É hoje. Pelas 21:30. Na Casa da Juventude, aqui mesmo em Amarante.
O Poeta é o meu José Luciano Pires, agora aluno do 12º ano, na Escola Secundária de Amarante.
A sua casa virtual encontra-se aqui, à distância de um teclar.
Estarei presente, Zé Lu. Tal como prometido.
É hoje. Pelas 21:30. Na Casa da Juventude, aqui mesmo em Amarante.
O Poeta é o meu José Luciano Pires, agora aluno do 12º ano, na Escola Secundária de Amarante.
A sua casa virtual encontra-se aqui, à distância de um teclar.
Estarei presente, Zé Lu. Tal como prometido.
Totós - O País Está Enxameado Deles?
Totós - O País Está Enxameado Deles?
Este vídeo foi surripiado à Carraça.
Para o próximo vídeo de Totós foi só dar um saltinho no YouTube...
Este vídeo foi surripiado à Carraça.
Para o próximo vídeo de Totós foi só dar um saltinho no YouTube...
Partilha - Picasso
Partilha -Picasso
Hoje partilho convosco a exploração a 3D de um dos quadros mais fabulosos que os meus olhos já viram - Guernica.
Hoje partilho convosco a exploração a 3D de um dos quadros mais fabulosos que os meus olhos já viram - Guernica.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
A Palavra a Mário Nogueira
A Palavra a Mário Nogueira
Senhores(as) professores(as), aconselho-vos vivamente a escutarem com atenção o Mário Nogueira. E escutem tudinho até ao fim.
Depois não digam que não foram avisados.
Eu sei que até pareço anunciadora de desgraças... mas infelizmente elas não desaparecem se eu andar na vida pasmada.
E pasmada nunca fui. Apenas porque não faz o meu género.
E porque estou com os meus dois pés atrás com este desgoverno... e há muito...
E só mais um comentário... alguém afirmou pertencer aos quadros de escola?!...
Santa ignorância, que tais quadros já se extinguiram faz anos pela mão daquela outra que todos nós amávamos...
Senhores(as) professores(as), aconselho-vos vivamente a escutarem com atenção o Mário Nogueira. E escutem tudinho até ao fim.
Depois não digam que não foram avisados.
Eu sei que até pareço anunciadora de desgraças... mas infelizmente elas não desaparecem se eu andar na vida pasmada.
E pasmada nunca fui. Apenas porque não faz o meu género.
E porque estou com os meus dois pés atrás com este desgoverno... e há muito...
E só mais um comentário... alguém afirmou pertencer aos quadros de escola?!...
Santa ignorância, que tais quadros já se extinguiram faz anos pela mão daquela outra que todos nós amávamos...
Excelentes Notícias
Excelentes Notícias
Uf! A pessegada da campanha presidencial acaba hoje. Ficará na História como a mais despojada de ideias que alguma vez se viu em Portugal e arredores.
Eu até aprecio o despojamento... mas... de ideias? Náaaaaaaaaaaaa.
Por isso não contem comigo para o mal menor, para o do mal o menos, não contem comigo para a palhaçada que eu estou pelos cabelos com as duas novelas que só não me acompanharam os dias, confesso, porque sou uma rapariga determinada e disciplinada.
Esta novela medíocre acaba hoje. Para quando o fim da outra intitulada Castro/Seabra?
Votar vou, que não abdico deste direito que é meu, mas...
Uf! A pessegada da campanha presidencial acaba hoje. Ficará na História como a mais despojada de ideias que alguma vez se viu em Portugal e arredores.
Eu até aprecio o despojamento... mas... de ideias? Náaaaaaaaaaaaa.
Por isso não contem comigo para o mal menor, para o do mal o menos, não contem comigo para a palhaçada que eu estou pelos cabelos com as duas novelas que só não me acompanharam os dias, confesso, porque sou uma rapariga determinada e disciplinada.
Esta novela medíocre acaba hoje. Para quando o fim da outra intitulada Castro/Seabra?
Votar vou, que não abdico deste direito que é meu, mas...
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Não Se Pode Despedi-los?
Não Se Pode Despedi-los?
Quem plagiou quem?
Who cares?!
Nota - Meus queridos alunos, se passarem por aqui, façam-me o favor de não imitarem este ministro e o seu secretário de estado porque esta conduta é simplesmente vergonhooooosa!
Quem plagiou quem?
Who cares?!
Nota - Meus queridos alunos, se passarem por aqui, façam-me o favor de não imitarem este ministro e o seu secretário de estado porque esta conduta é simplesmente vergonhooooosa!
A Fortuna dos Ditadores
A Fortuna dos Ditadores
Só falta aqui uma análise às fortunas dos democratas.
Com os meus agradecimentos ao Donatien.
Só falta aqui uma análise às fortunas dos democratas.
Com os meus agradecimentos ao Donatien.
Violência nas Escolas
Violência nas Escolas
Já falei anteriormente sobre a sua criminalização. Leia aqui a reportagem saída hoje no i, sobre tão importante tema.
Já falei anteriormente sobre a sua criminalização. Leia aqui a reportagem saída hoje no i, sobre tão importante tema.
Desportos Radicais
Fotografias Sei Lá Eu de Quem!
Desportos Radicais
Confesso-me não desportista e garanto que nunca senti uma apetência particular para o desporto, nem agora, nem nunca. Excepto para o radical. Uma descida no rio Paiva, fazendo rafting, é um desporto excessivo, cheio, pleno, até de certa violência e perigo que me abala do interior ao exterior... ou será que é ao contrário? e que me entusiasma a vida.
Há outro desporto que eu apelido de radical, podendo ou não sê-lo conforme os graus de dificuldade dos trajectos, das inclinações dos percursos, do tipo de chão que se pisa. E este é um desporto que eu pratico com regularidade, sempre que possível e que amo. Caminhar é mesmo um dos meus desportos preferidos.
Ontem foi dia de retomar a marcha interrompida desde finais de Outubro, por um "Inverno" longo de chuva e frio e de dias curtos. Ontem o dia compôs-se e lá cumpri os meus 10 quilómetros, em passo acelerado que eu estou com pouca paciência para a pasmaceira. E para gente pasmada também.
Pensei que hoje iria estar completamente empandeiretada, mas qual quê?, o dia está esplendoroso e soalheiro a cheirar completamente a Primavera e eu sinto-me enérgica, enérgica... que é afinal o meu estado normal...
Confesso-me não desportista e garanto que nunca senti uma apetência particular para o desporto, nem agora, nem nunca. Excepto para o radical. Uma descida no rio Paiva, fazendo rafting, é um desporto excessivo, cheio, pleno, até de certa violência e perigo que me abala do interior ao exterior... ou será que é ao contrário? e que me entusiasma a vida.
Há outro desporto que eu apelido de radical, podendo ou não sê-lo conforme os graus de dificuldade dos trajectos, das inclinações dos percursos, do tipo de chão que se pisa. E este é um desporto que eu pratico com regularidade, sempre que possível e que amo. Caminhar é mesmo um dos meus desportos preferidos.
Ontem foi dia de retomar a marcha interrompida desde finais de Outubro, por um "Inverno" longo de chuva e frio e de dias curtos. Ontem o dia compôs-se e lá cumpri os meus 10 quilómetros, em passo acelerado que eu estou com pouca paciência para a pasmaceira. E para gente pasmada também.
Pensei que hoje iria estar completamente empandeiretada, mas qual quê?, o dia está esplendoroso e soalheiro a cheirar completamente a Primavera e eu sinto-me enérgica, enérgica... que é afinal o meu estado normal...
Alimento-me de excessos. Típico, típico de um escorpião.
O que seria da nossa vida sem eles?
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Não, Não É na Tunísia
Foto 6
Foto 5
Foto 4
Foto 3
Foto 2
Não, Não É na Tunísia
Breve relato dos actos de repressão policial de ontem, 18 de Janeiro de 2011
Já após o Plenário ter terminado, cerca das 16h30, e quando os manifestantes tentavam abandonar o local, a PSP estabeleceu um 2º cordão policial, com cerca de 30 agentes, impedindo os trabalhadores e trabalhadoras de se deslocarem livremente para suas casas.
Foto 1
Não, Não É na Tunísia
CAROS COLEGAS - PARA MÁXIMA DIVULGAÇÃO:
http://www.saladosprofessores.com/index.php?option=com_smf&Itemid=62&topic=18252.msg166421#msg166421
Breve relato dos actos de repressão policial de ontem, 18 de Janeiro de 2011
Já após o Plenário ter terminado, cerca das 16h30, e quando os manifestantes tentavam abandonar o local, a PSP estabeleceu um 2º cordão policial, com cerca de 30 agentes, impedindo os trabalhadores e trabalhadoras de se deslocarem livremente para suas casas.
Estes, vendo inedita e arbitrariamente coarctada a sua liberdade constitucional de circulação, naturalmente, ignoraram a ordem ilegítima e forçaram o cordão, desfazendo-o. Seguiu-se a reacção violenta da força repressiva, com empurrões, bastonadas e pontapés a manifestantes, incluindo alguns já caídos no chão - entre os quais mulheres (!) - e até um disparo efectuado para o ar.
A somar a estas violências, a detenção de dois dirigentes sindicais, um deles professor, o Marco, do SPZS, algemados, introduzidos à força num carro-patrulha e conduzidos à esquadra do Calvário, como vulgares criminosos de delito comum, para estupefacção e revolta de todos os presentes.
Entretanto, alertados, compareceram solidariamente no local da concentração alguns deputados com destaque para Bernardino Soares, o primeiro a chegar.
Depois de algumas intervenções de dirigentes sindicais e deputados, mais de uma centena de manifestantes teimou em não arredar pé do local, gritando palavras de ordem como "Ninguém sai daqui", "Fascismo nunca mais" e "O povo unido jamais será vencido", exigindo a libertaçao imediata dos detidos.
Esta libertação veio finalmente a concretizar-se cerca de quatro horas depois, pela acção de advogados dos sindicatos, não obstante os sindicalistas terem recebido ordem para serem presentes ao tribunal Campus Justiça, na zona Expo hoje, dia 19, pelas 10h00.
É pois necessário uma presença solidária de todos aqueles que defendem as liberdades e os valores do 25 de Abril, hoje de manhã em frente daquele tribunal.
O dia 18 de Janeiro fica assim assinalado a negro. Um aviso para os mais distraídos, os que já esqueceram as pidescas "visitas" policiais às escolas antes das grandes greves de professores, a infiltração de polícias à paisana em plenários sindicais ou a inflexibilidade dos Governos Civis perante comunicações de manifestações.
Eis a repressão policial no seu "melhor", obedecendo a ordens emanadas do MAI do Governo Sócrates, que nos faz relembrar a todos como o mês de Abril já está distante, pela acção nefasta desta gente. Gente, que urge correr, pela força da luta dos trabalhadores e do povo português, quanto mais cedo melhor.
NÃO À REPRESSÃO! PELAS LIBERDADES CÍVICAS!
25 DE ABRIL SIM, FASCISMO NUNCA MAIS!
A LUTA CONTINUA!
PS: Um abraço solidário, em primeiro lugar aos sindicalistas alvo de detenção arbitrária, depois para todos os presentes que ontem exerceram os seus Direitos Cívicos com risco da própria integridade física e da liberdade.
Paulo Ambrósio (membro da Coordenação da Frente de Desempregados do SPGL/FENPROF e Sofia Barcelos (membro da Comissão de Contratados do SPGL/FENPROF - presentes no Plenário da Frente Comum de dia 18 de Janeiro de 2011)
A somar a estas violências, a detenção de dois dirigentes sindicais, um deles professor, o Marco, do SPZS, algemados, introduzidos à força num carro-patrulha e conduzidos à esquadra do Calvário, como vulgares criminosos de delito comum, para estupefacção e revolta de todos os presentes.
Entretanto, alertados, compareceram solidariamente no local da concentração alguns deputados com destaque para Bernardino Soares, o primeiro a chegar.
Depois de algumas intervenções de dirigentes sindicais e deputados, mais de uma centena de manifestantes teimou em não arredar pé do local, gritando palavras de ordem como "Ninguém sai daqui", "Fascismo nunca mais" e "O povo unido jamais será vencido", exigindo a libertaçao imediata dos detidos.
Esta libertação veio finalmente a concretizar-se cerca de quatro horas depois, pela acção de advogados dos sindicatos, não obstante os sindicalistas terem recebido ordem para serem presentes ao tribunal Campus Justiça, na zona Expo hoje, dia 19, pelas 10h00.
É pois necessário uma presença solidária de todos aqueles que defendem as liberdades e os valores do 25 de Abril, hoje de manhã em frente daquele tribunal.
O dia 18 de Janeiro fica assim assinalado a negro. Um aviso para os mais distraídos, os que já esqueceram as pidescas "visitas" policiais às escolas antes das grandes greves de professores, a infiltração de polícias à paisana em plenários sindicais ou a inflexibilidade dos Governos Civis perante comunicações de manifestações.
Eis a repressão policial no seu "melhor", obedecendo a ordens emanadas do MAI do Governo Sócrates, que nos faz relembrar a todos como o mês de Abril já está distante, pela acção nefasta desta gente. Gente, que urge correr, pela força da luta dos trabalhadores e do povo português, quanto mais cedo melhor.
NÃO À REPRESSÃO! PELAS LIBERDADES CÍVICAS!
25 DE ABRIL SIM, FASCISMO NUNCA MAIS!
A LUTA CONTINUA!
PS: Um abraço solidário, em primeiro lugar aos sindicalistas alvo de detenção arbitrária, depois para todos os presentes que ontem exerceram os seus Direitos Cívicos com risco da própria integridade física e da liberdade.
Paulo Ambrósio (membro da Coordenação da Frente de Desempregados do SPGL/FENPROF e Sofia Barcelos (membro da Comissão de Contratados do SPGL/FENPROF - presentes no Plenário da Frente Comum de dia 18 de Janeiro de 2011)
VÍDEO DA REPRESSÃO:
http://www.youtube.com/watch?v=LIRP57b8u7o
MAIS VÍDEOS DA REPRESSÃO AQUI:
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasDinheiro/2011/1/psp-deteve-sindicalistas-por-desobediencia-e-agressao18-01-2011-214330.htm http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasDinheiro/2011/1/pcp-considera-inaceitavel-a-actuacao-da-psp-esta-tarde-perante-uma-accao-de-protesto18-01-2011-19395.htm http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasDinheiro/2011/1/mario-nogueira-garante-que-dirigentes-detidos-ja-estao-com-os-advogados18-01-2011-193910.htm?wbc_purpose=baMO%3fp02042 http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/Libertados+dirigentes+sindicais+detidos+na+concentracao+em+Sao+Bento.htm?wbc_purpose=baMO%3fp02042
MAIS VÍDEOS DA REPRESSÃO AQUI:
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasDinheiro/2011/1/psp-deteve-sindicalistas-por-desobediencia-e-agressao18-01-2011-214330.htm http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasDinheiro/2011/1/pcp-considera-inaceitavel-a-actuacao-da-psp-esta-tarde-perante-uma-accao-de-protesto18-01-2011-19395.htm http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasDinheiro/2011/1/mario-nogueira-garante-que-dirigentes-detidos-ja-estao-com-os-advogados18-01-2011-193910.htm?wbc_purpose=baMO%3fp02042 http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/Libertados+dirigentes+sindicais+detidos+na+concentracao+em+Sao+Bento.htm?wbc_purpose=baMO%3fp02042
O pedido de divulgação chegou-me via e-mail, a pedido do Paulo Ambrósio. Aqui fica, mais uma vez, o registo da vergonha.
A Luta Continua. Ontem. Hoje. Sempre.
És a Minha Onda
És a Minha Onda - 2010
grés,cozedura a 1100ºC, forno a lenha
200x1300x8cm
És a Minha Onda
A obra de arte em cerâmica, de Sofia Beça, intitulada a "Onda", a verdadeira, encontra-se exposta no Museu Amadeo de Souza-Cardoso, aqui mesmo em Amarante e a ilustração deste post é apenas uma digitalização do catálogo que se encontra à venda no nosso Museu.
Impossibilitada de assistir à inauguração da exposição "Escultura Cerâmica Hoje: 5 Autores Portugueses - Cecília de Sousa, Heitor Figueiredo, João Carqueijeiro, Sofia Beça e Virgínia Fróis", visitei-a logo que se abriu uma aberta no meu céu, o que aconteceu ontem, pela manhã.
Confesso que ia com curiosidade, aguçada por comentários desfavoráveis que ouvi de quem a visitou no sábado.
Nunca me guio pela opinião dos outros. Construo a/as minha/as olhando, vendo, interiorizando, assimilando, aderindo... ou não. Felizmente funciono assim desde que me conheço e confesso que não me lembro nunca de ter algum dia emprenhado pelos ouvidos, para usar uma expressão muito em voga aqui pela minha zona.
Visitei-a demoradamente, à exposição, apreciando texturas, nuances de cores, matérias diferenciadas, formas mais ou menos inteligíveis, mais ou menos fáceis, mais ou menos conceptuais. Confesso que gostei muito da globalidade das obras apresentadas, mas amei particularmente a obra do João Carqueijeiro e da Sofia Beça.
Talvez recupere a minha máquina fotográfica, a compor na Invicta, sim, ando orfã dela, a tempo de fotografar aquele Claustro povoado de esculturas majestosas, dignas, verticais, sólidas, coloridas em tons ocres, confiáveis, quais pilares desafiando o céu a que aderi por completo e pelas quais me apaixonei.
Impossível para mim não voltar lá.
Para quem estiver interessado na informação, a exposição estará patente no Museu Amadeo de Souza-cardoso até ao dia 20 de Março de 2011.
Com Dedicatória
Com Dedicatória
Dedico este Amadeo ao panão do ignorante que perante a genialidade do incansável criativo, e inchado de si, teve a ousadia de cuspir sobre uma tela pintada que era a prova provada da sua incomensurável ignorância.
Continuamos aqui. Tantos anos passados e continuamos aqui.
Por isso dedico este Amadeo aos panões dos ignorantes que povoam o nosso mundo e se pavoneiam nele, inchados de vaidade bacoca e de ignorância transbordando por todos os poros.
Dedico este Amadeo ao panão do ignorante que perante a genialidade do incansável criativo, e inchado de si, teve a ousadia de cuspir sobre uma tela pintada que era a prova provada da sua incomensurável ignorância.
Continuamos aqui. Tantos anos passados e continuamos aqui.
Por isso dedico este Amadeo aos panões dos ignorantes que povoam o nosso mundo e se pavoneiam nele, inchados de vaidade bacoca e de ignorância transbordando por todos os poros.
A Palavra a Um Escorpião Exemplar
A Palavra a Um Escorpião Exemplar
"Je travaille comme un animal"
Amadeo de Souza-Cardoso
"Je travaille vertigineusement"
Amadeo de Souza-Cardoso
J´adore...
"Je travaille comme un animal"
Amadeo de Souza-Cardoso
"Je travaille vertigineusement"
Amadeo de Souza-Cardoso
J´adore...
Com Dedicatória
Com Dedicatória
Aos escorpiões, principalmente aos diachos daqueles que entre eles são fêmeas.
Aos escorpiões, principalmente aos diachos daqueles que entre eles são fêmeas.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Vergonha
Vergonha
"Dois dirigentes sindicais foram hoje detidos junto a residência oficial do primeiro-ministro, após uma concentração contra os cortes salariais que terminou com confrontos entre manifestantes e agentes policiais.
“Isto é uma vergonnha. Nunca se viu”, disse à Lusa Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública, explicando que os sindicalistas foram impedidos de descer a calçada da Estrela após o final da ação de protesto"
Retirado daqui.
E aqui deixo a 1ª parte do noticiário da SIC. Peço desculpa porque no pacote das notícias ainda leva o Sócrates em Abu não sei das quantas.
"Dois dirigentes sindicais foram hoje detidos junto a residência oficial do primeiro-ministro, após uma concentração contra os cortes salariais que terminou com confrontos entre manifestantes e agentes policiais.
“Isto é uma vergonnha. Nunca se viu”, disse à Lusa Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública, explicando que os sindicalistas foram impedidos de descer a calçada da Estrela após o final da ação de protesto"
Retirado daqui.
E aqui deixo a 1ª parte do noticiário da SIC. Peço desculpa porque no pacote das notícias ainda leva o Sócrates em Abu não sei das quantas.
Nasceu Irene!
Nasceu Irene!
Um nascimento é sempre uma ocasião muito especial, porque de renovação para a espécie animal que é a nossa, a única que tem consciência de si.
Recebi agora mesmo a feliz nova do avô babado.
Parabéns especiais à mãe, ao pai, aos avós.
Para o Ângelo Ochôa deixo um grande beijinho, hoje muito especial em contentamento e renovo os meus parabéns, agradecendo-lhe a atenção e carinho demonstrados.
Um nascimento é sempre uma ocasião muito especial, porque de renovação para a espécie animal que é a nossa, a única que tem consciência de si.
Recebi agora mesmo a feliz nova do avô babado.
Parabéns especiais à mãe, ao pai, aos avós.
Para o Ângelo Ochôa deixo um grande beijinho, hoje muito especial em contentamento e renovo os meus parabéns, agradecendo-lhe a atenção e carinho demonstrados.
Defesa de Trabalho Exemplar e Defesa dos CEF
Defesa de Trabalho Exemplar e Defesa dos CEF
Estou na blogosfera desde Fevereiro de 2007, data em que dei à luz este Anabela Magalhães, e desde então acumulei uma aprendizagem que até aqui não tinha, já que não fazia parte desta comunidade super alargada de bloggers e de frequentadores de blogues que todos os dias povoam esta coisa maravilhosa que está ao alcance de um teclar.
O meu blogue insere-se dentro da blogosfera docente e penso que não estarei longe da verdade se afirmar que a esmagadora maioria dos que entram nesta minha casa virtual serão professores. É certo que o meu blogue vai para além da parte de mim que é a da profissional que desempenha a sua profissão e é certo que todas as exposições são arriscadas, principalmente as que veiculam ideias próprias, opiniões e gostos pessoais...
Por vezes alcanço até outros públicos, que não os meus leitores assíduos, aqueles que me seguem os passos há já muito tempo e que já sabem do que esta casa gasta.
Sei, por experiência própria que há dois temas, para além de muitos outros de que agora não falarei, que não se deverão tocar para não se ter chatices, opiniões menos agradáveis, ataques pessoais e outras coisas que tais.
Um é o do trabalho que se procura fazer de forma exemplar. Outro é o da defesa dos Cursos de Educação e Formação. Ambos polémicos, ambos a provocar reacções por vezes até de certa agressividade e má criação, isto para ser suave.
Vem isto a propósito de um certo post sobre trabalho e decisão sobre ele, que eu pedi ao Ramiro para expandir no seu blogue, por me parecer uma atitude digna, caso contrário tomaria outra, e por ser o contraponto de uma outra imensamente aplaudida na blogosfera e que vai no sentido absolutamente oposto.
A este propósito, vá lá, só tive um comentário um bocado desagradável no blogue do Ramiro, nada que me surpreenda, em que o comentador, como se estivesse na posse dos dados sobre a minha vida pessoal, que ninguém os tem todos excepto eu, faz juízos de valor, extrapolações e tira conclusões de forma absolutamente superficial e até mesmo levianas sobre a minha pessoa, sobre a minha conduta.
Vá lá! E até tive sorte. No caso da defesa dos CEF já me aconteceu pior, num tempo em que o Ramiro Marques permitia comentários a coberto do anonimato, de gente muito assumida e corajosa.
Este post não procurará encontrar explicações para estes dois fenómenos, muito embora eu tenha as minhas opiniões sobre tão delicados assuntos que provocam uma urticária danada a certas e determinadas pessoas.
Só para terminar, tenham a certeza que os continuarei a abordar, sempre que me apetecer, sempre que estiver para aí virada.
João Carlos Narciso disse...
Ninguém a obriga a ser uma «trabalhadora incansável». Por este artigo, dá a impressão que não tem vida própria, vivendo somente para o trabalho. Este é que é o erro. As pessoas têm vergonha de dizer que precisam de descansar, de ter momentos de lazer com a sua família, de parar, escutar o coração...Este é o testemunho das pessoas complexadas que só vêem o seu emprego à frente e que, por isso, nunca serão bons funcionários, mas sim funcionários dependentes de uma situação que lhes impuseram.Quanto aos cortes, são necessários. Sobretudo nos salários altos.
17 de Janeiro de 2011 14:51
Anabela Magalhães disse...
João Carlos
Este post foi um post. E foi um post sobre um assunto específico que foi uma decisão minha face à atitude que manterei perante o trabalho, que eu amo e que permanecerá intacta perante o assalto ao meu bolso. Como no dia 23 não posso chamar a polícia, rumarei ao meu sindicato para ver o que poderei fazer nem que seja em nome individual.Se há coisa de que não me envergonho é dos momentos de lazer, que os tenho como qualquer mortal. Adoro bombos, adoro tomar café com os meus amigos e conversar, adoro música, adoro ir a concertos, adoro viajar, adoro jardinar, adoro pintar fazer muros e caminhos de pedra, adoro andar a pé... tudo isto está espalhado pelo meu blogue... e até podia não estar...Mas este post não tratava de mais nada para além daquilo que eu quis tratar - a tomada de uma decisão face a um problema concreto que se me colocou pela efectivação do roubo perpetrado pelos desgovernantes que espatifam um país, que por acaso é o meu.E quanto aos cortes nos salários, estamos em completo desacordo. O mal não está nos salários, o mal está a montante no compadrio e na corrupção que grassa neste país e no facto do estado estar refém, essencialmente, de dois partidos políticos e dos seus acólitos acolitados à sombra protectora do pálio rosa ou laranja que proliferam que nem silvas em campos ao abandono.
17 de Janeiro de 2011 23:07
Vá lá! Desta vez tive sorte e a coisa não chegou ao nível desta outra, passada no já longínquo ano de 2008.
Anónimo says:
1 de Dezembro de 2008 01:32
Anabela Magalhães, se levasses umas nos cornos como alguns profs dos CEFs levam, não dizias tantos disparates
Anónimo says:
1 de Dezembro de 2008 11:58
Anabela Magalhães, será que lhes ensinas mesmo alguma coisa, ou és daquelas que diz que aquilo até não é assim tão mau? É que conheço alguns professores que estão na segunda categoria, mas são aqueles que lhes deixam fazer tudo o que eles querem e não lhes ensinam absolutamente nada. Assim são umas crianças adoráveis.Ou então os CEF's daí não são iguais aos do Porto.
Anónimo says:
1 de Dezembro de 2008 12:09
Umas perguntinhas à colega Anabela:
- Nas suas aulas os programas são cumpridos?
- Nas suas aulas os alunos aprofundam conteúdos?
- O seu horário contempla diversidade de níveis?
- Cumpre sempre os planos, elaborados de acordo com os objectivos programáticos?
- Exige trabalho quotidiano aos seus alunos que sofrem de resiliência ao trabalho e mesmo assim eles cumprem?
Obs. ainda não vi os seus powerpoints, mas estou curiosa, sabe porquê? Porque sei o que é ser uma boa professora.
Anabela Magalhães says:
1 de Dezembro de 2008 13:00
Ao anónimo da 1:32
Espero que não seja professor. Se é, considero tal facto assustador. Assustador porque revela uma baixeza de linguagem e carácter simplesmente aberrante ainda para mais quando tem de lidar com crianças em formação.
Quanto ao levar nos cornos, provavelmente estaria a ver-se ao espelho quando escreveu semelhante aberração.
Anabela Magalhães says:
1 de Dezembro de 2008 13:11
Ao anónimo das 11:58.
Nunca tive jeito para entreter. Que é aquilo que muitos fazem com os CEF`s passando-lhes filmes atrás de filmes sem qualquer sentido e fio condutor e potenciando assim a indisciplina. Os meus CEF`s dão-me muito trabalho, mas é um desafio de que gosto. Os meus alunos de Cef`s trabalham. Já o disse em comentário lá acima. O que é que não percebeu do que escrevi?Continuo a gostar de trabalhar para e com os meus alunos. No dia em que deixar de gostar disto, abandono a profissão. Estamos entendidos?
Já agora, repare que eu não me escondo no anonimato.E outra coisa. Eu fui a primeira a levantar a questão das diferenças entre os Cef`s de turma para turma, de escola para escola, de região para região. O que é que não percebeu do que escrevi?
E agora só em jeito de conclusão, escrito agorinha mesmo, dia 18 de Janeiro de 2011, para que os meus leitores tirem as conclusões que entenderem - É só para lembrar que escolhi uma turma de CEF para ter as minhas aulas observadas/avaliadas durante este ano lectivo.
Apenas por duas razões:
1 - Porque quem não deve, não teme.
2 - Porque a bota tem que estar de acordo com a perdigota.
Para quem quiser relembrar esta novela triste ela está toda precisamente aqui.
Estou na blogosfera desde Fevereiro de 2007, data em que dei à luz este Anabela Magalhães, e desde então acumulei uma aprendizagem que até aqui não tinha, já que não fazia parte desta comunidade super alargada de bloggers e de frequentadores de blogues que todos os dias povoam esta coisa maravilhosa que está ao alcance de um teclar.
O meu blogue insere-se dentro da blogosfera docente e penso que não estarei longe da verdade se afirmar que a esmagadora maioria dos que entram nesta minha casa virtual serão professores. É certo que o meu blogue vai para além da parte de mim que é a da profissional que desempenha a sua profissão e é certo que todas as exposições são arriscadas, principalmente as que veiculam ideias próprias, opiniões e gostos pessoais...
Por vezes alcanço até outros públicos, que não os meus leitores assíduos, aqueles que me seguem os passos há já muito tempo e que já sabem do que esta casa gasta.
Sei, por experiência própria que há dois temas, para além de muitos outros de que agora não falarei, que não se deverão tocar para não se ter chatices, opiniões menos agradáveis, ataques pessoais e outras coisas que tais.
Um é o do trabalho que se procura fazer de forma exemplar. Outro é o da defesa dos Cursos de Educação e Formação. Ambos polémicos, ambos a provocar reacções por vezes até de certa agressividade e má criação, isto para ser suave.
Vem isto a propósito de um certo post sobre trabalho e decisão sobre ele, que eu pedi ao Ramiro para expandir no seu blogue, por me parecer uma atitude digna, caso contrário tomaria outra, e por ser o contraponto de uma outra imensamente aplaudida na blogosfera e que vai no sentido absolutamente oposto.
A este propósito, vá lá, só tive um comentário um bocado desagradável no blogue do Ramiro, nada que me surpreenda, em que o comentador, como se estivesse na posse dos dados sobre a minha vida pessoal, que ninguém os tem todos excepto eu, faz juízos de valor, extrapolações e tira conclusões de forma absolutamente superficial e até mesmo levianas sobre a minha pessoa, sobre a minha conduta.
Vá lá! E até tive sorte. No caso da defesa dos CEF já me aconteceu pior, num tempo em que o Ramiro Marques permitia comentários a coberto do anonimato, de gente muito assumida e corajosa.
Este post não procurará encontrar explicações para estes dois fenómenos, muito embora eu tenha as minhas opiniões sobre tão delicados assuntos que provocam uma urticária danada a certas e determinadas pessoas.
Só para terminar, tenham a certeza que os continuarei a abordar, sempre que me apetecer, sempre que estiver para aí virada.
João Carlos Narciso disse...
Ninguém a obriga a ser uma «trabalhadora incansável». Por este artigo, dá a impressão que não tem vida própria, vivendo somente para o trabalho. Este é que é o erro. As pessoas têm vergonha de dizer que precisam de descansar, de ter momentos de lazer com a sua família, de parar, escutar o coração...Este é o testemunho das pessoas complexadas que só vêem o seu emprego à frente e que, por isso, nunca serão bons funcionários, mas sim funcionários dependentes de uma situação que lhes impuseram.Quanto aos cortes, são necessários. Sobretudo nos salários altos.
17 de Janeiro de 2011 14:51
Anabela Magalhães disse...
João Carlos
Este post foi um post. E foi um post sobre um assunto específico que foi uma decisão minha face à atitude que manterei perante o trabalho, que eu amo e que permanecerá intacta perante o assalto ao meu bolso. Como no dia 23 não posso chamar a polícia, rumarei ao meu sindicato para ver o que poderei fazer nem que seja em nome individual.Se há coisa de que não me envergonho é dos momentos de lazer, que os tenho como qualquer mortal. Adoro bombos, adoro tomar café com os meus amigos e conversar, adoro música, adoro ir a concertos, adoro viajar, adoro jardinar, adoro pintar fazer muros e caminhos de pedra, adoro andar a pé... tudo isto está espalhado pelo meu blogue... e até podia não estar...Mas este post não tratava de mais nada para além daquilo que eu quis tratar - a tomada de uma decisão face a um problema concreto que se me colocou pela efectivação do roubo perpetrado pelos desgovernantes que espatifam um país, que por acaso é o meu.E quanto aos cortes nos salários, estamos em completo desacordo. O mal não está nos salários, o mal está a montante no compadrio e na corrupção que grassa neste país e no facto do estado estar refém, essencialmente, de dois partidos políticos e dos seus acólitos acolitados à sombra protectora do pálio rosa ou laranja que proliferam que nem silvas em campos ao abandono.
17 de Janeiro de 2011 23:07
Vá lá! Desta vez tive sorte e a coisa não chegou ao nível desta outra, passada no já longínquo ano de 2008.
Anónimo says:
1 de Dezembro de 2008 01:32
Anabela Magalhães, se levasses umas nos cornos como alguns profs dos CEFs levam, não dizias tantos disparates
Anónimo says:
1 de Dezembro de 2008 11:58
Anabela Magalhães, será que lhes ensinas mesmo alguma coisa, ou és daquelas que diz que aquilo até não é assim tão mau? É que conheço alguns professores que estão na segunda categoria, mas são aqueles que lhes deixam fazer tudo o que eles querem e não lhes ensinam absolutamente nada. Assim são umas crianças adoráveis.Ou então os CEF's daí não são iguais aos do Porto.
Anónimo says:
1 de Dezembro de 2008 12:09
Umas perguntinhas à colega Anabela:
- Nas suas aulas os programas são cumpridos?
- Nas suas aulas os alunos aprofundam conteúdos?
- O seu horário contempla diversidade de níveis?
- Cumpre sempre os planos, elaborados de acordo com os objectivos programáticos?
- Exige trabalho quotidiano aos seus alunos que sofrem de resiliência ao trabalho e mesmo assim eles cumprem?
Obs. ainda não vi os seus powerpoints, mas estou curiosa, sabe porquê? Porque sei o que é ser uma boa professora.
Anabela Magalhães says:
1 de Dezembro de 2008 13:00
Ao anónimo da 1:32
Espero que não seja professor. Se é, considero tal facto assustador. Assustador porque revela uma baixeza de linguagem e carácter simplesmente aberrante ainda para mais quando tem de lidar com crianças em formação.
Quanto ao levar nos cornos, provavelmente estaria a ver-se ao espelho quando escreveu semelhante aberração.
Anabela Magalhães says:
1 de Dezembro de 2008 13:11
Ao anónimo das 11:58.
Nunca tive jeito para entreter. Que é aquilo que muitos fazem com os CEF`s passando-lhes filmes atrás de filmes sem qualquer sentido e fio condutor e potenciando assim a indisciplina. Os meus CEF`s dão-me muito trabalho, mas é um desafio de que gosto. Os meus alunos de Cef`s trabalham. Já o disse em comentário lá acima. O que é que não percebeu do que escrevi?Continuo a gostar de trabalhar para e com os meus alunos. No dia em que deixar de gostar disto, abandono a profissão. Estamos entendidos?
Já agora, repare que eu não me escondo no anonimato.E outra coisa. Eu fui a primeira a levantar a questão das diferenças entre os Cef`s de turma para turma, de escola para escola, de região para região. O que é que não percebeu do que escrevi?
E agora só em jeito de conclusão, escrito agorinha mesmo, dia 18 de Janeiro de 2011, para que os meus leitores tirem as conclusões que entenderem - É só para lembrar que escolhi uma turma de CEF para ter as minhas aulas observadas/avaliadas durante este ano lectivo.
Apenas por duas razões:
1 - Porque quem não deve, não teme.
2 - Porque a bota tem que estar de acordo com a perdigota.
Para quem quiser relembrar esta novela triste ela está toda precisamente aqui.
Deixa-me Adivinhar...
Deixa-me Adivinhar...
Deixa-me adivinhar a razão do juro nacional estar de novo a subir... e estar já, de novo, nos 7%... apesar daquele que vendia magalhães pelo mundo agora vender malas de cartão com dívida, igualmente pelo mundo.... curiosamente num mundo conotado com democracia exemplar, defesa dos direitos humanos, liberdade de expressão e outras ninharias que tais.
Pois, a culpa é dos mercados. Parece que estão nervosos. Parece que não acreditam em nós. Parece que acham que não conseguiremos sustentar um país que continua a gastar mais do que aquilo que produz e que paga pelo dinheiro que precisa para honrar compromissos assumidos taxas absolutamente suicidárias...
Não são parvos?
Deixa-me adivinhar a razão do juro nacional estar de novo a subir... e estar já, de novo, nos 7%... apesar daquele que vendia magalhães pelo mundo agora vender malas de cartão com dívida, igualmente pelo mundo.... curiosamente num mundo conotado com democracia exemplar, defesa dos direitos humanos, liberdade de expressão e outras ninharias que tais.
Pois, a culpa é dos mercados. Parece que estão nervosos. Parece que não acreditam em nós. Parece que acham que não conseguiremos sustentar um país que continua a gastar mais do que aquilo que produz e que paga pelo dinheiro que precisa para honrar compromissos assumidos taxas absolutamente suicidárias...
Não são parvos?
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Novas da Fenprof
Novas da Fenprof
Se estão descontentes, e não aceitam o roubo, aqui têm os conselhos da Fenprof. Logo que tenham o recibinho na mão, actuem. É o que farei de imediato.
Se estão descontentes, e não aceitam o roubo, aqui têm os conselhos da Fenprof. Logo que tenham o recibinho na mão, actuem. É o que farei de imediato.
S. Gonçalo e Bombos
Arruada - Grupo de Bombos de Jazente - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
S. Gonçalo e Bombos
O S. Gonçalo é matreiro, todos o sabem. Para começar, assume o papel de Santo quando apenas é Beato. Depois monopolizou três datas de festarolas sem fim, a saber: 10 de Janeiro é o seu dia, e lá temos direito a sequilhos e doces de S. Gonçalo e bombos; se a data calha a dia de semana a festarola maior é no Domingo seguinte, e já vamos em dois dias de festejos com mais sequilhos e doces de S. Gonçalo e bombos; depois, o santo que é beato, ainda tem a lata de acumular a festa do primeiro fim-de-semana de Junho, e já vamos em seis dias porque só nesta festa comemora-se o S. Gonçalo durante sexta, sábado e domingo.
Eu dou continuidade às malandrices. As festas foram ontem e eu coloco-as somente hoje no meu blogue, ilustradas pelo Grupo de Bombos de Jazente, onde tenho muitos ex e actuais alunos entre os tocadores.
Amo o som primitivo dos bombos. Aliás, eles embalam-me os dias neste blogue. Amo a beleza e a força dos tocadores, novos e velhos, amo o som que entra dentro de mim e se aloja no meu coração e no meu cérebro e me deixa de sorriso de orelha a orelha.
Movimento-me entre os tocadores como se estivesse em família, beijinhos para cá e beijinhos para lá e como é que vocês estão? E o que é feito da vossa vida? que eu sempre fui cusca e gosto de saber novas deles. Dos alunos que, mesmo sendo ex, serão "meus" para sempre.
Aqui os deixo. Aos tocadores do Grupo de Jazente.
Obrigada por passarem pela minha rua fazendo-me correr para a varanda, logo pela manhã, vendo-vos passar de cima, escutando o som vindo do fundo, ecoando na rua estreita...
Vai-te Qatar!
Vai-te Qatar!
"Estamos no Qatar para ficar"
José Sócrates
Esta simples frase, proferida por José Sócrates, e lida no blogue do Guinote, deixou-me a gargalhar logo pela manhã, associada que foi ao título "A Boa Notícia do Ano, da Década, do Século..."
Impossível mesmo não pensar "Isso é que era!".
"Estamos no Qatar para ficar"
José Sócrates
Esta simples frase, proferida por José Sócrates, e lida no blogue do Guinote, deixou-me a gargalhar logo pela manhã, associada que foi ao título "A Boa Notícia do Ano, da Década, do Século..."
Impossível mesmo não pensar "Isso é que era!".
domingo, 16 de janeiro de 2011
Sem Título
Decisão - Terapia Diária
Decisão - Terapia Diária
Quem me conhece sabe que sou uma trabalhadora incansável. Quem frequenta este blogue, e o outro também, sabe-o igualmente já que não o escondo de ninguém, envergonhada quiçá pela atitude. Muito pelo contrário, orgulho-me dela, orgulho-me de ser Funcionária Pública, orgulho-me de dar o litro pela Escola Pública. Apesar da Tutela.
Gozada durante anos pelos moinas, a ouvir bocas de gabo-te o gosto, ganhas o mesmo que eu ao fim do mês, ou sim, sim, no fim vais ter uma medalha... esses moinas nunca compreenderam que o que me move não são as medalhas, nem tão pouco o dinheiro, pese embora a sua importância.
Movo-me apenas pelo gozo imenso de fazer o que quero, pelo gosto de Ser o que escolhi Ser, de consciência livre, sim tive essa sorte, tive esse trabalho também e sim, é muito, que se prolongou pela vida que já vivi, pela vida que hoje vivo, pela vida que viverei até aos fins dos meus dias, assim o espero.
Por isso não admito que o desgoverno me roube nem um cêntimo do meu ordenado, tão duramente ganho.
Tive acesso, desde que se soube da decisão dos ladrões nos roubarem, a múltiplas tomadas de posição, de pessoas concretas que quiseram partilhar as suas decisões com um público mais vasto, como este da blogosfera, e uma houve que me marcou de forma indelével e fiquei a pensar nela, a pensar nela... que eu gosto de amadurecer certos assuntos como forma de refrear a minha impulsividade. A posição foi pública e afirmava o seu autor, grosso modo, que uma vez que era roubado em x por cento, diminuiria o seu trabalho na percentagem correspondente. Confesso que dei por mim a pensar mas que atitude inteligente, do que estes políticos da treta precisam mesmo é destas atitudes para verem do que a casa gasta e esbanjarem bem menos à custa do Zé Pagode, de mim, portanto.
Entretanto a minha decisão está tomada. Funciono assim, desde pequenina, os meus pais que me perdoem as preocupações infligidas, muito embora completamente infundadas, principalmente durante uma adolescência rebelde até dizer chega. Sempre funcionei pela minha cabeça, o grupo nunca me arrastou, mesmo tomando decisões contrárias às minhas e ficar só, defendendo uma posição, não me aflige ao ponto de me calar, de me anular enquanto ser humano, dotado de inteligência e razão e, acima de tudo, dotado de consciência de si.
Assim sendo a minha decisão foi/é fazer exactamente o que até aqui fiz, trabalhar feita doida se preciso for em prol dos alunos, não para mim, não para ter medalhas, não para receber mais ao final do mês porque vou receber menos.
O governo Sócrates não me conseguirá abastardar, por mais poderoso que seja, e com os exemplos nojentos que me dá só conseguirá eriçar-me ainda mais a pele, o que para mim é bom, porque é sinal que estou viva estando viva... porque há quem estando vivo, esteja já morto... e eu abominaria isso para mim.
Sendo que o trabalho, que eu faço com um gosto extremo, gozando cada conquista, cada passo em frente, cada risco assumido, por vezes em corda bamba sobre os precipícios, construindo caminhos, funciona, para mim, como terapia diária para não me afundar na tristeza incomensurável por ver o meu país na situação em que está.
Afogo as minhas mágoas em trabalho e estou já em pulgas por acrescentar a este dirigido aos meus alunos, e até a alguns que não são meus, o trabalho que faço na minha terra de enxada em punho, acamando a terra que receberá os meus muros, caminhos e degraus deste ano, de serrote nas mãos, trepando a carvalhos, ajeitando copas, mexendo, tocando, transformando.
Continuo activa. Continuo escorpião. Azul, bem entendido.
E continuo Lara Croft... só para os meus ex do 7º, 8º e 9º F, é claro!, que estão agora prestes a abandonar a ESA rumo a outros destinos, espero que bem mais interessantes.
Estão a ver que continuo a caminhar decidida?
Quem me conhece sabe que sou uma trabalhadora incansável. Quem frequenta este blogue, e o outro também, sabe-o igualmente já que não o escondo de ninguém, envergonhada quiçá pela atitude. Muito pelo contrário, orgulho-me dela, orgulho-me de ser Funcionária Pública, orgulho-me de dar o litro pela Escola Pública. Apesar da Tutela.
Gozada durante anos pelos moinas, a ouvir bocas de gabo-te o gosto, ganhas o mesmo que eu ao fim do mês, ou sim, sim, no fim vais ter uma medalha... esses moinas nunca compreenderam que o que me move não são as medalhas, nem tão pouco o dinheiro, pese embora a sua importância.
Movo-me apenas pelo gozo imenso de fazer o que quero, pelo gosto de Ser o que escolhi Ser, de consciência livre, sim tive essa sorte, tive esse trabalho também e sim, é muito, que se prolongou pela vida que já vivi, pela vida que hoje vivo, pela vida que viverei até aos fins dos meus dias, assim o espero.
Por isso não admito que o desgoverno me roube nem um cêntimo do meu ordenado, tão duramente ganho.
Tive acesso, desde que se soube da decisão dos ladrões nos roubarem, a múltiplas tomadas de posição, de pessoas concretas que quiseram partilhar as suas decisões com um público mais vasto, como este da blogosfera, e uma houve que me marcou de forma indelével e fiquei a pensar nela, a pensar nela... que eu gosto de amadurecer certos assuntos como forma de refrear a minha impulsividade. A posição foi pública e afirmava o seu autor, grosso modo, que uma vez que era roubado em x por cento, diminuiria o seu trabalho na percentagem correspondente. Confesso que dei por mim a pensar mas que atitude inteligente, do que estes políticos da treta precisam mesmo é destas atitudes para verem do que a casa gasta e esbanjarem bem menos à custa do Zé Pagode, de mim, portanto.
Entretanto a minha decisão está tomada. Funciono assim, desde pequenina, os meus pais que me perdoem as preocupações infligidas, muito embora completamente infundadas, principalmente durante uma adolescência rebelde até dizer chega. Sempre funcionei pela minha cabeça, o grupo nunca me arrastou, mesmo tomando decisões contrárias às minhas e ficar só, defendendo uma posição, não me aflige ao ponto de me calar, de me anular enquanto ser humano, dotado de inteligência e razão e, acima de tudo, dotado de consciência de si.
Assim sendo a minha decisão foi/é fazer exactamente o que até aqui fiz, trabalhar feita doida se preciso for em prol dos alunos, não para mim, não para ter medalhas, não para receber mais ao final do mês porque vou receber menos.
O governo Sócrates não me conseguirá abastardar, por mais poderoso que seja, e com os exemplos nojentos que me dá só conseguirá eriçar-me ainda mais a pele, o que para mim é bom, porque é sinal que estou viva estando viva... porque há quem estando vivo, esteja já morto... e eu abominaria isso para mim.
Sendo que o trabalho, que eu faço com um gosto extremo, gozando cada conquista, cada passo em frente, cada risco assumido, por vezes em corda bamba sobre os precipícios, construindo caminhos, funciona, para mim, como terapia diária para não me afundar na tristeza incomensurável por ver o meu país na situação em que está.
Afogo as minhas mágoas em trabalho e estou já em pulgas por acrescentar a este dirigido aos meus alunos, e até a alguns que não são meus, o trabalho que faço na minha terra de enxada em punho, acamando a terra que receberá os meus muros, caminhos e degraus deste ano, de serrote nas mãos, trepando a carvalhos, ajeitando copas, mexendo, tocando, transformando.
Continuo activa. Continuo escorpião. Azul, bem entendido.
E continuo Lara Croft... só para os meus ex do 7º, 8º e 9º F, é claro!, que estão agora prestes a abandonar a ESA rumo a outros destinos, espero que bem mais interessantes.
Estão a ver que continuo a caminhar decidida?
sábado, 15 de janeiro de 2011
Mais Um Corte
Mais Um Corte
Ou melhor, dois - teatro e música fora das opções para o 3º Ciclo no próximo ano.
E é apenas mais uma redução de horários.
Porreiro, Pá!
Ou melhor, dois - teatro e música fora das opções para o 3º Ciclo no próximo ano.
E é apenas mais uma redução de horários.
Porreiro, Pá!
Cérebros de Seda/Cérebros Elásticos/Cérebros de Zecos
Cérebros de Seda/Cérebros Elásticos/Cérebros de Zecos
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Cérebros de Seda/Cérebros Elásticos/Cérebros de Zecos
Depois de uma extenuante semana de trabalho, depois de hoje participarmos em 7 horas quase não stop de formação sobre sexo, os cérebros dos Zecos encontram-se assim, tal e qual como na fotografia - policromáticos, coloridos, extravagantes, versáteis, espampanantes, resistentes, atractivos, sedosos... mas também emaranhados e tortuosos como o raio que os parta.
Mas sim, sim... os nossos cérebros continuam de seda... e elásticos... e segunda-feira há mais.
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